coincidência: eu estava mesmo escrevendo sobre uma frase clichê que me assombra. perdi o link de um texto que relacionava livros começados com a frase que o snoopy bate em sua maquineta, uma pena.
A folha em branco é um verdadeiro tormento para a maioria dos que se enveredam pela escritla literária. Mas talvez o melhor exercício seja se espelhar em Montaigne, na leveza e despretenciosidade de seus Essays.
Primeiro: ‘wha’s good writing?’ Bem, penso que para alguns, uma coisa, para outros, algo completamente diferente. Whatever… Não sei se escrever é difícil, talvez o que complique mesmo seja a insegurança (estéril, diga-se de passagem) sobre se fizemos ou não a escolha adequada das palavras na tentativa de representar uma ideia ou imagem. No final das contas, isso é uma tolice já que a palavra é um símbolo cuja representação mental variará de leitor para leitor. A tarefa do escritor já é, de antemão, fracassada. A leitura é heurística, não é algoritmica. As palavras jamais esgotam as coisas que pensamos e imaginamos, mas, como somos seres tão supersticiosos, procuramos nos convencer (e nos confortar) de que “hard work” e condição sine qua non para uma “good writing”. Sem o prazer da escrita, jamais haverá “good writing”. Prazer com responsabilidade, claro, já que ‘good writing’ é, antes de mais nada, um dom. Quem o tem, deve agradecer a Deus, diariamente.
Thiago Maia10/07/2009em19:44
C. S. Soares, toda heurística é algorítmica.
Acredito que você quis dizer que a leitura não é determinística, se me permite.
Um abraço.
Thiago, os algoritmos, sempre que possível, não devem se basear em intuições (caso da subclasse dos algoritmos heurísticos). Conceitualmente, algoritmos buscam exatidão; a heurística admite aproximações. Abs.
Thiago Maia14/07/2009em00:37
C. S. Soares, queira notar que você escreve “algoritmos heurísticos”, o que é oposto ao que escreve no comentário anterior, mas coincide com o meu. Só me senti, antes, obrigado a intervir por dever de profissão (hoje às 13h30min lecionarei uma das duas aulas semanais que ministro na disciplina Análise e projeto de algoritmos, o que certamente não vem ao caso nem tem importância), e pelo TP. Agora já não sinto nada.
Fique tranquilo,Thiago, sei do que falo, veja, não há oposição alguma, atente para o “subclasse” com que prefixei “algoritmos heurísticos” (reforço que de um algoritmo, SEMPRE, devemos esperar soluções ótimas). Fico contente em saber que somos colegas de profissão e mantemos o gosto comum pela literatura. Estive em sala de aula (como professor) por 3 anos, hoje, no que diz respeito à tecnologia, escrevo no portal de tecnologia iMasters/UOL e no blog Academic Initiative da IBM Brasil (developerWorks). Entretanto, os algoritmos, para além da tecnologia, estão inseridos no nosso dia a dia, por isso os citei, com o reforço de contrapo-los à heurística, no sentido básico de que computadores (apesar do gênio de Turing) são algoritmicos, mas a mente humana é heurística. Duas ideias básicas explicam a nossa sociedade da informação (e aqui você haverá de concordar comigo): o cálculo e o algoritmo.
11 Comentários
É bem assim. A ilustração não podia ser melhor.
Forte abraço
Gênio
coincidência: eu estava mesmo escrevendo sobre uma frase clichê que me assombra. perdi o link de um texto que relacionava livros começados com a frase que o snoopy bate em sua maquineta, uma pena.
E como…
Sérgio,
A folha em branco é um verdadeiro tormento para a maioria dos que se enveredam pela escritla literária. Mas talvez o melhor exercício seja se espelhar em Montaigne, na leveza e despretenciosidade de seus Essays.
Primeiro: ‘wha’s good writing?’ Bem, penso que para alguns, uma coisa, para outros, algo completamente diferente. Whatever… Não sei se escrever é difícil, talvez o que complique mesmo seja a insegurança (estéril, diga-se de passagem) sobre se fizemos ou não a escolha adequada das palavras na tentativa de representar uma ideia ou imagem. No final das contas, isso é uma tolice já que a palavra é um símbolo cuja representação mental variará de leitor para leitor. A tarefa do escritor já é, de antemão, fracassada. A leitura é heurística, não é algoritmica. As palavras jamais esgotam as coisas que pensamos e imaginamos, mas, como somos seres tão supersticiosos, procuramos nos convencer (e nos confortar) de que “hard work” e condição sine qua non para uma “good writing”. Sem o prazer da escrita, jamais haverá “good writing”. Prazer com responsabilidade, claro, já que ‘good writing’ é, antes de mais nada, um dom. Quem o tem, deve agradecer a Deus, diariamente.
C. S. Soares, toda heurística é algorítmica.
Acredito que você quis dizer que a leitura não é determinística, se me permite.
Um abraço.
Thiago, os algoritmos, sempre que possível, não devem se basear em intuições (caso da subclasse dos algoritmos heurísticos). Conceitualmente, algoritmos buscam exatidão; a heurística admite aproximações. Abs.
C. S. Soares, queira notar que você escreve “algoritmos heurísticos”, o que é oposto ao que escreve no comentário anterior, mas coincide com o meu. Só me senti, antes, obrigado a intervir por dever de profissão (hoje às 13h30min lecionarei uma das duas aulas semanais que ministro na disciplina Análise e projeto de algoritmos, o que certamente não vem ao caso nem tem importância), e pelo TP. Agora já não sinto nada.
Fique tranquilo,Thiago, sei do que falo, veja, não há oposição alguma, atente para o “subclasse” com que prefixei “algoritmos heurísticos” (reforço que de um algoritmo, SEMPRE, devemos esperar soluções ótimas). Fico contente em saber que somos colegas de profissão e mantemos o gosto comum pela literatura. Estive em sala de aula (como professor) por 3 anos, hoje, no que diz respeito à tecnologia, escrevo no portal de tecnologia iMasters/UOL e no blog Academic Initiative da IBM Brasil (developerWorks). Entretanto, os algoritmos, para além da tecnologia, estão inseridos no nosso dia a dia, por isso os citei, com o reforço de contrapo-los à heurística, no sentido básico de que computadores (apesar do gênio de Turing) são algoritmicos, mas a mente humana é heurística. Duas ideias básicas explicam a nossa sociedade da informação (e aqui você haverá de concordar comigo): o cálculo e o algoritmo.
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