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Autografa o meu Kindle?

17/06/2009

David Sedaris, o autor de “Veludo cotelê e jeans”, que já andou passeando em Parati, foi recentemente visto – e fotografado – autografando as costas de um Kindle a pedido de um leitor. O “New York Times” diz que isso não é tão incomum, apenas um sinal dos tempos. E Sedaris acrescenta que a experiência é tranqüila comparada à do jamegão que certa vez pespegou na perna mecânica de uma leitora.

Fica por minha conta a suposição de que a moda de autografar Kindles pode até pegar, desde que o rabisco absurdamente analógico na superfície do maior símbolo da leitura digital seja também ele digitalizado como fotografia, antes de ser sugado pelos poros de um Perfex.

6 Comentários

  • Fernando Torres 17/06/2009em12:15

    Eu não havia pensado como ficarão as dedicatórias quando a moda dos livros eletrônicos pegarem. Me deu uma tristeza agora….

  • Eric Novello 17/06/2009em12:35

    Quem quiser autografado, compra em papel, oras. Se em plena era da mp3 ainda existe vinil, por que matar o papel? Se bem que tem aquelas pranchetas eletrônicas, autenticação com criptografia… 🙂

    O que eu acho bacana é estar discutindo isso desde já, com o e-book repondendo ainda por uma percentagem ínfima das vendas. Desloca dos debates de valor de mercado para algo mais etéreo e pessoal. Abss!

  • Fernando Torres 17/06/2009em13:13

    Eric, o vinil renasceu por um fato que se tornou quase incontestável: o som é melhor para determinados tipos de música.

  • josé rubens 17/06/2009em15:28

    Caro Sérgio,

    A existência do kindle não é nada; o pior é que, do jeito que a coisa vai, daqui a alguns dias nem pedintes de autógrafo existirão mais.

  • josé rubens 18/06/2009em09:03

    Sérgio,

    Li sua entrevista no jornal Rascunho, do qual sou assinante. Gostei muito, sua visão acerca da literatura é muito interessante, destituída daquele ranço acadêmico.

    Parabéns!

  • Eric Novello 18/06/2009em11:18

    Manteve-se vivo pelos DJs, Fernando. E acabou ganhando força com o mercado de colecionadores e hoje está aí, com algumas fábricas sendo reabertas. Se a qualidade fosse determinante, a mp3 não teria feito o estrago que fez. As minhas primeiras tinham na era do Napster 96kbps. As parcas lojas no Brasil vendem a 160 kbps geralmente, metade da qualidade do cd, que agora muitas vezes já é gravado em qualidade inferior, mas o papo é longo. De qqer modo, adoro tecnologia. Sou um geek light.
    Abss!