Está certo, você veio parar aqui por acidente. Estava atrás de Roberto Bolaños, um artista mexicano plural mais conhecido como Chaves, e ficou furioso ao saber que o tema era um tal de Roberto Bolaño, escritor chileno singular. Acontece – o armazém da internet tem prateleiras infinitas e nem sempre a sinalização ajuda. Conheço um sujeito que andava à procura de artigos sobre Francis Bacon, o filósofo, e vivia caindo em páginas sobre a Perdigão. A diferença é que ele nunca culpou a banha de porco por seus infortúnios.
O assunto aqui é literatura, desculpe. Isso não quer dizer que o blogueiro e seus leitores não tenham outros prazeres na vida. Sei que parece difícil de acreditar, mas a grande maioria de nós trepa, vê séries de TV americanas, ouve música, vai ao cinema e até – sim, eu juro – tem paixão por algum time de futebol. Acontece que, como o fornecimento dessas mercadorias já é farto em outras bibocas da rede, há quem prefira investir neste nicho exótico. Não existem comunidades inteiras dedicadas à podolatria? À volta de D. Sebastião? À arte de cultivar maná-cubiu? Pois então. Esquisitices.
Não fazemos por mal. Ninguém o julgará uma besta apenas por não gostar do ambiente e ir embora. Mas se resolver ficar, dar uma volta, quem sabe aprender uma ou duas coisas inesperadas – de utilidade duvidosa, reconheço, mas nunca se sabe – este decálogo de armadilhas mais comuns pode ser útil:
1. Machado aqui é um escritor antes de ser um instrumento de cortar madeira.
2. Joyce é irlandês e maluco antes de ser carioca e cantora.
3. Calvino é mais italiano e fabuloso do que francês e protestante.
4. Borges é argentino e cego, jamais espanhol e azeite.
5. Alencar, embora José, não ocupa a vice-presidência da República.
6. Rosa pode até nomear uma flor de boniteza, mas é mais provável que designe um buquê de precisão.
7. Romance não é – não necessariamente – uma história água-com-açúcar. Água com cicuta também vale. Na verdade, vale mais.
8. Conto só é de réis quando o editor, coisa rara, paga por ele.
9. Ensaio não é o que os atores fazem antes de estrear a peça.
10. Novela não é o que a Glória Perez comete para viver.
Confuso? Você se acostuma. Ou não. De qualquer modo, o armazém é bem grande. Já deu uma passada na prateleira de maná-cubiu?
88 Comentários
Que tapa, hein!?
Podia figurar no sobrescritos, tranquilamente.
6. Rosa pode até nomear uma flor de boniteza, mas é mais provável que designe um buquê de precisão.
é por essas e por outras que, faça chuva ou faça sol, bato ponto por aqui todos os dias …
(mas, cá entre nós: este não foi exatamente um “sejam bem vindos”)
Agora é só colocar esse post como página de alerta sempre que seus textos ganharem chamadas na capa do IG.
Algum estagiário do site deve ser capaz disso 🙂
Ahaha, muito bom!
Hã?
Foi lamentável ler todos aqueles insultos.
Só estranhei sua resposta só vir agora. Perdi alguma coisa no caminho. 🙂
Ótimo!!
Mas vale pensar o quanto nós, que visitamos esse site regularmente, já cometemos o mesmos pecado dos que aqui vem por acidente. O de não conseguir compreender o gosto alheio.
adorei!
excelente!
Sou uma internauta que está caindo de guarda-chuvas…não há o que pare minha sensação de cair nas frases dos blogs!
Meu anti-depressivo terá que ser aumentado na dose…
“O assunto aqui é literatura, desculpe…”
A grafia correta é paraquedista, desculpe.
Reinaldo
Sei pouca coisa sobre ‘os insultos’… Sua raiva é sempre assim, Sérgio?
Está valendo.
outro dia consegui manter uma conversa por quase 10 minutos sobre o DVD de A Bela e a Fera antes de perceber que o cara tava falando do filmes do Jean Cocteau e eu do desenho da Disney =)
essas confusões acabam sendo divertidas, co ose u post, Sérgio
(caraças, há quanto tempo eu não passava pelo blog!)
http://twitter.com/Fabio_Negro
“A grafia correta é paraquedista, desculpe.
Reinaldo”
O acordo já está em vigor, mas as normas ortográficas anteriores ainda valem, e o uso das novas regras só será obrigatório a partir de 2013. Portanto, seu uso do termo “correto” está incorreto.
Não peço desculpas porque não me desculpo com corneteiro.
Passei 44 anos sem saber o que é um maná-cubiu e agora que descobri o que é, percebo que podia muito bem continuar não sabendo pelos próximos 44.
Reinaldo Pedroso: como o Hefestus já corrigiu sua “correção”, acrescento apenas que o Todoprosa, da forma mais orgulhosa e explícita possível, não adota (enquanto não for obrigado) a nova ortografia. Em compensação, a “velha” é tratada com muito respeito aqui. A imprensa brasileira se precipitou nesse negócio, ao contrário da portuguesa, o que acaba levando a comentários equivocados como o seu.
Sérgio: Divertidíssimo. Mais um texto que gostaria que fosse meu. Mas não é.
Hefestus: De acordo!
Que beleza. Quanta fineza (trepa, do verbo trepar? Em árvore?)… É a primeira vez que eu entro aqui. É também a última. Boa sorte.
A novela que Gloria Perez cometeu…Que ótimo isso!!!
Diverti-me a valer, com fartas gargalhadas, ao ler o texto.
Pena que os destinatários, os pára-quedistas (com hífen e acento; viva a grafia antiga!), não entenderão nadica de nada.
A sutileza, e olha que o seu texto, Sérgio, nem é tão sutil assim, a sutileza, como ia dizendo, é demais fluída para mentes tão grosseiras.
Nossa! Hilário, acho que nunca encontrei um texto que descrevesse tão bem a sensação de que a liberdade de expressão é para todos! Cada um escreve sobre o que gosta, e o que bem entender… Ótimo! Virou favorito este blog! Parabéns!
Parabéns! O melhor texto que já li nesse site, cheio de excelentes textos. Antológico!
Bravo!
chamou aê, cara? num vô não.
Como disse em outro post, saudades do tempo em que o Todoprosa era do Nomínimo…
Mas que tem um monte de imbecis vindos da porta do IG não há dúvidas…
Isso tudo é culpa dos babacas atraidos para cá pelo Ig…
Nessas horas que eu insisto na campanha “Exlusão Digital Já”.
Ou naquela outra “Apreda onde é o seu lugar”.
COmo o Rafael disse mais acima, é uma pena que os donos do endereço desse chute não vaõ nem se tocar que é para eles…
Talvez alguns que nem a Katarina mais lá acima…
Maldito senso comum que quer fazer de tudo um refúgio seu.
Sérgio, se me permite um aparte:
Por que o orgulho em não seguir a novas regras ortográficas? Você não era, salvo engano, um entusiasta desse crime de lesa-língua? O atroz corroterista fez você mudar de idéia?
Acompanho o blog via rss, portanto nunca tinha lido os comentários. Fiquei curioso e vim ler alguns. Coisa mais esquisita. Há pessoas (e muitas!) que vêm aqui, não entendem nada e mesmo assim não gostam mas, antes de irem pra nunca mais voltarem, fazem questão de deixar a marca da patinha no cimento fresco? Será que além de bater na mulher e chutar o cachorro o brasileiro agora descobriu que azucrinar blogs pode também aliviar a tensão provocada pela frustração reiterada? Caramba, que trise…
Um abraço e siga adiante, Sérgio. O blog é genial.
Joyce,ah o Joyce.”Os vivos e os mortos”, lindo!
Tem gente que não entende (nem escreve) na ortografia antiga e quer dar uma de bom na ‘nova”! ,Não sei não Sérgio,mas acho que precisa de um blog para traduzir o seu blog para os pára-quedistas.
de fato é um habito dos menos avisados, pensam que sabem
é um PERIGO, E ACONTECE EM MUITOS LUGARES, FOI BOM
COMENTAR,É UMA OPORTUNIDADE DE REVER OS ATOS
Sérgio.
Perdi algo? Não sei se esse teu texto era realmente necessário, achei-o um pouco arrogante, como acho muitos comentários bastante pedantes. Poderia incluir nos objetivos do blog a conquista (para o mundo) de novos leitores, mas com o post de hoje, acrescido de alguns comentários onde fica clara a idéa de serem superiores por terem acesso a boa leitura, só faz afastar as pessoas mais simples. E a gente tem sempre algo a aprender com os outros, por mais simples que sejam, então…
Eu costumo dizer o seguinte:
Idiota é idiota e sempre será idiota.
Agora, quando um idiota consegue estudar, aí, gente, fica impossível de conviver, ele continua idiota, agora, com estudo e vira um idiota imbecil, no mundo esta cheio disto, por isto, estamos vivendo com poluição de tudo que é jeito, pedofilia, sequestros, atos secretos, Lula com Collor e Sarney e passando a mão na bunda do Calheiros etc etc.
Não entendi porra nenhuma.
Prezado Sergio,
É a primeira vez que aqui venho – e já o coloquei nos favoritos – confesso que não me interessei pelo chaves, quando vi a imagem de chamada para a matéria não me apeteceu. Não li o que aqui se passou mas pelo tiom do seu post imagino e por isso repito uma frase que costumo utilizar quando me deparo com certos tipos que andam a comentar nos blogs: Triste Brasil!.
Voltarei mais vezes. Esta prateleira parece ser um oasis em em meio a indigência que assola o BR.
Cara eu te leio desde o tempo do finado NoMínimo, mas hoje você se superou!
Argh, que cheiro de mofo.
Só essa chamada é uma tentação para nós, para-quedistas, se queria aumentar a audiência, conseguiu. Pelo menos foi criativo e elegante, além de educativo.
Cara, nós somos de outro planeta, com tempo pode ser que essas pessoas que nunca leram nem se quer um recado na porta da geladeira nos aceite em sua cultura.
Abraços
Vou comentar todas as suas matérias daqui pra frente. Acho que no fundo é isso que vc quer, né?
Será que esta postagem vai servir de funil? Duvido… Vou continuar me divertindo com comentários nonsense que “pára-quedam” por aqui…rsrs
Valeu, Sérgio!
Muito bom. Excelente a chamada.
Agora estes comentários de pseudo-intelectuais mancha um pouco o blog.
Explico! Existem pessoas preconceituosas que acham que são superiores por terem maior acesso a cultura. Não pode. Inteligência não é sinônimo de sabedoria. A sabedoria tem um sentido mais amplo. A inteligência deve ser trabalhada para aquisição da sabedoria.
O senhor entitulado Mr. Writer sugere exclusão e tece ilações do tipo … “aprenda onde é o seu lugar”.
Uma pena um senhor que se julga o intelectual ser tão ignorante.
Ah … não conhecia o blog e achei sensacional, vim através do portal IG. E daí Senhor Writer?
Está adicionado nos favoritos. Um grande abraço.
O problema não é aprender com os outros… o problema é que esses “outros” chegam no blog cu=hutando o pau da barraca, esculhambando o post, o autor, o tema… enfim, tudo.
O que há pra se aprender com um cara que nem sabe do que se trata o tema e já saiu avacalhando, fazendo piada idiota e ofendendo? Se há alguma coisa a aprender com esse tipo de gente é só ser muito mal educado…
Como disse, malditos leitores do ig…
As pessoas definitivamente não sabem fazer crítcas além das destrutivas… e também não sabem onde é o seu lugar.
Sr. Writer. Existem pessoas e pessoas.
Que preconceito aos leitores do IG.
O autor, o tema e o post não foi esculhambado, ao menos por mim.
Não generalize. Já pensou se quem ler os seus comentários achar que todos os leitores são babacas?
Lion,
aí é que está o ponto… não me julgo intelectual coisa nenhuma.
Quem, assim como eu, frequenta o espaço há algum tempo sabe que de intelectual não tenho nada.
Venho aqui só e somente só pela paixão pelos livros, pelas dicas do Sérgio e de outros leitores, estes sim, mais entendidos de literatura e suas entranhas.
Tanto que nunca me aprofundo em postagem nenhuma e até nem gosto muito de certas duiscussões sobre literatura porque gosto mesmo só de ler e me divertir fazendo isso.
Agora é dose ver gente chegar aqui no blog e só bostejar baboseiras, ofender o dono da casa de forma gratuíta, chamar de inútil coisas que não entende.
Do meu ponto de vista a ignorância, assim como a burrice, não são bençãos.
E sim, tem gente no espaço virtual que deveria saber o seu lugar. Eu particularmente não vou a lugares reais e virtuais dos quais não gosto. Nem por isso entro lá e digo que são um lixo, por mais que assim o sejam.
Agora você pode me chamar de feio, de bobão e de cara de bolo… porque pseudo-intelectual não colou.
Assim o pessoa para de andar com você na hora do recreio, Sr. dos Thundercats…
Lion é meu nome. O do senhor é Writer? Sai do armário kkkkk
Deixa pra lá. Essa discussão não vai levar a nada. O senhor vai continuar preconceituoso e se dirigindo às pessoas de maneira pejorativa.
Não precisa ofender ninguém, o blog deve ter livre acesso até para os retardados e nem por isso devemos execrar aqueles que nada entendem.
Lion é do desenho eo Sr. Writer é um programa freeware e gratuito que faz parte do BrOffice.Org. e possibilita a criação e edição de texto. kkkk muito engraçadinho.
Não, é a música da banda inglesa Stereophonicas…
Xeque-mate…
Não, é a música da banda inglesa Stereophonics…
Xeque-mate…
Para não alongar mais do que o já desnecessário, não insista em transformar o mei PRÉconceito em um conceito.
Abraços.
Bem posto. Sugiro fazer como eu faço: comentários de visitantes incivilizados são meramente extirpados. Depois de algum tempo, eles não voltam mais, para benefício geral.
O Reinaldo não te informaram que podemos escrever na grafia antiga até 1912 – antes de corrigir os outros preste atenção nas bobabgens que você escreve – vai procurar o blog do CHAVES.
ACHEI ÓTIMO!!!!! NÚMERO 7……….
Não entendo! Qual o problema em ser preconceituoso? Só os tolos (disse, se não me engano, Oscar Wilde) não julgam pelas aparências. O preconceito é necessário como o ar que se respira; o preconceito é saudável, bonito; se usado com sabedoria, é ferramenta mais útil que existe para se viver com dignidade.
Viva o preconceito!
Já que o Rafael, sempre ele, afiadíssimo, tocou no assunto, é bom lembrar que, via de regra, programas com o título de FREEWARE são de graça.
Ou seja, não precisa dizer freeware e gratuíto, se é gratuíto é porque é freeware, se é freeware é gratuíto.
E para facilitar a busca, é a terceira faixa do álbum “Just Enough Education to Perform”.
Busca lá no google.
Comentário preconceituoso mas necessário:
“Maldita inclusão digital”
Deus do céu. Escritores trepam? Nunca mais volto nesse blog!
Abss! =p
Biscoito fino, SérgioR. Só uma coisinha: Calvino, o primeiro (quer dizer, “o calvinista”, era francês ou suíço?
Antônio
Não é à toa que o Sérgio é meu ídolo.
Inclusão digital? Isso parece exame próstata.
Sérgio, “a grande maioria” não é um exagero? Não existe uma pequena maioria, existe?
No mais excelente texto, adorei!
Antônio: Calvino vivia em Genebra quando morreu, mas nasceu em Noyon, no norte da França. É um prazer vê-lo por aqui.
Daniel: obrigado, mas não vejo problema em “grande maioria”, se considerarmos que uma maioria de 51%, por exemplo, tem margem pequena ou estreita.
Abraços a todos.
Muitíssimo engraçado. Ri muito. Valeu Sérgio!!!
Putz, o MR. Writer me fez ficar sério, eu que tava com a gargalhada nos
lábios até agora. Porra meu, isso não, né? Que negócio é esse de “seu
lugar”? Luta de classes das mais rasteiras agora? Quer dizer que o seu
lugar é o lugar dos cultos, ilustrados, e o lugar de quem cai por aqui é
o lugar da ralé? Fez perder a graça do negócio. Putz.
Ah não, de novo esse papo de culto, intelectual… arruma outra vai velho.
Papo chato, né, MR. Writer? Chato e repetitivo, tanto quanto suas
idéias, não fossem elas também, além de repetitivas (lamentavelmente
repetitivas), arcaicas e bem reveladoras. Mas, como disse outro
comentarista, esse papo acho que não nos levará muito longe, então, o
melhor é continuar rindo com o post, que foi uma piada em bom estilo,
não como seu comentário tacanho e tragicamente… Típico.
Agora é bom todo mundo adotar as tags explicativas de seus comentários que contiverem ironia, sarcasmo ou doses de humor negro: Exemplo:
[ironia] seu coemtário irônico aqui [/ironia]
[sarcasmo] seu comentário sarcastico aqui [/sarcasmo]
E assim por diante… ou você pode optar pelo tradutor automático de coemtários para aqueles que não entendem o que você quer dizer…
Legendas também podem servir.
Maldito senso comum, maldito politicamente correto…
Writer, ou é senso comum ou é politicamente correto. Ambos juntos é uma
contradição em termos, não acha? E existe coisa mais senso comum, num
país historicamente pautado pela hierarquia, do que dizer “ponha-se no
seu lugar”? Mas ao contrário do que você possa pensar eu não sou o
ortodoxo do politicamente correto não, tanto é que ri muito do post. Só
que ainda me chocam algumas coisas ditas assim, como se fossem
brincadeirinhas, ainda mais sem o menor refinamento (pelo menos quando
tem refinamento a gente pode dizer: putz, o cara é um idiota, mas é
genial). Ressalte-se que o caso do Sérgio é mais próximo da genialidade,
claro.
Juliano, é triste constatar, a cada dia passado, que uns 95% dos internautas é completamente incapaz de entender uma ironia… mesmo que nela esteja escrito com letras garrafais bem grandes assim ó: IRONIA.
Não percamos tempo mútuo com isso tudo, definitivamente não estamos falando do mesmo modo e da mesma coisa.
E esse papo de cometários reveladores, agora você me desculpe, é imbecilidade pura.
Você acha que meia dúzia de comentários meus em uns dois ou três blogs me revela? Francamente.
E desculpe aí qualquer coisa.
Orgulho, preconceito e zumbis
Olhaí Sérgio, uma pauta pra você:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/08/12/orgulho-preconceito-zumbis-editora-lanca-livros-que-misturam-romances-de-jane-austen-com-monstros-sangue-757367735.asp
Quando eu acho que já chegamos ao fundo do poço do mau gosto literário me aparece um troço desses pra provar que o fundo é bem mais fundo… ¬¬
Tranqüilo Writer, relaxemos. Abraço e desculpe qualquer coisa também.
Ah, bons tempos aqueles em que Hiago & Cia. elevavam a alturas celestiais o nível intelectual da discussão.
A propósito: como faço para acionar as tags explicativas de ironia e de sarcasmo…
Excelente, Sergio! Essa sua patreleira está muito bem fornida!!
Gente. Precisamos tratar bem os ignóbeis para que, um dia, eles melhorem. A culpa é deles, sim, mas não 100%. Alguém, um dia, disse a eles, e aprovou o fato de que, ser assim é mais fácil! Vamos ajudá-los. Ou não…
gostei.
Texto hilário e muito oportuno.
Ainda bem que caí de pára-quedas aqui. Adorei o texto, Sérgio. (preciso agradecer ao Zander por compartilhar!)
[ ]’s
Bia
O texto não merecia o comentário de Mr Writer e de mais alguns insatisfeitos com os visitantes menos “ilustres”.
Eu quando li “nicho exótico”, não achei que Sérgio estava ironizando para ressaltar o caráter “saibam o seu lugar” da literatura.
Quem não percebe que a literatura tornou-se algo de muito extemporâneo que se continue jactando de ser um iniciado.
O texto é cordial com os iniciantes e severo com os visitantes mal-educados.
Quem sabe não vem aí um texto para os habitués narcisico-verborrágicos?
O primeiro problema em ser ironico é que, quando as pessoas não te entendem, você é que passa por idiota.
O segundo problema em ser ironico é que, quando você fala sério, todo mundo duvida…
E o terceiro, deixa pra lá… desisto.
Ótimo. O Cony fez um comentário parecido uma vez, acho que para uma Ronaldinha, que, na sua beleza escultural, saiu-se com um “Acho que vou parar com o livro do Jô, que achei que fosse de humor. Agora vou ler a Divina Comédia. Adoro mesmo humor!” – ao que o Cony retrucou: é bom alguém avisar pra essa mocinha que O Vermelho e o Negro NÃO trata da história do Flamengo…
esclarecimento mais do que bem-vindo!
Calvino, o Ìtalo, de quem penso se tratar, ao que eu saiba, nasceu em Cuba. Ou é um terceiro Calvino, alem do francês?
Sabóia: é esse Calvino mesmo, nascido em Cuba por acaso e não menos italiano por causa disso.
” é bom alguém avisar pra essa mocinha que O Vermelho e o Negro NÃO trata da história do Flamengo…”
Agora nem essa tirada funciona mais, uma vez que O Vermelho e o Negro é também o nome do livro do Ruy Castro que trata, sim, da história do Flamengo.
Eu estava ( comentei ) na famosa ( e hilária ) batalha Bolaños x Bolaño, portanto, sou testemunha ocular da história! Sérgio, sou leitor dos mais discretos e, de coração, grande admirador do seu trabalho, mas lendo outros blogs, percebo que grosseiria não é exclusividade do todoprosa; Vc se saiu muito bem, levando para o humor. Já vi blogueiros, digamos, de porte, descerem ao nível de certos comentários absurdos. Permita-me, por gentileza, um recado aos pára-quedistas: Se vc não gostou do que leu, tire as mãos do teclado, respire fundo e reflita se vale mesmo a pena xingar alguém que, eventualmente, pode te ajudar em alguma coisa. Se mesmo assim, vc não se conter, ao menos, não leve tudo tão a sério. Já perdi a conta das vezes que discordei do Sérgio e fiquei na minha, o mesmo vale para turma dos comentários. Nunca me arrependi. Vocês são grandes amigos que não conheço, gosto de pensar assim. Ah, saudades do Hiago. O danadinho faz falta!
Um abraço a todos.
Cordialmente: Alexandre.
Achei o texto excelente!
O chocante são os comentários. Principalmente os que tentam revisar o texto. Sempre tem quem só consiga se apegar aos hífens e possíveis redundâncias, e não ao que mais importa: boa forma e bom conteúdo.
Sérgio, um ótimo texto.
O que me incomoda não é dar em um site qualquer com um assunto completamente diferente do que quero quando faço uma pesquisa. Porque eu sei qual é o mecanismo dos sites de busca, e sei que a pergunta “estou com sorte?” não está lá atoa…
O que me incomoda não é como usuária, é como bogueira. Acontece que há uns dois anos publiquei um texticulo com o titulo de Homo Sapiens Sapiens e estou post virou point de estudantes desesperados para fazer um trabalho de escola. O que acontece é que eles não percebem que estão no lugar errada, dão meia volta e vão tentar a sorte em outro lugar. Não. O que acontece é que eles saem xingando, ou dizendo que eu não entendo nada de ciência, essas coisas todas. Poucos perceberam que (1) aquilo é um blog, provavelmente não é o melhor lugar para se achar conteudo para um trabalho de escola – apesar de ser uma possibilidade; (2) que aquilo é um blog “pessoal” com texto “pseudo-poéticos”, não um blog de ciência.
Acho que só tem uma explicação para isso: analfabetismo funcional.
Desculpe o desabafo. Realmente me entristeço ao ver os nossos jovens sem parametros minimos, nem para usar as ferramentas fantásticas que são os buscadores.
Um grande abraço