Fujo do carnaval há muitos anos, mas mesmo a indiferença tem gradações. Dando uma espiada no arquivo do Todoprosa, constato – não sem surpresa – que ano passado fiz alguns acenos para Momo, entre eles uma discussão sobre a presença do ziriguidum na ficção brasileira e, passando da teoria à prática, nada menos que um conto de carnaval feito em casa. Mas não, este ano não vai ser igual àquele que passou. A menos que se considere como parte do delírio carnavalesco a história bizarra de Philip M. Parker (em inglês), que já publicou mais de 85 mil livros e diz que leva em média vinte minutos para escrever cada um.
Aproveito que saí de fininho do salão para tirar umas curtas férias. O blog volta a ser renovado dia 13. Até lá.
28 Comentários
Estou indo ficar de acompanhante de uma tia no hospital. Estou levando pra ler o livro do filho do Stephen King. Detesto Carnaval. Detesto tanto, que estou feliz por passá-lo inteirinho num hospital.
Pensei em levar algum livro do Lobo Antunes pra ler, mas ler Lobo Antunes num hospital é convite ao suicídio.
Pensando bem, acho que vou levar o Dom Casmurro também. O livro tem a vantagem de ter capítulos curtos, o que cai bem quando você está num hospital e tem de parar a leitura toda hora.
Lembro com carinho do seu conto de carnaval.
Esse ano não sai nada mesmo?
Obrigado, Monsores, mas não. Até porque já saiu. É mais provável um conto de Semana Santa. Um abraço!
Carnaval?
Nem a paul!! Tô fora e longe!!
Quanto ao que estou lendo no carnaval:
Tudo da Mafalda. Editora Martins Fontes. Todas as tiras da genial menininha do Quino…
Um horror, um horror. Também odeio carnaval.
Eu costumava adorar carnaval. Era uma ótima desculpa para ficar vários dias em casa sem fazer nada, apenas descansando, lendo e vendo DVDs. Basta ignorar a folia.
Mas esse ano estou trabalhando em todos os dias – e de madrugada. É um inferno.
Por ser um ofício solitário, o ato de escrever nos afasta do coletivismo do carnaval… O bom da história é que, por ser uma festa coletiva, o carnaval nos afasta da solidão da escrita…
Gosto de escrever e de passar horas com minhas personagens, mas não dispenso uma boa folia no carnaval!
Tinha que ter Carnaval todo mês! É o paraíso! “Quem não gosta de samba / bom sujeito não é… / É ruim da cabeça / ou é doente do pé”… Adoraria hibernar e só acordar no Carnaval!
Pra tirarem de novo: “carnaval? o que é isso?”
Pra tirarem de novo: “carnaval? o que é isso?”
“Carnaval” ou “carnaval”? Como se deve grafar? Sei que é convenção, mas qual é a sua, Sérgio? Nunca entendi os manuais que consideram “carnaval” exceção à regra que inclui Natal e Ano Novo, em maiúsculas.
Aliás, não existe feriado grafado com a inicial minúscula. Semana Santa, Finados, Proclamação da República, Independência, Primeiro de Maio, Corpus Christi…
Esse Philip M. Parker não seria mais um pseudônimo do nipo-brasileiro que entrou para o Guinness como o maior (em quantidade) escritor do mundo?
Na verdade, Anrafel, Philip M. Parker não é senão o pseudônimo de Harriet Klausner, a profícua resenhista da Amazon, capaz de comentar 45 livros por semana.
Ao que consta, ela escreve seus livros nos intervalos de folga, uma distração com que se entretém entre uma resenha e outra. Nos finais de semana, poucos sabem, ela se diverte transcrevendo, com caracteres góticos, todos os nomes existentes na lista telefônica de Nova Iorque. A quem sustente que ela seria a autora de todos os livros que perfazem o acervo da biblioteca de Babel, porém as evidências são escassas e contraditórias.
Ops… A professorinha de português, na remota quarta série, ensinou-me: Há quem sustente ….
Foi mal, Tia Beatriz.
carnaval é festa do diabo.
nao pode ser grafado em maiunscula porque é coisa baixa. bruxaria negra como a asa da graúna. Muito “very simple” simples como diria Luiz Inacio Lula da Silva. O INPE está errado. A amazonia nao esta se acabando. o Terceiro Reich vira e se instalara no Brasil em Garanhuns, sera o novo distrito federal. Os gavioes disseram que a Mangueira pegou a Nene de Vila Matilde e a Vai-Vai incentivou…
Em julho Deng Xiouoping declarou à meia-noite, sob as lanternas chinesas, que Pequim todos as nacoes convidadas servir-se-ão de animais exoticos na panela. Nao pererecas, galinhas e piranhas, costumeiras do ocidente.
Estou aguardando o envelope lacrado e timbrado com o Brasao da Republica do Arco-Iris o meu cartao corporativo.
Bom fim-de-semana para todos!
Este ano sai pela Blomberry House´s de Washington O Último Drink de Pico Mirangdola de Peter MacBrown. Dizem que a melhor biografia de todos os tempos sobre o filósofo italiano pai do renascentismo.
O pensamento linear… definitivamente, está fora de moda.
Oras pois,
se SRodrigues saiu de recesso e deixou contos requentados, por que eu nao posso colocar as minhas células-tronco de conto aqui? Nao tecem loas a democracia deste espaco?…
Parabéns, joao gomes, pelo menos alguém por aqui está produzindo alguma novidade ¬¬
Afinal, o que são loas? Por que sempre são “tecidas”?
Daniel deve ser porque:
do arc. loar, louvar
s. f., ant.,
discurso laudatório;
elogio;
prov.,
léria;
mentira;
(no pl. ) cantigas populares em honra da Virgem ou dos santos.
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx
mas podem ser cantadas, faladas, etc. Conforme o Dicionario.
Dica de boa leitura
Críticas irônicas e inteligentes
Blog: MOSAICO DE LAMA:
http://www.mosaicodelama.blogspot.com
Comu: POLÍTICA NÃO É LIXEIRA
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=30542704
Caso não goste, delete…
Já que nosso anfitrião, apesar das palavras em contrário, parece ter-se em entregado às delícias da festa de Dionísio com tamanho fervor que, ao que tudo indica, não terá forças para retornar à faina nesta segunda-feira, proponho aos freqüentadores deste blog que ocupemos o tempo disponível com uma saudável discussão a respeito desta versão latina da primeira estrofe d’Os Lusíadas:
Arma virosque pariter insignes
Lusitanis qui occiduis ab oris
Profecti, ignotis, metuendis altis
Navigatis, Trapobanem et ipsam
Praeteriere, periclisque et bellis
Super naturam fortes imbecillam,
Inter remotas gentes novum regnum
Finxerunt, quod sublime reddidere.
A meu ver, esta versão, feita pelo Padre Clemente de Oliveira, é honesta. Alguém gostaria de acrescentar algum comentário pessoal?
não
nao
Não.
É, não…