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Começos (ainda) inesquecíveis: Suzana Flag

19/07/2009

– Você não vem?

– Vou já, mamãe.

Mas não foi: nem iria nunca. “Coitada de mamãe”, pensou, numa tristeza maior. D. Margarida não sabia, não desconfiava de nada. Se soubesse, se pudesse imaginar! Disse baixinho: “Daqui a pouco estarei morta”. E repetiu, como se custasse a acreditar: “Estarei morta”.

Assim, com a morte rondando o seio da família, começam as peripécias rocambolescas de “Núpcias de fogo” (Companhia das Letras), o quarto folhetim escrito por Nelson Rodrigues com o pseudônimo de Suzana Flag. “O Jornal” publicou-o em capítulos em 1948. A primeira edição em livro só saiu em 1997.

Publicado em 18/11/2006.

13 Comentários

  • kylderi 19/07/2009em18:01

    Sempre é ótimo encontrar Nelson no Todoprosa.

  • Saint-Clair Stockler 19/07/2009em19:55

    Não consigo gostar de Nelson Rodrigues: ele é muito carioca (no mau sentido) pro meu gosto. Prefiro o Marques Rebêlo. Não gosto da “canalhice” da maioria dos seus personagens romancescos. Mas já tolero bem isso no seu Teatro.

  • Saint-Clair Stockler 19/07/2009em20:05

    ERRATA

    É “romanescos”, tá? Mas “romancescos” até que ficou bom pra caracterizar os personagens do Nelson. Vou adotar!

  • kylderi 19/07/2009em20:42

    Nelson é pernambucano e sempre foi um crítico da liberalidade carioca. No romance “O casamento”, ele escreve que “em Copacabana, o homossexuallismo pinga do teto”.

  • Jefferson 19/07/2009em21:53

    Para mim, Nelson foi apenas um dramaturgo revolucionário, e dos grandes. Mas no romance, ele foi medíocre. Nunca consegui passar da pagina 5 de “A mulher que amou demais”.

  • jmarcos soares 20/07/2009em11:00

    Além de não votar poderiamos começar uma campanha brutal para isso , inclusive contra senadores pois não precisamos deles e lembre quem derrrubou o Imperio Rommano foi o senado é a pior instituição da`dita “DEMOCRACIA´´ ´e só roubalheira, além de custo altissimo pra nós contribuintes, eles são intocáveis pelas leis que fazem.

  • Daniel 20/07/2009em13:05

    O comentário do jmarcos soares tem tanto a ver com o assundo que me deixou com uma dúvida: What porra is that?

  • Daniel 20/07/2009em13:05

    digo assunto*

  • Saint-Clair Stockler 20/07/2009em15:57

    Kylderi: acho que você não entendeu bem o meu comentário. Estou falando da OBRA, dos PERSONAGENS, não da naturalidade nem da filosofia pessoal/preconceitos do Autor.

  • Saint-Clair Stockler 20/07/2009em15:59

    SÉRGIO, uma curiosidade:

    Por que a gente aqui não pode corrigir os comentários que faz? A gente podia fazer um cadastro e passar a poder editar os comentários, não seria legal?

    Eu já faço isso em outro site, voltado para tecnologia: http://meiobit.com

  • kylderi 20/07/2009em18:30

    Citei um trecho de uma obra. As convicções (filosofia, preconceitos) do autor estão na obra; nela entendemos a cosmovisão do escritor.

  • Sérgio Rodrigues 21/07/2009em12:43

    Saint-Clair: obrigado pela sugestão. Quem sabe um dia.

  • Saint-Clair Stockler 22/07/2009em10:25

    Sérgio,

    esse seu “quem sabe um dia” me lembrou o “passa lá em casa” dos cariocas…