Will Davis, um dos blogueiros de livros do “Guardian”, levou um susto e eu também. Está certo que o cinema tem o costume de embelezar os personagens reais que retrata – quando se trata de escritores, muitas vezes o falseamento é até um ato de caridade. Nicole Kidman de narigão de borracha para interpretar Virginia Woolf é a exceção que confirma a regra. Mesmo assim, a linda, luminosa, extraordinária Anne Hathaway (de “Brokeback Mountain” e “O diabo veste Prada”) no papel da desfavorecida solteirona Jane Austen (1775-1817) – uma bela escritora, não me entendam mal – deve estabelecer um novo recorde mundial para a glamourização da vida na sétima arte. Becoming Jane, a cinebiografia da autora de “Orgulho e preconceito”, estréia na Inglaterra semana que vem prometendo fazer qualquer amante do realismo nas telas perdoar o Shakespeare garotão de Joseph Fiennes e o garboso Euclides da Cunha de Tarcísio Meira.
84 Comentários
Ah, vamos lá! Até que Jane Austen era simpatica.
A beleza está nos olhos de quem vê (ou lê) 🙂
Gostei do “linda, luminosa e extraordinária”. 🙂
Sergio,Vamos bolar uma especie de movimento dos sem espelho magico, pelo direito de ser feio assim mesmo e dai! Esta listinha que voce fez foi de doer nos ossos. E nao eh so escritor que eles endireitam nao repara vao na cara durissima de Helem Miren como Elizabeth II ate Jon Voight pra Carol Wojtila, se ele concordar em pintar o cabelo eles poe Brad Pit de Napoleao Bonaparte na primeira distracao.
Pô, Sergio, mão na roda mesmo foi o Joseph Fiennes fazendo Martinho Lutero. Sola gratia!
Sérgio, põe outra epígrafe que a do Alencar tá aí há um tempão.
Mas a Nicole Kidman fez Virginia Woolf?
Ainda bem que eu não vi nem soube de nada.
Voltairine,
Pois nada no Brad Pit me atrai. E a Leticia Braun vai concordar comigo. Nós criamos uma teoria a respeito dos homens uma vez lá no Papo de Homem.
Lembra do “handsome”? O atraente?
Sou eu mesma.
Quero dizer, “sou eu” para a Leticia.
Lembro sim, Clarice! E lembro tb. de um papo (não sei em que blog aqui no Nomínimo) em que a gente imaginava o real estado físico de personagens da literatura que foram para o cinema. Mr. Darcy, Heathcliff, Mr. Rochester… Um perfil realista dos caras não deveria ser muito animador.
Quem faria Clarice Lispector aqui no cinema brasileiro?
Clarice, essa epígrafe entrou ontem. Como a percepção do tempo é subjetiva, não? Um dia de Alencar parece um tempão pra você. Não posso dizer que não compreenda.
Bernardo: a Clarice tem a vantagem de não precisar ser tão embelezada, era uma mulher interessantíssima. Que tal a Lavínia Vlasak?
Concordo, Sérgio. Uma mulher interessante, um rosto entre o bonito e o enigmático. Lavínia Vlasak seria uma boa, acho. Talvez só alta demais. E que tal esta epígrafe:
“Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno.”
Friedrich Nietzsche
Boa, Bernardo. Mas você também está em campanha pra derrubar o Alencar?
Não há adjetivos suficientemente bons para Anne Hathaway.
E poxa, Clarice, não implique com o pobre Alencar. Ele já leva pedrada demais de leitores todo dia.
Eu caio no chão tremendo e babando toda vez que ouço este nome, Sérgio. Trauma de colégio. Na minha memória as aulas de literatura que tratavam do autor d’O Guarani parecem bastante com algumas cenas de Laranja Mecânica.
Acho que a maioria da população brasileira passou por tortura parecida, Bernardo. O trabalho que nossas escolas fizeram (ainda fazem?) para fomentar o ódio de gerações e gerações a José de Alencar – e à literatura – é realmente notável. Depois reclamam que os brasileiros não gostam de ler.
Sério,
Falha minha. Eu não li. É que o texto está “visualmente” parecendo com o antigo.
Mas é um perigo a profissão “literato”. Nossa!
Sério? Ih! Sérgio, claro.
Leticia, eu nunca fiz este exercício do estado físico não. Só o do homem não tem que ser bonito e sim atraente.
Fezilmente eu não tive de passar pelo José de Alencar.
Eu tive muita sorte com professores de literatura. Já nos mandavam ler “A Moreninha”. Para adolescente é ótimo. Ainda mais que na época saíu o filme com a Sonia Braga.
Clarice Lispector brasileira… deixem ela em paz. Carece de fazer filme sobre a vida dela não. Foi muito sofrida. E ela era bonita. Nossa! Tem umas fotografias em que ela está linda. Ela pintava também. Uma vez teve uma exposição no CCBB e vi umas pinturas, fotos, manuscritos.
Um universo muito interessante.
Depois do “fezilmente” eu vou embora por que acho que estou trocando os dedos.
Mas, Sérgio, de que livro vem essa citação de Alencar? Acrescento mais uma (do mesmo em carta a Machado de Assis): “Em literatura não há suspeições: todos nós, que nascemos em seu regaço, não somos da mesma família?”
Cláudio: vem do prefácio ao romance “Sonhos d’ouro”. Não tenho o livro. A citação é cortesia de Autran Dourado em “Uma poética de romance”.
Quanto a essa conversa de “mesma família”, sei não. Só se for daquelas bem disfuncionais.
Um abraço.
Ah, e obrigado pela dica da Entrelivros, ontem. Eu ainda não sabia.
Mas, Sérgio, qual família não o é? 🙂 Mas, Alencar e Machado definitivamente, se consideravam da mesma família (literária).
De nada Sérgio (depois vc me autografa um “As Sementes de Flowerville” e estamos quites 🙂 Olha o “Sonhos D’Ouro” aí: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/sonhosdoro.html
Claro, com prazer. Um abraço.
Engraçado, sempre penso nas escritores como sendo mulheres lindas… só para ficar no clichê, tenho a Entrelivros com o dossiê da Clarice Lispector, claro, adoro a autora e seus livros, mas comprei mesmo a revista para ver as fotos dela… principalmente uma em que ela está com um sorriso enorme, linda e maravilhosa…
Tudo bem, ela não é a mulher mais linda do mundo, só que há algo na escritora Lispector que tornou a mulher Lispector muito linda…
Com Virginia Woolf também não é diferente…
Desconfiem de escritores bonitos: deve haver alguma coisa profundamente pervertida num homem ou numa mulher bonitos que preferem ficar em casa escrevendo, ao invés de lá fora usando a própria beleza pra gozar à beça.
P.s.: O Sérgio Rodrigues, eu acho um gato.
Pô, agora a gente entende a assiduidade do Saint-Clair no Todoprosa.
Mas não levem a mal, é só uma brincadeira (sempre é bom avisar).
e o filme Frida? nem nas pinturas mais malucas dela, a própria se imaginou tão linda como a atriz que a interpretou…rs.
isso tudo é porque na época deles não era preciso comparecer à Ilha de Caras para fazer sucesso. e sabem que achei a Nicole Kidman nariguda interessantíssima? deve ser pra me consolar da natureza. rsrsrs
Jonas: HAHAHAHAHAHAHA. Não é bem assim: eu gosto dos contos do Sérgio há um tempão.
Frida: mas você não acha que existem feiúras que são até bonitas? É o caso da Frida Kahlo. Ela é uma feia que tem uma feiúra linda. Hum… faz sentido pra alguém isso que tô dizendo? (pra mim, faz)
Quem andou (não sei se ainda está em cartaz) fazendo Clarice no teatro foi Aracy Balabanian.
Beleza é mesmo relativa…Eu não acho a Anne lá essas coisas…Me parece uma pessoa comum que nas lentes (às vezes com um belo filtro) de Hollywood, com sobrancelhas bem feitas e rosto devidamente maquiado, fica bonita. Não é isso que eles fazem mesmo? Até os feios ficam lindos assim…
Podem me chamar de chauvinista, mas acho que existe uma certa dicotomia nesse negócio de beleza x inteligência. Fica difícil imaginar literatos belíssimos, escrevendo coisa que preste. Peço desculpas ao Saint-Clair, mas acho o Sérgio o próprio coisa-ruim. Aliás, estou meio preocupado com ele (com o Saint-Clair, não com o Sérgio). Até bem pouco tempo ele deu uma cantada disfarçada na Clarice, agora escancara pro Sérgio. Acho que é a fase ruim…
Registro aqui agradecimentos formais a Tibor e Saint-Clair pelos olhares antípodas sobre minha pessoa. Espero que a média se aproxime da realidade.
Quanto a não haver escritores bonitos, um desmentido só (entre muitos): dizem que a Lygia Fagundes Telles era de tirar o fôlego na juventude. Eu não estava lá para saber, mas as fotos confirmam.
Opa, mas a Hilda Hilst jovem era de parar o trânsito também. Vi uma fotos dela. Mulherão.
É verdade, Bernardo. Uma dupla e tanto.
Quem vai fazer Clarice num filme sem previsão de lançamento é a Louise Cardoso. Pois é.
Sérgio, Clraire Lispector era muito linda… você já viu as fotos na Entrelivros de fevereiro? Só vi as fotos, tmabém não estava lá para comprovar com meus próprios olhos…
Tem razão, Sérgio: se a Jane Austen fosse bonita como a Anne Hathaway duvido que ela teria sido solteirona. Outra glamourização recente foi a Yolanda Penteado: vendo fotos dela, se fossem achar uma atriz parecida com ela seria a Drica Moraes. A verdaderia estava muito longe da Ana Paula Arósio.
Uma atriz que é a cara da Clarice Lispector é uma que a interpretou no teatro: Rita Elmôr, desconhecida do grande público por que a única participação dela na TV foi em Os Maias.
A Frida cinematográfica foi espantosa: Salma Hayek e sem bigode! E com o Diego Rivera sem dar bordoada nela.
Tem uma escritora carioca que continua linda: Marina Colasanti.
Tibor, você já sabe mas eu vou escancarar pra todo mundo: meu namorado me deu o pé na bunda. Será que foi o choque que me fez dar uma cantada na Clarice? Assim, sob a influência do forte baque emocional eu meio que me heterossexualisei? Acho que não. Em termos de heterossexualismo, sou virgem e pretendo continuar a sê-lo até morrer!
“É o cinema, estúpido!”
Sempre que vou ao cinema tomo o maior cuidado do mundo para não cair na desgraça de assistir um filme estreado por mulheres feias. É como se uma voz me sussurasse ao ouvido: “cave feminas tupides”…
Fico feliz que Hollywood se mostre tão preocupada em satisfazer meus olhos. Como diria Keats, “A thing of beauty is joy forever”.
Acho no mínimo (sem trocadilhos) preocupante que uma pessoa que vive de apresentar livros e escrever críticas sobre eles faça uso de adjetivos como “feinha” ao qualificar autores. Sinal de que a crítica literária nesse país espera somente sua pá de cal. Me lembrou uma crônica de Drummond, na qual seres de outro planeta vêm nos visitar, e um deles comenta com um terráqueo: “Bem, vocês ainda têm concurso de miss. Mas isso passa”.
Acho, no mínimo e também sem trocadilhos, preocupante que alguém queira encontrar uma discussão profunda numa nota exposta num blog de internet. Leia livro, como diz uma campanha do governo federal.
A Hilda Hilst chegou a ter um caso com o Vinicius. E ela dizia que, numa festa nos EUA, levou um fora do Marlon Brando.
Eu nunca vi foto do Sérgio. Pelo visto estou perdendo tudo. Ainda não comprei o livro também.
Puxa Saint-Clair, eu pensei que você fosse um rapaz interessado em literatura.
Agora está tudo explicado.
Que decepção.
Mas peraí: eu não acho a Marina Colasanti nem bonita nem boa de texto. Muito menos seu consorte. Éle ficava lá pela UFRJ dando olhares 45/93 e naquela posse de quem escreve muito bem e é muito sedutor.
Que dupla dinâmica!
Nossa! Butãtã literário. Caras literária. Shame, shame, shame.
Disculpem.
Saint-Clair, só agora vi o teu comentário a respeito da cantada. Você acha que eu levei à sério?
Claro que percebi que era carência. E depois eu estou ocupada. Mas carente, sempre, como todo ser humano normal.
Gwyneth Paltrow sofreu lindamente as angústias de Sylvia Plath. De partir o coração.
João. Vi o filme. Sinceramente eu não gosto de saber a vida dos escritores. Mas isto é um defeito meu.
Mas euvim aqui para lembrar que o Cortázar era bastante atraente.
Sou suspeita sim. Mas confiram em
http://www.juliocortazar.com.ar/ tem fotos, contos, sons…
Para quem nunca escutou sua voz é de um tom alegre bastante agradável.
Depois eu vou à cata de escritores bonitos.
Peraí, condenar os feios a escreverem. Não gostei disso não.
Isto é coisa do Sartre. Ele que foi estudar filosofia para “se dar bem”. A Simone é quem ficava chorando pelos cantos e fingindo que achava tudo muito normal.:o) Tá bom. Ele estava acima do bem e do mal. Sei, sei. Divia tomar muito diazepam. Tá lá no “Tête-à-Tête”.
E me digam onde tem foto do Sérgio além do livro. Sò vou à livraria semana que vem.
Jonas, todo mundo teve um caso com Vinicius.
http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/244
É o coisa-ruim ou não?
Mas quem disse que todo escritor tem que ser feio como o João Cuenca?
A jovem Simone Campos, por exemplo, é linda.
ela é crente que é linda. e é mesmo.
Acho uma grande bobagem esta de discutir se as escritoras eram ou são bonitas ou não. Mas, como a gente não consegue nem evitar falar de novela e BBB, aqui vai meu pingo de opinião. Se olharmos fotografias, veremos que, no passado Narcísia Amália – a poetisa romântica que dizem fora amante de Fagundes Varela e de quem o próprio imperador teria se enamorado – era realmente bela. Pena que não fosse muito boa poetisa… No início do século, Gilka Machado, esssa sim grande poetisa, também foi considerada como beleza (a filha, Eros Volúsia, com quem se parecia, foi uma famosa dançarina, aparecendo em filmes americanos, e também teve grandes admiradores). Modernamente, e agora podemos falar de escritoras que a gente viu, foram belas Clarice Lispector e, especialmente, Lígia Fagundes Teles. Mas a beleza física, já o sabia o poeta Ronsard, é como a rosa de Malherbe, aquela que dura o “espace d’um matin”. Mas nem tudo passa sobre a terra, e a beleza que fica está aí nos livros de Clarice e Lígia, para sempre. Quanto à beleza dos escritores, prefiro não opinar… machistamente prefiro apenas ler seus livros.
Sim, Pedro, a beleza física desaparece com a velocidade com que o fogo-fátuo se desfaz. Por isso, Shakespeare, que não era nada bobo, conclamava muito sutilmente sua amada a se reproduzir, a gerar um filho, dizendo-lhe que, se tu morreres solteira, “thine image dies with thee”.
Ô Pedro, deixa a gente relaxar. Este assunto de beleza é uma fonte de tormento para a humanidade.
Você fica com as mulheres que eu fico com os homens, tá?
Tibor,
Obrigada. Hummm! Agora entendi por que o Saint-Clair vive aqui.
Muito atraente. Parece dessas pessoas que a gente pode passar horas conversando e o papo não termina. Correspondente em Londres. Chic, heim?
Parece calmo. Mas isto é difícil de aferir com certeza.
Enfim… um gato.
Tem gosto pra tudo… rsrsrs
Ô Tibor,
Só para o Sérgio não ficar sem graça, o Marcelo Moutinho também é muito atraente. O Blog dele é muito, muito bom. Ainda não li o livro dele.
Quem é Marcelo Moutinho? Se é homem, então não posso avaliar a beleza, mesmo porque presumo que não tenha nenhuma. Quanto ao livro… ainda não li também.
O Marcelo tem um defeito… parece ser carioca.
Ah, Clarice, hoje você está muito malvada comigo 🙁
Eu raramente fico carente (se bem que, confesso, tenha andado meio carente na última semana. Mas a fila anda. Como diz uma amiga lésbica: “no seu caso [isto é, no meu, Saint-Clair] a fila VOA”. Aguarde novidades no Opiário).
O João Paulo Cuenca é um gato (pena que fuma). O Santiago Nazarian também (belezas diferentes), e ainda tem a vantagem de ter umas 30 tatuagens pelo corpo. O Marcelo Moutinho é mais a linha intelectual, mas é gatinho também – só que de outro estilo. Agora, dessas “novas gerações literárias” o escritor mais GATO de todos é o Daniel Galera.
Bem, como sei que estou só entre amigos, vou abrir ainda mais o meu coração: uma das minhas taras secretas é a de conseguir levar um escritor pra cama. Por que? vocês me perguntarão, chocados. Escritores são tão chatos. Sei lá, só pra ver se eles são bons de cama mesmo. Tem um que é muito a fim de mim, mas ele é A) casado e B) mora longe. Ainda não rolou.
É divertida essa discussão. Só lembrando: Lygia Fagundes Telles continua linda, elegantérrima do alto dos seus 80 anos. Quanto à Clarice, acho que ninguém melhor que Mariana Lima (atriz da peça GH).
Clarice, o Saint-Clair disse que eu não iria gostar do livro do Marcelo Moutinho. Bom saber, economizo uns trocados.
sem uma beldade, uma deusa dificilmente um filme agrada uma parcela de público que quer ver a `materializacao` de suas mais reconditas fantasias.
No escurinho do cinema podemos dar asas a nossa imaginacao e ser personagem na trama.
Com o apagar da luzes teremos que sair daquela caverna de Platao (que faz o processo inverso do que propunha o nobre filosofo grego) e seguir nossos caminhos feios, de coletivos lotados… ou ficar esperando —sob uma marquise as chuvas de março passar.
Saint-Clair,
rsrsrs… malvada nada.
Então a sua tara é esta? rsrsrsrsrsrs….
Bem… rsrsrsrsrs
Well…
Boa sorte.
Eu não tenho nada a declarar a este respeito. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Tibor,
Não sentencie assim o Moutinho. Pois eu acho que vou gostar.
O Blog dele tem um monte de coisas que eu gosto.
E muito. Por incrível que pareça uma vez estava pesquisando alguma obra que tivesse o “pentimento” e botei esta palavra para pesquisar. Eu caí no Blog do Marcelo. E lá estava a citação da Lilian Hellman que ela faz em seu livro Julia que a Vanessa Redgrave, após receber de um lanterninha de cinema o livro – ele disse a ela que o livro era muito bom – ligou para o seu produtor e disse que queria fazer o filme. E é um filme lindo.
Pois eu li dei uma olhada no Blog e fui procurar a tal da obra.
Dois anos depois encontro o Marcelo Moutinho aqui, e fui visitar o blog dele.
E lá estava o mesmo cabeçalho como o texto, mesma imagem e tudo.
Foi aí que continuei lendo o Blog.
Eu gosto.
Saint-Clair,
Mais um exemplo de sincronismo(?) aí do Jung.
E afinal, quando é que você vai por a sua foto para a gente te ver?
Rafael:
“Colligo, virgo…”, já dizia Ausônio. Ou em meu português: “Colhe, virgem, as rosas enquanto elas florescem e a juventude reverdece”.
Clarice: não exatamente sincronismo, mas sincronicidade. Abs.
(vermelho de vergonha): Saint-Clair, o Cuenca não fuma, não
O Diego Mainardi desta semana fala daquela lista feita pelos intelectuais de língua inglesa a respeito dos melhores livros. E lembra um dos meus romances preferidos, o “Bouvard et Pécuchet”, de Flaubert [melhor que o “Madame Bovary”!]
Clarice, eu só falei que o Tibor não iria gostar dos contos do Marcelo Moutinho (deixei claro que estava me referindo ao PRIMEIRO livro dele, porque o segundo eu ainda não li) porque ele gosta de contos mais diretos, sem “circunvoluções”, enfim, lineares. E o Moutinho constrói seu universo literário num outro tipo de tessitura, que eu acho até muito melhor e mais sofisticada. Foi nesse sentido que eu falei que o Tibor não ia gostar dos contos. Quero deixar isso BEM CLARO, porque eu me considero amigo do Moutinho (apesar da gente só ter se visto uma vez pessoalmente), que é um cara gentilíssimo (o coitado tem a maior paciência toda vez que eu puxo ele pra ficar enchendo o saco no msn) e cuja produção literária eu gosto muito. “Memória dos barcos” é um livro lindo, de que gosto muito. Além disso, o Moutinho é um dos pouquíssimos escritores cariocas (ousaria dizer mesmo brasileiros) que não está exclusivamente preocupado com o próprio umbigo: ele já fez duas belíssimas antologias temáticas, dando chance pra vários jovens autores.
Mudando de assunto: Clarice, eu NÃO ACREDITO que, lendo o Opiário, até hoje você não descobriu que tem uma foto minha lá! Olha o link: http://opiario.livejournal.com/profile
Pronto: satisfeita? Sou feio, gordo & careca. Mas beijo bem. E também sei lavar cuecas – portanto, estou muito valorizado no mercado atualmente, uma vez que vocês mulheres detestam lavar cuecas… HAHAHAHAHAHA.
Moutinho: tinha a impressão de ter visto uma foto do Cuenca segurando um cigarro… Será que era só “charme”?
Detesto homem que fuma. Terminei um namoro justamente por isso. Citando Julia Roberts: “É como beijar o fundo de um cinzeiro”. Argh. Nojo. Horror, horror.
A gravura de Jane pode até não fazer juz ‘a beleza da atriz mas eu não achei esse tribufú todo não. Detesto o politicamente correto mas já conheci muita mulher que só na base do charme desbanca muita beldade sebosa por aí. Perto da moeda com o rosto da Cleópatra Jane Austen é uma gatona !
Saint-Clair,
Nunca tinha visto o perfil. Eu não consigo ver imagens no teu Blog. Fica tudo escuro e não dá para ver. Mas salvei e vi sua foto.
Ah! Mas pára com isso. Você descreveu o rei Momo e me aparece um narizinho deste, barbinha aparada, carequinha sexy? Vai ver se estou na esquina.
Eu sabia que você gosta do Marcelo Moutinho. Mas fiz questão de dar a deixa para você dizer o que disse. Mas tem ele no MSN? Deu para ver ele “vermelho de vergonha” se vcs tiverem Webcam?
Clarice, eu tenho webcam, mas o Moutinho nunca me propôs nada… HAHAHAHA. Ele é gente finíssima, como falei: quando eu cismo de pentelhar as idéias dele, me responde com a maior paciência.
Lê lá meu comentário no post sobre a Flip. Deixei pra você meus telefones. Call me please!
Aquela foto que o Cuenca usava no Orkut era do Bob Dylan.
Não, não é daquela foto que eu estava falando… O Cuenca, aliás, é mais gato que o Dylan.
Sem sombra de dúvida. hehehe
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