É bem bonitinha essa animação – uma cidade toda feita de livros, pela qual transitam personagens de papel – que o selo editorial americano Fourth Estate, da HarperCollins, lançou na internet para comemorar seus 25 anos. (Dica do blog de livros da “New Yorker”, que recomenda o filminho para quem anda cabisbaixo com a morte anunciada do livro de papel.)
18 Comentários
Já tinha visto há uma semana. Bem bolado. Gostei.
Essa morte anunciada que não chega..rs
Vou a Livraria Cultura e fico abismado observando os clientes circulando entre as estantes com suas cestas cheia de livros..e a nova Cultura que em breve será aberta no Bourbon Shopping (nome ridículo) na Pompéia (SP)…pode ser que até não se leia tantos livros…mas que se compra..
abrs,
Morte do livro de papel… só uma onomatopéia de peido para esses onanistas que falam merda. Fim do livro de papel… Sonho de blogueiro?
Gostei muito e me lembrei de colocar o Robert Fisk e o Jonathan Franzen na minha lista de autores que tenho vontade de ler logo…
Isabel, sobre o Fisk eu nada posso dizer, mas ‘The corrections’ é um caso muito sério.
Caro Alexandre,
Há que se fazer ressalvas. Uma coisa são as vendagens e a difusão de livros técnicos, universitários, de auto-ajuda, etc; outra coisa bem diferente são os livros de literatura. Aqueles vão de vento em popa, tem ótima vendagem e são cultuados pela sociedade como fonte de felicidade, de ascensão social e de um vernizinho cultural. Já os livros de literatura….Penso que estes só existem ainda para os ascetas, como nós, leitores de romances, contos, novelas, ensaios, crítica literária, etc. Não se deixe iludir: para mais de 95% da população brasileira, o livro de literatura já morreu há décadas.
E pelo jeito, Sérgio, é melhor ler em inglês? Bjs
Não conheço a tradução, Isabel, então não posso falar. Mas podendo ler no original é sempre melhor, não?
É, foi bom enquanto durou…
Não tenho mais a mínima dúvida: livros de papel [os p-books] estão com seus dias contados…
E é fácil explicar o porquê: todo o ciclo de vida de um livro já é digital, desde a escritura [qual escritor não usa, ao menos, um editor genérico como o MS-Word? – eu, particularmente, prefiro o Scrivener] até a aquisição.
A única exceção é o output do processo de produção: no papel.
Isso limita enxergarmos os livros como eles efetivamente o são: serviços. Livros de papel nos força a ter uma idéia errada do livro como objeto, como produto.
LIVROS SÃO SERVIÇOS!
É claro que nossa Geração X é menos tolerante à leitura em telas [o que não acontece com membros da Geração Y e ainda menos com a Z].
Portanto, senhores/senhoras, livros de papel, assim como os LPs [acrescentemos os CDs], em um futuro, não muito distante, serão lembrados sentimentalmente como um carinhosa e doce lembrança…
Sérgio, sem dúvida!
Claudio, sou obrigada a discordar – não da visão de que livro é serviço, porque nunca nem pensei sobre isso, mas de que ele vai desaparecer. Enfim, a discussão é longa… 🙂
Abs
Claro, Isabel, cada um tem a sua ótica e lógica, inclusive o mercado 🙂 – e este, em termos gerais, busca minimizar custos e maximizar lucros…
Assim, pode me cobrar, digamos, daqui há uns 20 anos [proposta arriscada, mas plausível]: livros de papel, se ainda existirem, serão produtos artesanais.
Acompanhemos os últimos acontecimentos da indústria:
1] HapperCollins e Penguin vendem edições personalizadas de livros impressos [o que, em termos financeiros, só a digitalização viabiliza, mas com a ereader apropriado, se tornará um contra-senso]
2] Penguin 2.0 é lançado: Penguin mobile, personalized, community [em breve] etc. Esta editora me parece a mais consciente dos novos tempos.
3] Google Books Search fecha acordo com editores e autores americanos o que possibilitará um aumento dos serviços oferecidos incorporando aos livros o poder dos mecanismos de busca e de outros serviços.
4] Amazon Kindle [o serviço, não a gadget], Lulu e Authonomy permitem que escritores se auto-publiquem. Editores não morrem, mas precisarão efetivamente agregar valor ao processo.
5] Proliferação de Blooks [Books de Blogs] mostrando que o modelo do “livro instantâneo” está se ajustando ao mercado [e vice-versa]…
E mais, muito mais. Esta é a realidade de 2008. Nos EUA, claro, no Brasil, vemos, infelizmente, algo ainda muito insipiente, quase um paradoxo…
Entretanto, não esqueçamos, vivemos globalmente.
Aos interessados no tema: acompanhem o Twitter do Pontolit: http://www.twitter.com/pontolit e o Pontolit, claro.
Abs,
daqui A uns 20 anos… claro
A tradução é massa, Isabel. Flaksman é profissa. Vai com fé.
2008: o ano que fizemos contato…
10) The rise of the ebook reader
Much as the music industry is slowly getting to grips with digital, so too is the publishing industry. This year saw ebook readers move from geek to mainstream. Amazon launched the Kindle in the US, while in the UK, Waterstones started to sell Sony’s Reader. Other mobile devices, too, embraced the medium, with several apps available for the iPhone that turn the handset into an ebook reader, and even Nintendo announcing that DS users would soon be able to read classics published by HarperCollins on its device. In truth, though, sales of ebooks and ebook readers remain dwarfed by those of old-fashioned “proper” books, but 2008 has arguably seen some much-needed momentum build behind the ebook format.
FONTE: Technology review of the year 2008 [TELEGRAPH.CO.UK]
Sérgio, você me criou um problema. O Sérgio (seu xará) quer se mudar para esta cidade. Muito linda mesmo.
Maria Lucia, sábios projetos! Prometo visitar vocês sempre que aparecer um táxi de jornal. Nesse meio tempo, é um prazer encontrá-los aqui nestas páginas imateriais. Beijos pro casal.
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