O que é a religiosidade? Aonde nos levará? O livro de Will Self citado na nota acima não é a única evidência de que os rumos do planeta nos últimos anos estão levando a literatura a atacar novamente a questão de Deus – uma questão que, pelo menos desde o século 19, parecia enterrada. Para a melhor literatura, com raríssimas exceções, Deus era aquele que estava morto – ponto. Não mais. Basta ver que o tema da última edição da Granta, a melhor revista literária do mundo, é God’s own countries, “Os países de Deus”. O foco é mais em política do que em religiosidade, claro. Mas sem entender o que, no homem, anseia pela divindade não se chega a lugar nenhum nessa conversa. (Na internet é possível ler apenas uma parte da edição, mas um pedaço da “Granta” vale por pilhas de revistas que circulam por aí.)
Um comentário
Caro Rodrigues:
A idéia da morte de Deus é uma das colunas conceituais da chamada pós-modernidade, que ninguém sabe definir com precisão. Só que, se Deus é Deus, sua morte é apenas o prelúdio de seu(eterno) retorno, de sua ressurreição. São os dois lados da moeda com a qual a vida humana pode comprar um mínimo de sentido.