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Ivan vê o (fim do) mundo

04/07/2007

NoMínimo era uma das poucas provas de que ainda havia alguma inteligência nesse troço, nesse paisão aí. Foi-se. Acabou. Não tem mais. Como “fica para a próxima”? Como “até breve”? Então acham mesmo que há a possibilidade de uma entidade patrocinadora, de um anunciante esclarecido, vir a perceber que sem inteligência não vai acontecer coisíssima alguma nesse bostoso Bananão? Bem no meio desse merdejante mundo em que comemos e somos comidos?

Peço licença para pegar um desvio no caminho para Parati e recomendar a todos o antológico artigo de hoje de Ivan Lessa na BBC Brasil sobre o fim do “NoMínimo”. Tudo o que ele diz ali é batata – com a provável exceção dos elogios pesados e tendenciosos a este escriba, que tem a honra de ser seu amigo. Em matéria de jornalismo inteligente e não reconhecido pelo mercado o cara tem pós-graduação, não me lembro se em Oxford ou em Cambridge.

18 Comentários

  • Bemveja 04/07/2007em10:33

    Allan Sieber, cartunista da FSP, também se manifestou no blog dele contra o encerramento das atividades do nominimo.

  • LuizFernandoGallego 04/07/2007em10:42

    Eu tenho o mesmo livro do “Rio Antigo” de 1955, mencionado pelo Ivan Lessa em seu lamento pelo fim do Nomínimo. O “Antigo” da época era antigão mesmo, coisa do século XIX. Outro da mesma época era sobre o Rio de então, agora antigão. Como a camoniana citação do Ivan sobre “a grande dor das coisas que passaram”, ficam como os retratos na parede do Drummond. Como dóem.

  • antenor de alvarenga cavalcanti 04/07/2007em10:49

    Não conheci êste blog “nomínimo”, meus prezados amigos, porém pelas palavras elogiosas do grande Ivan Lessa deve ter sido uma espécie do Paskin dos tempos modernos. Por tudo isso que o meu prezado amigo Ivan Lessa e pai do grande Diogo Mainard se referiu, continuarei para sempre aqui em Paris.
    Muito obrigado.

  • Rafael Paschoal 04/07/2007em13:54

    É uma pena perceber que só os sites de fuxicos sobrevivem [ e muito bem ] com patrocínios e milhares de acessos diários.

    Um pena, mesmo…

  • gaivera 04/07/2007em14:15

    Prezado Jornalista Sergio Rodrigues: ainda bem que existe este seu espaço aqui pra gente não emburrecer de vez! Pode ficar “todoprosa” mesmo! Pq vc é a nossa salvação neste país onde a burrice grassa.
    Obrigada por existir!

    Não resisto ao comentário bricalhão abaixo… (desculpe):
    Ai que inveja do Coment de Antenor Cavalcanti (é o mm da novela das oito?)
    “continuarei para sempre aqui em Paris”. Tb quero!

  • Elaine 04/07/2007em14:41

    Sérgio, como mais uma órfã de nomínimo, só posso concordar.
    Mas, para falar de flores, você já leu a Brasileiros? o que achou?
    abs,

  • Deise Guelfi 04/07/2007em15:11

    Sérgio, ele não disse nem a mais, nem a menos. Foi exato.

    Abraço.

  • Carmen Valerio 04/07/2007em17:02

    Na terra dos “você tem”, bom dia a “todos e todas”; “enquanto ” ministro, ” a nível de”, eu “vou estar lamentando” profundamente o fim do A Palavra É. Parabéns Sérgio pelos anos de ótimos serviços a este tão sofrido país.

  • Dom Gustavo 04/07/2007em17:22

    Certíssimo, o Ivan Lessa. Tanto quando pranteia o passamento do Nomínimoo, como quando firma a certeza de que fez bem em sair deste “bostoso Bananão” (e até que enfim alguém chama esta coisa, este país, pelo nome real).

  • Claudio Soares 04/07/2007em18:12

    Na boa, não quero ser tão pessimista quanto o Ivan. Esse “paisão” (é um grande país, sim senhor!) tem muita inteligência para dar, emprestar e vender, inclusive na net. O grande problema do nomínimo (assim, como o de outros finados sítios) foi apenas (nada mais, nada menos) não ser auto-sustentável em termos financeiros (essa é a verdadeira independência). Ponto. Sem plano de negócios e empreendedorismo, infelizmente, não se sobrevive comercialmente nos dias de hoje. Talvez, com esforço e muita força de vontade, até se manteria o site no ar, como o fazem os muitos blogueiros que sustentam seus canais de comunicação, inteiramente às suas próprias expensas. É e sempre será uma alternativa, já que a internet nasceu dessa forma. Essa é a verdadeira cultura da internet, estão lembrados? Porém, pelo que observei, não foi escolhida essa alternativa. Então, página virada. Uma outra coisa, por favor: internauta, geek e nerd são conceitos totalmente diferentes, Ivan. Para fechar, não vejo graça nenhuma (nem auxílio, se o objetivo for a crítica construtiva) em falar mal do país a partir do sítio de um canal estrangeiro.

  • Sergio Cunha 04/07/2007em21:03

    Não gosto dos artigos do Ivan Lessa e não vi nada de antológico nesse em particular. Tenho sempre a sensação de estar lendo aos tropeções e acabo desistindo antes de chegar ao fim.

  • Areias 04/07/2007em21:21

    Acho que ser brasileiro (o que quer que seja isso) independe de viver ou não no solo pátrio (o que quer que seja isso). Claudio, você não percebe que o patriotismo é algo provinciano? Nesse caso o Joaquim Roriz (argh!) é mais brasileiro do que o Ivam Lessa. Abra os olhos, rapaz, o mundo é um só, nação é um acaso migratório. Nosso país é um cagalhão flutuante que em breve vai afundar mesmo se essa mentalidade tacanha verde-amarela perdurar nas mentes. Fui

  • Claudio Soares 05/07/2007em10:19

    Abro os olhos para o Brasil real, meu caro Areias, que é muito maior do que esse lamentável noticiário do Brasil “oficial”. Pelo seu raciocínio, americanos e franceses seriam mais provincianos do que nós, brasileiros. Tendo oportunidade, leia (será um prazer para o autor) o meu Santos-Dumont Número 8. É possível fazer crítica sem abandonar (seria muito + fácil) na mão dos outros a responsabilidade da construção desse país. Permaneço.

  • Areias 05/07/2007em10:55

    Isso soa aquela balela do Ame-o ou Deixe-o de um tempo sombrio e cruel, do qual você talvez não lembre ou sequer viveu.

  • Claudio Soares 05/07/2007em11:47

    Então vc não me entendeu. Eu não proponho que sejamos meros apreciadores (locais ou remotos) da paisagem.

  • Murilo Gabrielli 05/07/2007em16:26

    Não comento texto do Lessa. Não tenho competência para tanto. Parabéns, Sérgio.

  • HRP 06/07/2007em10:49

    Todo mundo lambendo as feridas!
    Mas tá certo…..essa perda eu não consegui engolir ainda.

  • shirlei horta 08/07/2007em14:29

    Já disse lá na Carla: Lessa pintou com cores adequadas a indigência político-intelectual que vivemos.