A história foge do terreno da ficção em que se concentram as obsessões do Todoprosa, mas reúne nomes de peso e um coquetel de política e filosofia que merece atenção: a supereditora francesa Gallimard acaba de suspender a publicação de um livro de filosofia chamado Heidegger à plus forte raison – notícia do “Le Monde”, em francês, aqui. Detalhe bizarro: a suspensão se deu no último minuto, depois que cópias do livro já tinham sido distribuídas à imprensa e algumas resenhas, publicadas. A Gallimard não explicou a decisão. A proposta do livro – de diversos autores, com organização de François Fédier – é provar que o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) não era nazista.
5 Comentários
Intrigante a proibição, fosse ou não nazista, e se fosse?
FIORI: se fosse, como de fato o foi, o livro iria deixar todos os colaboradores e a própria gallimard com cara de bobos.
heidegger certamente não foi nazista como pensador, mas como cidadão, com toda a certeza colaborou com o fascismo para se manter no topo da cadeia alimentar na universidade de freiburg.
Saindo pela tangente: alguém já reparou que o Heidegger é a cara do Cony?
Isto áí.
Dividir o cidadão da obra.
Cidadão era nazista.
E daí?
O Planck também.
A teoria quântica continua válida inalterável.
Que vergonha para a Gallimard!
Vinícius,
Quem é mais mal-encarado entre os dois?
Acho que o prêmio vai para o… Heidegger; ou para o Cony?