Suína, mexicana, norte-americana – ainda não se chegou a um acordo sobre o nome definitivo que ganhará o surto de gripe que preocupa o mundo, provocado pelo vírus A/H1N1. O que se sabe com certeza é que a história da palavra atesta o quanto é antigo o contágio entre línguas.
A epidemia de gripe que se espalhou pela Europa a partir da Itália, em 1743, provocou em seu rastro a disseminação de dois nomes para a doença: o francês grippe e o italiano influenza. O primeiro é a forma nominal do verbo gripper, “agarrar”, talvez numa referência ao modo súbito como o vírus se apodera do organismo. O segundo – substantivo derivado do latim medieval influentia, “influência dos astros sobre os homens” – provavelmente ganhou seu sentido médico devido ao hábito de se atribuir a essa causa qualquer problema de saúde.
Curiosamente, embora exista em inglês a palavra grip com o mesmo sentido original do termo francês, foi o italiano influenza que acabou vingando no idioma de Barack Obama, no qual ganhou em meados do século 19 o apelido (carinhoso?) de flu. O holandês e o húngaro, entre outras línguas, também foram por esse caminho. Já o português e o espanhol, além do polonês e do turco, seguiram a forma francesa.
Como vírus não costumam respeitar fronteiras, nomear epidemias será sempre assunto polêmico. A pandemia de 1918, a pior da história, começou provavelmente nos Estados Unidos e só ganhou o nome de Gripe Espanhola porque, como a Espanha não participava da Primeira Guerra e sua imprensa estava livre da censura, surgiram lá as primeiras notícias sobre as mortes em série que ocorriam na Europa.
O México alega que o vírus veio de algum lugar da “Eurásia”. Como ele ainda não foi isolado em nenhum porco do mundo, é difícil situar sua origem geográfica. Mas esse tipo de batismo raramente leva em conta a justiça.
Publicado na “Revista da Semana”.
12 Comentários
Sérgio: ontem, os noticiários televisivos americanos chamaram atenção sobre a possibilidade de que esta gripe suína atual tenha tido início realmente nos EUA e não no México. Hoje em dia, os historiadores americanos que tratam da pandemia de 1918 estão quase totalmente de acordo que ela teve início nos EUA, mais especificamente no Estado de Kansas. Nos últimos anos do século passado, houve vários casos (menores) de gripe suína nos EUA.
Será que essa gripe não é resultado das quimicas produzidas pelas bombas, que foram lançadas no Iraque e em outros paises? O pobre do suino está levando fama sem proveito,é uma pena que sejamos levados a acreditar nessa história ,tanto não é verdadeira essa história que já modificaram para H1N1.
Como podemos aceitar isso,então evitam de eliminar os porcos,tá na cara que a verdade é outra,quem deve acreditar em quem,me dê o meu boné,que já tô ficando careca.
Na verdade, a Swine Flu é uma conspiração muito bem orquestrada. Já era esperada há pelo menos 1 ano. Vejam em @lostzombies http://ow.ly/4LiB
Só sei que a razão está na atitude daqueles índios que não querem contato com o homem dito civilizado…aqueles que atiram flecha nos helicópteros.
Eles percebem que além de nossa ganância, preconceito e ódio somos um pacote de moléstias que se entrar em contato físico com eles os infectará até a alma.
Queridas..td moro em um pais que nao tem requeijao, alias esta era das minhas grandes frustacoes…mas pouco tempo atras descobri que nossa loucura por requeijao vem da cultura arabem portanto, qq supermercado oi mini market arabe vcs encontrar requeijao igualllllzino o nosso…estou tirando meu atraso de 5 anos…um pode por dia…kkk…bjos
Legal o esclarecimento sobre a origem da palavra gripe. Mto interessante mesmo.
Em relação a culpar alguém por esse surto, é ridículo. sempre houve epidemias, pandemias ou surtos de doenças na história da humanidade. Culpar as bombas do Iraque só não é uma opinião que me faz chorar pala burrice, devido a me fazer rir pelo absurdo! kkkkkk
No inglês temos a palavra “GRIPPE” além de ” INFLUENZA”
para gripe.
Quanto ao início do surto tudo leva à crer que tenha sido no
México mesmo,em LA GLORIA distrito de PEROTE onde fica a
granja de criação de porcos GRANJAS CAROLL subsidiária da
americana SMITHFIELD FOODS quando o paciente zero, Edgar
Hernández de quatro anos, contaiu a infermidade.
Yali, é verdade. E também temos influenza em português. Só não é o termo que vingou na língua comum, como grippe não vingou em inglês.
Haja influenza,haja crasch financeiro,haja catastrofes ambientais,haja um negro na presidencia do usa. Tá dificil de arranjar uma motivação.para o mundo andar.
NESSA VIRADA CULTURAL COM TANTA GENTE REUNIDA, NÃO PODERIA ACONTECER. DEVIDO A GRIPE SUINA MAS, COMO O GOVERNO DE SÃO PAULO É DA DIREITA A MIDIA TAMBÉM DA IMUNDA DIREITA NADA FALA, LOGO ESSA NOTICIA DA GRIPE SUINA É IGUAL A DA DENGUE, DA FEBRE AMARELA E DE OUTRAS DOENÇAS QUE DERAM EM NADA. SÓ SERVEM PARA VENDER REMEDIOS DOS LABORATÓRIOS QUE PAGAM ESSA MIDIA IMUNDA DE DIREITA.
Acho que o termo Influenza não é tão utilizado porque ele se refere a uma infecção específica, cujo diagnóstico de certeza é laboratorial.
Como existem inúmeras viroses respiratórias “inespecíficas” que fazem diagnóstico diferencial, é mais fácil chamar todas de gripe.
Eval, quando surgiu a Influenza A (H1N1), ela ficou conhecida como “gripe suína” porque essa doença é uma mutação da gripe suína, com as gripes aviária e humana. Entretanto, logo esse nome foi modificado para Influenza A (H1N1), pois não há evidências de que o vírus é transmitido de animal para humano. Qualquer outra informação ou dúvida, estamos a disposição. fernanda.rocha@saude.gov.br