A capa ao lado (“Este é o primeiro livro que eu leio em seis anos”), nome alternativo de “A garota com tatuagem de dragão”, de Stieg Larrson, é a preferida de todos os tempos pelos leitores do blog de humor Better Book Titles, que desde 2010 imagina “títulos melhorados” para livros famosos. O nome que coube à obra do autor sueco, claro, caberia em vários outros sucessos.
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E por falar em capa de livro: se esta aí embaixo, à direita – um legítimo produto brasileiro, de uma coleção popular da editora Record nos anos 1980 – não for a pior do mundo em todos os tempos, como a denominou Gabe Habash no blog da Publishers Weekly, será apenas porque as outras da coleção “Best of the best” não ficam atrás.
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Michel Laub, oportuno, escreve sobre a forma mais garantida e socialmente aceita de assassinar um escritor: banalizá-lo em pílulas de auto-ajuda nas redes sociais.
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A sempre provocante Laura Miller reflete na Salon.com sobre o direito que têm os escritores de ficção de puxar o tapete do leitor – e em que momento esse direito esbarra no direito do leitor de simplesmente abandonar o livro.
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Um livro que se debruça em três décadas de documentos produzidos por arapongas britânicos sobre escritores suspeitos do terrível crime de “comunismo”, como George Orwell e W.H. Auden, encontra uma comédia de erros e conclui – surpresa! – que 007 e seus colegas não entendiam bulhufas de literatura.
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Por razões profissionais, me dediquei na Semana Santa a reler as crônicas de Paulo Mendes Campos. Sabia que o cara era bom. Não me lembrava que fosse tão, mas tão monstruosamente bom. Fica o toque.
7 Comentários
Paulo Mendes Campos…MUITO bem lembrado. Devorei aos 12, 13 anos a coleção ‘Para Gostar de Ler’, foi o maior impulso que tive para a literatura propriamente dita, antes era só Conhecer e quadrinhos. Vou fazer o mesmo, grato!
Oi, xará! Realmente, o PMC era um craque. A edição dos livros dele pela Civilização Brasileira já era boa, espero que agora a Companhia das Letras disponibilize outros títulos. Tuas razões profissionais têm a ver com a nova edição das obras dele? E teu livro, quando é que sai? Abração!
Salve xará, tudo bem? Sim, tem a ver com um convite do blog da editora para escrever sobre o Paulo. Meu livro ainda não tem data fechada, mas certamente sai no segundo semestre. Grande abraço.
As capas da coleção “Best of the Best” pareciam todas recortadas de páginas de propaganda de revistas femininas, e nada tinham a ver como conteúdo dos best-sellers. Tenho alguns desses livros: A Escolha de Sofia e o Sétimo Segredo, com essas capas de modelos sorridentes e destoantes com as tramas dos livros.
Outra capa infeliz foi a edição de “A Águia Pousou”, de Jack Higgins, da coleção “Best Books”, publicada pela Nova Cultural. O motivo? Puseram na capa o desenho de uma águia-pescadora, símbolo dos Estados Unidos, ao ínves da águia negra, símbolo da Alemanha, o que seria condizente com a história do livro:
http://www.sebotroia.com.br/produto.php?cod_produto=1133076
Livros clássicos com capas cretinas: uma proposta | Todoprosa - VEJA.com
Livros clássicos com capas cretinas: uma proposta | Livros só mudam pessoas
Meu Deus, não! Eles não fizeram aquela capa para A Outra Volta do Parafuso! Não é possível!
Legal a legenda: “Porque é um livro sobre parafusos, certo?”
Livros clássicos com capas cretinas: uma proposta | publiki