Sabe aquela prosa cortante? Aquele estilo contundente? O conto que é um soco na boca do estômago? O poema que é um tapa na cara do leitor? (Para não mencionar, por educação, o escritor que é um pé no saco?)
Seus problemas acabaram. O blog Ao Mirante, Nelson! descobriu a solução – veja o vídeo aqui.
17 Comentários
Por favor me devolva os minutos que perdi vendo esse vídeo…
Obras contundentes, relatos chocantes, estilos demolidores… Tapas na cara e socos no estômago. A força da literatura está em nos fazer revidar de alguma forma. Literatura morna nada mais consegue do que um bocejo enfadado. Nada tenho contra obras arrojadas, positivas, grandiosas, nada mesmo. Mas que graça tem ir a uma livraria e sair de lá sem nem uma gotinha de adrenalina nos acelerando os batimentos cardíacos? Interação. Nas ruas, nos becos e nas livrarias, por quê não?
Ei, Sérgio, valeu pela citação.
E fiquemos aqui, atentos para quando o Don King virar agente literário.
🙂
Abraço.
Sérgio, o lance é engraçadinho sim, e até interessante. Mas uma coisa que me pergunto sempre a respeito dos clichês e das frases feitas é o seguinte: a escrita se faz com palavras, óbvio, e palavras que já existem. Então, de certa forma, tudo o que verbalizamos é, em certa medida, clichê…
A não ser que o façamos através de neologismos, já pensou? Todo escritor sendo um Guimarães Rosa com seus “nonadas”, ou James Joyce com suas palavras-valises?
E, além disso, me parece que todo clichê encerra uma verdade. Ou não?
valeu, Sérgio, achei engraçado. como o Tibor, nada tenho contra o arrojo, muito antes pelo contrário, batalho por ele. mas prefiro disparar meu coração pela emoção e não pelo susto. quanto aos clichês, sim. as palavras são as mesmas, mas clichê, que eu saiba, não é a palavra, mas um conjunto desgastado delas em torno de uma verdade ultrapassada. não acredito em quem alega que tudo já foi criado, não. tempos conectados como o nosso, diferentes do que já se viveu antes, inspiram criação original, sim. mas não acho que a contundência seja a única linguagem capaz de provocar surpresa. ou mudança. by the way, quem é Don King?
Don King é, mutatis mutandis, o Eurico Miranda do Boxe. Foi o empresário de Mike Tayson, inter alia.
Por falar em clichês, não nos esqueçamos que, findo o século XX, os recursos literários mais desgastados e mais desinteressantes são o emprego de neologismos, o hermestimo vocabular e a metalinguagem.
O simples fato do Almirante Nelson, dono do blog mais engraçado e inteligente da internet brasileira, ter saído do conforto das letras para encarar uma linguagem muito mais complexa, nos seus videoposts, já mostra que o cara não está pra brincadeira. Mais um pouquinho e ele se torna para o vídeo o que ele já é para o texto.
André…o que esse Almirante Nelson é para o texto?
CadÊ o grande livro assinado por ele? Será que eu perdi alguma coisa?
Em relação ao “assombroso” resta conclamar os Ghostbusters.
Cezar Santos, você ainda está nessa de fetiche do papel?
Eu só lhe digo uma coisa: leia o blog dele. Está tudo lá, nos arquivos. Leia e deixe desse tipo de idéia pré-concebida (estaria sendo muito agressivo se eu chamasse “preconceito”?).
vou generalizar, mas novamente os leitores do nominimo dão caras de reaças.
tantos colunistas legais, tantos textos ótimos, e muitos leitores xaropes.
estranho.
:>/
hahahahhahahhaha… muito bom, o cara é hilário…
André, não tem nada de preconceito comigo, cara…
O Almirante pode até ter uns textos bons, engraçadinhos, etc e tal, mas daí a ser esse sétima maravilha que tu apregoa vai uma distância considerável, há de admitir.
Vc diz que o blog do cara é o mais engraçado e inteligente do país..pode ser, mesmo porque frequento pouco os blogs e por isso mesmo nem tenho condições para comparações (acho que perco muito tempo lendo livros, sabe?..fazer o quê, né?, questão de gosto e prioridade).
E vc diz ainda que essa maravilha toda que o cara é no blog estará no texto… bem, lhe dou um crédito de confiança e estou aguardando… mas espero o que mesmo, a partir de agora? Uns textos ducaralho no blog do almirante? Pra conferir vou ter de frequentar o blog,certo?
Ou posso esperar um livro tipo “os melhores posts do Almirante”?
Vem cá, tu é parente ou amigo do almirante? Pode dizer, não se acanhe, amizade é talvez o mais nobre sentimento humano.
Abraço extensivo ao Almirante.
nhé… o cara pode até ser a última azeitona da empada bloguística, mas ainda tem uma longa estrada pela frente na linguagem visual…
como sugestão proponho que o autor procure descobrir a definição dos golpes do pugilismo… basta dizer que um “jab” não é o misto de cruzado/gancho que ele faz.
ok, pode parecer picuinha, mas em tempos de wikipedia não custa nada (uns poucos cliques e menos de 2 min) se informar um tiquinho a respeito da metáfora que se pretende desenvolver…
Cezar, o que eu falei do Almirante é exatamente o que eu penso, e não mudei de idéia: é um blog que tem um humor que além de inteligente é de rolar de rir.
E quanto ao menosprezo que você demonstra pelo texto eletrônico, em contraponto aos supostamente nobres livros, só lhe digo uma coisa: é uma postura muuuito atrasada. Um texto colocado no papel não o torna melhor do que o mesmo texto em meio eletrônico. Para se publicar um livro, é preciso de contatos ou dinheiro ou ambos. Para escrever o mesmo texto num blog ou em outras formas de comunicação eletrônica, basta investir o próprio tempo e mais nada.
Quanto aos textos dele, você não precisa acompanhar o blog. Apenas vá lá nos arquivos. Serão no mínimo horas e horas de gargalhadas e sorrisos, e daquele tipo que não faz a gente se sentir um babaca depois.
Quanto à insinuação de amizade com o autor, desculpe, não vou responder. É um argumento totalmente ilógico. Eu jamais faço críticas ou elogios gratuitos, seja para amigo ou inimigo ou desconhecido. Eu elogio e critico que eu acho que merece.
Poxa, o povo ficou raivoso heim! Aos cães, as vísceras. Deixem o cara, quem somos nós, grãos de areia, a dilapidar julgamentos de axiomas de terceiros. A pseudo intelectualidade às vezes é um pé no saco viu… Vou ali escutar uma sabedoria da simplicidade de um lavrador analfabeto, pra ver se recupero a raiva vista em letras de doutos doutores! Foi mal… Alegria, gente! Valeu Sérgio; irônico, almirante!
Com humildade,
Um rato, não de convés, mas de biblioteca. E ainda tenho muito o que aprender!