Já transitei pelos dois lados do empréstimo de livros com a mesma desenvoltura. Muitos anos, perdas e ganhos depois, não faço isso mais. Virou tabu: um quarto de porta lacrada no último andar da casa em que é proibido entrar, como num romance gótico. Lá dentro, acumulando poeira, o vazio de perdas incalculáveis e amores insubstituíveis convive com a culpa abafada por devoluções que nunca fiz – parte por esquecimento, a maioria por motivos menos claros. Um dia decidi, chega dessa bagunça. Não empresto mais, não tomo mais emprestado. Com a segunda resolução tento me redimir da antipatia da primeira, ou pelo menos, ao dispor as duas em arranjo simétrico, simular um cenário de olímpica justiça onde há apenas confusão e cansaço.
E antes que me acusem de alguma abominável síndrome retentiva, quem sabe de uma forma bibliográfica de misantropia, aviso que de vez em quando parte aqui das estantes uma enorme caixa transbordante de alegres exemplares para doação. Não corto o fluxo social do livro. Apenas evito que ele me corte.
A maior lacuna entre os livros que emprestei e nunca me devolveram foi deixada – a julgar pela insistência até surpreendente com que me contempla do fundo da memória – por um livro fininho do poeta surreal-paulista Roberto Piva, coisa ali do começo dos anos 80, que, por ser meio artesanal, babau.
No outro extremo, a maior culpa por uma devolução que nunca fiz – neste caso, por ter esquecido realmente quem foi o emprestador – emana de um velho guia turístico-literário de Londres, com endereços de escritores, cenários famosos etc. (Se o dono por acaso ler esta nota e se manifestar, leva.)
E você, caro leitor? Quais foram sua grande perda e seu maior ganho?
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Ah, então está com você! E eu procurando esse guia turístico em todos os cantos de casa, sem me lembrar que o emprestei. E logo pra você! Tá, também não pude evitar. Aquela cara de babão que você fez praticamente me impediu de recusar o empréstimo. Mas, agora que elucidamos essa questão, que tal devolver meu guiazinho tão adorado?
Não fui eu quem emprestou. Minha mãe jura que não foi. Mas se alguém, no Rio Grande do Sul, herdou minha cartilha, Sarita e seu amiguinhos, faça o favor de me devolver!
Eu sei que ninguém mais que fez o primário (sei lá que nome tem agora) no início dos anos 1960 lembra qual cartilha usou…
Perdas e Ganhos é assunto pra Lia Luft
Lya, hoje no CCBB. Ao lado do setor de “achados e perdidos” 🙂
Se eu fosse controlar os livros emprestados e não devolvidos, nunca mais emprestaria um livro. Quer saber de uma coisa: “vai meu livro, vai a onde o acaso te levar…” 🙂
Meu maior ganho ganho foi “As Noites das Grandes Fogueiras” do Domingos Meirelles, um livro que amo, mas certamente eu não teria comprado.
Minha maior perda foi recuperada há alguns dias, mas quase me matou do coração em sua ausência: emprestei minha cópia do “Jogos Pueris” de Ronald de Carvalho, uma rara edição não posta no mercado, e o livro desapareceu por semanas da casa da minha amiga, … Aliás, esse livro é meu maior tesouro!
Sérgio: mandei ontem uns links de algumas bibliotecas digitais interessantes. Portugal e Argentina. Não entrou aqui nos comentários. Mando de novo?
Que não devolvi, foi “O processo”, do Kafka, que uma colega peruana do curso de jornalismo me emprestou.
Que não me devolveram foi “O prisioneiro”, do Rubem Fosneca (edição da GDR), que um colega também do curso de jornalismo esqueceu de devolver.
Como se vê, empate, ou seja, a justiça foi feita…rssss…
Lá por volta de 1978, emprestei meu exemplar de Feliz Ano Novo a uma namorada chamada Cyleimar, em Vista Alegre. Ela era atriz e gata. Dois meses depois, pedi o livro de volta e ela me disse que fora roubada. Quase rompi nosso relacionamento. Como o livro havia sido recolhido das livrarias pela Dura Ditadura, não havia como fazer a reposição e ela me compensou com um livro incrível e pouco conhecido que guardo até hoje, Nas quebradas do mundaréu, contos de Plínio Marcos. Voltamos a namorar por algum tempo.
Por outro lado, nunca devolvi um exemplar do Fernando Pessoa que me emprestou uma amiga. Ficamos sem nos ver um tempo (boa desculpa) até que soube que ela havia se suicidado pulando do sétimo andar de um prédio no Leblon (não por causa do livro indevolvido, espero).
Como eu já disse num comentário no post de baixo, não mantenho mais que 10 livros na minha prateleira. Portanto, empresto a não ver mais todos os meus livros. Já, não conheço ninguém que me espreste os seus. Compro todos os que quero ler.
“Poesia e prosa”do Drummond, em volume único e encadernação primorosa escolheu minha estante pra ficar…
“O homem que amava as mulheres”, livro fininho do Truffaut se perdeu pelo mundo e nem em sebos eu consegui achar!
Um amigo resolveu protocolar seus emprestimos. Tem funcionado!
AH, o desempate…rsss..
Lembrei-me agora que não devolvi um “História de cronópios e famas”, do Cortázar… tô no lucro
Ah, tenho uma revista de Guido Crepax, A História de “O”, guardada a sete chaves e afanada de uma biblioteca. Essa não empresto, não vendo, não dou.
Acho que, entre os empréstimos, estou no lucro. Perdi “Minha razão de viver”, do Samuel Vainer (obrigatório na faculdade de jornalismo, mas totalmente dispensável na minha biblioteca). Ganhei “Operação Shylock”, do Philip Roth (que, sabe-se lá por quê, está esgotado na Cia. das Letras).
também vou aderir a essa tática de não emprestar/não pedir. sobre este assunto, eu odeio duas coisas: 1) quando vão lá em casa e pensam que é uma biblioteca (“como tu tem livro!”) e 2) quando alguém faz QUESTÃO de me emprestar um livro que eu nem pedi pq é a “minha cara”… (estou com dois desses na mesinha de cabeceira) =P
Metade da minha antiga biblioteca está nas mãos de um amigo, que não me devolve os livros de jeito nenhum. Já ameacei até dar parte. São tantos livros que da maioria já nem me lembro. Um que me faz muita falta é o Poesia Reunida, da Adélia Prado. O filhodamãe também está com um livro ótimo sobre Eneagrama, e não me devolve de jeito nenhum. Em compensação, estou com uma antologia de poesia grega, traduzida e organizada pelo José Paulo Paes, que pertence a ele.
De uma amiga, peguei e jamais devolverei uma gramática francesa do Mec, da época em que o Mec se preocupava em publicar gramáticas e dicionárias para os estudantes, a preços baixíssimos. Bons tempos em que Educação e Cultura eram mais importantes do que hoje.
P.s.: Lá se vai a minha esperança de que o Sérgio me emprestaria “Os detetives selvagens”. Ainda bem que um prezado amigo aqui do TodoProsa (não vou nomeá-lo, imagino que ele preferia ficar anônimo) me mandou o e-book da obra, em espanhol. Uêba! Vou poder treinar mi castellano.
Por algum problema cognitivo que desconheço, alguns amigos (e, pior, outros que nem o são) costumam confundir as palavras “empréstimo” com “presente”, e nessa brincadeira já se foram alguns exemplares da minha parca biblioteca, além de cds, quadrinhos e outras coisas que deixei saírem de vista tendo a esperança de que voltariam.
Ainda empresto, mas só para determinadas pessoas.
Post scriptum:
Continuo emprestando meus livros a quem os pedir. Não é síndrome de São Francisco de Assis, não: é só o meu jeito de ser mesmo. Sei que em geral os livros que vão não voltam (lembrei-me agora de uma edição bilingue, português-francês, de um livro sobre Clarice Lispector escrito pela Hélène Cixous, a mulher que mostrou Clarice ao mundo, que foi e jamais voltou), mas isso faz parte da vida.
Tem até aquele simpático movimento em que as pessoas vão deixando os livros em lugares públicos, bancos de praça, metrô, ônibus, etc., com um bilhetinho dentro, informando que o leitor que o encontrar está convidado a fazer o mesmo, quando terminar a leitura. Bem legal, não? Espalhar livros pela cidade do Rio de Janeiro toda?
Saint-clair,
Tu tá muito na vantagem com o filhodamãe, pelo menos em relação aos dois citados ai por ti, em troca das traduções do Paes….
Meu prazer em emprestar meus livros e poder comentá-los com os amigos que leram o que eu li… como pessoas que gostam de ler são uma raridade atualmente, não é difícil emprestar alguns livros para meus poucos bons amigos…
Há alguns meses emprestei Miso Soup do Ryu Murakami para uma grande amiga… fiquei muito feliz pelos comentários que trocamos depois da leitura dela… a minha veio alguns meses antes… O livro voltou, do mesmo jeito que foi e está aguardando outro amigo-leitor para a troca de experiências, assim como muitos outros livros que adora e muita gente ao meu redor não leu como Solaris, O Castelo, O velho e o mar, tudo que tenho da Lispector, Admirável Mundo Novo, A cor que caiu do céu… e mais um montezinho que não nem me lembro onde estão…
Agora me emprestar é mais difícil… ninguém compra o que eu quero ler… ai eu tenho que comprar… mesmo sendo cuidadoso e devolvendo os poucos que me são emprestados, é difícil… o pessoal não gosta muito de ler…
Sérgio, prezado, por acaso você não quer fazer um emprestimos para este humilde comentarista? Também aceito umas doações…
Duas perdas inestimáveis: uma edição antiga de Gulliver’s Travels e um exemplar d’O Processo. Snif, snif.
Caso algum estimado comentarista queira fazer alguma doação de livros para aliviar um espaço na estante, eu aceito preencher uns vácuos que existem em casa…
Cezar: pois é, me faz uma falta danada a minha Adélia Prado… 🙁
“Macau”, do Paulo Henriques Britto, todo marcadinho de caneta. Até hoje não sei quem levou. Só fui decobrir a perda qdo me mudei e resolvi (enfim) organizar os livros…
Raquel, seu “Sarita e os Amiguinhos” está comigo em Porto Alegre. Venha buscar…(olhar de rapina)…Ops, você disse que emprestou “no início dos anos 60”? Foi maus hein Tiá, eu nasci em 1964. Me desculpe. Com respeito e consideração, do seu…
Por outro lado, levaram um Carlos Zéfiro meu, cheio de mulher pelada, em 1977. É fácil de achar, as páginas estão cheias de pingos de…porra!, deixa pra lá.
Com livros digitais, ninguém vai precisar reclamar das perdas (se bem que não vai dar para regozijar-se dos ganhos).
Fiquem de olho no Google Books. Princeton (será que os Cortázar’s papers entram no programa de digitalização), Stanford e Michigan acabam de entrar para o programa. A BN já foi sondada.
Por enquanto, aos fãs de Pessoa e Espanca, vejam que interessante o projeto da BN de Portugal. Diversos originais digitalizados: http://bnd.bn.pt/
Não mais empresto livro nem a pau. Quando algum conhecido deseja um livro da minha magra biblioteca, vou num sebo e compro um exemplar para o pidão. Pedi emprestado também não. Sou possesivo, gosto de ler rabiscando, gosto de reler.
E sigo à risca aquele velho ditado: nunca empresto mulher, disco ou livro pois quando resolvem devolver, quando devolvem, veêm sempre com defeito.
A edição Aguilar do Fernando Pessoa.
Sérgio,
Se for o “20 poemas com Brócoli” de 1981 eu posso scannear e te mandar.
Desculpem alguma coisa.
Foi “perda” o Pessoa. Nunca ganhei nada não.
eu não ligo pra isso. raramente peço emprestado, pq gosto de ler sem tempo pra acabar. quando gosto muito de alguma coisa, passo pra frente, compartilhando com alguém que gosto, e dado mesmo. faz tempo que parei de acumular coisas. outro dia fiquei surpresa ao saber que Tibor e Saint-Clair trocam livros. vou refazer uma listinha de disponiveis e quem quiser, leva. é só pagar o frete, ou buscar pessoalmente.
Olá
Um empréstimo que fiz e quase perdi foi os contos reunidos do Murilo Rubião, da editora Ática. Eu insistia pelo livro e o colega adiando, até que devolveu sem ter lido, após 6 meses. É a síndrome de quem vê alguém com um livro e pede emprestado, mesmo que não vá lê-lo.
Um livro que nunca devolvi foi “A legião estrangeira”, da Clarice. Apanhei na biblioteca da minha escola de nível fundamental. Tenho-o até hoje, com o carimbo daquele estabelecimento de ensino.
Agora, quando leio algo que vale a pena, comento. Se a pessoa me pedir, marco um prazo para a devolução e argúio-a sobre o livro.
Um articulista da minha cidade revelou uma prática que tentei seguir, mas não pude. Ele, todo mês, reserva a verba da cultura ou felicidade, não me recordo precisamente. Flávio Paiva, esse o seu nome, compra um exemplar de um livro que tenha lido e gostado no mês e presenteia um amigo com esse material.
Infelizmente, meu dinheiro mal dá para minhas compras literárias, mas fica a idéia do meu conterrâneo.
laços de familia – clarice lispector
no colo do pai – hanif ureishi
everything is illuminated (em inglês) – safran foer
quase tudo – danusa leão
claro como o dia – eugene o’kelly
o animal agonizante – philip roth (é lindo)
o livreiro de cabul – arne seierstad
cinas do norte – milton hatoum
a história do amor – nicole krauss
a entrega – toni bentley
delta de vênus – anis nïn
o ano do pensamento mágico – joan didion
guia de caça e pesca para mulheres – melissa banks
o diabo que te carregue – stella florence
mentiras no divã – irving yalom
listinha eclética, não? sim. à vezes faço pesquisa em assuntos femininos e best-sellers. quem quiser pode mandar email ou comentar no blog.
Srs, por favor, como faço pra me registrar neste forum e/ou fazer parte permanente desta comunidade? Site, url, pagto, etc…
Desculpem a invasão; abs!
não me lembro qual o maior ganho… mas a maior perda foi par uma enchente q me levou uns 500 livros queridos…
Essa é a listinha de disponíveis, Noga? Se for, diga lá onde você mora.
Noga:
Se for a sua lista de doações, gostaria de ficar com “Everything is illuminated” e “O animal agonizante”
Ei, peraí!!!!! Cheguei primeiro, senhor Sainte-Claire… hahaha.
As minha perdas já foram tantas… a mais doída foi o cem anos de solidão, todo lindo… teve também (mas esse só faz falta quando preciso de algum livro prum escambinho básico) o anjos e demônios do Dão Braum… fora a dezena de revista em quadrinhos… hj faço como tu. não empresto, perco o amigo mas não o livro. nem o CD, muito menos o DVD…
Eu quero Claro como o dia e O animal agonizante. Acho que vamos ter que sair no braço. Mas devo lembrá-lo Saint: sou faixa-preta.
Não tomo livro emprestado, mas não me importo de emprestar. Claro que alguns jamais voltaram, como A Paixão Segundo G.H., as Meditações, de Descartes; Os Meninos da Rua Paulo; uma edição de luxo de The Catcher in the Rye; uma coletânea de poemas de William Blake e o Evangelho Segundo São Tomé. Sei muito bem quem são os esquecidinhos, mas tenho vergonha de cobrar.
Prezada Noga,
reforçando o comentário do caríssimo amigo Tibor, diz ai seu endereço… ou como posso fazer para arrebatar algumas de suas doações… mesmo você dizendo que é para pagar o frete, eu, no dever de cavalheiro faço total e irrestrita questão de pagá-lo, afinal, o livro sai de graça…
Abraços…
Esqueci. Emprestei uma vez cinco livros e a pessoa um ano e meio depois disse que “já tinha devolvido”. Tive de ir à casa dela para pegar um livro do MIT sobre Bauhaus.
Também sumiu de casa a revista Qorpo Extranho(sic) que tinha uma reprodução ótima dos trabalhos de Leon Ferrari.
A partir daí nunca mais emprestei.
Só para pessoas que sabem dar valor ao livro.
Como diria um amigo: “Mais burro do que quem empresta livros é aquele que os devolve”
Lembrei agora de um livro, estimulado pela história da Clarice. Emprestei Uma Breve História do Tempo de Stephen Hawking pro meu cunhado e dois anos depois ele disse já ter devolvido. Tive que ir ao Rio pra buscar a dita cuja. E ele? Nada… cara de bunda.
Livros raros: http://www.rarebookroom.org/
UAU!!! Quem aqui já leu o conto “O Livro de Areia” do Borges? Lembram da “black letter Wiclif”? Olha ela aqui: http://www.rarebookroom.org/Control/wycnts/index.html
Saint-Clair, tudo bem, diga como enviar. Tibor, moro no Rio, no Leblon e vc? Vc não vai querer tudo pra vc, vai? Mr. Ghost, diga o que quer, e mande o endereço.
Eu quero aqueles que escrevi lá em cima. Moro em Sampa. Pago o frete. Repetindo: Eu quero Claro como o dia e O animal agonizante. O do Philip Roth eu encaminho pro Saint mais tarde. anota o endereço aí:
rua lins de vasconcelos, 2816 – vila mariana – sao paulo – sp – cep 04112-002
Eu tenho “OLivro de Areia” que tem o conto com mesmo título. Se você tiver leia “Utopia de um Homem que está cansado.=”.
Cláudio,
Era para você o acima. Leia também “O Suborno”. Aliás leia o livro todo…
De O Suborno:
“(…)O Senhor e eu, meu querido amigo, sabemos que os congressos são tolices, que ocasionam gastos inúteis, mas que podem convir a um curriculum.””
Clarice: “A imprensa, agora abolida, foi um dos piores males do homem, já que tendia a multiplicar até a vertigem textos desnecessários.”
e ‘O Congresso’, com a antológica reflexão: “… o jornalista escreve para o esquecimento…”
MEIO FORA DO ASSUNTO – Uma informação que talvez interesse. Para enfrentar o projeto de biblioteca virtual do Google, a Biblioteca Nacional de Paris já tem na Internet sua “biblioteca numérica,” http://www.europeana.eu/ ,com milhares de livros à disposição. São fotografias das edições e podem ser consultadas gratuitamente. Abrange, além do francês, os seguintes idiomas: alemão, inglês, espanhol, húngaro, italiano, latim e PORTUGUÊS. Encontrei lá uma tradução para o húngaro: “Makunaíma, egy jellem nélkül hős kalandjai”. Para os amantes das primeiras linhas: “Makunaíma, a mi fajtánk hőse az érintetlen őserdő mélyén született.”
Caro Pedro Curiango, você entende húngaro?
há uma frase quem tem muito sentido: “quem empresta, nem pra si presta”. ainda não consigo levar isso ao pé da letra e sempre compartilho meus livros com alguém, mesmo com uma dor imensa no coração. pelo menos, tenho a sorte de ter recebido todos de volta. acho que é porque sempre devolvo os livros alheios.
(…) E se isso ainda nos deixar o coração em pedaços, poderemos procurar uma solução elegante, como o professor cuja história me contaram em Lisboa. Dono de uma biblioteca de 20.000 volumes, ele a franqueava a colegas e alunos, que, ao entrarem, se deparavam com o dístico:
Os Livros só se Emprestam aos Bons Amigos.
Felizes da vida, as visitas percorriam as estantes e separavam o que lhes interessava? para depois, chegando à última sala, serem amavelmente recebidas por uma segunda tabuleta:
Os Bons Amigos não Pedem Livros Emprestados.
(do site bibliotecários sem fronteiras)
Cláudio,
“As imagens e a letra impressa eram mais reais do que as coisas. Só o publicado era verdadeiro.”
“”Restam apenas citações. A língua é um sistema de citações.”
Esta última vem antes do “A imprensa, agora abolida… que vc citou.
Bom demais, heim?
Errei:
“Ninguém pode ler dois mil livros. Nos quatro séculos que vivo não terie passado de uma meia dúzia. Além disso, não importa ler, senão reler.”
A imprensa, agora abolida….
O húngaro não é aquele idioma que até o diabo respeita?
Ô Tibor: o Pedro deve ter errado o post. O (húngaro) Houdini que poderia nos ajudar (des)apareceu no post anterior… para nunca mais 🙂 Será?
Se bem que podemos tentar alguma tradução com o Chico Buarque…
Clarice: eu passaria a vida lendo e relendo apenas os livros de Borges (que era o leitor por excelência)
Ele disse não lembro onde que ler é mais intelectual do que escrever. Vamos parar por que daqui há pouco vão nos trucidar.
Aliás “O Informe de Brodie” sumiu.
E agora estou vendo que “O Livro dos Seres Imaginários” também não está aqui.
Não tenho idéia de quem pegou.
Vou seguir o exemplo e trancar o escritório.
Noga, como eu moro no Rio, posso ir buscar – isto é, se você não ficar com medo de mim. A Clarice ficou, mas foi só até passar 5 minutos comigo. Acho que ela pensava que eu era assim um psicopata, antes de me conhecer! Kkkkkkkk!
Outra possibilidade é eu te mandar meus dados por e-mail, e você mandar os livros. Mas acho sacanagem, você vai pagar taxa pros Correios…
Mas: você que decide o que é o melhor 🙂
Ah, o que eu não daria para ter de volta o meu Fragmentos de um Discurso Amoroso repleto de anotações da minha primeira leitura, aos 18 anos. A pessoa que pegou emprestado emprestou para outra pessoa, que nem lembra da cara do livro 🙁
Também não empresto mais. E não pego emprestado.
A maior perda é A Ditadura Envergonhada, do Élio Gaspari. E ganho não há, porque eu raramente pego livros emprestados.
Creio que certos livros desaparecem por si mesmos (isso é muito comum, sabe?) Um “Livro dos Seres Imaginários” só pode ser imaginário em natureza. 🙂
* em sua natureza.
Livros emprestados só para maiores de 90 anos, acompanhados dos pais.
O pior, e já aconteceu comigo, é emprestar e a pessoa não ler… Sabe aquelas pessoas que só pedem emprestado para manterem o “status” de leitores? Pois é! Levam, não devolvem e o livro sequer cumpre a função literária…
Como sou professor (e de literatura), empresto sempre, com prazer e por dever. Sem problemas. Se não voltar, paciência. Mas eles quase sempre voltam.
SCHULTZ, guri com olhar de mormaço, devolva já minha cartilha!
E tenha respeito pela tia aqui que tu também já não cozinha mais na primeira fervura, viu!
Brincadeiras a parte, na última vez que fui a Porto Alegre percorri aqueles sebos do centro da cidade, inclusive um que estava a ponto de desmanchar… e não achei essa cartilha e tampouco alguém que lembrasse dela. Uma pena.
um abraço, Raquel
Eu também tenho perdas a lamentar: O Jardim dos Finzi Contini de Giorgio Basani, Adeus às Armas de Ernest Hemingway, e a Biografia de Albert Camus por Olivier Todd. Ah Sérgio! por que foi tocar no assunto e reabrir feridas que eu já julgava cicatrizadas? Quanto aos ganhos, se houveram, não foram contabilizados, talvez porque não deixaram nenhuma mágoa em mim.
Saint-Clair, não tenho medo nem de bicho-papão, só, é claro, de assaltante… mas creio que não é o caso. Se for… ladrão intelectual com livro online, eu hein? Tibor, já acertei com o Saint. Vou te mandar. Pode ser sedex a cobrar? Ou mando por correio comum mesmo, os livros são finos, vc é que sabe.
Clarice,
É possível reler sem antes ler?
Pode mandar comum mesmo, sem problemas.
Saint-Clair,
Não foram só 5 minutos. ÇPuxa! Por que você disse que eu te achava psicopata? kkkk
Rafael,
Fica meio difícil, né?
Tem que ler e depois reler.
Você conhece alguma outra maneira?
Explica por favor. kkkk
Pedro,
Agradeço imensamente o link. Há inúmeros títulos em latim que irei saborear. Valeu mesmo.
Lembrei agora que o Rafael é o advogado que gosta latim.
Advogado é mestre em releitura. Tem de ser. Ossos do ofício.
Sérgio, adoro os teus textos e costumo orientar minhas leituras pelas indicações que você faz. Apenas sinto falta de posts comentando a obra de Camus – para mim um dos melhores, se não o maior dos, escritores. Ah, dá essa canja pra mim, vai…
Ah! Alguém por aqui poderia me emprestar “O Primeiro Homem” de Albert Camus? Prometo devolver…
Sou eu mesmo, Clarice. Só fiz a pergunta porque você escrevera que ler não importa, senão reler. Fiquei então curioso para saber como seria possível somente reler sem antes ler.
Quantos aos ossos do ofício, nem me fale neles, estou cansado de roê-los.
Teve um filho-da-mãe que pegou a minha cartilha “Caminho Suave” e nunca mais devolveu. O livro mais profundo que li.
“Ah! Alguém por aqui poderia me emprestar “O Primeiro Homem” de Albert Camus? Prometo devolver?”
Esse primeiro homem deve estar velhinho agora. Juro que não sei pra quê podem querer ele. Se servirem segundos, terceiros ou outros homens e não precisarem ser desse tal de Camus, falem com o Saint-Clair.
Ai, eu choro até hoje pelo meu “Histórias Extraordinárias de Edgar Allan Poe”, com a tradução da Clarice Lispector 🙁
Mas já fico com sorriso nos lábios pelos meus ganhos: Vidas Secas e a biografia de Shakspeare escrita pelo Anthony Holden, da série Vidas Ilustradas (que estou lendo no momento) 🙂
Histórias Extraordinárias com tradução de Clarice Lispector… tenho esse livro. Em condições não muito boas, infelizmente.
Noga, você viu o filme do Everything is Illuminated? Fotografia linda, trilha sonora de excelência, produção perfeita…Não li o livro, mas amei o filme!
Ai Tibor, que sorte a sua! O meu tava todo amarrotado, de tanto que eu lia, relia, lia, relia…
O empréstimo compulsório do meu Heróis da TV na quinta série para o valentão da turma.
Caro Tibor, diga-me: qual é a sua bronca com Camus?
Rafael,
Não fui eu quem disse. Foi o Borges. Agora não dá para perguntar para ele. Eu adoro mesmo é a segunda leitura do livro.
Lendo os comentários com calma vejo que emprestei também: “A Paixão Segundo G.H”; “The Catcher in the Rye – em português pois era adolescente”; “Por quem os Sinos Dobram”. Cadê?
Este post vai gerar muitas brigas.
“-Alô, Manuel, Lembra que eu te emprestei a Mágica do Saber no ginásio? É sou eu mesmo o Arnaldo. Me manda minha Mágica do Saber, Manuel. Isto é o cúmulo Manuel. Manueeellll. MANUEL ô Manuellllllll. Deligou.”
HAHAHA… nenhuma Cássia. Embora tenha tentado ler A Queda sem conseguir terminar. Mas nada a ver com Camus. Eu é que sou idiossincrático. De repente dá aquele estalo e jogo o livro de lado sem jamais voltar a lê-lo.
Ah, uma vez eu “perdi” (entre aspas porque um belo dia fui procurar e nunca mais achei) uma edição lindíssima do Alice no País das Maravilhas. Mas esse eu saí por aí caçando pra encontrar igual e consegui, a muitas custas! Mas preferia o antigo, com a capa quase caindo…Valor sentimental, sabe? Fora outros que sumiram inexplicavelmente…Força de algum buraco negro que deve ter em meu apartamento!
Tibor,
Tenho “O Estrangeiro” em português e em francês.
Quer em português? Eu ponho no pacote junto da Noga. Aproveito e conheço ela.
Manda bala Clarice. Acho que vou me apaixonar por essas mulheres! 🙂
Ah, bem, você acha que a Noga cabe em quê pacote? deve ser bem grande, né?
Cuidado mulheres! Este menino não é fácil! Aviso logo que é casado.
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Desculpa gente, mas preciso manter a forma e não ia deixar o Mausoléu levar mais essa.
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Tibor, Para você
O Sérgio vai acabar expulsando a gente daqui. Sabe o que falta pro Todoprosa? Uma cervejinha e uns amendoins. É tão divertido…
Perdi… KKkkk
Alguém aí emprestou e ninguém devolveu “O Coro do Vento”; “O Amor dessa Mulher” ou “Margaridas Forjadas”? Quem sabe “O Publicitário Legal”? Ninguém? Valeu pela sinceridade. Eu escrevi os três.
Não adianta, Tibor. Você pode ser 100, mas só Mausoléu é 400. Valho quatro vezes mais que você.
Roberto, eu sou um publicitário legal. Se você escreveu isso em algum lugar, vou processá-lo.
Raquel: Descartes dizia que “panela velha é que faz…” vc sabe o resto. Ou terá sido o Sérgio Reis? Aqui em Porto Alegre os nossos conterrâneos compram muitos livros, sobretudo uma vez por ano, na Feira do Livro, que acontece há mais de 50 anos. Sobretudo se a cor da capa combinar com o sofá e o feng shui. O povo gaúcho é um povo que gosta dos livros. Aliás, somos o único povo bestinha que, quando se apresenta, diz primeiro a naturalidade. Você já viu alguém dizer “prazer, sou baiano” ou “prazer, sou carioca?”. Aqui o sujeito diz “prazer, sou gaúcho”. Bobinhos, nós, né, Raquel?
Tibor: escrevi, vá em frente. Sou também “adevogado”, pelo menos sai mais barato. Em tempo: os livros são QUATRO e não TRÊS como eu pus ali. Na verdade tem mais um, são cinco, mas aquele não é para venda em livrarias.
O Roberto é o primeiro autor que conheço que mesmo tendo escrito poucos livros, não sabe ao certo o número deles que escreveu. Isso vai pro Guinness Book. Coisa de gauchos…:-)
A considerar o DESPREZO dos gaúchos pelos meus livros, Tibor, não escrevi NENHUM. Esse “O Publicitário Legal”, por exemplo, que é o ÚNICO de “Direito da Publicidade” no Brasil (de Direito, portanto, e não de Ficção/Literatura como os outros), JAMAIS foi lançado aqui no RS oficialmente. A Editora é carioca e foi lançado em São Paulo, no Shopping Villa Lobos. Pra tapar a boca desta gauchada besta, está em qualquer livraria do Brasil. Na Siciliano, aqui, sempre entre os MAIS VENDIDOS. Bem feito pra eles.
Parabéns Roberto. Danem-se gauchos!
Gente, vou pra casa que esse publicitário legal de vez em quando descansa. Sérgio, desculpa sinceramente a bagunça que fizemos no seu espaço. É que a gente se sente bem aqui…
Nasci e moro aqui, mas danem-se. Já disse que procuro “exílio editorial” em São Paulo, Rio, Minas e Bahia; Estados que valorizam a cultura dos seus. Gosto do Ceará e de Brasília (pois é…, mas o povo brasiliense não tem nada a ver com os políticos de lá), também.
Ô Tibor,
Sou uma leitora habitual, porém silenciosa, aqui do Todoprosa. Hoje num momento de exibição, decidi dar a cara à tapa aqui nos comentários. Mas, por favor, trate de não me constranger na frente dos outros ou voltarei toda envergonhada para o meu cantinho atrás da porta. Lembre-se de que “qualquer desatenção pode ser a gota d’água”.
Clarice, vamos combinar. Fale com o Saint-Clair tb. E Lorena: vi, sim, o filme. Adorei. Daí comprei o livro. O filme é uma pequena amostra das muitas loucuras do livro, e pra quem gosta de literatura contemporânea, bem, o livro é imperdível, em forma e conteúdo. O cara é jovem, mas bom à bessa, e o segundo dele, Incrivelmente Alto e Extremamente Perto, ou o contrário, consegue ser melhor ainda.
SCHULTZ,
eu não lembro das pessoas se apresentarem “prazer, sou gaúcho”… mas estou há muito em Sampa. As pessoas sempre perguntam pelo sotaque se somos gaúchos, isso ocorre ainda hoje comigo.
Quanto aos gaúchos lerem pouco acredito que todos os brasileiros lêem pouco. Comprar só na Feira do Livro? Venha pra Bienal Livro no próximo ano e verá o que é o mapa do inferno!
Raquel
PS: Largue das panelas que você ainda acaba se queimando!
Rafael,
Quero lhe presentear com um livro; acho que você irá gostar. Se quiser, me mande um contato seu por e-mail e eu mandarei o livro pelo correio.
Meu e-mail é: silvanapbatista@globo.com
Maior ganho: Cem melhores contos brasileiros do século
Maior perda: um monte de livros bons para adolescentes. Eu sou nova, e queria que meus amigos lessem também. Pois nem leram, nem devolveram…
Cássia, a que deu a cara à tapa: PLAFT! O primeiro tapa a gente não esquece.
Caríssima Noga,
Eis minhas escolhas…
cinzas do norte – milton hatoum
o ano do pensamento mágico – joan didion
mentiras no divã – irving yalom
Noga, preazada comentarista, reserve estes para mim, entro em contato com você para passar o endereço… Reforçando o acerto, eu pago o sedex. Já já lhe mando o endereço.
Caso haja mais livros além dos da lista que você postou, coloca ai…
Abraços.
Caso mais alguém ai queira se livrar do monte de papel e não tem como, aceito doações… ou podemos fazer alguns acertos…
Roberto,
É mais ou menos como os “começos inesquecíveis” do Sérgio.
Ah! O tapa doeu, viu?
Emprestei certa vez “O Homem e Seus Símbolos”, edição capa dura ilustrada, e a mocinha, após alguns meses, negou que tivesse pedido emprestado.
Bem feito, quem mandou ficar de olho na mocinha…
Hoje é psicóloga semi-famosa, escreve artigos em jornais, etc. E vai negar até a morte que me afanou o livro do Jung.
Costumo chorar mais o não-retorno de discos que de livros. Música aguenta mais repetições que leitura. Os livros fundamentais também merecem ser recomprados, com capa nova, papel novo, até com nova tradução, se não forem lusófonos. Reencontrar um antigo amor é bom, mas pelo menos que esteja de roupa nova!
O maior ganho foi uma coletânea de tiras da Mafalda, toda rabiscada, com a capa e contracapa preenchida com uma letra miúda, por alguém que viajava num avião de Londres para o Brasil.
Posso dizer que tenho um texto inédito da Ana Cristina Cézar na minha prateleira.
Pô, Clarice, “não foram só 5 minutos”??? Me senti um lixo agora… Vai dizer que você ficou com medo de mim o tempo todo??????
P.s.: Me empresta “O home de areia”, do Hoffman??? Sou LOUCO pelo Hoffman. Já li “O pequeno Zacarias chamado Cinábrio”. Magnífico!
Prometo devolver, claro. kkkkkkkkk.
Correção: Não é o “Hômi de areia”. É o “HOMEM de areia”. Desculpa, meu dedinho aqui escorregou…
Outra dica: Para livros franceses em geral, novos e usados, há uma livraria francesa nos moldes da Amazon: Chapitre.com.
No mais, Tibor, não entendo húngaro, mas achei interessante a linha, por não ter sequer um termo que se possa ligar à tradição greco-latina. Tive um amigo húngaro que costumava dizer que sua língua era de uma família (fino-úgrica) de parentes absolutamente irreconhecíveis entre si: finlandês, turco e mongol. O húngaro é a grande herança que Átila deixou na Europa?
Agora, quem entendia de húngaro era o Guimarães Rosa.
Alguns Conrads que peguei na fazenda, em Barretos, e estão aqui ainda. E perdi muitos – muitos, mas nada que não consegui comprar depois.
Tenho uma coleção de ebooks enoooooooorme.. caso queirm, empresto..
Noga, adorei essa sua idéia de dar livros por aqui. Eu tenho pouquíssimo espaço, vivo comprando livros e me vendo na ‘obrigação’ de passá-los adiante. Claro que alguns eu não passo, fico. Achei divertido também que na sua lista há dois títulos que eu também tenho e preciso mandar pra outras estantes. Quem quiser, é só dizer. São eles: O ano do pensamento mágico, O animal agonizante.
Pra quem gosta de policial: Punhalada no escuro, Lawrence Block, Cia. das Letras.
E, pensando aqui, acho que a gente deveria instituir um troca-troca. O que acham?
Beijos, abraços,
Ana
Ah, sim, me esqueci: quanto publicitário, não? e há os legais. rs Antes que me critiquem, sou também.
Mr. Ghost: o Cinzas, infelizmente, já foi. Mas te mando o Ano do Pensamento Mágico e o Mentiras no Divã. Me mande email com seu endereço que mando no sedex a cobrar: autor@noga.blog.br
E sim, Ana Lima (agora fiquei confusa, rsrs) sempre quis sugerir aqui um troca-troca, já estou louca para fuçar a sua estante. Emprestar tb é bom, tem umas coisas que comprei fora do momento certo e posso dispensar temporariamente, até sentir o impulso de lê-las.
Empresto a quem quiser a obra de Ignacio de Loyola Brandão. Inteirinha. Com a condição de que não devolvam. De quebra, vai a obra completa de Josué Montello. Estou zerando pecados literários de juventude.
Quanto aos livros,
existem dois tipos de idiotas:
aqueles que emprestam
e aqueles que devolvem.
abraços!
rs
Hum…cds e quadrinhos já perdi muitos.. inclusive alguns mais raros como O cavaleiro das trevas e Ronin de frank miller.
livros, muitos se foram, tantos que nem lembro mais deles, preferi me desapegar….
no sentido contrario, tenho um ótimo xogum, a gloriosa saga do japão, que não sai mais de lá..e que aliás, recomendo, achei muito bom…
O mais incrível é que sempre as pessoas que não compram livros gostam de pegar emprestado, e sempre tem uma desculpa para ler na aba, nessa perdi dois livros do Roberto Freire, outra pergunta recorrente de quem não compra é “o que você está lendo?”…
Não lembro de grandes perdas…talvez porque não empresto esgotados como “Uma sombra passou por aqui” de Bradbury ou autografados como “Menina a Caminho” de R. Nassar.
abrs,
Pedro,
Por onde o “flagelo de Deus” passava, a grama não crescia. Fora as frases de efeito, Átila foi, digamos assim, o pai da Hungria. Se foi da sua presença que surgiu a língua eu não saberia dizer. Provavelmente seu amigo húngaro sabe mais que eu. E, só para constar: não sei falar húngaro, fora um ou outro palavrão. Imperdoável, eu sei.
Querida Ana Lima,
coloque uma lista ai do que você pode doar para nós… ai eu faço como estou fazendo com a Noga… escolho os livros e você manda pelo sedex a cobrar…
Tambem tomei essa decisão há muitos anos, não empresto nem pego emprestado. A lista de perdas é muito maior que a de ganhos. Mas uma perda que não esqueço é Eu Sei Que Vou Te Amar do Jabor, primeira Edição, até hoje lamento. E ganhos, o unico que ficou foi A Hora do Vampiro do Stephen King, livro esgotado só achado em sebos, raríssimo, esse valeu. Mas sinto uma culpa! Acho que qualquer dia vou deixar na portaria da pessoa, só que essa pessoa ficou com 2 livros meus tbm. Então por essas e outras dou livros, emprestimo jamais.
Perdi A Carne, do Julio Ribeiro e fiquei (nunca mais vi a pessoa, estou perdoada?) com Conversa na Catedral, do Mario Vargas Llosa. A gente devia mesmo montar um esquema de troca de livros. Infelizmente, a miséria consumiu minhas manias, inclusive a de comprar livros, e eu não consigo acompanhar nem a metade do que você comenta aqui. E não vou vir aqui pra me sentir burra, né? Pois é. Um poblema são dois problemas.
à quem recebeu e-mail @hotmail.com meu: Tenho e-mail com o nome “Ana Lima”. Mas não sou a Ana Lima que está comentando aqui.
Sempre comento como Clarice.
Ben-vinda xará.
No Contemporânea tenho outro nick. Não sofro de múltipla personalidade. É uma questão de timidez.
Shirley,
posso te emprestar o “Travessuras de uma menina má”. Só não dou por que posso trocar com alguém.
Saint-Clair,
infelizmente mudei de idéia:
o Trintram Shandy tá na minha lista de imprestáveis. Mas te dou o vol 3 do Hauser em espanhol. É dado. Se quiser o Durkheim da coleção dos pensadores tb te dou. Mas só se você for ler.
Tibor,
Não posso emprestar o Camus. Só agora percebi que tem “Estado de Sítio” junto com “O Estrangeiro”.
Vendo: livros autografados diversos autores.
t
.
Hoje você está profícua, einh, menina?
Noga, mandei e-mail para você…
150
Eu te odeio Tibor.
Poxa isto lá é hora de dizer que manou e-mail! kkkkk
Perdi meu 150º lugar.
E mausoléu,
De vez em quando manda um comentário sobre literatura para disfarçar.
Te juro que esse 150 não foi calculado, Clarice. Se soubesse, teria deixado pra você de muito bom grado.
Clarice, tudo bem pelo Tristam Shandy. Mas eu faço absoluta questão de que você me empreste “O homem de areia”. Pleaaaaaaaaaaase!!! Sou louco pra ler esse livro.
Quanto ao Durkheim: ele é legal de ler ou é chato? Se for chato, não quero. Tô legal de gente chata. Já (me) bastam os chatos daqui.
O Hauser é claro que eu quero!
Maior ganho: as obras completas do Edgar Alan Poe. Maior perda: o mesmo livro, alguns meses depois, para outro amigo…
Meu Deus! O Edgar Allan Poe nunca é perdoado…estão sempre surrupiando o pobre coitado! É que ele é bom né…amo!
Saint-Clair,
O “O Hôme de Areia” que eu tenho é do Borges e não do Hoffman.
Este eu não empresto nem por decreto.
Engraçado que na primeira página do Tristran tem escrito à lápis uma listinha de autores da na época da faculdade. Entre eles:”Luciano de Samósata” com seta para a obra “Diálogo dos Mortos”, com sublinhado indicando leitura muito boa.
Esqueci completamente ao longo dos anos.
Tibor,
Leve à sério não. Tava brincando. Imagine ficar te odiando por causa disso.
:)))
O Hauser vai para você, Saint, mas vou te poupar do Durkheim.
Lorena: era uma edição com as obras completas no original. Meu hobby durante os meses em que o livro esteve comigo foi ler em voz alta alguns poemas, como “The Bells” (com os sinos mudando de som conforme muda o metal) e “The Raven” (fazendo aquela voz de Vincent Price).
Tibor: De palavrão com húngaro no meio só me lembro da Eva Todor contando que quando chegou ao Brasil chama-se Eva Fodor…
Prezadas Cássia Sales e Raquel. Sobre a panela quente (Raquel), não tenho benefício algum em aderir a ela, aqui no RS. Pelo contrário. Então que se f… E, Cássia, sobre o tapa, pensei que você estivesse pedindo. Não me odeie.
Em tempo: SALLES (a Cássia).
Uma sugestão para o Sérgio: o interesse em doação de livros para amigos no blog parece grande. Porque não criar um espaço para estas trocas?
Em tempo, o meu blog se chama “A Caixa de Romeo y Julieta” por causa de um Romance que escrevi (o primeiro, até então só contos), ainda não publicado, e que foi até finalista no Prêmio SESC de 2004, mas já mudei ele várias vezes de lá pra cá. No site publico trechos do Romance além de comentários sobre filmes em DVD, livros e CD. Vai lá, minha filha!
http://acaixaderomeoyjulieta.blogspot.com/
Porque não um espaço para trocarmos afetos, revistas, fotografias, líquidos (desculpem, me empolguei, sou casado)?
Minha última perda foi ‘O Homem ou é Tonto ou é Mulher’, que me fez descobrir a obra de Gonçalo M. Tavares. Emprestei a um amigo, ele se apaixonou e se recusa a me devolver.
Um que tomei emprestado de uma amiga de faculdade e continua lá em casa é ‘O Monstro’, do muito falado neste blog Sérgio S’Antanna.
Roberto,
A gente troca afeto o tempo todo aqui na forma de brincadeiras. Esperamos que continue assim.
O Sérgio aproveitou e foi dar uma volta no bairro. Post legal este.
Cadê o novo? Acho que vi um por aí.
Tá bom eu confesso minha edição Aguilar do Poe foi empréstimo.
Mas não fui eu que pediu emprestado. Era emprestado para o meu primeiro “ex”. Separamos e veio para minha casa. Então eu não tenho nada a ver com isso.
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu…
Pô! Num tem ninguém.
Eu dôo obras completas de Machado para o primeiro que aparecer.
TÔ aqui.
Vamos carregar isso até os 200?
Em esforço conjunto?
Não adianta, Tibor. Só Mausoléu é 400.
Mudou de idéia quanto à doação das obras completas de Machado de Assis?
Parabéns Tibor.
Vou te enviar o Machado Cavalcante aquele catarinense.
Assim que ele publicar eu te envio.
Mausoléu,
Fala aí um livro só que você perdeu, hômi.
Mausoléu, cá pra nós (falando baixinho pra ninguém escutar) o que é que você faz da vida, einh?
Obrigado, Clarice. Eu devia saber que isso só podia ser mais uma sua.
Tibor fica “com um olho no trabalho e outro no Todoprosa”.
Vocês lembram da fase em que resenha que se prezasse usava esta expressão?
nunca ouvi essa expressão.
Foi a era dos “escritores vesgos”.
Jura?
Na década de 80 era super comum.
“Um olho no/a _____ e outro no/a.”
A era dos escritores estrábicos, eu acho.
Na época em que a gente reclamava que o Idéias era uma droga e não sabia que era genial.
Que sei eu da década de 80? Não lembro de nada daquela época, fora o fato de ser um rato de praia.
Obrigada. A palavra certa é estrábico. Não me veio.
Mas não era exclusividade dos escritores. Não sei o que aconteceu que muita gente era estrábica e era um bom sinal.
Eu tb ia à praia. Mas nem por isto deixava de ler. Sobretudo o Folhetim. Você, Tibor, não tinha que andar 4 quadras para achar a Folha. Não tinha distribuição aqui no Rio e muitos poucos compravam. Eu levava para a praia. Poderia ter feito o mesmo.
O Idéias tinha dor de cotovelo de não ser assim um “Folhetim”.
O Folhetim tinha um pinguinho de inveja do pragmatismo do Idéias.
O Folhetim… que maravilhosa lembrança. Eu também o lia.
OH! Mausoléu! Você está aí é querendo faturar de novo, né?
Discutir que é bom, nada.
Pode dar uns pitacos fora do post por que o Sérgio está descansando.
97
98 eu mato quem entrar agora
200
duzentos
Um dia serei 300, tezentos e cinquenta. Mas hoje eu sou 200.
PARABÉNS CLARICE!!!!!!!!! VIVA!!!!!!!
Tibor, já que você perguntou, respondo: eu vivo a colecionar recordes. Ainda irei para o Guiness com o título honoris causa.
Clarice, já falei do livro que perdi: a minha querida cartilha “Caminho Suave”, que tantas lembranças me dava da querida Professora “Tia” Clarinha…
Mausoléu,
Nós estamos curiosos mausoléu.
A gente discute aqui no Todoprosa, tem uma ocupação digna na vida, se esforça, estuda para aparecer, digo, para discutir.
E você?
Só disputa?
Ele devia ser (se tiver idade) um daqueles malucos por Carlos Zéfiro… bem, quem não foi?
Obrigada Tibor,
Agradeço a todos os que contribuiram para eu chegar aqui. Estou tão comovida que… não dá para falar mais nada.
Mausoléu,
Um abraço… (soluços) para a tia Clarinha…
Achei que o Mausoléu trabalhasse em uma funerária.
Minha ocupação não é digna?
Pode ser Tibor.
Eu só queria saber onde está a minha “Mágica do Saber”.
Não trabalho em funerária. Na verdade, sou coveiro.
Saint-Clair,
Eu já pensei melhorzinho. Pensei que era dono da floricultura perto do cemitério. Aquela que só fatura em dia de finados.
Digna sim Mausoléu.
Vamos esticar isso até 300?
Um tal de Nareba, escritorzinho que conheci outro dia ao lado da cova 33, disse que tinha um personagem de teatro que era coveiro. Era de uma peça chamada Hamlet, de Nelson Rodrigues.
Você venceu na vida Mausoléu.
Eu lembro criancinha:
“-Mausoléu o que você quer ser quando crescer?”
“-Cobeiro.”
“-Copeiro, filho.”
“-Cobeiro.”
Vamos aproveitar que o Sérgio tomou meia duzia de drágeas de Tofranil e apagou. Enquanto durar o porre a gente estica esse negócio.
Tá bom vamos até 300. Mas dessa vez o papo rola e quem ficar com o 300 é o acaso quem concede.
Não vale ficar enrolando ou apostando.
vamos dar uma chance a sorte já que a gente não pode “give peace a chance”.
Ah, mas com o matusalém aí fica difícil.
Quero dizer: mausoléu. Falha minha.
“All we are saying, is give peace a chance.”
All we are saying, is give peace a chance.”
(Enquanto isto a CIA grampeava o tel. de JLennon e ficava vigiando todos os seus passos. A pasta JL é aberta pela CIA.)
Ó o cara tirando onda do meu nome.
Mausoléu não vale. Não pode ficar só para ganhar o 300. Você já é 400.
Trezentos é pouco para o Mausoléu. Logo, logo serei 1000.
Daqui a pouco tem chamada na página principal do IG alertando sobre três retardados que estão apostando corrida no Todoprosa. O Sérgio expulsa a gente, o IG põe login nisso aqui e tudo volta ao normal… bem, quase.
Liga não Mausoléu.
Tem um porteiro perto aqui de casa que tem este nome Matusalém. Um negão bonito e de voz grave.
Fala isso não, que o mausoléu apaixona.
Ser coveiro é melhor que porteiro. Nelson Rodrigues não tem nenhum personagem que é porteiro. Pode confirmar com o Nareba.
E no Ibest também.
:)))))
Bom tema. Não lembro de nenhum porteiro protagonista. Nem chegam a coadjuvante.
São meros “porteiro nº1 = Zé de Deus”
“porteiro nº2 = João Silva”
Mas isto é um absurdo!
Quero só ver o Sérgio dando um espôrro em vocês…
Aliás, quem for o 300 ganha um jantar com o Sérgio. Bota meu nome aí na lista!!! Tô concorrendo.
esporro tem acento?
Não é uma paroxitona terminada em “o”?
Aliás, paro- XÍ-tona, desculpem.
O meu tem. Não concebo um esporro sem acento. Fica assim tão chocho 🙁
O Sérgio paga, ou é o portal?
A gente pode escolher o restaurante?
O Nareba paga tudo. Ele está na condicional.
Lembrei!
O Mário Pontes usava o troço do estrabismo.
A Mari vai para o jantar?
Eu quero o Pomme D’Or.
Do que é que você está falando, einh, Clarice? O bonde já andou, menina…
Só faltam 60…
Claro que vai!
Isso, leva a Mari, o Areias… quem mais?
Não vale ficar olhando.
A Mari, aquela vaca, vai ser o prato principal. Vai ser um prazer pra lá de orgiástico meter o garfo nela.
Páris Hilton
Meter o garfo exatamente onde, Saint?
Quem vai pagar é o NoMínimo. A gente fica aqui dando pinta horrores de graça e eles não podem pagar um reles jantarzinho pra dois? Eu quero ir naquele restaurante português que tem em Botafogo: a Adega do Valentim.
Hihihihi… estão bringado pelo 300. Mas só Mausoléu é 400!
A sobremesa vai ser essa aí de cima. Outra lambisgóia, essa tal de Pária.
Mausoléu, quero só o 300 e o meu jantarzinho a dois. Rien que ça.
Saint-Clair,
Ela volta com outro nick, te enche a paciência e você vai ter que escrever outro comentário quilométrico contando o resto da sua história.
Vocês esqueceram de perguntar se o Sérgio vai.
Em vez do garfo posso meter outra coisa?
O resto da minha história é a parte sexual. Essa eu não conto em público, só para certos eleitos e, de preferência, em sussurros ao pé do ouvido…
Mari, Pária e Areias
Para poupar tempo voltem com o mesmo nick tá?
Mausoléu, depende: você é, digamos, “superdotado”? HAHAHAHAHAHA.
Não tanto quanto o Long Dong Silver. Alguém conhece a figura?
Complementando a Clarice: até porque nós já nos acostumamos com esses nicks…
Gentem, como vocês são maldosos…
Saint, você conheceu o trabalho do Carlos Zéfiro?
Não tenho nada contra negros, au contraire (bien au contraire), mas o Long Dong Silver era um crioulo MUITO feio! Bonito era o que tava ontem no mesmo ônibus que eu, indo pra Tijuca. Um deus! E ainda por cima sem camisa…
O Carlos Zéfiro era meu chapa. Está na cova 98.
e mudar de nick é falsidade ideológica.
Caros Clarice, Mausoléu e Tibor:
Acho bacana – mesmo – vocês se sentirem tão à vontade aqui no blog a ponto de transformá-lo em sala de bate-papo. No entanto, em benefício dos leitores que não fazem parte da turminha – e para que eles não se sintam, por sua vez, excluídos de alguma coisa, o que seria lamentável – sou obrigado a lhes pedir encarecidamente que evitem comentários off-topic aqui na caixa de comentários.
Obrigado e abraços.
Só de longe, Tíbor. Tenho medo daquelas mulheres tetudas. Agora os homens… tão bonitos, não? Parecem sempre americanos…
em cima, encima ou por cima?
Sugiro nos darmos as mãos em prece e, diante da Torá, nos darmos as mãos na próxima sinagoga e orarmos pelo Rabino Henry Sobel, Líder maior dos Judeus em São Paulo (e no Brasil) que foi apanhado ROUBANDO TRÊS GRAVATAS em Palm Beach, nos EUA. É mole, ou quer mais? Bastou o Rabino viver um pouco no Brasil e apreendeu a “cultura local”, digamos. Inacreditável. Pior do que isso, só aquela piada da bicha que roubava vasos em cemitérios…
Estávamos mesmo atônitos por você não ter aparecido ainda para dar esse puxão de orelhas, Sérgio. Você tem toda razão. Mas diga aí: você chegou a ler tudo ou nem se deu ao trabalho?
Em tempo: foram QUATRO gravatas. Todas de griffe.
Finalmente!
Ele não vai responder. Sniff.
Tiô, comentários “off topic” são comentários feitos foram daquelas van Topic? Elas são off-road? Não entendi!
Schultz, fala sério! O Rabi Sobel foi MESMO pego roubando 3 gravatas???? Meu Deus, isso me lembra o Ronaldo Ésper(man) roubando vasos no cemitério. Só acredito vendo – quer dizer, lendo. Por favor, disponibiliza aí o link da notícia. Essa acabou com o meu dia (que já está no fim mesmo).
EM TEMPO: “feitos fora” daquelas van Topic.
Pelo que consta, ele teria “levado uma gravata”, também do policial. Não sei se é verdade. Olha o link aí:
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1516367-EI5030,00.html
Gente, boa noite e até amanhã. O Tio Sérgio chegou e soltou chinelada pra todos os lados (esqueceu do Saint-Clair e isso foi maus).
Até amanhã pra todos.
Parece que o TERRA vai disponibilizar um link: MANDE SUA MENSAGEM DE APOIO À FAMILIA DO RABINO.
Ele aparece na foto da Polícia com aquela cara de cachorro que caiu da mudança ou de Robert Downey Jr. depois de cheirar duas carreiras e bater no garçon.
Pô Tibor, tu é foda hein? Deixa de ser dedo-duro :-((((
Eu ia embora, mas essa notícia do Sobel me traumatizou. Gente, eu tinha o maior respeito por essa cara.
Desculpa Saint, mas se é pra levar chinelada, não quero levar sozinho.
Jesus! Ooops, quer dizer (um equivalente qualquer judaico, rápido!… Ah, sim:) por Elias! É verdade mesmo… Olha a cara do Rabi Sobel, gente! Acho que nem o Robert Downey Jr. conseguiria uma cara tão expressiva. Oh, Iavé dos Exércitos… estou chocado.
Agora é sério. Tchau.
Minha grande perda foi um álbum de quadrinhos raro hoje em dia, de autoria de Bill Sienkiewicz, chamado Stray Toasters. Emprestei pra um camarada chamado Rafael Peixoto na época da faculdade e, quando cobrei dele (sim, o revi) dez anos depois, ele disse “Perdeu”. E perdi mesmo. Já meu maior ganho é mais difícil de avaliar, mas ainda acho que seja um exemplar velho de As Dores do Mundo, do Schoppenhauer, que ficou esquecido no fundo de um armário do DA da faculdade, há uns 15 anos.
Roberto Schulz, se vc pintar por aqui, visitei seu blog. Gostei, e vou ler. Pensei que vc tinha dito que mostrava trechos do seu romance lá. Procurei email pra me comunicar e não achei.
Sergio: concordo com você, o blog não deve virar chat-room. Mas discordo num ponto; nem todas as mensagens devem tratar do assunto determinado por você, já que muitas vezes inserções extemporâneas podem levar a excelentes dscussões.
Noga (desculpe, mas não sei se você é “menino” ou “menina”),
Há, sim, trechos do Romance por lá. Procure que você acha, nos meses anteriores; acho que em março não pus nenhum. Sempre estão identificados, em vermelho, por uma advertência “TRECHOS DO ROMANCE A CAIXA DE ROMEO Y JULIETA….”. Agradeço pela gentileza e pela visita.
O mail está lá, é roberto.schultz@terra.com.br
Curiango: a interpretação do que “tem a ver” com o assunto da nota não deve ser estrita. Aliás, nunca foi. A liberdade sempre deu o tom aqui, e o clima de chat só começou a rondar há pouco tempo. Conversas sobre outros livros e leituras são sempre bem-vindas, por exemplo, mesmo que nada tenham com o post. Não é o caso de: “Bom dia. Acordei de ressaca. Calor hein?”
Não creio que ninguém aqui imagine como eu detesto esse papel de disciplinador. Se o assumo mesmo assim, é por achar que temos um espaço de convivência inteligente que é raro e vale a pena preservar. Basta observar o que acontece com as áreas de comentários por aí quando a chatificação toma conta.
Já perdi muitos livros emprestados, a grande maioria para amigos, alguns para garotas (Ah as segundas intenções!) e até para um incêndio em minha sala, emprestados para o fogo e a fuligem. Fiquei com alguns que não me pertenciam, mas é tudo tão confuso, que já não sei precisar os muitos que perdi e os poucos que ganhei. Os meus são os que estão comigo, os outros são dos outros.
Se fosse lamentar todos os livros que já perdi por conta de empréstimos certamente nunca mais emprestaria um livro. Mas acredito que conhecimento é para ser partilhado e por isso mesmo continuo sendo otimista, emprestando os livros e ajudando as pessoas que gostam de ler a conhecerem os autores que aprecio (ou não, já que também empresto os livros que não gosto). De vez em quando também me esqueço de devolver um exemplar. Meu amigo Marcelo Queiroz, que se mudou de Goiânia para São Paulo ainda deve lamentar a perda de Meu Último Suspiro, de Luis Buñuel.
Só voltei hoje aqui, me perdoem. Mr Ghost, cadê sua lista?
Noga, é isso mesmo: troca-troca literário.
Clarice, não sou Ana Lima em endereço eletrônica, será que atrapalhei você? Sou aqui só. Por que são tantas e tantas Anas, não é? sou uma delas. De verdade. rs
Abraços pra todos. Pra você também, Sérgio.
Sérgio: estou totalmente de acordo com você. E devo dizer tambvém que este é um dos melhores locais de comentários em blog brasileiro que conheço.
Lembrei de um provérbio, que diz mais ou menos assim:
“Aquele que empresta um livro, deve ter cortada uma das mãos; aquele que o devolve, deve ter cortada a cabeça!“
Recordo-me bem de duas grandes perdas: “Encontro marcado” do Fernando Sabino, na adolescência, e “O livro dos Abraços” de Eduardo Galeano, mais recentemente.
Perdi TODOS os meus “Patrícia Melo”(absolutamente todos) de empréstimo. Roubo. Definitivamente, roubo, pelo mesmo ladrão.
Peguei e não devolvi:
Minha vida – Chaplim – Autografado e com dedicatória. Ainda com uma foto de tempos modernos e outra abraçado com a filha em um jardim de uma residência na Suíça.
Voltei a ler um antigo livro – Aparições do Daniken – que tinha guardado no fundo do armário. Mas percebi que praticamente o perdi… para as traças. Está destruído. Capenga, cai para todos os lados enquanto tento folheá-lo. Essa é uma perda lamentável.
Mas, graças ao Estante Virtual, encontrei um exemplar do livro num sebo de Praia Grande.
Vou buscá-lo na quinta-feira.
Não chega a 300 páginas, mas aqui cheguei.
Além do “Caminho Suave”, não me recordo de ter perdido livro algum. Também não me recordo de ter perdido o recorde de ser o único que é 400 neste blog, apesar dos esforços do Tibor.
Bom almoço, Tibor.
Aliás: bom jantar… hihihihi.