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Hitchens conta a história literária do fellatio

11/06/2006

O jornalista e escritor inglês (radicado nos EUA) Christopher Hitchens virá à Flip, informa a coluna do Ancelmo, no “Globo”. Isso deve bastar para garantir a diversão num festival não muito farto em estrelas. Hitchens, de quem a Companhia das Letras lançou este ano “Cartas a um jovem contestador”, é um provocador, um iconoclasta que acende um cigarro no outro e critica a esquerda e a direita com a mesma violência. Também já foi visto cometendo o pecado capital de xingar membros do distinto público em suas conferências.

Uma boa amostra do estilo cortante e politicamente incorreto de Hitchens pode ser conferida em seu recente artigo (em inglês) sobre a história literária do fellatio, popularmente conhecido no Brasil como “boquete”, publicado na revista “Vanity Fair”, da qual ele é colaborador permanente. Quem esperar grosseria não sairá decepcionado. Mas os amantes da boa literatura encontrarão bem mais do que isso, como observações sobre a curiosa timidez verbal de Vladimir Nabokov ao tratar do assunto em seu escandaloso “Lolita”. E a tese de que “O poderoso chefão”, de Mario Puzo, deve seu sucesso tanto à precisão do retrato que fazia da máfia quanto à coragem de falar em blowjobs sem meias palavras.

2 Comentários

  • Gourmet 11/06/2006em14:29

    ah, um boquetinho…

  • Rafael Rodrigues 11/06/2006em22:55

    “Cartas a um jovem contestador” é muito legal. Estou ansioso pra ver o novo dele.