Quem não gosta de João Stepanides é um jumento.
Quem leva Manoel Tibúrcio a sério é uma anta.
Quem nunca leu Carmen Clara é uma ameba lobotomizada.
Quem não gosta de Manoel Tibúrcio sabe menos que a idiota da Carmen Clara.
Quem leva João Stepanides a sério não vale o que come.
Tibúrcio leva Stepanides a sério, logo merece morte lenta e excruciante.
Stepanides não tem o menor respeito por Tibúrcio, mas comeu Carmen Clara.
(E quem não?)
Nenhum dos animais acima mencionados chega aos pés de Bill Chakapov.
27 Comentários
Perdão, mas Bill Chakapov pertence a outro paradigma.
E, aliás, tem os pés lindos..
que merda é essa!?!?:!?!?!
Agora sim, o Todoprosa está chegando ao nível dos mais concorridos sites literários do país. E o debate literário alcança, enfim, a estatura do debate político nos blogs especializados. Já era tempo!
É… Ler que é bom ninguém lê. 🙂
O quê? Você leu Bill Chakapov traduzido? Quéisso! Tem que ler no original, senão perde toda a sutileza da prosa do mestre…
O prêmio de consolação é saber que o debate literário ainda é bem melhor que o debate político.
Sérgio, é você o tradutor do conto “Aquela primeira vez”, de Christopher Coake, que saiu na Granta? O conto é uma beleza, e torço para que lancem um livro do autor por aqui.
Sérgio,
já falei e repito, dia desses você vai matar alguém com essa sua ironia. Parabéns.
Faz algum (muito) tempo, Roberto Drummond escreveu na “Playboy” (ou ainda era “Homem”?) um artigo lamentando a falta de um esquema de jornalismo de fofoca envolvendo personagens da literatura brasileira. Isso denotava, segundo o falecido atleticano, a falta de interesse popular pela cultura brasileira.
É claro que a ironia não poderia prever e nem desejar o ambiente latrinário da maledicência televisiva ou impressa.
Tomara que esse comentário meu tenha de fato a ver com o post.
Muito bom, Sérgio, muito bom.
Estou verdadeiramente impressionado. E não é que existem pessoas que lêem os artigos publicados na Playboy?
Aproveito o ensejo para declarar que nunca comi Carmen Clara, aquela baranga.
André: sim, o tradutor do conto do Christopher Coake na Granta sou eu. Também gostei muito, mas não sei se alguém pensa em lançar um livro dele por aqui. Sendo o cara um contista, é difícil. Um abraço.
Acho ridículo isso que li na Granta: “A revista tornou-se conhecida não só por publicar nomes consagrados, mas também por revelar o que virá a seguir. E nada melhor do que iniciar a publicação de Granta em português dessa forma: com a edição de Os melhores jovens escritores norte-americanos, em que a revista selecionou 21 autores com menos de 35 anos de idade e que, desde já, se sobressaem como novos talentos.”
Quer dizer que, se eu tiver 36 anos, não poderei ser um “jovem talento” da Granta? Putaquepariu, hein meu? A imbecilidade mental frequenta até mesmo as páginas das “badaladas” e colonizadoras revistas literárias…
Prezados, Bill Chakapov era moda no verão passado. Falar dele agora só demonstra que vocês estão ultrapassados. O “cara” agora se chama Fiktiven Schriftsteller. Pouco se sabe dele, pois não é dado a entrevistas, mas sabemos que teve uma infância difícil em um vilarejo na fronteira da Alemanha com a Ucrânia, chamado Dieser Platz ist nicht vorhanden, mora atualmente em Paris, em um banlieu chamado Heureux vue, e publica em francês. Seu primeiro livro, Il s’agit d’un faux livre, passou quase desapercebido, mas o segundo, Tous mes livres sont fausses, teve críticas muito positivas no Le Monde e na Granta.
Comenta-se que ele está, a despeito da pouca idade, preparando a sua autobiografia. Muitos mistérios cercam este livro, mas o pouco que os seus dedicados fãs conseguiram descobrir é que esta será escrita em alemão, sua língua natal, e tem o título provisório de Ich weiss nicht vorhanden.
Talvez algum dos colegas já tenha ouvido falar dele ? 😉
Oi, Sergio, bom demais! Touché!
abraço,
clara lopez
Bom, Harpia, ninguém ouviu falar de Fiktiven Schriftsteller… Mas bastará um Goucourt e um agente literário malandro para que seja comprado a preço de ouro por alguma editora brasileira (mesmo sabendo que irá encalhar vergonhosamente como um ‘destaque imperdível’ nas mesas de lançamentos do país…)
Os prezados cosmopolistas que freqüentam este site se esquecem da maior promessa da literatura brasileira contemporânea, o quase desconhecido, embora promissor, Osni Pereira, autor do injustiçadamente ignorado O Doce Hálito da Boca do Lixo. Esse livro é originalíssimo, a começar pelo protagonista, Orlando Flauflau, vulgo Mano Chá, garoto pobre da periferia de São Paulo, drogado, filho de pai alcoólatra e mãe doméstica, que foi trombadinha, assaltante de semáforo, camelô, cambista, matraqueiro e comedor das minas do pedaço. Personagem raro na literatura brasileira, que poucas vezes é protagonizada pelos marginalizados, pelos humilhados e ofendidos da vida.
O livro sobressai-se também porque o autor teve o tino e a perspicácia de usar recursos literários ignorados pelos escritores brasileiros, como a metalinguagem, o pastiche e o humor debochado. Ele, além do mais, teve a coragem de explorar assuntos ainda considerados tabus, como o sexo e a violência, temas raramente explorados aqui. Os personagens destacam-se pela novidade: há prostitutas baianas, porteiros evangélicos, malandros e sem-terras. Num lance ousado, que chocará os mais conservadores, o vilão da história é José Olimpíada, cidadão de classe média, dono de carro importado e sujeito egoísta, cujos dois filhos estudam em colégios finos.
Não nos esquecemos que Osni Pereira é dono de uma prosa fluída, próxima da linguagem coloquial e livre das imbecializantes amarradas da gramática normativa.
Podem apostar: esse homem ainda receberá o Jabuti.
Pena que Chakapov parou de publicar.
Infâmia! Tibúrcio, esse prolixo, jamais tocou num fio dos meus cabelos, sequer. Se continuar assim, também direi o que sei – aviso!
Magnificat, tem que pôr o limite em algum lugar, se você está fazendo uma edição de “jovens escritores”. 35 não me parece ruim. Claro que se pode discutir a própria validade de uma antologia de “jovens”, assim com esse carimbo, e eu acho uma discussão interessante. Mesmo sabendo que a Granta faz isso há décadas e já acertou muito nome. Agora, se é pra fazer edição “jovem”, tem que ter um limite e 35 não parece tão mau. 37 soaria ainda mais arbitrário e 40 já me parece um absurdo.
Quanto a ser colonizadora: a Granta é uma bela revista e uma franquia que, se for bem administrada, pode dar certo e fazer muito bem ao ambiente. Não estou acompanhando o processo, só fiz uma tradução para eles, mas pelo que ouvi, a partir do número 2 vai ter muito material nacional.
Um abraço.
Sérgio, o anunciado material nacional, pelo que li, é Arnaldo Jabor, Ignacio de Loyola Brandão, Fernando Gabeira. Todos dignos do maior respeito, mas não exatamente “jovens autores”.
Imagino que o elenco nacional vá um pouco além disso, Marcelo, mas, de qualquer maneira, a Granta nunca foi uma revista de “jovens autores”. Essas edições de jovens americanos e britânicos, uma de cada por década, são apenas parte da pauta, que é diversificada à beça. Um abraço.
A literatura jovem é muito superestimada. Honestamente, gostaria de ver autores como Beatriz Bracher, Alberto Mussa, Francisco Dantas, Rubens Figueiredo, etc, etc, com mais espaço e com debates de melhor qualidade ao redor daquilo que estão realizando. Os suplementos hoje têm três pautas: o jovem promissor (eternos promissores em alguns casos); o ‘romance’ que é na verdade uma reportagem polemizante com umas gotinhas de ficção (feito para vender); e o escritor com mais estrada (morto, de preferência) homenageado. Jovem, jovem, jovem… E o mais curioso é que as resenhas dos mais diferentes autores falam exatamente a mesma coisa: parece que todos esses romances são variações da mesma personagem chata e entediada… E nem mesmo há uma diferença no ambiente, na história ao redor dessa personagem… Do norte a sul todos os livros parecem se passar no mesmo condomínio plastificado… Parece que ninguém tem avô, ninguém brincou na rua, nem frequentou bar, nada… Tudo preto e branco, quê tédio… O maior problema da nova literatura brasileira não é falta de ‘qualidade’ – com editores mais ativos e revisores qualquer prosa despenteada tem concerto e os livros são legíveis… Os livros são até bem escritos, o problema é que são chatos demais… O escritor jovem basileiro incensado: desencantado, cético, fragmentado, modernete… Os narradores parecem dizer a cada página que não há mais estórias para serem contadas… O mundo carece de sentido, etc, etc… Isso é estória para ninar adultos incrédulos… A literatura brasileira feita hoje não consegue mais interessar as pessoas… Quer dizer: parece não se interessar pelas pessoas… Apenas por conceitos e atmosferas universalizantes… Se não há estórias para serem contadas… vai pra praia beber cerveja e se divertir!
Essas palavras de desalento, fico verdadeiramente espantado quando as vejo proferidas pelo Vinicius. Não era você, ó Vinicius, que pregava que deveríamos, ignorando os espinhos, atentarmos apenas e tão-somente para as rosas? Por que esse desânimo todo numa sexta-feira?
Chuva me estressa.
Sim, sim, Sérgio. Eu tava falando justamente por conta dessas listas.
ESTAMOS COM UMA EDITORA NOVA NO MERCADO CHAMADA ESTALO E NOSSO OBJETIVO É IR DE CONTRA-MÃO AO PESSOAL QUE SOFRE EM COLOCAR SEUS LIVROS NAS LIVRARIAS, COM ISSO ESTAMOS APOSTANDO NOS LIVROS ELETRONICOS COM DISPOSITIVOS DE VENDA E ASSIM PODENDO GERAR O REPASSE DE DIREITO AUTORAL, MAS ACIMA DE TUDO DAR A POSSIBILIDADE DA PESSOA INTERESSADA TER O SEU LIVRO IMPRESSO, SÓ QUE DE MANEIRA ESCONOMICA, QUE APILIDAMOS DE LIVRO POPULAR, ONDE O LIVRO SERÁ IMPRESSO E DEPOIS ENCARDENADO COM ESPIRAL.
CASO ESTEJA INTERESSADA, MANDE SEU MATERIAL PARA CONHECERMOS, NO ENDEREÇO:
EDITORA ESTALO
RUA MANOEL DUTRA 577 CJ 22
BELA VISTA 03129-010
SAO PAULO-SP
ESTAREI A SUA DISPOSIÇÃO.
GRATA
MIRANI FERNANDES
11 3869-9539
11 3106-7903