Clique para visitar a página do escritor.

Começos inesquecíveis: Juan Rulfo

17/09/2006

Vim a Comala porque me disseram que aqui vivia meu pai, um tal de Pedro Páramo.

Um dia a dúvida tinha que aparecer nesta seção: será que o começo de “Pedro Páramo” (Record, 2004, tradução de Eric Nepomuceno), romance publicado em 1955 pelo mexicano Juan Rulfo (1917-1986), só é inesquecível porque o livro todo é? Ou existirá alguma coisa na primeira linha dessa obra-prima da literatura latino-americana que a faria reverberar mesmo sozinha, no ar seco de um México mítico, sustentada entre o tema ancestral da busca do pai e a sonoridade estranha de nomes como Comala e Páramo?

14 Comentários

  • Fábio 17/09/2006em03:38

    Poxa, esse livro é muito querido por mim. Li duas vezes. Na primeira achei que era bem ruim, pois não entendi nada. Mas relendo, vi o quanto ignorante era e me apaixonei não só por Comala, mas os personagens desse realismo fantástico.

  • Urariano Mota 17/09/2006em07:17

    Melhor que a dúvida foi a expressão da dúvida. Salve.

  • Sérgio Rodrigues 17/09/2006em10:42

    Valeu, Urariano. Um abraço.

  • sonho bom 17/09/2006em14:16

    Realmente, Urariano Mota, vc. disse tudo em uma frase. Salve.

  • Jeferson de Andrade 17/09/2006em18:54

    Prezado Sérgio Rodrigues.
    Creio que “Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.”, “Ana Karênina”, Tolstói, é o começo insuperável.
    Aproveito oportunidade para solicitar endereço para o envio da nova edição do meu livro “Anna de Assis – história de um trágico amor: Euclides da Cunha, Anna e Dilermando de Assis”.
    End. para jefersondeandrade@ig.com.br
    Obrigado.
    Jeferson de Andrade

  • Henrique Veltman 17/09/2006em21:03

    Um dia, o Pessoinha me trouxe um pequeno livro, Pedro Páramo, e ordenou: Leia. Li. Nunca mais fui o mesmo.

  • sonho bom 17/09/2006em21:36

    Dedicatória
    A maior aventura de um ser humano é viajar,
    E a maior viagem que alguém pode empreender
    É para dentro de sí mesmo.
    E o modo mais emocionante de ralizá-la é ler um livro,
    Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
    Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
    E descobrir o que as palavras não disseram.
    No fundo, o leitor é o autor da sua história…
    ( O Futuro da Humanidade – Augusto Cury)

  • Lucio Flavio Pereira 17/09/2006em21:45

    Estou com o Jeferson de Andrade. A abertura de Ana Karênina continua no meu altar. Mérito do grande Tolstói ou do seu tradutor?

  • Flávio Rios 17/09/2006em22:07

    Jeferson, que coincidência! Minha noiva gostava muito do seu livro, contando essa triste história da Anna de Assis com o Euclides da Cunha e toda a perseguição da sociedade…

    Eita livrinho que traz lembranças….

  • Sérgio Rodrigues 17/09/2006em23:40

    Jeferson (e Lucio), faz pouco tempo que o Tolstoi passou por aqui: ainda está ali embaixo, última nota, dia 21 de agosto. Enviarei o endereço do site por email. Abraços.

  • Lucio 18/09/2006em01:30

    Sergio Rodrigues,
    Fui lá conferir a nota de 21/08. Está lá o que eu gostaria de ter dito. Tratando-se de ponto de vista mais qualificado, me fez sentir bem acompanhado. Obrigado.

  • Rogerio 18/09/2006em11:24

    Pedro Páramo faz parte do meu panteão particular dos grandes livros. Não que isso queira dizer muita coisa, mas, enfim, foi bom vê-lo por aqui.

    E dando minha contribuição aos começos inesquecíveis: o de Tristes Trópicos.

  • james jorge barbosa flores 18/09/2006em22:55

    Juan Rulfo é incontestável! E pensar que fui ler apenas porque moreu no dia do meu aniversário, vi no noticiário e perguntei para amigos e logo tinha o livro… Até hj não sou o mesmo… “perdi o rumo”, é o começo mais notável, mesmo,…

  • Luis Eduardo Matta 24/09/2006em03:08

    “Pedro Páramo” é uma das minhas leituras inesquecíveis. Foi graças a Juan Rulfo, que descobri a literatura em língua espanhola. E nunca mais abandonei. Belo post.