De vez em quando, roubo uma nota que, se eu bobeasse, acabaria no blog do meu amigo Luiz Antonio Ryff, caçador de bizarrices. Esta é uma delas. Na Cidade do México, que não fica atrás do Rio ou de São Paulo quando se trata de criminalidade, policiais estão sendo submetidos a uma reciclagem originalíssima: cursos de literatura e aulas de xadrez. “O princípio é que um policial com boa cultura estará numa posição favorável para ser um policial melhor”, declarou ao jornal “The Guardian” (acesso livre aqui, em inglês) o chefe de segurança pública José Jorge Amador.
17 Comentários
Está certíssimo. Só trocava o xadrez por aulas de música e cinema também.
Boa idéia a troca do xadres para música. Eu adoraria trocar este teclado por um de piano. Dizem que desenvolve áreas do cérebro nunca navegadas. Quem sofre de mal de Alzheimer e sabe tocar um instrumento esquecerá tudo e a última coisa será a memória musical.
Tenho um livro aqui escrito por um chinês que diz que na China antiga as provas para cargos na administração pública incluiam literatura, pintura, música e escrita. Diz ele que os melhores administradores eram poetas, como Su Tungpo.
abrs,
Já na empresa em que trabalho tá todo mundo fazendo faculdade de administração de empresas.
Los hermanos tem razao literatura pode trazer mais resultado do técnicas de SWAT.
Alias, “A Carta Roubada” de Allan Poe coloca em cheque a problematica criada com a extensa e exaustiva especializacao das profissoes. Como visionario menciona que o criminoso do caso era um matemático e poeta. A policia só se lembrava do lado matematico dele. Resultado seguia somente o riscado e nao conseguia imaginar onde ele escondeu a carta roubada. Resumo: a Logica é insuficiente para compreender o mundo.
Obrigada joao gomes,
Faz tempo que não leio “A Carta Roubada”. Vale reler.
No Brasil os policiais também têm aulas de xadrez. Volta e meia tem sempre um que vai passar uma temporada atrás das grades. Mas achei curioso o nome do chefe de segurança. Tirando o “José” fica “Jorge Amador”. Tirando o último “r”, “Jorge Amado”. Coincidência besta, mas coincidência.
Sergio Rodrigues, eu li uma novela publicada na internet e adorei. Como respeito suas opiniões, talvez possa me dizer o que achou dessa. Bem, já ouvi falar muito bem por aí. É isso.
o site é: http://www.folhetimpulp.blogspot.com
Quando é que este blog vai ter RSS?
É uma bôa idéia, taí. Só deveriam dispensar as armas também. Usariam livros. Na hora do “teje preso” sacariam um Paulo Coelho e leriam um bom trecho para o meliante. Queria ver reincidir.
Os policiais devem ler o Código Penal. Um livro que realmente prende o leitor.
só corrigindo um fato: A cidade do Recife e sua Região Metropolitana já superaram o Rio e Sampa na criminalidade.
fat james.
rsrsrs
Esta eu vou roubar.
Qual seria a bibliografia no Brasil: Rubem Fonseca, Marcos Rey?
Cultura não faz mal pra ninguém.
Quem sabe com um pouco de cultura não desapareceria dos nossos policiais o famoso complexo de inferioridade que os leva a lamberem os pés dos “importantes” e humilharem o cidadão aparentemente mais humilde…
Que Viva México!
Daniel,
O problema ná se restringe a ter cultura. Tem muita gente culta que usa mal sua cultura. Cultura, bom senso, sabedoria, caráter e outros atributos tem de andar de mãos juntas.
O xadrez é ótimo em quase todas as circunstâncias.