O bom blog de assuntos culturais do jornal inglês “The Guardian”, chamado Culture Vulture, está pedindo aos seus leitores sugestões de escritores brasileiros – de preferência traduzidos para o inglês, mas não necessariamente. Faz parte de uma seção fixa que eles têm, World Literature Tour, que se limita a pôr um país em foco e deixar o resto por conta dos comentaristas (que precisam ser cadastrados, mas o registro é gratuito). A nota do Brasil entrou no ar ontem e até agora as sugestões andam meio pobres. As melhores não conseguiram ir além de obviedades como Machado de Assis e Clarice Lispector, tal e coisa. Fica aqui a convocação: eu sei que os leitores do Todoprosa podem mostrar àqueles ingleses que nós somos mais do que um país bonito e muito, muito esculhambado. Ou não somos?
41 Comentários
Vou lá indicar “Vida de menina”, da Helena Morley, traduzido por Elizabeth Bishop.
Bonito, esculhambado e com uma música popular de primeira. Agora, falando sério, ninguém indicou Guimarães?!
Sim, Osrevni, alguns indicaram “The devil to pay in the backlands”, que é candidato a pior título de livro de todos os tempos em inglês. Vem a ser “Grande sertão: veredas”.
podiamos por Ana Miranda, Joao Ubaldo Ribeiro,e Jose Rubens Fonseca ( mas iamos ter de escolher bem os titulos de Fonseca , ultimamente ele tem enrolado um bocado)
Hum… que Tal Heloisa Seixas e seu ótimo “Pente de Vênus”…
Vou indicar o meu conterrâneo Francisco Dantas e seus romances regionais: Coivara da Memória, Os Desvalidos, e o mais recente que conta as estrepulias do Cabo Josino Viloso
Vou indicar o Ferréz. Que tal?
Eu indico um título de poesia, da melhor qualidade, aliás dois, o 1°é VERSOS ILEGAIS de Ricardo Albuquerque e o outro é LATÊNCIA de Edner Morelli,
abraços
Milton Hatoum, Cristovão Tezza, Sérgio Sant’Anna, Rubem Fonseca (excluindo tudo que vem depois de Agosto), Lygia Fagundes Telles…
KD os novos??? Onde está Antônio Dutra, Delfin K, Augusto Salles e Mariel Reis??? Vide Contos Cariocas
Tem que ser traduzido para o inglês, Anna. O citados por você, salvo engano meu, ainda não foram. Vou indicar “O encontro marcado” do Sabinão lá. Acho que ficou “A time to meet”, em inglês. Tenho isso em algum email, vou ver aqui. Abraços!
“de preferência traduzidos para o inglês, mas não necessariamente” – Eles são o sangue novo da literatura brasileira!!! Têm que constar… É a geração paralelos!!!
Vou lá votar no Bernardo Carvalho.
Recomendo a todos “Prosas Cariocas” da Agir; Paralelo 17 (não sei a Editora) e “Linha de Recuo” de Mariel Reis, Edições K. Assim damos seguimento´`a Machado de Assis, Drumond, etc…
Linha de Recuo é da Paradoxo Editorial, não das Edições K
Acho que a gente devia ir lá em peso indicar livros, pra que eles não julguem nossa literatura por Mr. Coelho, o escritor brasileiro mais lido no exterior.
Sugiro Erico Verissimo.
Ninguém indicou a Geração Nojenta? Joca, Marcelino, Galera e vários outros já foram traduzidos pro inglês.
abrazz
RB
Indico – com firmeza – o autor de um certo súcubo simiesco que melífluamente visitava um homem todas as noites, até que….
abs,
ma
Façam-me um favor. A quem se interessar em se registrar sua dica por lá, inclua por mim o Romance da Pedra do Reino de Ariano Suassuna, romance nordestino-armorial-porreta que segundo li num sítio sobre o autor na internet, encontra-se, para minha gratíssima surpresa, traduzido em inglês, alemão, espanhol, francês, além dos insuspeitados polonês e holandês.
se é pra estar traduzido, Jorge Amado preenche o requisito, de longe. Mas eu sugeriria o José Veiga, o Otto Lara Resende, o Nassar. dos “modernos”, o Bonassi, o Hatoum (já citado – e nem tão “novo”), o… e poeta, não entra?
Obrigado, Marco. Sua recomendação me ajuda nas negociações de uma tradução com a Random House. Forte abraço.
Caio Fernando Abreu e… Machado e Clarice.
Estou de cara de ninguem ter citado o Graciliano Ramos.
Valeu, Sergio. Por sinal, o próprio Guimarães, nas cartas com seus outros tradutores, só reclamava da edição da Knopf.
Bota o velho Graça aí!!!
Alguém indica o Sabino lá porque não consegui me registrar. “A time to meet” = “O encontro marcado”, valeu? Tem no Amazon pra vender hehehe
Pelo que vi, já postaram todos os clássicos. Entre os novos, acho que vale citar o Bernardo Carvalho, cujo “Nove Noites”, aliás, tem um ótimo parágrafo inicial para ser mencionado nessa coluna. Fica a sugestão.
Vou lá tascar um Campos de Carvalho e um Fausto Wolff! Os medalhões eu deixo pra maioria…alguém tem que fazer o trabalho sujo!
Jorge Amado(sempre!), João Ubaldo, Érico Veríssimo(bem lembrado por alguém aqui), e já que falei em gaúcho, Moacir Scliar.
E Clarice Lispector, mas isso é obvio demais…
Bem, os grandes já foram citados, mas
acrescentem ai, do velho Jorge Amado, O Capitão de longo curso…um belo romance.
Grande Sertão: veredas??? A idéia é fazer os caras gostarem de ler nossos autores. Come on!!
Geeeeenteeee!!!! Ninguém lê os contemporâneos??? Tem muita gente boa, saindo em editoras pequenas… Mariel Reis é um deles…
Eu sei que poesia é pedreira (o tradutor que se vire), mas indico çManoel de Barros.
E Raduan Nassar.
Puxei para os novos pq senti falta desta lembrança entre os posts. Conheço tb a literatura dos nascidos antes de 1977 !!! (RSRSRSRS) e acho não estaríamos bem representados se faltasse neste rol José de Alencar, Gonçalves Dias, Ferreira Gullar e Nélson Rodrigues. Excelente a lembrança de Suassuna, mas mandaria pros gringos “O Auto da Compadecida”, que é bem rico. Ah, e é claro… os magníficos Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira, que não podem faltar de jeito nenhum.
E como fã tenho a obrigação de pôr Antônio Dutra e Mariel Reis entre eles, ora pois!!! Viva a Geração 77!!! (RSRSRSRSRSRS)
Não curto nem acredito em poesia traduzida, nem daqui prá lá, nem de lá prá cá. Só isso.
Graciliano e Bernardo de Carvalho, com certeza.
Que tal entortar a cabeça deles com um andradiano Macunaima?
Viva o Povo Brasileiro, do João Ubaldo, também valeria o voto.
Moreira Campos ‘Dizem que os cães vêem coisas’
Vocês estão esquecendo o maior contista brasileiro de todos os tempos: Dalton Trevisan! Sempre imitado, nunca igualado!