Mais uma vez, como já virou tradição, muita gente que se dispôs a encarar a gincana de comprar ingressos para a Festa Literária Internacional de Parati, postos à venda hoje ao meio-dia pela Ticketmaster, levou para casa um mico. Ou um micaço, se for levado em conta que esses aventureiros já pagaram pela pousada no balneário há semanas. Mazelas da pouca oferta para muita procura? Em parte, com certeza. Mas só em parte.
Isso não explica que, no posto Ipiranga de Botafogo, no Rio, a mesa de Toni Morrison fosse dada como esgotada às 13h30 num guichê – e cinco minutos depois ainda se encontrasse ingresso para ela no guichê ao lado. O pessoal encarregado das vendas também não entendia o que estava acontecendo. Ligavam para supervisores o tempo todo. Continuaram no escuro.
Na internet foi melhor? Não. Quem tentou comprar uma entrada para o show de Maria Bethânia pelo site da Ticketmaster foi informado de que, cinco minutos após a abertura das vendas, todas elas tinham evaporado. Danadinha essa Bethânia, não? É, pode ser…
O ceticismo é justificado por um fenômeno que começa a ficar conhecido como a maldição dos ingressos da Flip. Ano passado uma confusão semelhante cercou a venda, a cargo das Lojas Americanas. Em pouco tempo a lotação foi dada como esgotada em todos os eventos do festival. E quando chegou a hora das palestras – surpresa! – houve escritores falando para cadeiras vazias. Às centenas.
14 Comentários
Foi isso, mesmo! Cheguei às 11.30 — fila curta!– e às 13.30 estava com duas entradas das 13 que eu queria. Uma frustração que nos deixa com pouca vontade para 2007. Ou será como dar à luz: muita dor, logo esquecida?
A tal da ticketmaster é abominavelmente burocrática e incompetente. Nos leva seriamente a pensar: será que é o Kafka o patrono da Flip??
Triste essa bagunca, que se repete desde a primeira edicao da FLIP e em tantos outros eventos no pais… acabo de receber 5 (cinco!) emails automaticos da Ticketmaster me informando que meu pedido foi cancelado, por diversas razoes – uma delas a perola de que “o evento foi cancelado temporariamente”.
Haja paciencia (e vontade!)
Curioso, na Livraria da Vila, na Casa do Saber, SP, onde havia uma fila monstruosa, foi anunciado às 12h30m que já não tinha mais ingressos para a Toni Morrison na Tenda dos Autores. Enquanto também ali, às 13h30m, ainda era possível comprar entradas para assistir à danadinha da Bethânia…Ou seja, uma zona completa. Será que a Flip vale tanto sacrifício?
Também joguei a toalha diante da bagunça. Mas é bom prestar atenção a eventos menos concorridos. A Flip deve ser “invadida” por escritores paraibanos – entre eles, Ronaldo Monte, já citado aqui no Todo Prosa, e Maria Valéria Rezende. Para quem está de olho em sangue novo, vai ser imperdível. Quanto a mim, vou esperar que eles passem pelo Rio a caminho do aeroporto … rssssssssss
se o lance é dar uma escarafunchada, pode ser a melhor saída, mesmo… pensei em ir àquela do Chico com o Auster, mas desisti depois de saber dessas bagunças. também já sofri com a incompetência e desorganização da TicketMaster, por outros eventos. o que me leva a perguntar: quando é que vão inventar um serviço decente, no gênero? não vêem que é prejuízo para o bolso dos próprios produtores destes eventos, e tremendo desgaste para sua imagem e dos artistas envolvidos? porque é realmente isso: incompetência.
Boa mesmo foi a primeira Flip, sem badalação antecipada, com ingressos fáceis de comprar e hospedagem decente em Parati. No ano seguinte já houve um princípio de caos — a desorganização se estendeu da venda dos ingressos à bagunça generalizada na hora de entrar na tenda, aos lugares centrais reservados para convidados “vip”, ao quase arrastão que foi entrar pra ver o Paul Auster. Depois disso, desisti. Pena.
Uma zona!O caos!Todas as minhas compras feitas na ticket master foram canceladas por “erro de transmissão”.E agora?Uma zona!O caos!
Cheguei às 11h45 na Modern Sound. Havia três atendentes para uma grande fila (primeira pergunta: por que apenas três?). O atendimento era demorado. Cerca de três horas depois, consegui ser atendido, mas já haviam se esgotado todos os ingressos para a tenda principal. Todo ano é a mesma bizarrice.
O negócio é ler!
Putz! Melhor investir esse tempo olhando novela.
Não gosto desses espetaculos ao redor dos livros ou “literaturas”, desconfio que tudo isso não va além de uma histéria de um estatus de que fui a Parati ou comprei na feira do livro.
Fui nas 3 primeiras edições e, levando-se em conta a glamourização do evento, nem sei se vale mais tanto a pena a correria pelos ingressos…
O melhor é fazer como um amigo que foi sem nenhum ingresso e chegando por lá conseguiu credencial como Jornalista. Pode isso?? Risos…
Desejo bom evento aos que irão…
Iai Bender.. o babado é ver a bunda da Ana Paula Arósio ou alguma mulher de calcinha na mão e toda babada.. Livro ñ dá futuro, olha o caso da FLIP huahuauhahuahuhuahuahua