Espantosa esta intervenção do escritor e médico gaúcho Moacyr Scliar num festival de literatura no interior de São Paulo, semana passada. Em vez de uma arte fina e difícil, que frustra a maioria dos que nela se aventuram para premiar uns poucos com ouro puro, o diálogo literário, segundo ele, seria enchimento de lingüiça:
Para Scliar, o diálogo é apenas um recurso para preencher espaço em uma história. “Quando me deparo com um livro, busco descobrir a quantidade de diálogos que estão ali. Se forem muitos, não acredito que seja um bom livro.”
Descartada a possibilidade de que Scliar se referisse aos diálogos de seus próprios livros, caso em que teria um argumento respeitável, resta a conclusão lógica de que, lá de sua tumba em Stratford-upon-Avon, Shakespeare está clamando aos céus:
Lord, what fools these mortals be!
46 Comentários
Que infelicidade este comentário do Scliar!
Moacir Scliar perdeu uma excelente oportunidade para economizar no diálogo…rs
Acho que Moacyr Scliar se refere a romances com muitos diálogos, e não a peças, cuja estrutura é essencialmente dialógica. Daí ser equivocada a referência a Shakespeare na nota do Sérgio.
Quanto à opinião do Scliar, tendo a concordar com ele em alguns casos. Os romances best-sellers são repletos de diálogos, basta dar uma folheada.
Escrever diálogo é muito, mas muito difícil. No Brasil essa dificuldade parece ser maior ainda. Vide nosso cinema. Os personagens raramente falam, quase só discursam, como em Olga. Se o Scliar tem razão, devemos matar Dalton Trevisan, que ele não incluiu nas honrosas excessões.
Pobre Platão!!
Valério, o fato de Scliar escalar o dramaturgo Nelson Rodrigues entre as “exceções” justifica, em minha opinião, a manifestação além-túmulo do velho Bill. Mesmo porque seria bem difícil explicar por que aquilo que é tão precioso num contexto “essencialmente dialógico” vira mero entulho quando transportado para um contexto não essencialmente dialógico.
O argumento dos best-sellers (termo usado aqui, suponho, para designar livros comerciais de baixo valor estético) também não se sustenta, a meu ver. Eles também são cheios de descrições. E, nos últimos tempos, até de monólogos interiores. Devemos condenar liminarmente as descrições e os monólogos interiores por causa disso, como faz Scliar com o diálogo? No dia em que o mau uso de um recurso literário justificar sua condenação, chegaremos finalmente ao silêncio de Bartleby.
Muita gente diria que não é uma má idéia, mas essa é outra história.
Pois é, temos o dalton, o nelson rodrigues, o wander piroli, sem dúvidas, e quem mais? Acho que o Garcia Marques tem uma idéia parecida de que a língua portuguesa e a espanhola não funcionam para diálogos como a língua inglesa…
Longe de criticar seu espanto, Sérgio, acho que o problema mesmo é o Scliar. Eu até gosto de um livro dele com textos curtos, sobre casos de medicina. Mas os outros… (confesso que não li aquele que teria sido plagiado). Nunca entendi por que, de uns anos pra cá, ele foi tão incensado de repente, aí passou a lançar livros a toque de caixa, romance, conto, crônica, infantil, e tem coluna em jornal, e vai a toda festa literária… Até tenho simpatia pela figura, por sua história de vida. Mas não me causa tanto espanto que justamente ele tenha dito uma bobeira dessas. Abraço
Acho que há, sim, casos e mais casos de abusos do diálogo. Mas a culpa, evidentemente, não é do recuros e sim da forma como ele é empregada. Parece claro.
Scliar declarou por tabela que não sabe elaborar diálogos. Admitir a deficiência? Nem pensar. Melhor menosprezar o recurso. Dá menos aborrecimento.
Só neste famoso “deserto de homens e idéias” um médico e escritor diletante como esse Scliar é levado a sério. Gostar ou não de diálogos é direito dele, como leitor. Mas como escritor incensado, não é direito dele ser tão medíocre como é nas suas obras.
Escolher ou descartar um livro pela quantidade de dialogos eh prematuro, mas ha de se ver o contexto no qual o Scliar afirmou isso. Afinal, lembro que nao muito tempo atras o Verissimo disse numa entrevista que escritores brasileiros sao fracos em elaborar dialogos convincentes – o que nao deixa de ser uma verdade….
Discordo do Chato (nome original, não?).
O Scliar tem direito, como leitor, de não gostar de diálogos (eu, por exemplo, detesto o recurso à linguagem experimental, que normalmente não passa de linguagem experimentada e requentada).
Como escritor, tem ele sim o direito de ser medíocre, pois a inépcia é um direito universal.
A mídia, normalmente produzida por ignaros, tem também o direito de incensar todo e qualquer medíocre conforme lhe dê na telha: a inépcia na apreciação de obras literárias é, repito, um direito universal.
E eu, supremo gozo individual e intransferível, tenho o direito de ignorar Scliar e seus insensatos incensadores.
Scliar é experiente e competente. Analisemos sua assertiva em um contexto maior. O diálogo, claro, é um recurso literário legítimo, mas, para expor fatos, por exemplo, complica mais do que ajuda.
– você entendeu?
– não.
– ele não gosta de diálogos.
– não? porquê?
– sei lá. vai ver prefere monólogos.
– quer dizer que nos livros ninguém deve conversar?
– não. só o narrador. em primeira ou terceira pessoa.
– chato.
– o não ter diálogos?
– não. ele.
– ele quem?
– o scliar.
– chato.
– chato mesmo.
Eu concordo com o Scliar. Sempre pensei o mesmo. Há exceções, sempre há exceções, não é preciso dizer que há exceções. Acho uma boa regra geral.
E eu nem gosto muito dos livros dele. Mas né, não precisava dizer isso, também. 😉
Abraço!
Que comentário idiota! Mas nunca se deve dar muito crédito ao Scliar…
Fico aqui imaginando o que seria de DeLillo, por exemplo, sem os diálogos non-sense tão característicos da sua obra…
Já imaginaram um livro do Chandler sem aqueles diálogos maravilhosos? Que eles se percam um pouco (ou bastante) na tradução para o português são outros quinhentos. Mas não dá nem pra pensar num livro policial sem diálogos. Quer dizer, dá, mas seria um outro bicho. Ai, ai, ai, tio Scliar, que decepção!
Como bem salientou o Tibor, o Imortal gaúcho perdeu a oportunidade de economizar diálogo, e, por conseguinte, acabou menosprezando uma série de autores, vivos e mortos, que abrilhantaram suas narrativas com diálogos inteligentes e inesquecíveis.
Pra citar dois exemplos díspares porém bastante ilustrativos, Scliar jogou pra escanteio Dashiell Hammett e o nosso Luiz Villela, autor de “A Cabeça”, livro de contos em que predomina o discurso direto.
Pois é, Rafael, concordo integralmente com o direito universal ao exercício da ignorância, e à prerrogativa geral de se escrever ou de se dizer a bobagem que for (no fundo é o direito que exercemos aqui neste fórum e em todo e qualquer outro local em que se manifestam opiniões pessoais).
Estava apenas sendo irônico quando disse que ele, tendo a fama de “grande escritor”, não deveria então escrever tão medíocres obras.
Interessante…eu não compraria um livro muito cheio de diálogos, mas acho que(o livro) tem de ter diálogo, e que ele pode enriquecer bastante a trama, se bem escito.
Pode-se também selecionar os livros pelas ilustrações; pela qualidade de fotos, se há fotos; pela quantidade de páginas. Pelo tamanho dos parágrafos. Enfim, não é por falta de critérios que a gente vai deixar de ler o que quer que seja….
Com o perdão pela generalização, mas acho que qualquer generalização é equivocada. No mais, sobre os diálogos, o que eu vejo é que a maioria dos escritores erra na hora de escolher a técnica mais adequada para o diálogo que quer escrever. Nesse sentido, acho que o Saramago foi bastante feliz…
É verdade, Shirlei, até a capa pode seduzir…
Por acaso, acabei de lembrar de um livro que li há bastante tempo, que tem muitos diálogos, e gostei muito: “Um Copo De Cólera”, do Raduan Nassar.
O que diria Carlos Nejar hein?!! Eu acho que vou escrever um livro chamado “parede”.
Caro Sérgio.
Instigado pelo seu comentário faço uma apertada síntese do que pesquisei sobre o assunto(http://www.turma23).
A narrativa tem três tipos de discursos:
Discurso direto: as falas dos personagens são apresentadas diretamente ao leitor, sem a interferência do narrador. São os diálogos.
Discurso indireto: o narrador reconta o diálogo. As falas, quando existem, são apresentadas indiretamente pelo narrador.
Discurso indireto livre: recurso relativamente recente, surgiu com romancistas inovadores do sérculo XX.
É um misto dos dois discursos anteriores. Há um narrador – primeira pessoa ou terceira pessoa – que está contando a história. Ele perpassa o que conta com parte da fala do personagem sem lhe dar diretamente a palavra, até não se saber onde intervém o narrador e onde começa o personagem.
No discurso direto o narrador reproduz literalmente as falas das personagens.
No discurso indireto a fala (ou pensamento) da personagem é reproduzida pelas palavras do narrador.
No discurso indireto livre há o predomínio da ambigüidade: não se pode precisar com exatidão quem fala – o narrador ou o personagem. A fala do narrador mistura-se à matéria narrada.
Como se vê, o diálogo é um dos recursos da narrativa literária e pode ser manejado com maestria ou não. Assim, avaliar a obra literária tendo como parâmetro apenas a quantidade de diálogos nela existente é critério simplista e generalização perigosa.
Um abraço,
Cléverson Faria.
Eu só gostaria de saber como é que ficam livros como – ó, ironia – Vox, do Nicholson Baker e Maldição eterna a quem ler estas páginas, do Manuel Puig. Excelentes livros, bem acima da média, e que são feitos apenas de diálogos, sem descrições, nada além das vozes de dois personagens (em cada um dos livros) que dialogam.
Preciso mencionar também, para vermos que há belos exemplos nacionais, o romance do meu orientador no doutorado, Flávio Carneiro, intitulado “A confissão”, que nada mais é do que um monólogo de um personagem falando com sua sequestrada.
Tadinho do Scliar.
Foi inevitável transpor esse comentário pro campo musical, dei boas risadas sozinha. Fiquei imaginando uma pessoa que, vai, odeia interlúdios. Não importa o compositor, não importa a música: tem interlúdio? Então não presta, tá resolvido. Muito bom…
Há um grupo de literatos que têm essa opinião. Um deles é o falecido Alexandre S. Silva.
É idiotice e, cá para nós, eles também gostam de diálogos, sim.
Sergio, [off topic] o novo Kindle.
http://reckon.vox.com/library/photo/6a00ccff8b449e673100f48cefceed0002.html
Lendo os comentários, cheguei a concluir que devia mandar os parabéns ao André Gonçalves por nos mostrar quão chato e besta pode ser um diálogo. Ah, gente, o Moacyr tem razão.
não é mesmo, quemvem?
Sérgio, a regra do Scliar cabe muitas exceções. Tantas exceções que chega a quase não ser uma regra. Mas me parece que existe um fundo de razão no que ele fala, alguns livros que tive contato (e até originais não publicados) pecava tanto pela falta de texto corrido e excesso de diálogo que me parecia não haver abstração nenhuma no livro ou mesmo falta completa de capacidade do autor tratar o universo metafórico. Por outro lado, como um leitor e admirador de Elio Vittorini, jamais condenarei um livro pelos longos diálogos.
Fernando, não nego que seja difícil escrever um bom diálogo. Deixo isso claro no post. Natural, portanto, que haja tanto lixo nesse campo, mas isso me parece motivo para valorizar a coisa ainda mais – e não o contrário. Existe um problema grave de lógica em partir daí para condenar o diálogo. Isso é, a meu ver, pensar torto, pensar errado. Repito: no dia em que o mau uso de um recurso literário justificar sua interdição sumária, acabou -se a literatura.
Eu creio que Scliar esqueceu do irretocável conto do Hemmingway “Colinas como elefantes brancos”, que deve ser lida no original, ou na tradução de Samuel Titan Jr. Para mim o diálogo mais envolvente da literatura.
Por que será que sempre que alguém diz alguma coisa, sempre aparecem outros para, ora confirmar a assertiva, ora para repudiá-la? Isso parece-me o tipo de diálogo a que se referiu o Scliar, que nos livros ruins soa tão antinatural (e por isso a generalização de que livros ruins são os que estão repletos de diálogos, imagino). Me surpreendo positivamente com quem lê, assimila e simplesmente descarta ou guarda o que pode ser útil ou não, como deveria ser a praxe do bom senso. E um escritor competente como o Scliar dizer algo que, sabe-se lá o contexto, porque não estava no encontro literário mencionado, poderia até se justificar, causa então uma maré de gente querendo tomar ou detonar partido? É só para esgrimir com um Scliar? A estatura do adversário faz o desafiante? A reação e as palavras, até insultuosas, do Sérgio Rodrigues parecem-me desmedidas e impensadas. Que estranho… Por isso é que estou me cansando de blogs.
Albarus, sua idéia de ler e guardar silêncio sobre tudo o que se diz no mundo é muito curiosa. Pena que mate a própria idéia de debate. Não insultei ninguém, mas, se você costuma aparecer aqui no blog de vez em quando, já deve ter reparado que temores reverenciais não fazem mesmo parte da receita do Todoprosa. Um pouco de acidez, sim.
Existe uma lógica engraçada – para não dizer preocupante – em seu comentário. A “estatura” de “um Scliar” está longe de ser, ao contrário do que você parece supor, esse ponto pacífico todo. Mas digamos que fosse. Isso lhe daria o direito de falar o que bem entendesse, qualquer bobagem? Não sei se entendi direito.
A estatura do Scliar realmente assusta: outro dia, quase pisei nele!
Repito: no dia em que o mau uso de um recurso literário justificar sua interdição sumária, acabou -se a literatura.
Isto lembra um antigo adágio jurídico romano: ab abusu ad usum non valet consequentia
Já que entramos nos anexins, lembro-me do clichê:” Não julgue um livro por sua capa”. No caso é exatamente o que Scliar falou que faz, mas deicou a capa de lado e resolveu contar linas de diálogo, o que de fato é analisar algo subjetivo (qualidade literária) com um padrão objetivista (linhas). Me parece estranho.
Olá, Sérgio. O que quis dizer é que frases fora de seu contexto (contexto é muito importante para o escritor e seu leitor se constituírem respectivamente em “escritor” e “leitor”. Do discurso que se estabelece entre eles vem a coerência textual) podem parecer o que não são. Às vezes são apenas idéias de certa leviandade que um autor se permite. Generalizações. Frases que comete já sabendo que no fundo não se está coberto de razão. Desabafos ou coisas similares. Peço desculpas pela falta de traquejo. Não sei, na verdade se o que você faz aqui, o Scliar faz lá no blog dele… Tipo assim: criar assunto e oportunidades para debates onde um fala mal do outro e os leitores ficam desfrutando de primeira mão as habilidades Catilínicas de um e outro. Tornam-se então, cativos, e sempre haverá audiência para ambos. Não sou contra o debate. Não disse que era, só que o preciosismo gera debates desconcertantemente fúteis. Olha só que você escreveu: “…Para quem, discordando de Moacyr Scliar, trata o diálogo literário com o respeito que ele merece…” pensa bem, você disse isso de um escritor, meu chapa. Um cara importante para a literatura brasileira, que vive disso, que têm quem compre seus livros, traduzido em sei lá quantas línguas… Friamente, Sérgio, você não está exagerando? Não está imbuído de um Galvão Bueno que lhe baixou, criando uma puta rusga entre brasileiros e argentinos quando fala antes do jogo: “A guerra de La Bombonera vai começar”. Guerra??? Que guerra, meu amigo??? Isso só faz com que um brasileiro encontre um argentino na rua e dê um soco na cara dele sem mais nem menos. As pessoas aqui falam de Faulkner e Joyce e querem dar um soco na cara do Scliar? Isso é o debate de que você falou antes? Ou o abate? A propósito, você tem algo pessoal contra ele? Não que eu tenha algo com isso, respeito muito vocês dois. Sou só um Zé brasileiro que acha que escritor de ego grande sofre demais com ninharias. Aliás, já estou meio cansado de ficar babando ovo pelo outro. Ele que venha aqui e se defenda, não é mesmo? Você poderia convidá-lo para um DEBATE. Eu, a propósito, estou com um livro do Rubem Fonseca aqui do lado e ao invés de lê-lo estou teclando com você (que oportunidade!). Esgrimir com Sérgio Rodrigues aumenta minha estatura (uau!) e não quero que ninguém questione sua estatura, como você acabou de fazer com seu colega. Mas entendi: é acidez, somente… Antes que me esqueça, um grande abraço, irmão. Desculpe as inconsistências, estejam elas onde estiverem. É nóis.
Outro abraço, Albarus. Vai ler o Rubem que é melhor mesmo. Mas se depois que a poeira baixar você quiser pensar novamente nessas questões, quem sabe acabe concluindo que defender – e atacar – o diálogo na literatura não tem nada de fútil, a menos que se considere fútil a própria literatura. São tomadas de posição. E cada um de nós – eu inclusive, é claro – paga um preço por elas. Esse é o ponto, meu caro. O resto do que você diz – abate, guerra, soco etc. – me parece, desculpe, só um exagero cômico. Crítica não é xingamento, Albarus. Essa é uma lei que qualquer escritor tem que aprender, embora eu reconheça que nem sempre é fácil.
Outra coisa, Albarus: não tem acidez nenhuma em dizer que a “estatura” de “um Scliar” não é ponto pacífico. É o óbvio. Só autores canônicos, e olhe lá, costumam ter um tamanho aceito por unanimidade entre os leitores. Quanto à minha “estatura”, essa então nem se fala.
Ou minha dislexia senil ta avancada, ou esse Ubiratan escreve mal, ou a rapazeada que gosta de tacar uma pedra esta se aproveitando….
Fui ler a reportagem agora – pois na minha mesangem anteriro eu ja desconfiava que a coisa estava fora de contexto. O debate, pelo que entendi, tratava do dialogo entre Cinema e Literatura. So um tolo dira que nao ha diferencas. Evidente que ha. Evidente que um filme, com raras excecoes (de um tarkovski, bergman, eisenstein..), tem que ser construido com dialogos. E eh evidente que nem sempre esse dialogos funcionam na obra literaria – pelo menos para mim.
O tal de Ubiratan enfiou marotamente, fora de contexto, uma observacao do Scliar, que repito, apesar de exagerada, nao acho de todo incoerente para a producao nacional.
Mas ca pra nos, sem alteracoes, sem fremitos, sem passionalidade….ateh por que o Scliar tampouco eh meu escritor dileto, mas tirando o Vilela; o Nelson – um escritor teatral – ; algumas coisas do Dalton Trevisan – que as vezes sao repetitivas – ; e algumas do Fonseca – como por exemplo o Lucia McCartney – e do Aquino, o que sobra?
Embora a discussão aqui não seja exatamente essa, a Isabel foi na pinta: Scliar é supervalorizado.
E o Saint-Clair cita seu orientador, autor do pior livro brasileiro dos últimos anos, O Campeonato… nunca vi tanto clichê amontoado. E esse A confissão também é ruim de doer. Por ai se vê o nível da literatura brasileira, um professor de literatura de uma das mais conceituadas faculdades do país, orientador de mestrado ou doutorado, sei lá, é um autor que nem chega a ser medíocre. Puxa vida…
Cezar,
HAHAHAHAHAHAHAHAHA. Ri horrores do seu comentário. Tão divertido. |Já experimentou escrever algum romance?
Abração!