O nome desse galináceo pequeno e invocado, reizinho dos quintais de todo o país, de agitação inversamente proporcional à estatura, é um tributo ao cruzamento de culturas como forma de enriquecimento da língua. Pega bem lembrar a história do garnisé nesses tempos bicudos, quando anglicismos de todos os formatos vêm cantar de galo em nosso terreiro e dão a tanta gente a sensação apocalíptica de que o inglês, apesar das esporadas do Itamaraty, vai matar a galinha dos ovos de ouro da língua. Calma, pessoal. O nome do garnisé, de sonoridade brasileiríssima, vem da ilha britânica de Guernsey, de onde foram importados os primeiros exemplares desses galinhos, no século 19. Quer dizer: no fim dá certo, é só não desesperar.
Publicado no “NoMínimo” em 25/1/2005.
7 Comentários
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Só pra não perder a oportunidade devida ao tema do post:
“Perder é humano; perder TUDO é atleticano.”
O galo garnisé, motivou no passado, uma comparação nas pessoas, que diziam que quando alguem tinha a fama de “briguento”, estava sempre procurando encrenca, provocava nas pessoas que o conheciam o comentário: olha o “galo garnisé”
Thiago, vc “perdeu”. Pelo visto sua intenção é fazer um trocadilho com o velho ditado, e o correto é: “errar é humano…” e não “perder é humano…”. Quem anda “errando” tudo???? Afundado por uma náu…tico….sem rumo……kkkkkkkkk
Gente! Vai escrever bem assim lá num tal de “Todo Prosa! ” Não é que o homem solta o verbo???? kkk
desculpa-me !
Mas é verdade….
hehe
Sérgio.
Diálogo entre eu e meu filho de 9 anos:
– É só apagar.
– Mas como eu apago?
– Deleta.
– Ah, bom.
E deleta, se não estou enganado, nem vem do inglês, mas faz parte da leva de palavras incorporadas pela informática. E ponhe leva nisso.
E eu que achava que o nome do galinho era essencialmente brasileiro, com uma sonoridade bem brasileira, tipo Barnabé, Capilé. Ledo engano.