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Literatura digital subindo a escada

24/03/2008

Fundir literatura e internet – uma fusão profunda que use as ferramentas digitais para revolucionar o próprio modo de narrar e não apenas para divulgar textos lineares – é, para muita gente, uma obsessão. É possível que esse caminho acabe levando cedo ou tarde a uma obra-prima. Embora eu não consiga ver o texto-texto se tornando obsoleto, nada impede que novas formas de contar histórias ganhem vida própria, sem precisar tomar o lugar das já existentes.

O certo é que as freqüentes tentativas de acelerar essa fusão in vitro têm sido, na melhor das hipóteses, esforçadas. A última é um projeto inglês chamado We tell stories (Nós contamos histórias), patrocinado pela Penguin. Seis jovens escritores foram convidados a criar, ajudados por programadores de games, “web-histórias” inspiradas em livros tradicionais. A primeira experiência já está no ar: assinada por Charles Cumming, chama-se The 21 steps e se baseia no livro “Os 39 degraus”, de John Buchan, que Hitchcock transformou num filme homônimo de 1935.

Se eu gostei? Longe disso: achei canhestro, tatibitate e colossalmente chato. É claro que novas formas de narrar criam novos tipos de leitores e, bem, eu jamais serei um deles. Mesmo assim The 21 steps deixa a sensação de que os profetas da literatura digital ainda precisam galgar umas boas dezenas de degraus.

33 Comentários

  • Diego 24/03/2008em17:37

    tatibitate posso estar sendo eu, mas não vejo por onde acontecer uma fusão profunda entre literatura e internet. o único elemento específico da rede que, penso, poderia ser usado literariamente é o hiperlink.

    todo o mais vai depender de escrever e contar bem uma história, coisa que não depende do digital.

  • Sérgio Rodrigues 24/03/2008em18:04

    Diego, além dos hiperlinks, há o uso de imagens estáticas e em movimento, sons, recursos de interatividade, tarefas de gincana a serem cumpridas fora do “livro” antes de se ganhar acesso a determinada área da história etc. Você pode dizer que aí já não se trata propriamente de literatura, e eu concordo. Mas quem pesquisa nesse campo não está muito preocupado com o nome da coisa.

  • C. S. Soares 24/03/2008em19:49

    A Penguin continua experimentando (o que tb é muito importante): primeiro uma wiki-novel (a million of penguins) agora o projeto we tell stories.

    Concordo com Sérgio: o texto-texto jamais se tornará obsoleto (Secchin, lá no Pontolit, falou algo semelhante em relação especificamente à poesia).

    Mas pensem em dois conceitos poderosos e como eles podem influenciar nosso processo criativo: processamento de linguagem natural e mineração de textos.

    Penso que os games (ou os metaversos) se tornarão o ponto de convergência das diversas mídias: do texto às imagens e sons (e cheiros, porque não?) e destes ao movimento e a realidade virtualizada, diretamente, sem intermediários.

    Imaginem, por exemplo, ferramentas poderosas (com a possibilidade de criar filmes de animação digital como o Bewoulf, por exemplo) na mão de um “escritor”. Escritor ou contador de histórias?

    Observem que um passo começa a ser dado (qs que silenciosamente) com o Booklamp que já consegue analisar um texto digital e agrupar romances pelo estilo de escrita (e não apenas por palavras ou tags de categorização).

    O sonho de Mortimer Adler começa a estrapolar a fronteira dos sonhos…

  • Cezar Santos 24/03/2008em20:21

    Literatura independe de firulas tecnológicas, ou por outra, a tecnologia pode até facilitar, como os processadores de texto realmente facilitam a mecânica da escrita, a internet faciita pesquisa, etc. Mas escrever bem, contar uma boa história de forma interessante, independe, repito, dessas firulas.
    E depois, me apontem um, um sequer, desses povim ai que escreve blogs, por exemplo, que tenha alguma coisa minimamente proveitosa literariamente falando…

  • Noga Lubicz Sklar 25/03/2008em07:01

    ih, Cezar. acho que vou ter que apontar, um, pelo menos, hehe, minimamente. forma não limita função, é ou não é?

  • Flavio B. 25/03/2008em11:26

    Gostei do “in vitro”.

  • Saint-Clair Stockler 25/03/2008em11:31

    Eu tenho blog e sou talentosíssimo, literariamente falando…

    Digo isso sem a menor arrogância. É só um fato. Não me fez rico, nem fez com que eu conseguisse publicar meu primeiro livro (ainda), mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.

    O Jamil Snege teve que bancar seus próprios livros praticamente a vida toda.

  • Saint-Clair Stockler 25/03/2008em11:38

    O Samuel Rawet teve que vender um apartamento pra publicar um dos seus livros. E morreu praticamente na miséria, meio louco. Encontraram o corpo, já em decomposição, sentado numa poltrona, com uma tigela de comida no colo.

    (Ah, se a gente começar, dá pra pensar num monte de autores maravilhosos que morreram quase na miséria total…)

    O engraçado é que nunca pensei em virar escritor pra ficar rico. Sempre tive bem claro na minha cabeça que, no Brasil, não dá pra ficar rico escrevendo – a não ser em raríssimos e particularíssimos casos, que são tão ínfimos que não servem nem de parâmetro nem de estímulo.

    O bom mesmo é ser autor de novela. Da Globo, pelo menos (não sei quanto aos autores de outras emissoras). Os da Globo todos têm apartamentos em Nova Iorque e belíssimas casas/apartamentos no Brasil. A exceção aos apartamentos em Nova Iorque é o Aguinaldo Silva, que tem apartamento em Paris. “Mas é pequeno”, avisa ele, modesto.

    Por que o sonho dourado de qualquer doidivanas brasileiro é virar escritor, hein? Outra coisa que eu não entendo. Acho muito mais produtivo o sonho de ser autor de novela… Coisas de Brasil. Todo mundo quer virar escritor no país dos analfabetos e analfabetos funcionais.

    Essa, nem Freud explica ¬¬

  • C. S. Soares 25/03/2008em13:03

    Maurice Blanchot ao ser questionado para onde vai a literatura respondeu: a literatura vai em direção a ela mesma, em direção à sua essência, que é o desaparecimento.

    A arte (se assim ainda considerarmos a literatura), disse Hegel, é coisa do passado.

    A necessidade de absoluto não é mais satisfeita pela arte (somente nos museus). O mesmo Blanchot, há décadas, já percebia que o que importava, doravante, era a realização do mundo, a seriedade da ação.

    No mundo da técnica, a arte, como a conhecíamos, está em situação desfavorável (porque já não é soberana).

    A literatura de imaginação é sufocada pelo realismo, pelo hiperrealismo, que só poderá ser contraposto pelo hiperfantástico ou pela hiperimaginação (essa foi a minha modesta tentativa com o SD8).

    Em relação à simbiose entre literatura e tecnologia, vivemos uma época análoga àquela em que os aviões (ou mais-pesados-que-o-ar) criados batiam asas como os pássaros.

    As representações de romances, contos, textos ainda consideram a web (até pela denominação de “páginas” web) como um simulacro (ingrato) do velho paradigma do papel.

    Não se trata de uma batalha entre a linearidade e o caos, ou ainda do augoritmo versus a heurística.

    Como seres humanos, sabemos, somos resistentes às mudanças. Mas, isso pouco importa, pois nossa geração é intermediária. Não somos nós que usufruiremos das mudanças.

    Tentaremos de todas as formas, assim somos os seres humanos, manter um mundo da forma como o conhecemos.

    Outro dia escutei uma definição ótima para tecnologia (não me lembrarei do autor): “tecnologia é tudo o que foi criado depois que nascemos”.

    Logo, logo, tudo isso que estamos discutindo será tão ou mais comum do que uma folha de papel.

    Para terminar, lhes deixo um pensamento (comentem caso achem necessário): os limites físicos do papel (e do livro), sem dúvida alguma, influenciam a forma como se conta a história (comparemos à tradição oral, por exemplo, afinal “quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”, certo?). Essa “falta de limites” dos meios digitais, claro, não é panacéia, mas tornará a literatura obrigatoriamente verdadeiramente referencial (seja pela hiperrealidade ou pela hiperimaginação). Até hoje, muitos de nós (incluo-me), sequer sabíamos definir o que é literatura. Agora (vivemos a era da informação), além de defini-la, precisaremos redefini-la, ou até mesmo enterrá-la de vez, posto que (tenho essa desconfiança), talvez ela nada mais seja do que um fantasma do passado a nos assombrar…

  • Rafael 25/03/2008em13:50

    Lendo os comentários, não consigo reprimir a lembrança da famosa frase-síntese do crítico Adolfo Pinho Rosa sobre esse tipo de divagação:

    “Tremenda punheta.”

  • Eric 25/03/2008em19:12

    1. sobre blogs: sou escritor com texto em papel e tenho o mesmo prazer ao colocá-los no meu site. Inclusive fiz blogs para alguns deles. Estou revisando um livro que irá só para o site e não irá para o papel. Todo mundo tem cozinha em casa, o que não quer dizer que todos sejam bons cozinheiros ou que todos que tenham cozinha não saibam cozinhar. Eu cozinho muito bem, mas outro dia queimei os legumes.

    2. sobre livros virtuais: acho válido. Por que a literatura não pode utilizar outros elementos para ambientação? Além disso, o papel será cada vez mais caro. Vamos escrever em rolos de papel higiênico muito em breve. Que venham muitos e muitos experimentos literários. Que venha algum com qualidade perdido no meio dos demais.

    3. sobre escritores ricos: me parece que os livros virtuais não salvarão nenhum escritor, mas farão a alegria de muitos ilustradores e designers.

    4. concorrência: e aquele velho pintor com a ponta da barba molhada de tinta que ficou surpreso ao perder o emprego para a máquina de fotografar? E Monet que bela fotografia tirou de seus jardins.

  • Saint-Clair Stockler 25/03/2008em20:07

    Rafael:

    Melhor eu bater uma punheta em mim mesmo do que em você, não concorda? Rsrsrsrs.

    Se bem que eu não tenho nada contra bater uma punheta em você, desde que você seja A)jovem, B) magro e C) ativo ou versátil…

  • Saint-Clair Stockler 25/03/2008em20:10

    flora,

    Desculpe a franqueza: VOCÊ É UMA IMBECIL!

    Boa noite.

  • Saint-Clair Stockler 25/03/2008em20:13

    Vou citar só um blogue que é EXCELENTE literariamente falando, do grande Antonio Fernando Borges (a-ha, pensaram que eu ia me auto-citar, né? rsrsrs):

    http://antoniofernandoborges.apostos.com/

    Tão vendo, boys & girls, isso que dá falar sem conhecer as coisas…

  • Felipe Charbel 25/03/2008em20:15

    Dei uma olhada no We Tell Stories, e fiquei com a impressão de que se trata de algo meio rpg, video-game. Talvez seja uma boa alternativa para livros juvenis, ou como ferramenta didática, mas não acredito que um formato cheio de links e imagens em movimento venha a substituir o livro impresso.

    Em primeiro lugar, por questões técnicas mesmo: a dificuldade para ler um texto longo na tela; o alto custo da impressão; a restrição que o formato cria (não se pode ler na cama, no metrô, etc.).

    Outro aspecto: o charme do livro, que pode ser comparado ao charme do vinil. A proliferação dos meios digitais não acabou com a paixão dos colecionadores. O livro virtual pode ter a difusão dos arquivos em mp3, num futuro próximo? Não acredito. Geralmente, quem gosta de literatura não abre mão do contato com o papel, com o cheiro do livro novo ou usado, etc.

    Finalmente (e essa me parece a pergunta central): o que tem sido produzido na internet difere, em função do meio, do que se produz de modo tradicional? Não vejo essa diferenciação. Percebo, isto sim, que muitos se valem do meio digital como forma de dar visibilidade ao próprio trabalho, e não como um campo de experiência de novas linguagens, etc.

  • Renato 25/03/2008em20:18

    “21 Steps” não é somente canhestro e chato, é bisonho. A maneira de unir teconologia e história ficou pobre demais. Além disso, algo parecido (e muito mais dinãmico) foi inventado ainda no século XIX: chama-se cinema.

  • Lucas Murtinho 25/03/2008em22:11

    Sabe que eu achei o “21 steps” interessante? Verdade que não chega a ser bom, mas para um primeiro esforço nessa literatura que não se limita ao texto não ficou de todo mau. A parte em que Rick caminha pelo aeroporto de heathrow até aquela construçãozinha no meio do nada foi a melhor, fiquei realmente me perguntando onde a linha azul ia parar.

    O maior defeito do troço (texto?) é ser muito deslumbrado com as possibilidades – o que é normal dado o projeto e o estágio em que estamos. Mas senti que em algum momento alguém pode ser capaz de usar o Google Maps para contar uma boa história.

    Falando em literatura que não se limita ao texto, tem um tal de Alan Moore que andou fazendo coisas bacanas por aí.

    Abraços,

    Lucas

  • Cezar Santos 26/03/2008em09:28

    Saint-Clair,
    sua crítica a alguém comentar “sem conhecer”, me parece, é pra mim… pois bem, minha flor, fui ao blogue indicado por ti e continuo achando que é irrelevante literariametne falando. E olha que o Fernando tem uns livros legais, né?
    Mas o blogue é uma besteirinha, que serve pra passar tempo, jogar opiniõezinhas fora,,, aliás, igual a este aqui do Sérgio Rodrigues. Mas, repito, literariamente é irrelevante.
    Na verdade, muito melhor ler algum livro do Fernando, qualquer um, mesmo um em que ele não tenha sido muito feliz, do que perder tempo com o tal blogue.
    Passar bem, minha flor.

  • Rafael 26/03/2008em10:08

    Saint-Clair,

    Sou obrigado a declinar o convite. Casado sou e terrivelmente monogâmico.

  • Saint-Clair Stockler 26/03/2008em10:41

    Cezar,

    Não foi exclusivamente pra você, não… Não se sinta “especial”. Rsrsrsrs.

    Eu acho o blogue do Antonio Fernando Borges excelente (repare que há uma parte só de ficções, muito boa).

  • Saint-Clair Stockler 26/03/2008em10:43

    Rafael,

    É uma pena… Se bem que, se você é casado, deve ter (arrisco um chute) uns 35 anos pra cima. E, portanto, muito acima da idade que eu curto. Rsrsrsrs.

    Mas o convite ainda está de pé. Deixemo-lo de pé (ooops), OK? Se um dia você mudar de idéia… 😉

  • Sérgio Rodrigues 26/03/2008em11:01

    Senhores, não entendi nada. Alguém pode me explicar como a notícia sobre um projeto ambicioso – embora equivocado – de web-game-literatura provocou essa discussão acalorada sobre a “validade” dos blogs de literatura? Uma discussão que parece saída diretamente de cinco ou seis anos atrás, coisa mais triste. Ao contrário daquela época, não vejo mais ninguém babando pela genialidade blogueira intrínseca. Por outro lado, só um tolo ou desinformado descartaria o meio em bloco, hoje, como bobagem. Proponho um esforço para tornar nossa conversa contemporânea de si mesma, que tal?

  • Rafael 26/03/2008em13:43

    C. S. Soares,

    Segundo você, Hegel teria dito que a arte é coisa do passado.

    Depois disso, tivemos: as sinfonias e as sonatas de Beethoven, os romances de Stendhal e Flaubert, Guerra e Paz e Anna Karenina, a poesia de Keats, James Joyce e Kafka, The Wasted Land, a pintura de Monet e van Gogh, as esculturas de Rodin, as sinfonias de Mahler, a música de Dmitri Shostakovich, o teatro de Ibsen, o absurdo de Beckett, a invenção e consagração do cinema…

    Você acha mesmo que dá para levar a sério a profecia desse alemãozinho?

  • C. S. Soares 26/03/2008em16:00

    Rafael (e Flora), por favor, vamos citar nomes diferentes: chega de Kafka, Joyce, etc. Esses todos (creio) já conhecem.

    Hegel (citado por mim, mas tb por Blanchot) afirma que a arte é coisa do passado e já não basta para representação do absoluto.

    Faz sentido.

    Tecnologia: quem associa tecnologia apenas a computadores, infelizmente, desconhece o significado da palavra.

    Aproveito para repetir aquela definição espirituosa: “tecnologia é tudo o que foi criado depois que nascemos”.

    Para os interessados na matéria: Institute for the Future of the Book (www.futureofthebook.org)

  • C. S. Soares 26/03/2008em16:04

    Sérgio: o 21 steps de fato é equivocado: é avião que bate asas.

  • Rafael 27/03/2008em12:46

    Soares:

    Hegel (citado por mim, mas tb por Blanchot) afirma que a arte é coisa do passado e já não basta para representação do absoluto.

    Faz sentido.

    Não acho que faça sentido essa frase. Pense bem: desde quando a arte (ou qualquer outro artifício humano) bastou para “representar o absoluto”? O absoluto é, por definição, inabarcável e, portanto, irrepresentável. Nenhum artista, antes ou depois de Hegel, teve a pretensão de representar o absoluto. Dante, por exemplo, ao final da sua peregrinação, ao deparar-se com Deus (o Absoluto), não encontrou palavras para descrevê-lo, pois

    All’alta fantasia qui mancò possa (Paradiso, XXXIII, 142)

    Simulação, realidade virtual, interatividade, computação grávida, avatares, análise combinatória e que tais, nada disso alcançará a representação do absoluto.

    Neste aspecto, sinto dizê-lo, a tecnologia deixará a desejar tanto quanto a arte.

  • Tibor Moricz 27/03/2008em14:05

    Computação grávida? Eu, einh…

  • Rafael 27/03/2008em14:47

    Ué, Tibor. Como é que você que nascem os microcomputadores e os microprocessadores? Da cegonha é que não é…

  • Tibor Moricz 27/03/2008em15:18

    Esse é o Blog mais FC que existe na net. Já estamos falando em IA’s tão desenvolvidas que nem Philip K.Dick em O caçador de andróides conseguiu conceber. Seus Nexus 6 não podiam engravidar. Mas os computadores do Rafael tem rebentos! Os meus tem arrebentos vez ou outra. E viva a evolução!

  • Sérgio Rodrigues 28/03/2008em00:30

    Justiça seja feita: a segunda história da série, “Slice”, de Toby Litt, pegou bem mais o espírito da coisa.

  • C. S. Soares 28/03/2008em16:22

    “SLICE” é um título bastante apropriado e, sabe Sérgio, eu tb acho que é por aí, o que lemos da história (seja ela qual for) são fragmentos, o resto, como leitores, ligaremos em nossa ilusão, superstição ou esperança.

    Artefatos tecnológicos como blogs e microblogs (o twitter é um exemplo) funcionam bem para representar essa fragmentação.

    Seguindo essa linha “fragmentada” e fortemente psicológica, penso não ser inútil dar uma olhada em “My Body – a Wunderkammer”, de Shelly Jackson, em http://www.altx.com/thebody/body.html. Nesse corpo, a história começa partir de qq parte. Quando não terá sido assim?

  • Ana Rita (Artemiza) 09/04/2009em07:39

    Literatura em todo o lado…

    http://www.anamartins.bloguepessoal.com