Você escreve porque escreve, não porque tenha necessariamente algo interessante a dizer. Provavelmente escreve bastante bem, mas seu negócio é estilo, não substância, porque você nunca chegou a fazer grande coisa na vida além de escrever.
O importante em Ballard é que ele tinha estilo e substância. Como escritores da estirpe de Joseph Heller e Kurt Vonnegut, Ballard pagou seus tributos à vida real, e sua literatura tinha profundidade psicológica e vivencial por causa disso.
Comentando hoje no blog do “Guardian” a obra do escritor inglês J.G. Ballard, que morreu domingo, de câncer, aos 78 anos, John Crace defende a importância fundamental da experiência de vida do autor de “O império do sol” e “Crash”, que foi prisioneiro de guerra e vendedor de enciclopédias antes de se tornar escritor. Ótimo pretexto para o blogueiro alfinetar a suposta falta de vivência extraliterária dos escritores de hoje, característica que seria responsável por uma literatura mais aguada e menos autêntica.
Hmm. E hmmmm de novo. Embora à primeira vista seja tentador dar razão ao raciocínio do sujeito, recomendo pensar um pouco mais no assunto. Não dá para negar que imaturidade e umbiguismo são defeitos irritantes de boa parte do que se publica hoje, mas terá sido tão diferente em outros tempos? Metade dos poetas românticos não teve sequer tempo de ter uma vida.
E se é certo que a experiência direta, desde que acompanhada de alguma reflexão, não atrapalha escritor nenhum, será que faz mesmo sentido declará-la indispensável? Mais ainda: por que identificar essa vivência apenas com a aventura ou a labuta pesada? Experiências juvenis banais como se apaixonar por uma menina que o esnoba, tomar um porre de vodca com Fanta laranja e bater o carro do pai não podem – havendo talento e vontade de aprender o ofício – ser matéria-prima suficiente? Que grandes mergulhos na “vida real” deram Flaubert e Kafka (cito os primeiros que me vêm à cabeça) antes de escrever suas obras-primas?
39 Comentários
dou grande valor a escritores com uma rica experiência de vida, ou seja, amores, separações, empregos de todo tipo, viagens etc. Mas devemos reconhecer: a realidade é mestra em nos confundir. Casos como o citado Kafka e a poeta Emily Dickinson provam que uma literatura incrivelmente madura pode vir de uma vivência sem altos e baixos, sem aventuras ou tragédias.
Existindo Rimbaud, fico propenso a desconsiderar a experiência como qualidade necessária.
Ora bolas! O maior exemplo de que o raciocínio de Grace é fajuto é Borges. O mestre argentino passou a vida toda entre livros, tendo inclusive trabalhado anos a fio numa biblioteca. E quem dirá que sua obra é imatura ou (absurdo dos absurdos!) não original.
viver não é preciso, escrever bem é preciso.
não adianta nada escritores terem experiências fortes ou uma vida agitada, como dostoievski, citando um exemplo, caso não saibam escrever ou fazer LITERATURA, a grande LITERATURA. na verdade, tanto faz: o que importa é o livro gerado.
Uma vez, numa palestra, David Linch ficou o tempo todo falando da importância da meditação transcedental em sua criação. Eu lhe pergutei se ele, autor de filmes sombrios, não achava que a arte poderia surgir também da angústia. Ele me respondeu que não é preciso morrer para falar da morte.
Agora, Sérgio, estou curioso para saber o que Lucio Nareba acha do assunto. Por onde anda o intrépido escritor ?
ABS
……….Ronaldo!
Só consigo escrever um livro, e definir uma personagem como uma pessoa, quando acredito nela, ou seja: quando entendo-a e domino-a completamente. Se não tenho isso das minhas personagens, não escrevo, pois sei que meu discurso será “aguado”, sem profundidade alguma, quase que alusivo.
No romance O Fim do Poeta, de 2006, eu com 16 anos, me lembro agora que me tranquei no quarto com um saco de pão e uma garrafa de café, somente, durante 5 dias (era semana de carnaval)… e dali só saí quando terminei o livro, fazendo de um volume só mais de trezentas anotações.
No livro, o Poeta, sem nome, está trancado no armário no dia que comera seu 90º aniversário, e decide então escrever alguns detalhes sobre sua vida que vão totalmente de encontro com a imagem de “o melhor poeta de todos os tempos” que lhe deram.
Um destes detalhes é que ele se apaixonou por um travesti, mas não quis reconhecer o sentimento. Este rapaz: Julho, se mata, envenenando-se. O Poeta enterra o corpo no quintal. A esposa: Renata, chega de viagem, encontra a terra do quintal remexida e, com a ajuda do cachorro, descobre o cadáver.
O Poeta, desesperado, mais com a idéia de ter amado mesmo Julho, do que com o suicídio do travesti, acaba matando a mulher, com a mesma pá e no mesmo lugar que enterrou o corpo do rapaz, ele enterra Renata e de quebra: mata o cachorro.
Esses são só alguns detalhes do livro que este Poeta escreveu, e se matou, enforcando-se com um cabide de arame, ainda no armário, ao final do dia… em que comemorava seu 90º aniversário.
Sinceramente, Sérgio: é complicado explicar qual foi a minha vivência nesta história, mas acredite: este Poeta foi explicado na 1º pessoa com total força de expressão e liberdade de descrição, pois tinha certeza, quando escrevi, da personalidade do Poeta.
De qualquer forma: é chato ter 19 anos e se dizer escritor… a descrença é eminente – e eu estou quase me acostumando, talvez até: acreditando em me desacreditar.
a falta de experiência cria certos escritores do tipo que apenas fica remoendo suas experiências de infância e adolescência. a vivência adulta desenha mundos diversos, enriquece a escrita. em outras palavras, jack london é foda.
que é essa experiência? não seria tudo, tudo experiência?
não seria eu mergulhando dentro de mim uma experiência? mergulhando dentro de mim faz com que se compreenda o mergulho do outro..
quem foi que disse que “quanto mais falamos da nossa aldeia natal, mais global ela fica?” (não lembro das palavras exatas)
E o personagem, de quebra, poderia ter matado o escritor e o enterrado junto ao travesti, à mulher e ao cachorro. Maior carga dramática, impossível…rs
Matadouro 5 que o diga…
Vonnengut era fantástico em sua crueldade.
Não acho que o problema hoje seja o umbiguismo, mas sim o umbiguismo sem estilo nenhum e substância menos ainda.
Tem muito “novo escritor cheio de talento” por aí que escreve pior que uma criança de 6 anos. E os textos desses “jovens escritores” tentanto conteúdo quanto um pastel de vento e tanta consistência quanto uma holografia.
Kafka padecia de umbiguismo, vide A Metamorfose, O Processo e O Castelo… digam que nessas obras não há a vida de Kafka, ora bem entrelinhada, ora escancarada?
E Vonnegut não fez o mesmo em Matadouro 5? Em Timequake? E Orson Scott Carda em Orador dos Mortos também não o fez?
E Philip K. Dick em Valis?
Falar de si não é ruim, o ruim é falar de si como se você fosse a pessoa mais importante do mundo, o centro dele e fazer isso de uma forma desinteressante, sem graça e mal escrita.
Coisa que nenhum desses exemplos que citei fez. Pelo contrário.
“Escrever sobre o escrever”, eis o que muitas das vezes [talvez todas, se analisarmos com cuidado] realiza o escritor. Assim, torna-se tênue o limite entre experiência mediata e imediata. Mas como é necessário contextualizar, sempre, substância é importante sim senhor [além da entonação, claro].
balelas da alma.
Eu sempre acreditei no contrário, ou seja, escreve quem realmente tem algo a dizer. Nelson Rodrigues escreveu tanto pois havia tragédias familiares e inquietações sexuais para transformar em arte; Dalton Trevisan repassa as relações amorosas tumultuosas e taras com genialidade, pois , creio, que seja o que desperta-lhe interesse em dizer.
Sei que Crash foi um big hit entre os meus amigos. Todo mundo pegava emprestado. Até que não voltou mais. Livro bacana. Me fez ver as viagens de casa até a UFRJ com outros olhos. Abss!
Estou pasmo: acabo de saber que Maurice Druon morreu no dia 14/04.
Ué, Cláudio, não deu no Twitter?
Deu sim Sérgio, mais de 400 tweets.
Ah, bom. A velha imprensa moribunda também fez a festa.
Festa não será palavra mais adequada nesse caso, não é Sérgio? Sobre a “velha moribunda”, não serei tão pessimista: jornal, penso, é para além do objeto, um conceito, que pode, e deve, se reinventar, sempre. Abs.
Ah, Sérgio, quanta maldade…rs
Maldade? Onde Tibor? Sérgio é inteligente e tem mais o que fazer do que criticar gratuitamente o que não conhece.
Tem razão, Claudio, festa não é o termo correto. Mas que o velório foi animado, foi.
Claudio, tem razão outra vez. Eu nunca critico gratuitamente o que não conheço. Já se pagarem…
Agora falando sério, a tropa de choque do Twitter devia ser menos sensível. Se é verdade que a História está do lado de vocês e a vitória final é inexorável (soa familiar, não?), não custa ter um pouco de humor e tolerância com a galera do atraso e do conservadorismo crasso, não acha?
Antigamente, Sérgio, eu também acreditava que não era sensato criticar gratuitamente algo que não se conhece. Os anos se passaram, fui envelhecendo, casei-me, tive minhas duas lindas filhas, fui aprendendo a cultivar os pequenos prazeres e a deixar de lado os maiores, essas coisas que vêm com a madureza. E, graças aos anos idos e vividos, aprendi que existem “escritores” (infelizmente, não encontrei ainda no Houaiss um substantivo mais adequado, embora a palavra “charlatão” pareça ser um substituto imperfeito) que alimentam a curiosa fantasia de que ter idéias extravagantes, ser “sensível” e expressar tais idéias numa linguagem bárbara, de sintaxe destrambelhada e vocabulário ginasiano seriam ingrediantes suficientes para produzir obras-primas, que assombrarão o mundo.
Para surpreender tais charlatões em flagrante delito não é necessário senão ler algumas frases e a sinopse de uma de suas obras.
Por isso, digo: Vade retro, escrúpulos! Saia deste corpo, bom-mocismo! Esses indivíduos, eu critico suas obras sem as conhecer, e não sinto nenhuma dor na consciência.
Twitter? É aquele troço tão revolucionário quanto o Second Life?
Passo mais essa revolução…
Foi mal o Off-topic.
Perde-se o tópico, mas não a piada…
Rafael, leia Sartre: a liberdade também se constrói a partir das nossa limitações [e frustrações].
Sérgio, não existem lados de lá e de cá, acredite. Os rótulos limitam, mas, tentemos imaginar que a web possa ser um espaço de criação de narrativas e que um “romance” [essa é a minha proposta] possa ser distribuído, como as próprias aplicações que usamos na rede.
Acompanhe o @sd8, Sérgio, ou pelo menos, o diário de bordo [no link acima], onde vou anotando as limitações e também os bons achados dessa experiência. Aqui, o que buscamos, tenha certeza, é o diálogo.
Abs.
Se alguém tentar distribuir um romance pela internet, tenham certeza de que irei bloqueá-lo com minha ferramenta anti-spam.
Já li Sartre, Cláudio, e posso dizer que nele vi coisas boas e coisas novas: o que era novo, não era bom; o que era bom, não era novo.
(P.S.: a piada não é minha, mas é um achado!)
Duvido que a experiência como vendedor de enciclopédias tenha acrescentado um mínimo que seja de força e “profundidade psicológica” (Deus do céu!) a distopias tão belas e aterrorizantes como “Mundo de Cristal” e “Mundo em Chamas”. E será que algum dia veremos lançada aqui no Brasil a obra-prima de Ballard, “The Drowned World” (Cataclismo Solar, na edição portuguesa)? Em tempos de tanta preocupação ecológica, são obras a se conhecer… Aliás, há tempos a ficção-científica está na linha de frente da literatura em língua inglesa.
Rafael: a piada não é nova, mas é boa. 🙂 [apesar de não concordar se a referência for a Sartre].
O termo “distribuído”, por sua vez, no sentido da internet, significará particionado, fragmentado em diversos nós [servidores] da rede.
No caso específico do @sd8, o romance está distribuído entre twitter [8+1 perfis], uma rádio no blip, canal no youtube e um blog rodando CommentPress, software projetado pelo Institute for the future of the book.
Mas sua ideia, Rafael, não é ruim. Conhece o Dailylit.com?
No meu twitter ninguém falou de Maurice Druon. Em compensação, a cobertura do No Pants foi excelente. =p Abs!
Cláudio,
Não conheço esse dailylit.com, mas imagino que seja mais um desses dailylitter que campeiam na internet.
Vale
Hiago: li O Fim do Poeta e não acreditei que foi você quem o escreveu. Tanto, porque o densidade do texto é assustadora, e você, na época, não tinha falado do Realtragismo. Fora isso, a cruealdade do protagonista/narrador é desumana.
Sérgio: você postou uma provocação, apresentou o assunto, mas: qual é sua opinião?, que, automaticamente recai sobre o Hiago.
Mr Writer: pode citar algum escritor novo, que se diz cheio de talento e que não tem conteúdo algum? Gostaria de saber se a literatura é tão da moda para que todo mundo – inclusive os jovens – batam no peito e se digam escritores com meia dúzia de contos porcarialhados. Agora, se a alusão for a quem penso, meu amigo, concordo com você em apenas um ponto: falar de si não tem graça, mas que a Surfistinha vendeu mais do que o Hiago e o Sérgio juntos, disso não tenha dúvida.
Rafael: engraçado, que seus comentários aqui – e digo dos últimos, os que mais repudiaram o Hiago -, não me mostram um homem casado e com filhos, pois mesmo neste post ainda consigo ver a levianidade do seu tom: como se critica algo que não se conhece? Nem Sócrates fazia isso.
E, para não dizerem que sou aqui a defesa do Hiago, ainda deixo claro que não engoli esse negócio de prodígio literário, e tão pouco acredito dos tantos livros que sua biografia – mesmo sendo da UBE -, diz que ele leu (e talvez nem tenha entendido) quando ainda criança, mas que também venero sua vontade de ser escritor – e um de qualidade -, isso já é válido e merece respeito, pois se hoje já sabe sobre o que e como escrever, imagino que quando da idade do Sérgio, teremos um dos maiores escritores da literatura.
Não conheço novos talentos da literatura, que não seja os professores os os jornalistas que nunca escreveram ficção, e que só porque são formados, conseguem escrever seu romancezinho.
Acho que o que importa é o resultado: a história. O resto é besteira discutir, porque cada caso é um caso.
Hiago é um gênio, mas é arrogante. Vi-o uma vez numa reunião de escritores e o que mais me surpreendeu foi que, enquanto todos falavam de suas referências, tentando se mostrar eruditos, o rapaz falava sobre suas fascinantes histórias e personagens, como se nada interessasse além dele e de seus livros. Como aqui ele fez.
Acompanho o Xico Sá no Twitter, e saibam que até a TV Cultura tem uma conta lá. O letra-Livre também, eu acho.
Um gênio que não sabe difereciar “iminente” de “eminente”? Que não sabe medir o abismo semântico que há entre “ao encontro de” e “de encontro a”? E que, ainda por cima, arregimenta a tropa dos aduladores inconfessáveis?
Estou pasmo, verdadeiramente pasmo.
Sim, Rafael: é revoltante saber que um gênio analfabeto, e não você, foi quem que criou a D. Margarida, uma mãe que deixou de comprar a comida dos filhos para comprar uma panela de pressão, e que ao cozinhar seu resto de feijão, teve a cabeça virada aos avessos, com a explosão da panela:
“D. Margarida ficou, assim: uma margarida de sangue; de talo: o corpo magrelo; de pétalas: os pedaços do crânio. D. Maragida morreu margaridante, tão bonita. E o filho riu, após dizer que a mãe morreu com fome, tadinha…. tadinha?” [Hotel da Miséria Humana, 2º cap]
Eu que estou pasma: você está fanático pelo Hiago. faça o seguinte: dê um nome falso (se esse já não é) e continue. Mudamos nosso endereço. De: http://www.hiagorrdequeiros.webnode.com, para: http://www.todoprosa.com.br
Rafael: sei bem o que é a diferença entre Eminente e Iminente, veja:
O adjetivo “Eminente” quer dizer «muito acima do que o que está em volta; proeminente, alto, elevado. Ex.: torre eminente» ou «que é superior aos demais; sublime, excelente. Ex.: mestre eminente». Quanto ao (também) adjetivo “Iminente”, significa «que ameaça irá se concretizar, pois está a ponto de acontecer; próximo, imediato. Ex.: desabamento iminente» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).
Eu, escrevendo Eminente, quis dizer que a descrença “é maior” do que a crença, e não que ela está próxima de se concretizar, pois já é concreta e exemplificada no seu tom babacrítico.
Agora, quanto ao segundo caso, a coisa fica mais bonitinha, se a citação a que você se refere for esta:
“No livro, o Poeta, sem nome, está trancado no armário no dia que comera seu 90º aniversário, e decide então escrever alguns detalhes sobre sua vida [que vão totalmente de encontro] com a imagem de “o melhor poeta de todos os tempos” que lhe deram.”
Não há nada de errado nesta parte, pois o que está dizendo aí é que o poeta confessa atos que lhe desmoralizariam publicamente e enterrariam – literalmente – sua carreira e eternidade literárias. Mais uma crítica infundada, das suas muitas.
Se não sabe, ou, como eu suponho: esqueceu qual é a diferença que você mesmo disse que eu não sei… apresento aqui a explicação:
DE ENCONTRO, segundo o dicionário Houaiss, significa: “no sentido oposto a; prestes a chocar-se com; ir ou vir de encontro a; ou seja, siginifca: estar em trajetória de colisão com; estar em desacordo, opor-se ou contradizer-se com algo… certo?
Agora… a expressão: AO ENCONTRO, a que você supos, mas a que eu não me referi, diz exatamente ao contrário, sr. Rafael. Veja:
Ir AO ENCONTRO de algo é encontrar-se num acordo, acertando então, em vez de desacertar-se, como no primeiro caso.
Com um certo tom de humildade, reconheço alguns erros gramaticais, sim, e penso serem estes meus pendores em ser jovem ainda e ter pouco tempo para aprender a dominar perfeita e completamente a língua e escrever minhas histórias, ao mesmo tempo e na mesma torrente. Concordo: falta experiência linguística, semântica, mas não criativa. As duas primeiras eu aprendo com puro esforço, mas já a última: a criatividade, não há nem um site, como O Literático e nem um professor que me ensine, e eu não posso passar cinco anos estudando para só depois poder escrever. Tenho que me aprimorar, cotidianamente, em todos os sentidos.
Se quiser conversar mais sobre gramática e outras futilidades, por favor, me ligue: 11 8490 3602, que daí marcamos um café que tal? Aqui, no blog já está monotonimizado, e rir de você rindo de mim já não me faz rir.
abs.
Maldito umbiguismo… um belo dia isso irá acabar com a literatura…
Só haverá gente escrevendo de si para si mesmo. E fazendo isso de pior forma possível: Mal feito.
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