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Debate literário

05/12/2007

Quem não gosta de João Stepanides é um jumento.

Quem leva Manoel Tibúrcio a sério é uma anta.

Quem nunca leu Carmen Clara é uma ameba lobotomizada.

Quem não gosta de Manoel Tibúrcio sabe menos que a idiota da Carmen Clara.

Quem leva João Stepanides a sério não vale o que come.

Tibúrcio leva Stepanides a sério, logo merece morte lenta e excruciante.

Stepanides não tem o menor respeito por Tibúrcio, mas comeu Carmen Clara.

(E quem não?)

Nenhum dos animais acima mencionados chega aos pés de Bill Chakapov.

27 Comentários

  • Thapyr 05/12/2007em17:30

    Perdão, mas Bill Chakapov pertence a outro paradigma.
    E, aliás, tem os pés lindos..

  • O que vê as coisas 05/12/2007em18:00

    que merda é essa!?!?:!?!?!

  • Daniel Brazil 05/12/2007em18:16

    Agora sim, o Todoprosa está chegando ao nível dos mais concorridos sites literários do país. E o debate literário alcança, enfim, a estatura do debate político nos blogs especializados. Já era tempo!

  • Felipe 05/12/2007em18:20

    É… Ler que é bom ninguém lê. 🙂

  • BCK 05/12/2007em21:47

    O quê? Você leu Bill Chakapov traduzido? Quéisso! Tem que ler no original, senão perde toda a sutileza da prosa do mestre…

  • Leandro Oliveira 05/12/2007em22:06

    O prêmio de consolação é saber que o debate literário ainda é bem melhor que o debate político.

  • André 06/12/2007em00:31

    Sérgio, é você o tradutor do conto “Aquela primeira vez”, de Christopher Coake, que saiu na Granta? O conto é uma beleza, e torço para que lancem um livro do autor por aqui.

  • Mr. WRITER 06/12/2007em00:48

    Sérgio,
    já falei e repito, dia desses você vai matar alguém com essa sua ironia. Parabéns.

  • anrafel 06/12/2007em01:25

    Faz algum (muito) tempo, Roberto Drummond escreveu na “Playboy” (ou ainda era “Homem”?) um artigo lamentando a falta de um esquema de jornalismo de fofoca envolvendo personagens da literatura brasileira. Isso denotava, segundo o falecido atleticano, a falta de interesse popular pela cultura brasileira.

    É claro que a ironia não poderia prever e nem desejar o ambiente latrinário da maledicência televisiva ou impressa.

    Tomara que esse comentário meu tenha de fato a ver com o post.

  • Rafael Rodrigues 06/12/2007em01:35

    Muito bom, Sérgio, muito bom.

  • Rafael 06/12/2007em08:40

    Estou verdadeiramente impressionado. E não é que existem pessoas que lêem os artigos publicados na Playboy?

    Aproveito o ensejo para declarar que nunca comi Carmen Clara, aquela baranga.

  • Sérgio Rodrigues 06/12/2007em09:32

    André: sim, o tradutor do conto do Christopher Coake na Granta sou eu. Também gostei muito, mas não sei se alguém pensa em lançar um livro dele por aqui. Sendo o cara um contista, é difícil. Um abraço.

  • Magnificat 06/12/2007em12:37

    Acho ridículo isso que li na Granta: “A revista tornou-se conhecida não só por publicar nomes consagrados, mas também por revelar o que virá a seguir. E nada melhor do que iniciar a publicação de Granta em português dessa forma: com a edição de Os melhores jovens escritores norte-americanos, em que a revista selecionou 21 autores com menos de 35 anos de idade e que, desde já, se sobressaem como novos talentos.”

    Quer dizer que, se eu tiver 36 anos, não poderei ser um “jovem talento” da Granta? Putaquepariu, hein meu? A imbecilidade mental frequenta até mesmo as páginas das “badaladas” e colonizadoras revistas literárias…

  • Harpia 06/12/2007em12:59

    Prezados, Bill Chakapov era moda no verão passado. Falar dele agora só demonstra que vocês estão ultrapassados. O “cara” agora se chama Fiktiven Schriftsteller. Pouco se sabe dele, pois não é dado a entrevistas, mas sabemos que teve uma infância difícil em um vilarejo na fronteira da Alemanha com a Ucrânia, chamado Dieser Platz ist nicht vorhanden, mora atualmente em Paris, em um banlieu chamado Heureux vue, e publica em francês. Seu primeiro livro, Il s’agit d’un faux livre, passou quase desapercebido, mas o segundo, Tous mes livres sont fausses, teve críticas muito positivas no Le Monde e na Granta.
    Comenta-se que ele está, a despeito da pouca idade, preparando a sua autobiografia. Muitos mistérios cercam este livro, mas o pouco que os seus dedicados fãs conseguiram descobrir é que esta será escrita em alemão, sua língua natal, e tem o título provisório de Ich weiss nicht vorhanden.

    Talvez algum dos colegas já tenha ouvido falar dele ? 😉

  • clara lopez 06/12/2007em13:49

    Oi, Sergio, bom demais! Touché!
    abraço,
    clara lopez

  • vinicius jatobá 06/12/2007em14:47

    Bom, Harpia, ninguém ouviu falar de Fiktiven Schriftsteller… Mas bastará um Goucourt e um agente literário malandro para que seja comprado a preço de ouro por alguma editora brasileira (mesmo sabendo que irá encalhar vergonhosamente como um ‘destaque imperdível’ nas mesas de lançamentos do país…)

  • Rafael 06/12/2007em17:14

    Os prezados cosmopolistas que freqüentam este site se esquecem da maior promessa da literatura brasileira contemporânea, o quase desconhecido, embora promissor, Osni Pereira, autor do injustiçadamente ignorado O Doce Hálito da Boca do Lixo. Esse livro é originalíssimo, a começar pelo protagonista, Orlando Flauflau, vulgo Mano Chá, garoto pobre da periferia de São Paulo, drogado, filho de pai alcoólatra e mãe doméstica, que foi trombadinha, assaltante de semáforo, camelô, cambista, matraqueiro e comedor das minas do pedaço. Personagem raro na literatura brasileira, que poucas vezes é protagonizada pelos marginalizados, pelos humilhados e ofendidos da vida.

    O livro sobressai-se também porque o autor teve o tino e a perspicácia de usar recursos literários ignorados pelos escritores brasileiros, como a metalinguagem, o pastiche e o humor debochado. Ele, além do mais, teve a coragem de explorar assuntos ainda considerados tabus, como o sexo e a violência, temas raramente explorados aqui. Os personagens destacam-se pela novidade: há prostitutas baianas, porteiros evangélicos, malandros e sem-terras. Num lance ousado, que chocará os mais conservadores, o vilão da história é José Olimpíada, cidadão de classe média, dono de carro importado e sujeito egoísta, cujos dois filhos estudam em colégios finos.

    Não nos esquecemos que Osni Pereira é dono de uma prosa fluída, próxima da linguagem coloquial e livre das imbecializantes amarradas da gramática normativa.

    Podem apostar: esse homem ainda receberá o Jabuti.

  • Ricardo 06/12/2007em18:48

    Pena que Chakapov parou de publicar.

  • Carmen Clara 06/12/2007em19:46

    Infâmia! Tibúrcio, esse prolixo, jamais tocou num fio dos meus cabelos, sequer. Se continuar assim, também direi o que sei – aviso!

  • Sérgio Rodrigues 07/12/2007em00:01

    Magnificat, tem que pôr o limite em algum lugar, se você está fazendo uma edição de “jovens escritores”. 35 não me parece ruim. Claro que se pode discutir a própria validade de uma antologia de “jovens”, assim com esse carimbo, e eu acho uma discussão interessante. Mesmo sabendo que a Granta faz isso há décadas e já acertou muito nome. Agora, se é pra fazer edição “jovem”, tem que ter um limite e 35 não parece tão mau. 37 soaria ainda mais arbitrário e 40 já me parece um absurdo.

    Quanto a ser colonizadora: a Granta é uma bela revista e uma franquia que, se for bem administrada, pode dar certo e fazer muito bem ao ambiente. Não estou acompanhando o processo, só fiz uma tradução para eles, mas pelo que ouvi, a partir do número 2 vai ter muito material nacional.

    Um abraço.

  • Marcelo Moutinho 07/12/2007em16:11

    Sérgio, o anunciado material nacional, pelo que li, é Arnaldo Jabor, Ignacio de Loyola Brandão, Fernando Gabeira. Todos dignos do maior respeito, mas não exatamente “jovens autores”.

  • Sérgio Rodrigues 07/12/2007em16:25

    Imagino que o elenco nacional vá um pouco além disso, Marcelo, mas, de qualquer maneira, a Granta nunca foi uma revista de “jovens autores”. Essas edições de jovens americanos e britânicos, uma de cada por década, são apenas parte da pauta, que é diversificada à beça. Um abraço.

  • vinicius jatobá 07/12/2007em17:05

    A literatura jovem é muito superestimada. Honestamente, gostaria de ver autores como Beatriz Bracher, Alberto Mussa, Francisco Dantas, Rubens Figueiredo, etc, etc, com mais espaço e com debates de melhor qualidade ao redor daquilo que estão realizando. Os suplementos hoje têm três pautas: o jovem promissor (eternos promissores em alguns casos); o ‘romance’ que é na verdade uma reportagem polemizante com umas gotinhas de ficção (feito para vender); e o escritor com mais estrada (morto, de preferência) homenageado. Jovem, jovem, jovem… E o mais curioso é que as resenhas dos mais diferentes autores falam exatamente a mesma coisa: parece que todos esses romances são variações da mesma personagem chata e entediada… E nem mesmo há uma diferença no ambiente, na história ao redor dessa personagem… Do norte a sul todos os livros parecem se passar no mesmo condomínio plastificado… Parece que ninguém tem avô, ninguém brincou na rua, nem frequentou bar, nada… Tudo preto e branco, quê tédio… O maior problema da nova literatura brasileira não é falta de ‘qualidade’ – com editores mais ativos e revisores qualquer prosa despenteada tem concerto e os livros são legíveis… Os livros são até bem escritos, o problema é que são chatos demais… O escritor jovem basileiro incensado: desencantado, cético, fragmentado, modernete… Os narradores parecem dizer a cada página que não há mais estórias para serem contadas… O mundo carece de sentido, etc, etc… Isso é estória para ninar adultos incrédulos… A literatura brasileira feita hoje não consegue mais interessar as pessoas… Quer dizer: parece não se interessar pelas pessoas… Apenas por conceitos e atmosferas universalizantes… Se não há estórias para serem contadas… vai pra praia beber cerveja e se divertir!

  • Rafael 07/12/2007em17:48

    Essas palavras de desalento, fico verdadeiramente espantado quando as vejo proferidas pelo Vinicius. Não era você, ó Vinicius, que pregava que deveríamos, ignorando os espinhos, atentarmos apenas e tão-somente para as rosas? Por que esse desânimo todo numa sexta-feira?

  • vinicius jatobá 07/12/2007em17:52

    Chuva me estressa.

  • Marcelo Moutinho 07/12/2007em17:59

    Sim, sim, Sérgio. Eu tava falando justamente por conta dessas listas.

  • mirani fernandes 26/02/2008em14:30

    ESTAMOS COM UMA EDITORA NOVA NO MERCADO CHAMADA ESTALO E NOSSO OBJETIVO É IR DE CONTRA-MÃO AO PESSOAL QUE SOFRE EM COLOCAR SEUS LIVROS NAS LIVRARIAS, COM ISSO ESTAMOS APOSTANDO NOS LIVROS ELETRONICOS COM DISPOSITIVOS DE VENDA E ASSIM PODENDO GERAR O REPASSE DE DIREITO AUTORAL, MAS ACIMA DE TUDO DAR A POSSIBILIDADE DA PESSOA INTERESSADA TER O SEU LIVRO IMPRESSO, SÓ QUE DE MANEIRA ESCONOMICA, QUE APILIDAMOS DE LIVRO POPULAR, ONDE O LIVRO SERÁ IMPRESSO E DEPOIS ENCARDENADO COM ESPIRAL.

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    EDITORA ESTALO
    RUA MANOEL DUTRA 577 CJ 22
    BELA VISTA 03129-010
    SAO PAULO-SP

    ESTAREI A SUA DISPOSIÇÃO.

    GRATA

    MIRANI FERNANDES
    11 3869-9539
    11 3106-7903