httpv://www.youtube.com/watch?v=wOrhpRtEXH8&feature=related O Pop Literário de Sexta traz dois vídeos ligados à novela “A metamorfose”, obra-prima de Franz Kafka que, escrita em 1912 (e publicada três anos depois), está completando cem anos sem dar o menor sinal de que um dia se verá transformada numa espécie monstruosa e embolorada de literatura de época. Acima, a íntegra do bom média-metragem livremente inspirado no livro que o cineasta independente espanhol Carlos Atanes lançou em 1993. Abaixo, numa preciosa dica tuíterística do escritor e “curador de links” Carlos Henrique Schroeder, um vídeo em que o professor Ritchie Robertson, eminente kafkólogo de Oxford, apresenta e comenta o manuscrito original do livro. Destaque para a caligrafia demasiado humana de Kafka (não mais torta do que a minha, devo confessar) e para o escasso número de rasuras. Bom fim de semana a todos. httpv://youtu.be/IOoQcPy23w4
A inspiração do artista e poeta austríaco Anatol Knotek, que pinta retratos – como o de Herman Hesse, à esquerda – com palavras manuscritas em vez de traços disputou uma vaga no Pop de Sexta com a suprema gratuidade de uma coleção online de biquínis que se parecem com capas de livros – como o da direita. Deu empate. * Embora pop à beça e bom mesmo seja este mapa da Via Láctea com design inspirado no do metrô londrino. Pena que não se qualifique como propriamente literário. * O escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder fez para o site do Instituto Moreira Salles um apanhado de vídeos interessantes disponíveis na web literária. Já havia feito o mesmo com textos. * Este artigo (em inglês) de Barton Swain para o Weekly Standard, a propósito de um livro que busca ensinar regras de estilo para acadêmicos, tem o grande mérito de mostrar – consolo duvidoso – que o problema não é só nosso: “Os acadêmicos modernos não são celebrados pela clareza e pela felicidade de seu texto”, escreve ele. “Uma das lições mais importantes que um estudante de pós-graduação pode aprender – e se não aprender logo, estará condenado – é que…
Hoje o Pop Literário de Sexta abre alas para o Literary Jukebox, simpático projeto lançado este mês pela jornalista cultural Maria Popova, do blog Brain Pickings. Trata-se de uma página que traz uma citação literária por dia – muitas vezes de ficcionistas, mas nem sempre – e a cada uma atribui uma trilha sonora pop moderninha que, para Popova, dialoga com o tema. O charme da coisa é que os casamentos de texto e música nunca são óbvios. Um trechinho de “Os irmãos Karamazov”, de Dostoievski, se deixa ler ao som da bela “Truth”, de Alexander Ebert, ex-Edward Sharpe and the Magnetic Zeros. Balzac é embalado num tema instrumental da banda soul El Michels Affair. Uma citação de John Cage sobre o poder do silêncio vem acompanhada de “Sound of silence”, de Paul Simon – o que poderia ser óbvio, certo, não fosse a escolha da versão da islandesa Emilíana Torrini para a canção. Aqui está o arquivo completo do Literary Jukebox, ainda pequeno e fácil de navegar. Boas leituras, boas audições – e bom fim de semana.
httpv://www.youtube.com/watch?v=e6Iu29TNfkM&feature=youtube_gdata_player Trata-se de material educativo, o que costuma ser interpretado como uma espécie de eufemismo de “chato”. Por que será, então, que assisti com interesse a esse vídeo (em inglês) que pretende resumir e analisar sumariamente “O grande Gatsby”, obra-prima de F. Scott Fitzgerald e livro preferido de Luis Fernando Verissimo? A resposta simples é: porque é feito com inteligência, o que não pode ser dito de 99% dos resuminhos literários que assolam a internet brasileira. A resposta menos simples envolveria uma reflexão sobre a rapidez com que por aqui condenamos como “barateamento” qualquer iniciativa do gênero, ao mesmo tempo que ninguém assume ser contra o “incentivo à leitura”. Divirtam-se. Duvido que, assinada por quem é, a nova adaptação cinematográfica do romance seja tão interessante.
Aqui vai um joguinho divertido para bons leitores (e cinéfilos também): numa galeria de 36 personagens famosos da literatura, com limitação de tempo, em quantos casos você consegue identificar os autores? Como a escolha dos nomes que participam da brincadeira é decididamente mainstream, a maioria dos personagens já foi parar no cinema, o que pode facilitar a tarefa ou não. Quem, não sendo um bom leitor, presta atenção no nome do escritor em cuja obra o filme se baseou? A propósito, caso alguém esteja interessado: acertei 28 antes que se acabasse o tempo. Nota 7,7 – podia ser pior. * Achei surpreendente essa lista (em inglês) de escritores que atuaram como atores em filmes, preparada pelo “The Millions”. A carreira de Norman Mailer na tela grande é notória, certo. Eu também já tinha ouvido falar vagamente da atuação de um adolescente Martin Amis em certo filme inglês dos anos 1960, embora não fizesse ideia de que ele precisou ser dublado por uma menina (!). Mas a maioria foi novidade para mim. Tem coisas que só o Pop de Sexta faz por você. * Foi excelente a conversa do americano John Freeman, editor da “Granta”, com Paulo Roberto Pires, editor da…