Para quem gosta de acompanhar os movimentos – nos últimos tempos, todos concentradores – do mercado editorial, é imperdível a reportagem do jornal “Valor Econômico” de hoje sobre a transformação da editora paulista Geração, fundada há 14 anos por Luiz Fernando Emediato, no nono selo da gigante carioca Ediouro.
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Sinceramente espero que isto não aumente o valor dos livros da série “Os mundos de Crestomanci”, da inglesa Diana Wynne Jones, que são publicados pela Geração. Atualmente eles estão com preço na faixa dos R$20,00. Convenhamos, um preço muito, muito simpático.
pô.
a Geração tem livros interessantes, e bem diversos das linhas mais conhecidas da Ediouro. espero que isso não afete os futuros lançamentos do novo selo, nem condicione sua política aos rumos da “gigante”.
é esperar pra ver.
Acho que ninguém gostou da notícia. A Ediouro não costuma ser muito caprichosa nos livros; letras pequenas, feias, capas medíocres, livros clássicos sem prefácio nem notas explicativas, traduções apressadas…
Mas nada contra.
Creio que vocês não têm visto as mudanças editoriais da Ediouro. Apenas dois exemplos: a edição de “Almoço nu” com tradução do Pellizari e o lançamento do livro de entrevistas do Edward Said “Cultura e resistência”. Além disso, ela mantém uma linha muito boa no selo Agir.
Pois é, a Ediouro melhorou MUITO de uns anos pra cá… Não é mais aquela coisa dos clássicos com letras minúsculas não! Tá ÓTIMA agora.
Desde que o Paulo Pires foi para a Ediouro, acabou a era dos projetos gráficos medíocres. Até discordo de certos elementos da linha editorial que ele anda empregando lá, mas inegavelmente a editora deu um salto sob ponto de vista gráfico. Seria que bom que algumas das outras majors a acompanhassem…
Sei não; outro dia caí na besteira de comprar uma caixa (até que bonita por fora) com a Ilíada e a Odisséia, de Homero. Achei tudo muito ruim, mas muito ruim mesmo, da tradução á edição, passando pela falta de revisão etc etc… A Agir já foi melhor, convenhamos. Isso pra não falar da Coquetel, que é uma lástima, aquelas palavras cruzadas que sempre repetem os mesmos “verbetes” e têm algumas definições pra lá de questionáveis.
Paulo, eu também tenho essa caixa. Apenas duas observações. Primeira: já tem cinco anos que saiu a edição mais recente, e a renovação tem dois ou três anos. Segunda obs.: essa tradução me foi indicada pelo curso de Letras da UFRJ.
Quanto à nova Agir: ela lançou o André Laurentino, o angolano Onjaki e vai relançar a obra em prosa do Nelson Rodrigues. Como assim já foi melhor?
Marcelo, acho que a ida do Paulo Roberto Pires para a Ediouro deu mais um toque de qualidade à linha editorial. Mas a mudança começou antes, com a dupla Jiro Takahashi e Sheila Kaplan, uns anos atrás.
No tempo dos blogs e do print to demand, os movimentos consolidadores das grandes editoras (não só no Brasil) são análogos às baleias encalhadas na areia da praia. Vai acontecer com as editoras o mesmo que aconteceu com as gravadoras. O que não significa dizer que o livro vai ter o mesmo (triste) fim do CD.
A Ediouro já tinha melhorado muito graficamente antes do Paulo Pires ir para lá. Parem de babar o ovo desse cara. E a presença dele na Ediouro é perigosa (muito perigosa!!!) pois como entusiasta dessa geração “paralelos” e “eraoditos” de escritorezinhos de mentira, o Paulo pode, isso sim, acabar com qualquer resquício de qualidade literária na editora, publicando as nulidades que aprecia como JP Cueca, Daniela Abade, Gianetti e assemelhados. Paulo Pires tinha que ser afastado de qualquer atividade editorial e confinado na estação espacial internacional para não concretizar sua meta de acabar de uma vez com a literatura (sic!) brasileira.
Cuidado, Mauricio. Ressentimento dá câncer, sabia?
Oi Rosa,
Sabia sim. Obrigado pela informação. Você está com câncer? Fique tranqüila, que hoje muitos casos já tem cura, viu?
Abraços e cuide-se
esse “mauricio” tem toda a pinta de autor que teve manuscrito negado pelo paulo pires…