A lista dos vinte melhores livros do ano da revista francesa “Lire” é encabeçada por – adivinhou? Pois é: o romance “Les Bienveillantes”, de Jonathan Littell, best-seller que acumulou o Goncourt, o grande prêmio da Académie Française e um volume absurdo de especulações contra e a favor. Picaretagem? Obra-prima? Marketing puro? Foi Littell mesmo quem escreveu aquilo? Bom, vale registrar que a benevolência do – digamos – sistema literário francês vai se mostrando praticamente unânime.
6 Comentários
Uma graça esse pessoal que considera “Les Bienveillantes” a “primeira verdadeira obra de ficção” ou a “primeira obra literária” (expressão na contracapa do livro, apovada pelo próprio Littell) do autor. Por ser um livro de gênero, o primeiro livro deixa de ser literatura? Escritores de ficção científica trabalham duro para ser reconhecidos como escritores, ponto. Littell, seus editores e seus críticos prestam um desserviço a todos eles com esse jogo barato de palavras.
Agora vocês vão achar que é só despeito, mas a opinião vem de antes de eu saber dessa palhaçada: li as primeiras páginas do livro na própria “Lire” e não achei nada de mais. De repente ele melhora depois – o que li não chega a ser estatisticamente significativo num livro de 900 páginas – mas a primeira impressão não foi boa.
Certamente vai chegar na biblioteca da Maison de France. Vou pegar esse troço pra ler e ver se é realmente bom ou não. Estou curioso.
A humanidade é burra e a hunanimidade também…
O senso comum jogou Dan Brown ao estrelato com seus livrinhos de centenas de págianas nada interessantes…
Eis o mais novo exemplar da mesma raça do sr. Brown que ganha os troféus do mundo…
sobre as listas…
uns posts atrás, discutiu-se se a literatura brasileira possui ou não personagens que façam parte do imaginário do nosso país, sejam conhecidos das crianças, dos adultos e estejam incorporados à nossa história. agora, a Entrelivros listou 50.
qual a sua opinião, Sérgio?
A unanimidade não é sempre burra, ela tem sua vez. Só que ela é mesmo absurda, quando benevolente com o “garbage” literário.
pois é Ana Paula, assim como é absurdo não usar uma palavra simples e eficaz como lixo para transmitir suas idéias, hum… me lembrou… deixa para lá.