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Começos (ainda) inesquecíveis: Javier Cercas

28/06/2009

Foi no verão de 1994, já faz agora mais de seis anos, que ouvi falar pela primeira vez do fuzilamento de Rafael Sánchez Mazas. Três importantes acontecimentos tinham então acabado de se produzir em minha vida: meu pai havia morrido, minha mulher me abandonara e eu abandonara minha carreira de escritor. Minto. Dessas três ocorrências, as duas primeiras eram exatas, exatíssimas; a terceira não era tanto assim. Na verdade, minha carreira de escritor nunca decolou; portanto, dificilmente poderia tê-la abandonado.

Grande parte do apelo do romance “Soldados de Salamina”, sucesso internacional do espanhol Javier Cercas (Francis, 2002, tradução de Wagner Carelli), está no seu jeito – despretensioso só na aparência – de alternar constantemente o foco entre a História (mundial) e uma história (pessoal). O efeito ganha profundidade ao longo de 240 páginas, com outro par de opostos – realidade e ficção – para complicar. As primeiras linhas do livro expõem todo o projeto como miniatura.

Publicado em 10/12/2007.

3 Comentários

  • Alexandre 29/06/2009em19:19

    Olá, essa voz do narrador que impressiona e um off no ouvido, desses onde ouvimos sem nos prender no significado e temos que voltar para entender o que apenas foi sentido.

  • Edson 01/07/2009em13:22

    Olá, Sérgio! Gostei mt de sua iniciativa, realmente seu blog é bem informativo e de mt bom gosto.
    Quero convidá-lo a conhecer o meu trabalho tb no
    http://www.jornalculturaviva.blogspot.com/
    Desejo sucesso!
    Um abraço,
    Edson Soares.

  • Leonardo Villa-Forte 07/07/2009em11:26

    Gosto muito deste livro, Soldados de Salamina. A alternância de foco é um grande prazer para o leitor. É uma “investigação” deliciosa.
    Parabéns pelo blog!