E a relação dos finalistas do Portugal Telecom, hein?
Nos seis anos de existência do galardão (os quatro primeiros, é verdade, em âmbito apenas nacional), só um português – o luso-angolano Gonçalo M. Tavares, em 2007 – ganhou o primeiro prêmio.
Tem muita gente apostando que chegou a hora de equilibrar um pouco mais o jogo.
15 Comentários
Não li nenhum deles… Você faria alguma aposta, Sérgio? Bjs
também não li nenhum mas por outras obras vou de Lobo Antunes!
Prêmio literário é como a medalha da grã-cruz, como a ordem cruzeiro do sul, como os títulos nobiliárquicos que os pretensos fidalgos gostam de exibir: um adorno, um penduricalho que se ostenta ao peito, algo antiquado, old-fashioned, cheirando a natalina. Para mim, o sujeito que se apresenta como feliz contemplado do prêmio jaburu de literatura não passa de um bárbaro, um primitivo, que se deixa vender por meia dúzia de pedras coloridas.
Esses rapazolas vaidosos que se entregam ao enternecedor prazer conferido pelo afago ao ego e pelos tapas nas costas, que seres desprezíveis…
Ah, Rafael, mas os R$ 100 mil pelo primeiro lugar do Portugal Telecom não são de jogar fora…
Ah, tem dinheiro envolvido? Pois retiro o que disse (quer dizer: o que escrevi). O dinheiro é que faz a condição da vida superior. Por ele, é aceitável até escrever má literatura.
Deus!! Dai-me a graça de me tornar um bárbaro, um primitivo, um vendido por meia dúzia de pedras coloridas.
Conceda-me a vaidade, o prazer e a egolatria.
Os 100 mil também… Amém.
Pois é… a máxima agora é: “compro, logo existo! “… rssss
Senhor!!
Dispenso a dádiva de me tornar um bárbaro, um primitivo, um vendido por meia dúzia de pedras coloridas.
Pode entregar isso à qualquer outro, juntamente com a vaidade, o prazer e a egolatria.
Reserve-me apenas os 100 que estarei satisfeito…
Amém.
Senhor!!!
Já sou um bárbaro, um primitivo, e Vois sabeis que tenho me vendido por apenas quatro pedras coloridas, e à prestação.
Quanto à vaidade e egolatria, comento em blogs, logo …
Portanto, acho muito justo receber os 100M!
Não sei, posso estar sendo ingênuo. Mas, injustiças e parcialidades à parte, acho que os prêmios literários têm, sim, uma importante função no mundo das letras. Por um lado, dão condições para que alguns escritores se dediquem com mais afinco à literatura. Temos aí Tezza e Hatoum como exemplos.
Por outro, abrem espaço na imprensa e estimulam o consumo de literatura nacional. Levante a mão quem não se sentiu tentando a comprar “O Filho Eterno” depois que ele amealhou os principais premios nacionais?
Como eu faço para levantar a mão pela internet?
OFF TOPIC:
A notícia é de hoje, 18/09/09, pela manhã.
Diante disso, seja para o Bem, seja para o Mal, de agora em diante não tocarei mais no assunto, a menos que algum de vocês seja (vire?) torcedor do Peñarol ou do Real Madrid.
Um abraço.
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Cruzeiro/0,,MUL1309641-9863,00-CRUZEIRO+E+ELEITO+O+MELHOR+TIME+BRASILEIRO+DO+SECULO+SEGUNDO+A+IFFHS.html
http://www.iffhs.de/?32b0cfd380ff73117fe2c0bf23c17e23a09e33b17f7370eff3702bb1c2bbb6e20e52c00f23808f15
Ah, na boa? Um prêmio que tem o desplante de botar o Lobo Antunes – o único autor vivo de Portugal que merecia ganhar um Nobel – como “concorrente” não devia ser ganho por ninguém. O Lobo Antunes já tinha que ter sido escolhido de cara.
Ah, não, eu ia ficar quieto mas não consigo, maldita boca: o que o Eucanaã Ferraz tá fazendo nessa lista? Será o famoso “humor português”? Só pode, né?
Outra coisa: o livro do Noll é um pastiche do próprio autor a si mesmo, uma cópia. O Noll está envelhecendo – e envelhecendo mal.
Lourenço Mutarelli: ver o comentário a respeito do Eucanaã Ferraz, e só trocar o nome. Acrescento: o Mutarelli tem que escrever ainda muito pra merecer um prêmio desses. Por enquanto, prefiro-o (e muito!) como desenhista, porque ele é dos melhores que nós temos.
Torço para os portugueses, em especial Inês Pedrosa, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares e, claro, sobretudo Antonio Lobo Antunes (que, um dia, vocês há de descobrir que é o meu pai verdadeiro).
#prontofalei
Correção: vocês HÃO de descobrir.
No ano passado, Lobo Antunes ganhou – mas foi roubado por não vir à cerimônia de entrega.