Posso vender meu peixe mais um pouco? É esta semana só: mais uns dias e a gente vira o disco, melhor dizendo, passa para a próxima lista de reprodução.
Quem estiver interessado numa entrevista mais lenta e profunda sobre “Elza, a garota”, e transcrita de uma forma fascinantemente literal que expõe a gagueira mental do autor (como diria Silvio Romero), não deve perder a versão integral da conversa que tive com Miguel Conde, do “Prosa & Verso”, publicada no blog homônimo. Sobre a versão condensada de pingue-pongue que, no último sábado, escoltava a densa resenha de Sérgio de Sá no “Globo” de papel, ela leva a vantagem nada desprezível do espaço virtual ilimitado.
E quem morar no Rio e não tiver programa melhor para esta quinta-feira, dia 26, será muito bem-vindo para tomar um prosecco e trocar dois dedos de prosa comigo na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, onde estarei autografando o livro a partir das 19h.
10 Comentários
Frase do dia: “É uma coisa de que eu sinto falta na literatura brasileira contemporânea, trabalhar mais o humor.”
(descontada a parte do escanteio, ops, de ser relegado ao segundo plano, claro)
Parabéns, Sérgio, entrevista legal.
Gostei da entrevista. Muito. E sinto não estar no Rio para o proseco…
Caramba, que descoberta. Aqui em casa guardo de lembrança uma Olivetti Lettera que meu pai usava. Por falta de manutenção, está inutilizável. Sérgio, bem que poderia sair um post sobre as arcaicas maquininhas, tipo aquele sobre cartas manuscritas.
sérgio, não tem como colocar um trecho do livro, uma página ou duas?
eu agradeceria.
grande abraço.
E aqui em São Paulo, Sérgio, não vai ter lançamento? Bjs
O problema que o caso Elza coloca continua. por exemplo, Che executou vários, inclusive em suas próprias fileiras. Mas a esquerda fica indiginada quando se fala mal do Che.
As Farc sequestram e matam, mas não se ouvem muitos protestos de uma esquerda indignada, e sim relativizações antes de mais nada.
Chavez apoia as Farc e faz o que faz no país, mas muitos aqui ficam aplaudindo.
MST acabou de executar 4 a sangue frio, mas cadê os protestos e a idignação?
Mas quem quer falar sobre isso, não é mesmo, o importante é não dar corda para a direita.
Noga, espero você lá na quinta.
Curiango: obrigado, tomarei uma taça em sua homenagem.
Silvio: a máquina de escrever que intrigou o Miguel Conde é uma Lexikon 80 (eleita no fim do século XX, por uma junta internacional de designers, o mais perfeito exemplar do seu gênero em todos os tempos), exatamente o modelo que eu e todo mundo usávamos na redação do velho JB. Está em perfeito estado de conservação. O que o Miguel não disse é que, além da abelha-rainha, eu tenho outras duas máquinas antigas em outros pontos do escritório, uma Remington e uma Hermes. É uma paixão mesmo, sou velho o bastante para ter me afeiçoado a essas engenhocas. Mas claro que a paixão não vai ao ponto de continuar escrevendo nelas, aí já seria maluquice.
Isaac: como você já viu, seu pedido foi atendido. Obrigado por me dar a idéia, e espero que tenha gostado da amostra.
Isabel: por enquanto não está previsto nenhum lançamento em São Paulo, mas eu gostaria muito. Quem sabe?
Abraços a todos.
Nós paulistas fazemos votos para que você autografe uns livros por aqui. Se houver uma lançamento com prosecco, um tento melhor.
Porque garoupa?
Por que ele quer vender o peixe dele e ganhar algum dinheiro… pricipalemtne se nesse dinheiro estiver estampado garoupas.