– Toca pra oeste – disse ela – passando por Beverly Hills e em frente.
Engatei a primeira e dobrei a esquina para seguir rumo ao sul até Sunset. Dolores sacou um de seus longos cigarros marrons.
– Você trouxe uma arma? – perguntou.
Descubro na “Paris Review” Daylight noir: Raymond Chandler’s imagined city, livro da fotógrafa Catherine Corman sobre a Los Angeles do escritor, legendado por trechos das histórias de Philip Marlowe. O prefácio é de Jonathan Lethem.
5 Comentários
A chamada no iG diz “Fotos da Los Angeles imaginária do escritor Philip Marlowe “, e Marlowe era detetive, não escritor.
Aaaauuurrrrgghhh! Obrigado, Bruno, já mandei consertar.
As fotos e os textos de Chandler constroem um belo universo noir, um todo indivisível e belo, até em sua decadencia.
Puxa! Esta Foto é “Um Gigante! “
“..Numa prisão um homem não tem personalidade.Ele é um problema menor a ser resolvido e algumas anotações num relatório.Ninguém se importa com quem gosta dele ou o odeia,como é sua aparência, o que ele fez com a própria vida.Ninguém reage a ele a não ser que ele cause problemas.Ninguém o maltrata.Tudo o que pedem é que ele fique quieto, siga tranquilo para a sua cela e permaneça quieto depois que entrar nela. Não existe nada com que lutar, nenhuma razão para ficar zangado.Os carcereiros são homens quietos, sem animosidade ou sadismo.Todas essas histórias de homens gritando e berrando, se atirando contra as grades,batendo com colheres nas barras de ferro, guardas correndo com porretes – tudo isso é a penitenciária.Mas uma boa prisão é um dos lugares mais calmos do mundo”. Só faltou uma foto do presídio, para ilustrar este trecho do “Longo Adeus.” Edição LPM, tradução Flávio Moreira da Costa.