NoMínimo era uma das poucas provas de que ainda havia alguma inteligência nesse troço, nesse paisão aí. Foi-se. Acabou. Não tem mais. Como “fica para a próxima”? Como “até breve”? Então acham mesmo que há a possibilidade de uma entidade patrocinadora, de um anunciante esclarecido, vir a perceber que sem inteligência não vai acontecer coisíssima alguma nesse bostoso Bananão? Bem no meio desse merdejante mundo em que comemos e somos comidos?
Peço licença para pegar um desvio no caminho para Parati e recomendar a todos o antológico artigo de hoje de Ivan Lessa na BBC Brasil sobre o fim do “NoMínimo”. Tudo o que ele diz ali é batata – com a provável exceção dos elogios pesados e tendenciosos a este escriba, que tem a honra de ser seu amigo. Em matéria de jornalismo inteligente e não reconhecido pelo mercado o cara tem pós-graduação, não me lembro se em Oxford ou em Cambridge.
18 Comentários
Allan Sieber, cartunista da FSP, também se manifestou no blog dele contra o encerramento das atividades do nominimo.
Eu tenho o mesmo livro do “Rio Antigo” de 1955, mencionado pelo Ivan Lessa em seu lamento pelo fim do Nomínimo. O “Antigo” da época era antigão mesmo, coisa do século XIX. Outro da mesma época era sobre o Rio de então, agora antigão. Como a camoniana citação do Ivan sobre “a grande dor das coisas que passaram”, ficam como os retratos na parede do Drummond. Como dóem.
Não conheci êste blog “nomínimo”, meus prezados amigos, porém pelas palavras elogiosas do grande Ivan Lessa deve ter sido uma espécie do Paskin dos tempos modernos. Por tudo isso que o meu prezado amigo Ivan Lessa e pai do grande Diogo Mainard se referiu, continuarei para sempre aqui em Paris.
Muito obrigado.
É uma pena perceber que só os sites de fuxicos sobrevivem [ e muito bem ] com patrocínios e milhares de acessos diários.
Um pena, mesmo…
Prezado Jornalista Sergio Rodrigues: ainda bem que existe este seu espaço aqui pra gente não emburrecer de vez! Pode ficar “todoprosa” mesmo! Pq vc é a nossa salvação neste país onde a burrice grassa.
Obrigada por existir!
Não resisto ao comentário bricalhão abaixo… (desculpe):
Ai que inveja do Coment de Antenor Cavalcanti (é o mm da novela das oito?)
“continuarei para sempre aqui em Paris”. Tb quero!
Sérgio, como mais uma órfã de nomínimo, só posso concordar.
Mas, para falar de flores, você já leu a Brasileiros? o que achou?
abs,
Sérgio, ele não disse nem a mais, nem a menos. Foi exato.
Abraço.
Na terra dos “você tem”, bom dia a “todos e todas”; “enquanto ” ministro, ” a nível de”, eu “vou estar lamentando” profundamente o fim do A Palavra É. Parabéns Sérgio pelos anos de ótimos serviços a este tão sofrido país.
Certíssimo, o Ivan Lessa. Tanto quando pranteia o passamento do Nomínimoo, como quando firma a certeza de que fez bem em sair deste “bostoso Bananão” (e até que enfim alguém chama esta coisa, este país, pelo nome real).
Na boa, não quero ser tão pessimista quanto o Ivan. Esse “paisão” (é um grande país, sim senhor!) tem muita inteligência para dar, emprestar e vender, inclusive na net. O grande problema do nomínimo (assim, como o de outros finados sítios) foi apenas (nada mais, nada menos) não ser auto-sustentável em termos financeiros (essa é a verdadeira independência). Ponto. Sem plano de negócios e empreendedorismo, infelizmente, não se sobrevive comercialmente nos dias de hoje. Talvez, com esforço e muita força de vontade, até se manteria o site no ar, como o fazem os muitos blogueiros que sustentam seus canais de comunicação, inteiramente às suas próprias expensas. É e sempre será uma alternativa, já que a internet nasceu dessa forma. Essa é a verdadeira cultura da internet, estão lembrados? Porém, pelo que observei, não foi escolhida essa alternativa. Então, página virada. Uma outra coisa, por favor: internauta, geek e nerd são conceitos totalmente diferentes, Ivan. Para fechar, não vejo graça nenhuma (nem auxílio, se o objetivo for a crítica construtiva) em falar mal do país a partir do sítio de um canal estrangeiro.
Não gosto dos artigos do Ivan Lessa e não vi nada de antológico nesse em particular. Tenho sempre a sensação de estar lendo aos tropeções e acabo desistindo antes de chegar ao fim.
Acho que ser brasileiro (o que quer que seja isso) independe de viver ou não no solo pátrio (o que quer que seja isso). Claudio, você não percebe que o patriotismo é algo provinciano? Nesse caso o Joaquim Roriz (argh!) é mais brasileiro do que o Ivam Lessa. Abra os olhos, rapaz, o mundo é um só, nação é um acaso migratório. Nosso país é um cagalhão flutuante que em breve vai afundar mesmo se essa mentalidade tacanha verde-amarela perdurar nas mentes. Fui
Abro os olhos para o Brasil real, meu caro Areias, que é muito maior do que esse lamentável noticiário do Brasil “oficial”. Pelo seu raciocínio, americanos e franceses seriam mais provincianos do que nós, brasileiros. Tendo oportunidade, leia (será um prazer para o autor) o meu Santos-Dumont Número 8. É possível fazer crítica sem abandonar (seria muito + fácil) na mão dos outros a responsabilidade da construção desse país. Permaneço.
Isso soa aquela balela do Ame-o ou Deixe-o de um tempo sombrio e cruel, do qual você talvez não lembre ou sequer viveu.
Então vc não me entendeu. Eu não proponho que sejamos meros apreciadores (locais ou remotos) da paisagem.
Não comento texto do Lessa. Não tenho competência para tanto. Parabéns, Sérgio.
Todo mundo lambendo as feridas!
Mas tá certo…..essa perda eu não consegui engolir ainda.
Já disse lá na Carla: Lessa pintou com cores adequadas a indigência político-intelectual que vivemos.