Pego daqui a pouco a estrada rumo a Parati (sem ípsilon, só aqui) e volto a escrever ainda hoje, assim que der, direto da Flip.
Uma novidade importante: vou dividir a cobertura da festa com minha vizinha de Veja.com Maria Carolina Maia, responsável pela coluna Veja Meus Livros. Notícias e entrevistas também vão rolar lá, mas os posts sobre as mesas que a Carol acompanhar sairão aqui no Todoprosa, que assim, pela primeira vez em mais de quatro anos de história, tem o orgulho de anunciar uma blogueira convidada. E a possibilidade de cobrir um maior número de mesas. Ganham os leitores.
Por enquanto, não me sai da cabeça um artigo escrito em 1903 pela americana Edith Wharton, chamado “O vício da leitura”. Uma das atrações da charmosa “Serrotinha”, edição especial de Flip da revista “Serrote”, o primeiro item flípico a me alcançar ainda em casa, o texto de Wharton é uma diatribe assumidamente elitista – de um elitismo, digamos, espiritual e não econômico ou mesmo cultural – contra o que ela chama de “leitores mecânicos”, aqueles que medem os livros pela quantidade e, incapazes de se deixar afetar profundamente pela leitura, estão preocupados apenas em “acumular conhecimento”.
Depois dessa, acho difícil que eu deixe de enxergar na multidão de turistas culturais em que mergulharei daqui a pouco um coletivo de “leitores mecânicos” whartonianos. Pior é o receio de, ex-diletante que se fez leitor e escriba profissional, acabar vendo esse fantasma de relance no espelho da pousada.
Vamos ver no que dá. Até mais tarde.
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