Machado de Assis, Jorge Amado, Clarice Lispector e Paulo Lins. Eis o eixo em torno do qual gira a história da literatura brasileira, segundo o artigo Destination: Brazil (acesso livre), publicado hoje por Anderson Tepper na seção “Guia Literário do Mundo” da boa revista eletrônica americana Salon. Eu sei que parece, mas não, com essa seqüência de nomes o autor não quis insinuar que a decadência das letras brasileiras é vertiginosa e irremediável.
Será que, além de ser levado pelo cinema a superestimar a arte do autor de “Cidade de Deus”, ele fala muita bobagem? Uma ou outra, mas bem menos do que a média em artigos desse tipo. Diante da virtual invisibilidade internacional da nossa literatura, pode-se dizer que o texto é positivo à beça.
39 Comentários
Um gringo bem simpático e legal.
Li o artigo e, devo confessar, não vi nele senão uma sucessão interminável de clichés sobre o país. O tom afável de quem não se vexa em se deixar deslumbrar faz o autor parecer simpático, e provavelmente ele deve ser mesmo uma pessoa simpaticíssima. No entanto, sua visão do país é a mais caricatural possível, vexaminosamente caricatural, não para ele que, sendo estrangeiro, não chegou a dizer nenhuma besteira, mas para nós que falhamos na projeção da nossa imagem no exterior. Que guia literário é esse que fala em travestis, danças eróticas, futebol, samba, caipirinha e um pouquinho sobre livros? Dos onze parágrafos, apenas oito falam de livros; apenas quatro autores de ficção são citados (Jorge Amado, Machado de Assis, Clarisse Lispector e Paulo Lins), e a qualidade literária de um deles, convenhamos, é pobre, pobre, pobre…
Eis aí o sintoma insofismável do nosso complexo de inferioridade: somos como cães que abanam o rabo porque o transeunte indiferente dispôs-se a estralar os dedos.
Rafael, que rabo abanado é esse que você viu? Aqui certamente não foi. Registrei que o cara fala menos besteiras do que a média. Ri do peso do Paulo Lins na lista dele. Concluí que, como ninguém dá a mínima (eu disse a mínima) para a literatura brasileira fora do Brasil, a Salon ter falado algumas coisas menos que grotescas é um dado positivo. Daí a soltar fogos vai uma bela distância, mas seu comentário me fez pensar: o verdadeiro sintoma de “complexo de inferioridade” não será essa ânsia para que digam coisas bonitinhas, profundas e irretocáveis de nós? O que a Salon diz ou deixa de dizer não tem muita importância, essa é a verdade. Não para além de uma nota vadia num blog, fim de tarde de terça-feira, assuntos rareando…
Sérgio, só para constar:
O Anderson foi revisor da tradução do Cidade de Deus aqui. Talvez isso explique o peso que ele dá ao cara. Outra coisa é que ele realmente pensou que o filme foi feito por causa da grande repercussão do livro do país. Tentei demovê-lo desta idéia, mas pelo jeito ele não conseguiu entender que livros, aqui, não acontecem.
abs
Ops: no meu comentário, o primeiro aqui se refere aos Estados Unidos e o segundo ao Brasil. desculpe pela confusão.
Por incrível que pareça, literatura tem ligação com a vida.
Falo assim porque certos escritores, enquanto fazem juras de amor à literatura, parecem se divorciar da vida.
A gente é fanático por leitura, literatura inclusive, porque as leituras e a literatura nos falam da vida. Ou, pelo menos, na minha opinião, deveria ser fanático justamente em razão disso.
Um gringo que goste bastante da vida, ame nosso país, tente conhecer nossa literatura, escreva um artigo sem maiores compromissos, cheio de empatia, já está de bom tamanho.
o “é pobre, pobre, pobre” é para o Jorge Amado né? Pois nunca li o Paulo Lins, mas será que ele é tão ruim assim para ser pior que o Jorge?
Agora, por mais boa vontade que ele tenha, podia saber o pouquinho mais sobre o que estava escrevendo, citar uns dois nome de praxe, daqueles que nem precisaria muita pesquisa, mas na linha do que disse o Sérgio, qualquer bobagem.
(Aliás, a Salon já foi uma revista bem interessante, mas a falta de grana foi minguando a qualidade dos articulistas e outras coisas mais, uma lástima)
“Jorge Amado, Brazil’s most celebrated novelist, was, like the country, larger than life”.
Valeu, Anderson.
“A gente é fanático”, dá mote para “A palavra é…” ou é só solecismo?
Não costumo ler artigos estrangeiros sobre a literatura produzida no Brasil, então não tenho como comparar, mas, convenhamos, esse aí do Anderson Tepper não dá para ser levado a sério.
Grande Sertão :Veredas entre os melhores livros da literatura
mundial
Grande Sertão: Veredas, do renomadíssimo escritor Guimarães
Rosa, foi a única obra brasileira escolhida em pesquisa
organizada pelos editores do Círculo do Livro da Noruega.
A decisão em realizar essa pesquisa faz parte de uma
campanha para incentivar a leitura de clássicos da literatura
mundial contra o apelo dA televisão , vídeo e dos jogos
de computador.
Entre os 100 escritores dos 54 países que participaram
da votação estavam Salman Rushdie, Milan Kundera, John
Le Carre, John Irving, Nadine Gordimer, Carlos Fuentes
e Norman Mailer.
Cada um dos autores elegeu dez trabalhos considerados
os melhores e mais importantes livros da literatura
mundial.
Dom Quixote, obra-prima de Miguel de Cervantes, foi o grande vencedor, com mais de 50% dos votos do segundo
colocado, Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust.
A história de Dom Quixote, um cavaleiro que vive entre
um mundo de fantasia e a realidade, superou obras de
outros gênios da literatura mundial, como William Shakespeare
e Homero.
Ao anunciar o prêmio, em Oslo, o escritor nigeriano
Ben
Okri, ganhador do Nobel de Literatura, disse que Dom
Quixote é “um romance que todos devem ler antes de morrer.”
A literatura brasileira foi brilhantemente representada
por GUIMARÃES ROSA, com Grande Sertão: Veredas, a história
do sertão, seus costumes e sua típica paisagem, cenário
do desenrolar da trama que envolve as duas personagens
principais, Diadorim e Riobaldo.
Conheça algumas obras da literatura mundial
Decameron, de Giovanni Boccaccio (1313-1375), Itália.
O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronte (1818-1848),Inglaterra.
A Divina Comédia, de Dante Alighieri (1265-1321), Itália.
Grande Expectativas, de Charles Dickens (1812-1870),Inglaterra.
Crime e Castigo, de Fyodor M. Dostoievski (1821-1881),Rússia.
Medéia, de Euripides (480-406 a.C.), Grécia.
Madame Bovary, de Gustave Flaubert (1821-1880), França.
O Amor no Tempo do Cólera, de Gabriel García Márquez
(nascido em 1928), Colômbia
Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), Alemanha
Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa (1880-1967),Brasil
O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway (1899-1961), Estados
Unidos
A Odisséia; A Ilíada, de Homero (700 a.C.), Grécia
Ulisses, de James Joyce (1882-1941), Irlanda.
Zorba, O Grego, de Nikos Kazantzakis (1883-1957), Grécia.
1984, de George Orwell (1903-1950), Inglaterra
Metamorfose, de Kafka (1883-1924), Atual República Tcheca
Em Busca do Tempo Perdidode Marcel Proust (1871-1922),França.
Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago (nascido em
1922), Portugal.
Hamlet, KingLear, Othello, de William Shakespeare (1564-1616),Inglaterra
As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift (1667-1745),Irlanda
Guerra e Paz, de Leo Tolstoy (1828-1910), Rússia
As Mil e Uma Noites(700-1500), Índia/Irã/Iraque/Egito
Entre esses quatro deveria estar o Guimarães Rosa. Tudo bem, poderiam ser cinco, mas deixar o Guimarães fora é uma injustiça!
Acabei de saber que morreu o Sidney Sheldon. Os puristas da Literatura como “L” maiúsculo devem estar festejando. Eu não: era um puta contador de histórias. Estou tristíssimo.
Li no blog do Marcelo Coelho o que o Guimarães Rosa escreveu sobre o Machado de Assis, um dia. “Acho-o antipático de estilo, cheio de atitudes para ‘embasbacar o indígena’: lança mão de artifícios baratos, querendo forçar a nota da originalidade; anda sempre no mesmo trote pernóstico, o que torna tediosa a leitura. Quanto às idéias, nada mais do que uma desoladora dissecação do egoísmo e, o que é pior, da mais desprezível forma do egoísmo: o egoísmo dos introvertidos inteligentes.” Logo ele, que morreu quando enfim virou imortal. Bem feito que ficou de fora do artigo da Salon: eles sabem muito mais de literatura do que nós.
Meu caro Saint-Clair, estou longe do purismo.
Vou te contar uma história: uma namorada me arrastou ao cinema para ver um filme baseado em Sidney Sheldon: “O outro lado da meia noite”. Com namorada e tudo, e eu gostava muito dela, dormi no cinema. Os livros dele conseguem ainda ser piores que o filme.
Em matéria de folhetim, impagável, coisa de gênio da literatura, são os capítulos escritos pelo autor de radionovelas de “Tia Julia e o escrevinhador”, do Vargas Llosa.
Juscelino e Rosa
“…não deixavam o Miguilim parar quieto. Tinha de ou debulhar milho no paiol, capinar canteiro de horta, buscar cavalo no pasto, tirar cisco nas grades de madeira do rego. Mas Miguilim queria trabalhar, mesmo. O que ele tinha pensado, agora, era que devia copiar de ser igual como o Dito.”
Guimarães Rosa- Manuelzão e Miguilim. 1956.
Os dois eram rapazes do interior de Minas Gerais. Um deles nascera em Diamantina, em 12 de setembro de 1902; o outro em Cordisburgo, em 27 de junho de 1908, e vieram cursar a mesma Faculdade de Medicina em Belo Horizonte. Juscelino Kubitschek de Oliveira ganhou o canudo e o anel em 1927; João Guimarães Rosa, graduou-se mais tarde, em 1930. Engajaram-se em revoluções. Não para matar, mas para salvar vidas. Juscelino embarcou numa coluna na Revolução de 1930, Guimarães Rosa alistou-se como voluntário na Constitucionalista de 1932.
Minas Gerais venceu São Paulo nas duas guerras civis brasileiras, as revoluções de 1930 e 1932. Contava com os soldados Rosa e Juscelino. E, ainda, os mineiros eram aliados dos paraibanos, dos gaúchos e dos cariocas, em defesa da União brasileira.
Os paulistas passaram por momentos de muito medo e tristeza nos momentos finais das derrotas sofridas, durante os cercos às cidades de Santos e no avanço das tropas legalistas à capital rebelde, São Paulo. Homens paulistas choravam e mulheres paulistas desesperavam.
Os vencedores, entretanto, foram magnânimos e amigos dos derrotados paulistas.
Um final feliz para teríveis guerras fatricidas.
Antonio Augusto,
Não acho que haja divórcio entre vida e o ato de escrever. Mas os próprios escritores têm este questão. Olhe este depoimento da Clarice Lispector.
(…)”Quanto ao fato de eu escrever, digo – se interessa a alguém – que estou desiludida. É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, paz. Minha literatura, não sendo de forma alguma uma catarse e que me faria tão bem, não me serve como meio de libertação.
Talvez de agora em diante eu não mais escreva e apenas aprofunde em mim a vida. Ou talvez esse aprofundamento da vida me leve de novo a escrever” (…)
(…)”Nunca me senti realizada como escritora, e tenho a impressão de que será assim até eu morrer.”(…)
E ainda:
“(…)E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu poder. E, no entanto, cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira ves. Cada livro é uma estréia penosa e feliz. (…)”
“ves” foi maus. rsrs
Já Borges:
(…)Desde minha meninice, quando lhe sobreveio a cegueira, ficou tacitamente entendido que eu deveria cumprir o destino literário que as circunstâncias haviam negado a meu pai. Isto era algo tido como certo (e tais coisas são muito mais importantes do que as que simplesmente se dizem). Esperava-se que eu fosse um escritor.” (…)
Morreu o Sidney Sheldon? Nossa!
Claro que não há, Clarice, grande literatura é sumo artístico da vida.
Falei de certos escritores com aspectos beletristas.
Adianto que elaboração e apuro formal são quase sempre fundamentais.
Augusto, alguns dos livros do Sheldon são muito bons. Você já leu o “A herdeira”? No gênero em que se insere, é uma obra-prima. E diverte pra caramba.
Estou com um problema.
Este mês sobrou quarenta paus para comprar um livro.
Um verdadeiro milagre. Passei na livraria e não consegui escolher.
Claro que comprei um vestido e um sapato que é minha prioridade.
Como dizia a própria Clarice (a verdadeira e não esta bluestocking que vos fala):
“Prefiro que saia uma boa fotografia minha no jornal do que uma boa crítica.”
Quase comprei o Onetti. Aí olhava os outros e ficava com pena.
Me ajudem.
Oi Saint-Clair!
Você por aqui na mesma hora que eu?
Sincronicidade!
Eu não gosto de Garcia Marques. Acho, Ih! que perigo, desculpem aos que gostam, mas acho o “Cem Anos de Solidão” uma chatice só.
Pronto falei.
Volto em 2009, depois desta heresia, talvez em 2089.
Estimado Saint-Clair, obrigado pela dica. Até hoje nunca li um livro do Sidney Sheldon. Não será agora que cometerei essa ação de lesa-literatura.
Um abraço,
Ah! Antônio Augusto pelo amor de Deus. Pior é arte ditada pelo realismo-socialista. Você como marxista deve ter inúmeras restrições à certo tipo de literatura. Você não pode gostar de tudo não.
Talvez até o Sidney Sheldon seja mais indicado para os preceitos do realismo-socialista.
Feliz sou eu que não tenho preconceitos e leio tudo que me cai nas mãos.
Pois é, Clarice: sou um junguiano de carteirinha!
Estou muito longe de ser “expert” em literatura, mas, claro, não gosto de tudo.
Entre minhas restrições, cara Clarice, por exemplo, estão, digamos, uns 95% do que se convencionou chamar o realismo socialista.
Por questões estéticas e também por ser marxista.
Abraços,
Saint-Clair,
O Sidney Sheldon não pode por que é ópio do povo. Não pensa em luta do proletariado, não fala mal do capitalismo e comete outras imposturas.
E, por favor, a partir de agora leia somente os autores certos. Quando diante de uma passagem muito boa, faça reverência, genuflexão e entre em estado de graça.
Nos museus e galerias diante de uma obra-prima entre em êxtase, que é a forma correta de se apreciar uma pintura, e faça mesuras e reverências.
Arte é algo feito por mentes elevadas para pessoas com espíritos igualmente elevados.
Antônio,
Leia o Ernest Fisher. Se você quiser eu te mando com outro aqui que nunca lerei pois tenho mais com o que me preocupar em relação às artes e artimanhas.
Agora vou tomar um Ritalin pois acho que estou tendo uma crise de hiperatividade.
O post é sobre o que mesmo?
Ih! Entrei sem querer aqui.
Então aproveito para dizer ao Antônio Augusto, que o Chesterton e a turma está sentindo falta dele lá no Weblog.
Fica difícil. Não gosta muito de literatura e não entende o realismo socialista…
Desconfio que Sidiney Sheldon é bom! apesar de nunca ter lido nada dele!
Ahahahahahhah….
Gosto só para discordar do purista Antonio Augusto!
:o)
O negócio aqui está bom, galera!!
Acabo de ler que Sheldon já era roteirista em Hollywood em 1937, e que vendeu um poema aos 10 anos por 10 dólares! Era bipolar, tentou suicídio aos 17 e , não obstante, chegou na beirada dos 90 anos!
Ins’t that an acomplishment!?
E ainda por cima eu me dei conta que “li” sim, Sidney Sheldon! Ele foi o criador de “Jeane é um Génio”, que vi quando criança, de Patty Duke Show, que vi parcialmente também (ele foi o roteirista que escreveu TODOS os episódios da 6 temporadas) e Casal 20, só que já nesta época eu estava me livrando do vício de ver tevê, e acho que não perdi muita coisa com o seriado!
Abs.
Coisa feia eu entrar totalmente off-topic.
Desculpeaí, Sérgio Rodrigues, mas blog é seu autor + comentaristas. Tem gente que frequenta mais os blogs por causa da oportunidade de espinafrar/babar/aprender os frequentadores. No meu caso: fifty-fifty!!
Ahahahaha…..
Apenas para usar uma gíria dos anos 60!
:o)
Abração!
Machado de Assis, Jorge Amado, Clarice Lispector são tão conhecidos que soa clichê menciná-los… concordo que já é algo citarem 4 escritores brasileiros, dentre eles, estes 3… mas também acredito que poderiam aproveitar a oportunidade para explorar mais a fundo o tema… adoro os três autores, mas se você já está escreendo, que escreva um pouco mais… senão fica igual aquele filme Z, “turistas”… cheio de clichês e de um Brasil exótico…
Soa rasteiro, na minha opinião é claro, longe de mim provocar a ira dos fiéis a ponto me colocar na fogueira, mas todo mundo fora do Brasil que fala de escritores brasileiros, no mínimo, fala de um dos três autores que mencionei… senão todos juntos e mais uns dois bem manjados…
Nada contra falerem de nossos grandes escritores, eu por exemplo adoro Clarice Lispector… mas não custa nada mencionar outros… e que não seja Paulo Coelho…
Talvez o Paulo Lins tem um livro que segue uma tendência mundial, da preocupação com imagem estética da criança pobre que cresce num mundo dinâmico e globalizado.
O fenônemo de Feras de lugar nenhum e outros exemplos, livros com narrativas extremamente agéis, quase-filmes sobre conflitos sociais e raciais.
A necessidade de novos conflitos e atrações, fez o mundo descobrir a criança negra pobre do 3o. mundo em meio a guerrilha ( e não guerra), pois esse é o desafio hoje de todos nós.
Não há mais guerra, há apenas guerrilha, não murro de ferro, há uma zona de conflito de drogas e armas ocidentais e a sua exploração nos mundos marginais, em cima da criança.
Agora, Paulo Lins só entra em lista como livro-base de roteiro bacana de filme interessante.
Tá faltando Graciliano Ramos na lista de vocês.
Pensa pelo lado bom da coisa : Pelo menos desta vez, Paulo Coelho não esta na lista
Paulo Lins é legal: sutil apologia da violência, ideal para cineastas banqueiros adaptarem ao cinema e ajudarem a conformar a cabecinha fantasiosa da classe média tupiniquim à nossa ideologia controlista. Tá dominado, tá tudo dominado! Fizemos o presidente dddiiii nooovo. Volta Zé! José Paulo Cunha e Master Luizinho já voltaram. Agora Collor não, que é de direita!
Hello, my name is Alfred, i’m a newbie here. I really do like your forum and really interested in things you discuss here, also would like to enter your community, hope it is possible:-)
Cya around, best regards, Alfred!
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