Grandes estilos representam a interface entre “mundo” e “eu”, e é na própria noção de ser tal interface diferente da nossa em espécie e qualidade que reside o poder da ficção. Escritores fracassam quando essa interface é feita sob medida para nossas necessidades, quando agencia as generalidades do momento, quando nos oferece um mundo que sabe que aceitaremos, por já tê-lo visto na televisão. A má literatura nada faz, nada muda, não educa as emoções, não redesenha circuitos interiores – fechamos o livro com a mesma confiança metafísica na universalidade de nossa própria interface que tínhamos ao abri-lo. Mas a grande literatura, esta o obriga a se submeter à sua visão. Você passa a manhã lendo Tchecov e, de tarde, dando uma volta na vizinhança, o mundo se tornou tchecoviano (…).
Nunca li Zadie Smith, uma das mais festejadas jovens escritoras inglesas, que teve seus dois primeiros romances, “Dentes brancos” e “O caçador de autógrafos”, lançados no Brasil pela Companhia das Letras. Admito que, quando a imprensa começa a bater demais na tecla do “jovem gênio”, desconfio de marquetagem – quase sempre com razão. Mas com este longo e original ensaio sobre o que vem a ser literatura (acesso livre, em inglês), publicado sábado no “Guardian”, a moça ganhou o meu respeito. Principalmente pela tentativa de redefinir em termos propriamente literários – e não comerciais – o que vem a ser um “fracasso”, o que a leva à conclusão de que quase todos os livros existentes, inclusive os canônicos, são em certa medida fracassados. Para os escritores sérios, assim, restaria pouco mais a ambicionar do que produzir fracassos interessantes, fracassos respeitáveis e “honestos”. Zadie Smith acaba de entrar em minha lista de leituras de 2007.
34 Comentários
Finalmente voltou…
Engraçado, também desconfio em demasia dos festejados “jpvens gênios”…
Parece que o senso comum absorve demais esses festejados… basta todo mundo falar que é bom e logo chega aquela sensação de unanimidade burra…
digo, jovens gênios…
Assim, podemos concluir que Zadie Smith, por mais séria e talentosa que seja, não conseguirá escrever nada além de fracassos respeitáveis e “honestos”. Essa é uma visão
bastante perturbadora para todos nós que possuímos ambições semelhantes. Não é o tipo de coisa com que se possa concordar facilmente.
Ah! Agora sim. Férias muito longas.
Muito bom o texto. A problemática de todo criador que tem, e, ao mesmo tempo não tem controle sobre o que faz.
Não existe receita e não há cânone para a escritura. Não existe curso para escritores. No máximo um curso de redação mas isto serve para todos.
Desconfio de quem não duvida de sua criação.
Fora as surpresas: “-Mas isto aqui será que fui eu mesmo que escrevi? Está muito bom. Não pode ter sido eu. De onde tirei isto?” vai para todos os criadores em todas as artes.
O mais comum é: “-Isto é para o lixo. Mais vou deixar aí…”
Saint-Clair,
Cheguei primeiro… Saí do Orkut.
Sérgio,
Senti falta.
Se ela tivesse dito que todo escritor é um fracassado, estaria perfeito.
Mas toda literatura?! Não entendi!
Gente, me desculpem. Mas não posso deixar, hoje, de puxar a brasa pra minha mínima sardinha. Meu mais recente fracasso (toc toc) está resenhado no Prosa & Verso deste fim de semana. Como já passou, segue o link para ver repro no blog: http://www.noga.blog.br + a minha resposta meio desaforada ao crítico. E Sérgio, bem-vindo de volta ao lar.
Sua resposta não foi ‘meio desaforada’. Foi, na verdade, bem educada e cautelosa, mesmo porque não faria sentido um tom de desaforo. Que seu ‘fracasso’ seja interessante, respeitável e honesto. Sucesso!
Parabéns, Noga. E um obrigado geral a quem estava torcendo pelo fim dessas férias – mas convenhamos que de longas, Clarice, elas não tiveram nada. Abraços.
Ai, que saudade… Comentar nas outras partes do site não é a mesma coisa 🙂
Oi Sérgio! Oi Clarice! Oi pessoal!
Zadie Smith foi um retumbante sucesso em seu primeiro romance, o tal “Dentes brancos”. Mas, segundo a lenda, NÃO foi ela quem escreveu o livro. Depois dele, lançou um outro que foi também um retumbante: fracasso. Quando começaram a questionar como podia uma escritora ser tão brilhante em seu primeiro livro e tão medíocre em seu segundo (acho que foi a partir daí que surgiu a lenda de que o primeiro não era dela – uma amiga de Portugal, em cuja opinião literária eu muito confio, é das que acreditam que o primeiro livro não foi escrito por ela), ela anunciou que pararia de escrever. Não sei se cumpriu a promessa.
Seja como for… parabéns ao autor (a) do “Dentes guardados”, Mr. or Mrs. Ghostwriter, seja ele/ela quem for. Parece que o livro é brilhante.
Magnífico ensaio!
Li “O Caçador de Autógrafos” durante o feriado de ano novo e virei fã na hora. A tradução também está boa. E parece que já estão traduzindo o terceiro dela, “On Beauty”, mas já comprei em inglês. Abraços.
Como vai, Saint-Clair? O autor de “Dentes guardados” é o Galera, meu colega de site. Já a Zadie Smith vai muito bem, obrigado: seu terceiro livro, “On Beauty”, ganhou o prêmio Orange ano passado. O “White teeth” foi cercado de uma brilhante campanha de marketing, sim, disputado em leilão pelas editoras antes mesmo que terminasse de ser escrito. Daí a ser de outra pessoa… Na boa, não acredito nessas coisas. Forte abraço.
Está aí o motivo da esdrúxula tese do fracasso anunciado para quase qualquer livro e autor. Foi defesa, pura e simples.
Oi Sérgio. Olá pessoal.
Li o texto da moça. Li uma linha e pulei dez… e ela fala que o leitor deve ter talento. Lógico, ela fala muito e bem, outras coisas sobre escrita e escritores.
Gosto de textos que me incentivem a escrever. Gosto da Julia Cameron nos Estados Unidos. Ela, por exemplo, diz que, na nossa cabeça, quando escrevermos deveríamos ter um leitor (que nós elegemos) em mente. Quem escolheríamos é assunto nosso. Quantos leitores teremos? E eles serão talentosos? E como deve ser um leitor talentoso?
Alguém sabe? Eu não sei…o que sei é que um escritor deve ser um leitor fervoroso, diferente do leitor comum; deve ser um leitor-analista. A leitura é ferramenta do escritor, nós sabemos.
Sobre os fracassos interessantes… o que é o fracasso?
Escritores visitam este site – que é um sucesso – para se juntarem, nadarem no mesmo mar e se energizarem uns com os outros.
Achei a Zadie Smith um pouco pessimista; naquela linha do tudo já foi escrito não há nada a escrever.
Abraço a todos e em especial para você Sérgio e família.
Silvana Pimentel Batista Owen
Ah, eu troquei a Zadie pelo Galera, escritor de quem gosto muito. Tenho todos os livros dele. Freud explica (ou não).
A Zadie é uma moça muito bonita, tem um olhar interessante.
A propósito, “On Beauty” está sendo traduzido pelo… Galera, pois é. Os ‘dentes brancos guardados’ até que faziam algum sentido.
Tudo bem, Silvana? Engraçado, não vi pessimismo no ensaio da Zadie Smith. Pelo contrário, o que mais me chamou a atenção foi um certo, como direi, ‘anticinismo’, uma profissão de fé na literatura por trás dessa teoria do fracasso. Gostei muito do texto. Um abraço para você também.
Tibor,
Pelo jeito, você é fracassado até como leitor: não conseguiu entender nada do texto…
Mas não se preocupe, e os outros aspirantes a beletristas (porque escritor é outra coisa…) também, afinal o fracasso é para poucos. Vocês certamente serão muito bem-sucedidos na literatura e em tudo o mais que fizerem. Vocês e o pessoal do Big Brother e a Paris Hilton e o Lula e os Chaves (o da Venezuela e o do México)… Basta fumar Hollywood. Ou me engano de cigarro.
?
Querida Zadie,
O que você tem contra o Chaves (o do México…)?
“+” In hoc signo vinces… manda bala Zadie.
Saint-Clair,
Tudo bem? Deu para dar saudade.
Não vejo pessimismo, nenhum. Pelo contrário. Ai dos artistas se não fossem os fracassos e as inseguranças.
Iríamos ler Harold Hobbins e aquele outro que já tem piada nos EUA: “-Peraí que eu vou ligar para a livraria para ver se o ________ publicou alguma coisa enquanto eu estava no taxi.”
Esqueci o nome dele.
Saint-Clair, eu não esqueci o empréstimo.
Clarice: Dan Brown? Sidney Sheldon? Michael Crichton?
É mesmo! Preciso te emprestar o que fiquei de te emprestar. Como fazemos?
Zadie Smith, que nunca esteve na minha lista de compras, agora está na lista negra.
Essa cabecices tão prejudicando muito a literatura recente.
Saint-Clair,
O Dan Brown eu já li. Manda aí uns 6 SS e 3 MC. Em troca eu tenho um exemplar de Durkheim e um de F. Bacon duplicata. Estes eu te dou.
Fabio Negro,
Não entendi. Ela só dificultou um pouquinho o que a gente já está bem familiarizado: o artista não tem controle total sobre as criaturas, temas ou sobre as quais escreve.
Não vejo nada de muito novo no que ela diz.
Faz parte do processo de criação. Ela diz que enviou um questionário para escritores a respeito de o que se propuseram a escrever e o que sentiram depois da obra pronta e a resposta é decepção. Decepção por que, por exemplo, imaginaram um personagem de uma certa maneira e ele tomou voz própria e guiou o escritor por outros caminhos. Imaginou uma trama e no decorrer do trabalho não teve nada a ver com o projeto original. Ou por que apareceu um personagem que não estava programado, ou a descrição e caráter de um personagem tomou outro rumo.
Isso se dá com músicos, artistas plásticos, arquitetos e quem mais se dedicar à criação.
Pelo que entendi é este o “fracasso” ao qual ela se refere.
Cara Zadie (seu sobrenome é Smith?),
Pensei, pensei, pensei (e nesse intermédio também jantei, vi TV e dormi) e cheguei à conclusão que a sua dura interpelação merecia mais que breves e irônicas palavras. Vejo que é necessário esclarecer certos pontos. Não sou do tipo que perde tempo com longas defesas de tese, mas entendo que desta vez serei obrigado.
Quando eu fiz meu primeiro comentário, limitei-me a analisar a estranha “Teoria do Fracasso” de Zadie Smith. Em nenhum momento coloquei em pauta o restante de sua entrevista. Bastou-me trazer à discussão o que realmente tangia de bizarro.
Limitei-me a comentar as sintetizadas linhas que o Sérgio nos trouxe em sua abertura.
Minha última observação se revestiu de ironia. Uma ironia mordaz (talvez seu grande pecado), porém moleque, sem a intenção de julgar e condenar a autora inglesa, coisa que Saint-Clair Stockler fez muito melhor do que eu (mesmo que baseado em suposições e diz-que-me-diz) e que não lhe valeu tamanha reprimenda de sua parte.
Seu intempestivo aparte apenas serviu para nos mostrar uma pessoa amargurada, rancorosa e decididamente raivosa para com aqueles que obtiveram e obtém sucesso de forma não intelectual. (Nesse ponto discordo quando você cita Chaves – o do México… –, ele é, você gostando ou não, uma referência cultural).
Isso denota que você lida tão intimamente com o fracasso, vivencia ele no seu dia-a-dia de maneira tão intensa que passa a senti-lo como parte integrante da sua vida; um membro da família; uma Síndrome de Estocolmo literária!
Dizer que o fracasso é para poucos exemplifica muito bem minhas palavras. Você parece sentir orgulho em ser fracassada (ou em demonstrar um desejo mórbido de tornar-se) e, por outro lado, esbanjando antagonismo, destila seu veneno contra BBB’s, Paris Hilton, Chaves (de cá e de lá), só porque eles obtiveram o que você provavelmente jamais vai alcançar em toda a sua vida: sucesso, mesmo que efêmero.
Quanto a me chamar de Beletrista, minha cara belatriz, obrigado. Entendo isso como um elogio mesmo que não seja essa a sua intenção. Afinal, não é um Beletrista todo escritor que preza pela eloqüência?
Querida Zadie, sobra ressentimento em sua alma. Liberte-se dele e quem sabe o sucesso tropece em você na próxima esquina.
Sabe o que eu gosto no TodoProsa? Nas outras partes do site as pessoas se agridem com “vai tomar no cu” ou “vai se fuder”. Aqui elas fazem mini-ensaios. Acho fofo! (Ando achando tudo “fofo” ultimamente; será que estou esclerosando?).
Eu não quis falar mal da Zadie Smith, eu juro. É só que não tenho dinheiro pra comprar nenhum dos livros dela. Mas uma vez… uma vez eu li duas páginas do “Dentes brancos” (tenho de me policiar pra não dizer “Dentes guardados” de novo; vou levar bronca) e gostei. A moça tem ritmo, sabe fisgar o leitor,é criativa no enredo. Qualquer dia desses eu sei que vou topar com algum dos seus livros dando sopa no Berinjela, aí então eu leio. Ai, que saudades daquelas locadoras de livros que existiam no Rio de Janeiro há uns 15 anos…
Clarice: curiosamente, estou lendo atualmente o “Anjos e demônios” do Dan Brown (seja mencionado a meu favor que TAMBÉM estou lendo “47 contos de Juan Carlos Onetti” e “A metafísica dos tubos”, de Amélie Nothomb). Reavaliei minha opinião a respeito deste (polêmico) autor. Li primeiramente, como quase todo mundo, “O Código Da Vinci” e achei uma bosta. Depois me emprestaram “Fortaleza digital” e agora “Anjos e demônios”. O problema de Brown foi ele meter religião em seu livro mais famoso – e de forma polêmico-apelativa. No que se propõe a fazer, isto é, escrever um livro que conte uma história ágil e envolvente, ele é mestre. Acontece que todos os 3 livros acima-mencionados valem-se da mesma estrutura: uma história no estilo “24 horas” (falo da série de TV), que se passa em menos de um dia, num corre-corre tremendo que não deixa o leitor respirar, onde lances que beiram o fantástico se sucedem vertiginosamente. É sempre assim. Ele descobriu a “fórmula”. Dan Brown é um bom contador de histórias? Sim. Dan Brown é um bom escritor? Claro que não! Mas quando leio seus livros não estou procurando os mesmos prazeres estéticos de quando leio o meu amado Onetti. São coisas diferentes. Leio Dan Brown e Sidney Sheldon para “me distrair” (são o meu substituto da televisão, que vejo pouquíssimo!). Minhas ambições ledoras ao saborear Juan Carlos Onetti, Elvira Viga ou Isaac Bashevis Singer são outras.
Michael Crichton eu nunca li: não conheço ninguém que tenha algo dele pra me emprestar. O dia que encontrar alguém, vou lê-lo como estou lendo o Dan Brown (eu leio esses caras na base do empréstimo; é claro que não vou gastar R$40,00 pra ler um bestseller desses. Se eu tiver 40 pratas sobrando, vou é comprar algum dos livros do Capote recém-lançados).
Eu leio TUDO: menos Júlia, Sabrina & assemelhados e Danielle Steel (não sei porque, mas desde que fiquei sabendo que ela testa seus novos empregados “esquecendo” um brinco de diamantes na roupa a ser lavada, pra verificar se são honestos ou não, tomei raiva dela. Herr Freud explica).
É “Elvira Vigna”, comi o “n”; acho que é fome.
Sinto muito tê-lo citado em meu mini-ensaio, Saint-Clair. Também entendi que você não teve nenhuma intenção de falar mal da Zadie Smith. Também nunca li nada desta moça e prometo que vou fazê-lo assim que puder. E obrigado pelo fofo… foi muito fofo.
Eu gosto muito da galera que comenta aqui, Tibor. Acho vocês todos fantásticos 🙂
Amigos,
Feliz 2007!
… e aqui no Brasil Zadie Smith vai acabar ganhoando o premio Abacaxi!
Ainda nao estou convencido do valor deste nome no panteao da literatura mundial. Que venha a ser arrolada na lista dos grandes mestres e que mereca o investimento dos meus reais …cada dia mais irreal.
Lord Saint-Clair Stockler, tenho “Revelacao” do M. Crichton, que inclusive esta na pilha dos livros que estou colocando no botafora. sao 77 titulos. Se estivesse mais proximo dai da tua terra lhe remeteria sem pestanejar.
Este livro foi o que gerou a producao do filme Assedio Sexual. Nao sei se o fime teve sucesso. Mas isso tudo so passa de entertnment (…tenho duvida da grafia|).
joao gomes,
Feliz 2007 para você também.
Espero que você apareça mais este ano.
Então, eu sou “dazartes”, e antes de ser eu lia “ozartista” da vida.
Esse ensaio, pra mim, é como um bebê descrevendo o quanto dói a primeira dentição, em 5600 palavras. É chato, porquÊ é óbvio, e ainda que alguém nunca tivesse parado pra pensar no assunto, não trás nenhum benefício, não dá pra transformar em prática, nem tomar lições a respeito, nem se encantar com uma suposta poesia envolvida.
Da próxima vez que for a um sebo, pega um gibi tamanho pequeno, chamado “A Queda de Murdock” (pede indicação do dono, lá) e abra bem nas páginas do meio, com uma entrevistona com o desenhista sobre o processo artístico.
AQUILO é um lance genial, revelador e inovador sobre o processo de criação em qualquer área “dazartes”.
Ou procura no Google alguma entrevista com o Barry Windsor-Smith em que ele esteja falando sobre arte e indústria, em vez de sobre a nova história dele.
Zadie Smith, não. Ela fala, fala, e não diz nada.
Nick Hornby fez escola. A moda de criar personagens sarcásticos com falas engraçadinhas é uma das novas pragas da Literatura. É chato, muito chato. Todo mundo é perspicaz e tem uma piadinha arguta para soltar. Quem também surfa nessa onda é a escritora britânica Zadie Smith em seu livro “O caçador de autógrafos”. Embora, ao contrário de Nick, em algumas vezes ela pareça ter mais “sustança”.
Desnecessário dizer que a crítica já a considera uma das melhores escritoras da “nova geração”, seja lá o que isso signifique. Aqui no Brasil existem vários autores de “nova geração”. Nenhum deles dá meio Graciliano. Mas vamos em frente.
O livro vem seguindo aquela toadinha moderna: muita bebida, algum sexo, drogas, drogas e mais drogas. Não deixa de ser interessante, porém, as discussões entre Alex-Li (o protagonista) e Adam (um de seus amigos) sobre o quê ou quem é judeu ou gói. Eles chegam a conclusões absurdas e muito engraçadas sobre isso. Alex-Li, aliás, prepara um livro que trata exatamente desse assunto.
Sei lá, a moça deve ganhar o Nobel um dia?
“Ou procura no Google alguma entrevista com o Barry Windsor-Smith em que ele esteja falando sobre arte e indústria, em vez de sobre a nova história dele”.
Fãs de quadrinhos são sempre tão previsíveis…