“Envelheçam depressa, deixem de ser jovens o mais rápido possível.” O conselho de Nelson Rodrigues (1912-1980) aos jovens deixa evidente a implicância que ele devotava a qualquer pessoa que não carregasse um bom número de décadas nas costas. No entanto, pelo menos num ponto – entre outros, claro – a juventude é invejável: quanto menos vivido, mais chances tem o leitor de receber como revelação a nova edição de “A vida como ela é…” (Agir, 606 páginas, R$ 59,90). E encontrar essas histórias pela primeira vez é um privilégio, uma dádiva. Convém, então, refazer aquele conselho: não envelheçam, jovens. Não enquanto não lerem isso aqui.
Crônicas? Bem, pode-se dizer que sim, pois saíam no jornal. Por alguma razão parece melhor chamar de contos essas variações curtas e às vezes brutais em torno do tema do adultério. Como contos, aliás, elas já eram rotuladas em sua primeira edição em livro, nos dois volumes lançados em 1961 pela editora J. Ozon, que a Agir reúne agora num volume só. Contos populares, velozes, furiosos, magistrais em sua economia de meios. Fazendo as vezes de pano de fundo, um milagre: como é possível que textos de jornal, escritos diariamente – sim, com uma única folga por semana – ao longo de toda a década de 50 para a “Última Hora” de Samuel Wainer, componham um todo tão coeso e de qualidade literária tão cintilante? O que fazer de nossas noções de abismo intransponível entre literatura de massa e literatura com L maiúsculo?
Não sei a resposta, mas tenho um palpite. Começa pelo reconhecimento de que ninguém, na língua portuguesa, jamais escreveu diálogos como Nelson Rodrigues. Não há quem chegue perto. (A propósito, escritores interessados em dominar essa arte cabeludíssima só precisam estudar a obra teatral do homem, que num juízo mais ou menos unânime – sempre existem os casos de falta de juízo – é o maior dramaturgo brasileiro. Basta isso: quem fizer o dever de casa direitinho será um mestre dos diálogos em uma semana. Depois não digam que eu não avisei.)
Os diálogos, pois é. Acredito que eles expliquem a maior parte do milagre de “A vida como ela é…”. Escritos sempre com travessão, no velho figurino brasileiro que as aspas americanizadas vêm tentando aposentar, tocam as histórias para a frente de forma inapelável. Saltam da página, queimam os olhos com seu sabor carioca de época e dúzias de gírias datadas como “espeto” e “batata”. Não é uma arte banal, essa. Sem ela, os exasperados personagens rodriguianos, sempre em contato mais direto com suas pulsões primitivas do que admite a literatura realista, dificilmente deixariam de soar inverossímeis ou tolos. O que os torna irresistíveis é a forma perfeita como falam.
Claro, não se trata de teatro. O narrador intervém, situa, comenta, descreve, ironiza. Sempre, porém, de forma sucinta, sem falta nem sobra. Não aparece aqui, ou aparece discretamente, a vocação para as hipérboles cômicas e imagens estereotipadas que Nelson exercitava sem parar em suas crônicas propriamente ditas. Um ou outro pescoço pode até ser “grosso e bovino”, mas as tempestades não são de “terceiro ato de Rigoletto”.
Item de colecionador na velha edição de 1961, “A vida como ela é…” foi reposta em circulação nos anos 90 pela Companhia das Letras, com seleção de Ruy Castro. “O homem fiel”, de 1992, e “A coroa de orquídeas”, de 1993, traziam ao todo 95 histórias. A edição atual, espelho da original, tem cem. Algumas são as mesmas, outras não. O bolo total da série “A vida como ela é…” chega a dois mil contos – muitos, é verdade, com elementos repetidos de forma mais ou menos descarada. Como dizia o próprio Nelson: “Um dia sim, outro não, repito a metáfora da antevéspera”.
Expirados os contratos dos herdeiros de Nelson Rodrigues com a Companhia das Letras, a Agir foi à luta e levou, não sem estresse, os direitos de publicação de sua obra em prosa por sete anos – o teatro permanece na Nova Fronteira. Esse material ganhará agora uma edição bem diferente da que foi organizada por Ruy.
“Uma obra tão dispersa comporta o critério de edição definitiva? Acho que não”, afirma Paulo Roberto Pires, gerente editorial da Ediouro (que detém o selo Agir). Pires planeja um novo volume de histórias de “A vida como ela é…” garimpadas nos arquivos da “Última Hora”, mas ainda não tem data para lançá-lo. O próximo livro de Nelson na casa, “O casamento”, sai em novembro. Trata-se de um romance, coisa mais caprichada, mais ambiciosa. Acreditem, jovens: não chega aos pés deste aqui.
Para o ano que vem estão previstos dois livros que Pires chama de “inventados”: um volume estiloso juntando trechos de crônicas e fotos do Rio de Janeiro para compor uma “geografia rodriguiana” da cidade, com organização de Beatriz Rezende, e uma reunião das principais entrevistas dadas por Nelson a colegas como Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende.
Para encerrar, um brinde para o leitor do Todoprosa: clicando na imagem ao lado, pode-se ler, em pdf, a falsa primeira página do jornal “Crítica” (nome do diário que pertenceu a Mario Rodrigues, pai de Nelson), editada por Paulo Roberto Pires para esquentar o material de divulgação do livro. Ficou bem divertido.
39 Comentários
Do Nélson Rodrigues, li apenas aquele livro com crônicas de futebol, que saiu há uns anos. Mas fiquei feliz com a história dos travessões. Adoro travessões. Talvez eu vá ler o livro só por causa da existência deles.
No “O Dia on line” toda Segunda-feira (acho) é publicada uma história do Nelson de que gosto do estilo, do texto, de tudo que nó machões empedernidos gostamos. Tá bom Sérgio Rodrigues? Ainda estou pensando sériamente em te processar pela insinuação. Quáquáquá. Snifsnifsnif.
Ah! E o cara da loja de multileitura também ficou puto! Vc sabe de que estou falando, pois não? Aguarde notícias nossas, senhor Sérgio Rodrigues!
Cacete! Eu comprei da Companhia “A Coroa de Orquídeas” e o monumental “Asfalto Selvagem”.
Viva Nelson, sempre!
Como todo grande tricolor, um gênio.
Viva Nelson!
Nelson Rodrigues era nada menos que genial. Repetitivo às vezes, mas ainda assim genial. Nunca li nada parecido com suas crônicas e contos. Não há nada parecido em literatura nenhuma do mundo.
Pena que já tenho as edições da Companhia das Letras…
Realmente, para quem já tem a edição da Cia. das Letras fica difícil. Mas, pelo que li na imprensa, esta nova edição tem vários texyos que só sairam na edição original, na década de 60…
Eu sei que é quase proibido discordar de Nelson Rodrigues, pois virou ícone faz tempo. Quem não o aprecia é iliterato, preconceituoso, conservador… Mas nunca consegui ver a grande revelação que poderia haver em seus contos sobre uma sociedade adultera, desonesta e pedófila.
Olha, vou fazer uma inconfidência. Gosto muito da obra de Nelson Rodrigues, mas tenho uma queda especial por Suzana Flag, tão renegada por ele.
É impossível não rir das viradas nos roteiros de “Meu destino é pecar” e “Escravas do amor”. E, ao mesmo tempo, é impossível largar os livros antes de chegar à última página.
Vai sair mesmo? Batata?
Sérgio, você que é (epa!) nosso guia, poderia traçar – se é que existe – um parelelo entre a obra do grande Nelson e do Dalton Trevisan, também ótimo?
Tatarana, guia não, pelamordideus. Leitor compulsivo e palpiteiro, pode ser. Acho que o Dalton é claramente filho do Nelson, provavelmente o maior e mais importante da prole, mas esse estudo – que eles merecem – vai ter que ficar pra alguma outra ocasião. Um abraço.
U. Eco escreveu, sobre Casablanca (estou resumindo muito), que sua “genialidade” tem a ver com o fato de que todos os chavões estão lá. Talvez isso tenha a ver também – um pouco – com Nelson Rodrigues.
Está belíssima a edição. Sempre é bom voltar ao Nelson nesses tempos tão rame-rame. Saudações tricolores!
Pois é, Sérgio, Nelson Rodrigues escreveu numa época em que havia portas a serem derrubadas – e as derrubou com maestria. É interessante perceber como seus textos, tanto a prosa como o teatro, se mantém fiéis à tradição, mas com a dose certa de inovação (com o perdão pela rima). Eu acho interessante que as pessoas ainda digam que Nelson Rodrigures é um pornógrafo. Ah, a triste sina da ironia entre os leitores brasileiros… Algo que dizem, por sinal, de Dalton Trevisan.
Vale dizer, ainda, que ninguém escreveu sobre futebol como Nelson Rodrigues, que soube dar a ele uma dimensão trágica. não é preciso torcer para o Fluminense para admirar as crônicas esportivas dele. Outro dia eu perguntei a um poetinha da moda se ele achava possível fazer poesia sobre futebol. Ele disse que não. Mas minha dúvida persiste. O que você acha?
O senão (sempre há te der um?) fica por conta da vulgarização do teatro do Nelson Rodrigues. Há alguns anos, fui obrigado a ver mutas adaptações de peças do autor. Todas, sem exceção, com um apelo pornográfico. Será este o preço da popularidade?
Sei que seu blog não fala de poesia. Fala, por acaso, de teatro? É que já li em algum lugar que Nelson Rodrigues é o nosso O’Neill. A comparação é válida?
Bem, me confesso meio amedrontado de comentar aqui. Saio de fininho, pois.
Abs
Polzonoff, concordo sobre a banalização, mas isso é uma conseqüência quase que natural. Não acontece tbm com Sheakespeare, o maior do teatro?
Nunca fui de ler livros, é um defeito que tenho 50% pela minha versão natural, 50% por uma orientação escolar equivocada. Mas isso foi antes de conhecer Nelson Rodrigues. Primeiro a biografia de Rui Castro que me apresentou alguém que até então, pra mim, era sinônimo de “reacionário” no campo político e “pornográfico” na literatura. Sua biografia despertou em mim uma admiração imediata pela pessoa e me impeliu a conhecer sua obra. Peguei lebve de início : “A Pátria de Chuteiras”, coleção de crônicas de futebol, ali estava o Pelé da crônica esportiva de todos os tempos, simplesmente inigualável, mesmo que você não seja tricolor. Foi quando decedi conhecer toda a obra e tive certeza que sua genialidade não estava limitada ao esporte bretão. Posso afirmar que é o nosso maior escritor mesmo sem ler os outros.
Paulo, meu caro, não se intimide não, fique à vontade. Quanto à vulgarização das leituras do Nelson no nosso teatro, também concordo, como o Marcelo, e ainda acrescento a que foi promovida pelo cinema. Mas acho que isso diz muito mais sobre nosso teatro e nosso cinema do que sobre o Nelson. A respeito do O’Neill, você, que anda aí por Nova York, tem tudo para julgar melhor do que eu. Não conheço bem a obra do sujeito. Mas, assim de cara e meio levianamente, a comparação me parece enganosa. Nelson Rodrigues tem peso relativo no teatro brasileiro maior que o de O’Neill no americano. O’Neill tinha a companhia de no mínimo dois dramaturgos do mesmo tamanho, Tennessee Williams e Arthur Miller. O Nelson não.
Agora falta você entregar o nome do poetinha que não acredita em poesia sobre futebol.
Um abraço.
U. Eco escreveu, sobre Casablanca (estou resumindo muito), que sua “genialidade” tem a ver com o fato de que todos os chavões estão lá. Talvez isso tenha a ver também – um pouco – com Nelson Rodrigues.
Comentário de Sírio Possenti
Sirio, caro, com todo respeito a Humberto Eco a genialidade de Casablanca nunca terá aspas.
Chavões? Romeu e Julieta também podem ser incluídos lindamente nesse quesito assim como toda a literatura do mundo, certo ?
Nelson é um dos grandes da literatura mundial. Um orgulho que ele tenha nascido aqui. Na realidade um sujeito como o bom e velho Nelson ter nascido brasileiro é uma das últimas esperanças que nos restam de que – em se plantado dá – é verdade mesmo e não uma cartinha engana rei d’ além mar.
Nelson, é claro, discordaria – para ele a grande esperança do brasileiro é o sábado.
E isso não é óbvio para a maioria das pessoas.
abs
ma
Ouvi dizer que “batata” era só uma gíria da própria família do Nelson. Depois que ele colocou na boca de todos os seus personagens, espalhou e virou mania nacional (ou pelo menos carioca). Será verdade?
well…esse eu vou comprar.
Ou roubar de alguém ,como gostaria Nelson Rodrigues.
Quando era pequena me escondia nun gavetao no quarto do meu avo, esperava ele sair via onde ele guardava a chave do armario dos livros ” que nao sao pra criancas lerem” e ia direntinho em qualquer lombada com o nome de Nelson Rodrigues.
Jurava que quando crescesse ia ser igual a ele.
Ainda estou tentando.
Sou eu que ganho pouco ou o livro é exageradamente caro ? Quase 60 mangos por um material reeditado várias vezes desde os anos 1960 ? E que são crônicas publicadas originalmente em um jornal ! Mesmo sendo obra de um dos nossos magistrais, ainda não sei se o preço é justo. Ajudem-me a entender.
Sou leitor de Nelson (ele sempre grafou sem acento) Rodrigues há muito tempo. Meu primeiro contato com sua obra foi com um volume de seu teatro, logo a peça “Anjo Negro”, um audacioso retrato do autopreconceito do negro. Li as suas demais peças e passei a colecionar qualquer livro de sua autoria ou relacionado a ele. Possuo um exemplar da 3ª edição do romance ” O Casamento”, pela Eldorado Editora, do Carlos Lacerda; aliás, foi uma encomenda do dono e, fora seu teatro, a única obra que Nelson escreveu diretamente para ser livro. Quando Rui Castro lançou a biografia do “taradão ilustre”, segundo Oswald de Andrade, minha admiração cresceu.
Agradeço por toda informação sobre relançamento da obra do “Flor de Obsessão”.
Marco:
Pus entre aspas porque estava citando de memória…
Sérgio,
Começa com F.
abs
Eu era leitor compulsivo das crônicas rodriguianas na extinta ‘Última Hora’.
Anticomunista ferrenho – em conseqüência de ter sido seguidor dessa ideologia totalitária na sua juventude – Nelson era crítico feroz dos grandes déspotas do comunismo mundial e nacional.
Presto minha homenagem ao mestre, pinçando algumas de suas geniais frases extraídas da coletânea de Rui Castro “As 1.000 melhores frases de Nelson Rodrigues”- Companhia das Letras, 1997:
“O padre de passeata é hoje, uma ordem tão definida, tão caracterizada como a dos beneditinos, dos franciscanos, dos dominicanos e qualquer outra. E está a serviço do ódio.”
“Os padres querem casar. Mas quem trai um celibato de 2 mil anos, há de trair um casamento de quinze dias.”
“No brasil, só se é intelectual, artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou mata-mosquito com a aquiescência, com o aval das esquerdas.”
“Não há ninguém mais bobo do que um esquerdista sincero. Ele não sabe nada. Apenas aceita o que meia dúzia de imbecis lhe dão para dizer.
“Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.”
“Eu amo a juventude como tal. O que eu abomino é o jovem idiota, o jovem inepto, que escreve nas paredes “É proibido proibir” e carrega cartazes de Lênin, Mao, Guevara e Fidel, autores de proibições mais brutais.”
“No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.”
…”ninguém, na língua portuguesa, jamais escreveu diálogos como Nelson Rodrigues.”
Hmmm … Sérgio, você é candidato a algum tipo de reeleição? rsrsrs
NÉLSON RODRIGUES,NA MINHA OPINIAO,DEVERIA TER GANHO O NOBEL;O ÚNICO DEFEITO DELE,É QUE ERA ANTI-COMUNISTA!
R.A.R
Certa vez, no caderno de literatura do New York Time, tive o prazer de ler o resenhista dizer que, nos EUA, muitos , dos que conheciam a obra de Nelson Rodrigues o julgavam o T.S. Elliot brasileiro. Engano, afirmou ele: T.S. Elliot é que era o Nelson Rodrigues americano.
Quem somos nós prá duvidar…
Previsível, demasiado previsível. O assunto é literatura, mas sempre tenta-se achar lugar para o script de sempre. E já que o negócio é simplificar, é bom lembrar que as opiniões políticas de Nélson Rodrigues eram tão pertinentes que nem seu filho as seguia.
A edição ficou uma beleza, eu já vi nas lojas!
Maria Vaz, segundo Ruy Castro na biografia “O Anjo Pornográfico”, Nélson/Suzana Flag escreveu “Meu Destino é Pecar” na redação da Ultima Hora entre interrupções para almoço e cafezinhos, onde também trabalhavam Millôr e Hélio Fernandes. Nas saídas dele, os dois iam bisbilhotar o texto e, às vezes, davam prosseguimento à história. Nélson chegava e continuava naturalmente. Talvez isso explique “as viradas nos roteiros”.
Anraphel – Só o fato do filho, infelizmente, não seguir as pegadas do pai, prova de maneira incontestável que a genialidade não é hereditária.
Isso mesmo, Luiz, não é de maneira nenhuma. A genialidade de Nélson Rodrigues é aferida especificamente da sua obra literária e teatral. Em política a coisa era outra. Chegou a atribuir todo aquele peso deletério à esquerda numa época em que essa estava sendo perseguida, presa, torturada e morta pelos militares. Nélson, morando no Rio de Janeiro, frequentando e trabalhando jornalistas e artistas, achava Médici um presidente correto, até cordial. O golpe no fígado veio da pior maneira possível: seu filho preso pelos órgãos de segurança.
Acho ruim ter de colocar isso aí. Nélson Rodrigues é de fato um dos cinco melhores textos da literatura brasileira. Lê-lo produz aquele tipo de prazer que chega a ser físico.
Ah, sim, e o cara tinha um tremendo bom gosto futebolístico: era torcedor do Fluminense.
Um tremendo contista, tão bom quanto Nelson Rodrigues (ao seu estilo) é o paulista radicado em Curitiba, Valêncio Xavier. Vale a pena ler.
Ser comunista na juventude, é compreensível. Todos nós, de uma maneira ou outra, fomos. Na maturidade, depois de adquirirmos uma certa bagagem cultural e existencial, é inadmissível.
Nelson Rodrigues, em suas crônicas, nos mostra como isso é verdadeiro!
Concordo, Logan. Mas em Curitiba é difícil um contista não sofrer uma certa ‘influência’ de Dalton Trevisan. O vampiro está sempre à espreita…
Rosa, Procurando com lupa talvez Nelson tenha sim um concorrente.
So que um tantinho mais velho, e la no estilo da epoca ,Gil Vicente, mas so talvez e com graos de sal.