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Literatura de mulherzinha: quem vê cara…

16/08/2006

Esta é imperdível para editores e diretores de arte, mas não só para eles. Qualquer um que se divirta em desmontar clichês vai gostar de conferir o que a revista Print inventou: uma espécie de mapa (via Gawker) que organiza as capas dos livros, digamos, canônicos da tendência literária conhecida como chick lit, ou “literatura de mulherzinha” – uma das maiores minas de ouro descobertas pelo mercado editorial nos últimos anos. A organização das capas se dá por temas (saltos altos, drinques), cores (rosa, rosa e umas outras lá) e mais alguns elementos. Não muitos.

15 Comentários

  • ana paula condessa 16/08/2006em20:53

    É mesmo o mapa de um mina de ouro para mercado editorial, mas é uma lógica que pode matar e morrer em si mesma se nao sempre alimentada

  • marco 16/08/2006em20:58

    ” chick lit, ou “literatura de mulherzinha” – uma das maiores minas de ouro descobertas pelo mercado editorial nos últimos anos”

    E também das Tvs.
    Especialmente a Globo que exibe a novela mais mulherzinha de todos os tempos. Aonde a palavra – relação – e coisas melosas como – Ha ! Nós tivemos um lindo caso de amor- abundam. Com direito a Malu Mulher inclinado a cabecinha e piscando os olhinhos, faceira e patetica após cada final de cena.

    ma

  • marco 16/08/2006em20:58

    inclinando

  • Clara 16/08/2006em21:48

    Chick lit, chick flix…é, pelo jeito você nunca leu O2 Neurônio, a super divertida coluna da Folha de S. Paulo!

  • Sérgio Rodrigues 16/08/2006em23:10

    Quem nunca viu o 02 Neurônio, Clara? É bem velhinho a essa altura. Mas faltou explicar: e daí?

  • pérsia 17/08/2006em00:03

    mas essas ahm literaturas segmentadas se cruzam até, montes de mulheres que conheço adoram filmes e livros de cunho gay (masculino óbvio), acho que é “romantismo” renovado.

  • Clara 17/08/2006em00:17

    Não encana, Sérgio, e daí que é uma chick coluna, caramba! É um mercado muito lucrativo, sim, tanto é que você já viu. Mas ver não é ler, né? Compreende-se, caro rapaz…

  • Te 17/08/2006em13:11

    Explica melhor: nessa categoria entram aqueles romances vendidos nas bancas de jornal, que antes se chamavam Julia, Sabrina, Bianca?
    Se sim, podiam fazer um mapa para os enredos desses livros também. Mudam os nomes, os cenários, mas é tudo a mesma coisa.
    Qual foi o escritor brasileiro que antes de ficar famoso escrevia romances desse tipo para sobreviver? Não consigo lembrar.

  • pérsia 17/08/2006em13:24

    te, escritor de ficção não sei. mas tinha um prof.e crítico de lit da usp,já falecido.

  • Rosa 18/08/2006em13:23

    A chick lit é a versão moderninha da boa e velha literatura para moças. Será que só eu lia “Biblioteca das Moças” quando era menina? Mme Delly? Eram as avós das Sabrinas, Júlias, etc. E as bisavós das moças de batom e salto alto.
    Claro que as capas – e os textos! – não passam de um amontoado de clichês. Mas é interessante observar como eles se modificaram. No Biblioteca das Moças, toda capa tinha uma … moça, com visual norte-americano, sempre olhando para o céu. O título, geralmente em tipologia que sugeria a letra manuscrita, era em vermelho e anunciava: “Arremessada ao mundo”, “Por que eu?” e coisas do gênero. Puxa, agora me deu uma crise nostálgica … rsrsrs

  • Clara 18/08/2006em17:24

    Rosa, obrigada pelo comentário interessante e bem humorado. nunca tinha ouvido falar da “Biblioteca de Moças” nem de Mme. Delly; também não fui leitora de Sabrina, etc.

  • anraphel 18/08/2006em18:16

    Mas ainda é tempo.

  • Clara 18/08/2006em19:41

    Não, anraphel, é muito datado, não dá. Mas gostei muito da informação e do comentário da Rosa. E do seu interesse, naturalmente.

  • pérsia 20/08/2006em20:58

    boa lembrança, rosa, ‘biblioteca das mocas’! capinha verde, tamanho pequeno, era a única coleção que as freiras facultavam na biblio do colégio, ao lado de divas, viuvinhas e cinco minutos.(e mesmo ‘senhora’ só muito depois, no que seria o ginásio) . tinha que fazer fila de espera. além disso só a mensal revista primavera (foi rima não.) as freiras contribuiram prum monte de meninas esperar um lorde inglês e sonhar com (ai, ai) noite de descobertas em caverna num dia chuvoso.

  • Nana 10/09/2006em08:51

    Será que sou a única a ler chick lit? Acompanho os lançamentos deste segmento do mercado editorial e devo confessar: é quase tudo a mesma coisa … quase! Não dá para fazer altas reflexões, não dá para virar livro de cabeceira, mas dá para divertir quando é bem escrito e não acumula vários clichês. Agora, tem muito pouca coisa a ver com a literatura vendida em banca de jornal: a diferença é que não há uma hegemonia quase sufocante de mulheres magras, loiras, e que abrem mão dos seus empregos medíocres para casar com seu chefe ou um sultão. As mulheres do chick lit, e talvez seja uma das poucas qualidades desse tipo de literatura, são multiétnicas, nem sempre magras, nem sempre solteiras e nunca perfeitas. Parece mais com a pluralidade que habita o mundo, não acham?