O romance “Les bienveillantes” (veja nota de 27/10, abaixo), escrito em francês pelo americano Jonathan Littell, confirmou hoje sua condição de grande fenômeno literário do ano ao ganhar o prêmio Goncourt, o mais importante da França – aqui, em francês, a notícia do “Le Monde”. O livro, um tijolaço narrado por um ex-oficial nazista gay, já havia levado o Grande Prêmio de romance da Académie Française e tido seus direitos para os Estados Unidos vendidos por US$ 1 milhão.
No Brasil, o Goncourt de Littell foi intensamente comemorado num casarão do Cosme Velho, no Rio de Janeiro, hoje de manhã. Um leilão disputado por quatro grandes editoras brasileiras terminou com a vitória da Alfaguara, leia-se Objetiva. O valor não foi revelado – é de cinco dígitos – mas consta que Littell, 38 anos, que cuidou pessoalmente da escolha das editoras em todos os 16 países para os quais o livro foi vendido, levou em conta outros fatores além do valor financeiro.
34 Comentários
Acho curioso como as editoras brasileiras são miseráveis com os escritores nacionais e estão dispostas a gastarem cifras de ‘seis dígitos’ com fenômenon de vendas de qualidade lá fora. Gastam e comemoram, é certo; mas são capazes de engavetar por dois anos livros de autores nacionais até terem dinheiro para editá-los. Editoras que reclamam de não terem dinheiro suficiente para investirem no autor brasileiro gastam fortunas nesses leilões internacionais em Frankfurt. E quem paga a conta é o leitor, porque na tentativa de recuperar esses inflacionadíssimos direitos de publicação acabam distribuindo esse ônus pelos outros livros e assim estamos chegando ao absurdo de romances de 500 páginas vendidos à 60 reais, ou biografias de 600 páginas vendidas a 70 reais. As grandes editoras publicam mirrados 2000 exempares de um autor nacional para não se ariscarem ao prejuízo; mas gastam ‘seis dígitos’ com os direitos de um romance estrangeiro que não riá, nunca, recuperar esse dinheiro gasto? Falamos de negócios ou apenas de prestígio? Ou a estória está mal contada, ou contada pela metade… De onde vem esse dinheiro todo? Não são as editoras brasileiras que reclamam tanto, sempre, de prejuízos? Querem apoio do governo, bolsas; e aí gastam milhares de dólares comprando livros regulares em Frankfurt ou em outros leilões? Que prejuízo é esse que permite tanto luxo? Porque para desperdiçar grana com autores medianos estrangeiros as nossas editoras são generosas e festivas. Agora vai uma autor nacional dizer que está com problemas de dinheiro. É engraçado, também, como as mesmas editoras que pedem ao autor nacional paciência e dão ares amadores e de amizade às suas edições nacionais assumem no mercado estrangeiro um protocolo profissional que simplesmente não querem manter com nossos autores. Será que estou falando besteira? Ou há, no Brasil, dois pesos e duas medidas: o filé para quem escreve em inglês ou francês, e os farelos para quem escreve em língua portuguesa?
O dia que os autores daqui venderem tanto quanto esses importados acho que veremos mais atenção dada aos brasileiros.
O pior não é nem a tiragem ser de 2 mil exemplares. O pior é que essa tiragem geralmente encalha.
Estava lendo lá no Le Monde que ele recusou todos os prêmios que ganhou (6 ao todo). Será que vai recusar também o Goncourt? Achei-o arrogantezinho. Ganhar prêmios faz parte do ofício do escritor e, se o prêmio não for uma marmelada, deve ser encarado como uma distinção e uma honra. Acho indelicadíssimo recusar prêmios. Seja como for, duvido que vá recusar mais este: Goncourt é Goncourt e França é França (apesar da nítida decadência).
Agora, sobre a obra em si, pouquíssimas palavras a não ser que é “volumosa”. Enfim: o cara escreve bem? Je ne sais pas. Vou esperar o livro chegar na Bibliothèque da Maison de France pra confirmar. Fiquei com a impressão de que ele é muito mais um Pop Star do que um Pop Literato.
Sérgio: sugestão de pauta. Você bem podia escrever um texto sobre o quebra-pau no prêmio Femina, hein? As outras juradas botaram a romancista Madeleine Chapsal pra fora e, em solidariedade, Régine Deforges (a Bicicleta azul, quem lembra? quem lembra? Bestseller da Veja nos anos 80. Vendeu horrores no Brasil e no resto do mundo) também pediu pra sair. Que me lembre, há anos não há tanta confusão no prêmio Femina. Mas o prêmio em si foi bem dado esse ano: ganhou a canadense Nancy Houston (que vive na França e escreve em francês), uma escritora ótima, gosto muito dela.
“Littell, 38 anos, que cuidou pessoalmente da escolha das editoras em todos os 16 países para os quais o livro foi vendido, levou em conta outros fatores além do valor financeiro.”
Deve ter comido muita gente. Iza?
chama-se marketing global. as editoras não estão no negócio de promover cultura, embora assim pareça. grande parte dos best-sellers é literatura ruim. imagino que um livro que já chega assim carregado de prêmios é receita de receita… mas dessa forma nossas editoras nunca estarão na posição oposta, isso é, de vender os direitos milionários… azar delas. azar nosso. quem sabe isso um dia muda, e a nossa literatura, como o país, é do futuro.
Acho que o problema, Vinicius, é menos de lançar os autores do que investir a longo prazo neles – e aqui eu me junto ao BCK. As tiragens de 2 mil exemplares não esgotam tão cedo. E isso não está errado; uma carreira é construída aos poucos, com o tempo necessário para o autor criar um projeto ficcional próprio, ganhar encorpamento na crítica e no boca-a-boca do público. Ora, até metade dos anos 80 Rubem Fonseca não vendia livro. A Cia das Letras é que reeditou seus títulos antigos com um marketing forte em cima. Pensem em quanto tempo o Bernardo Carvalho levou vendendo pouco até ficar decentemente conhecido. Claro que ele não é e nunca será um best-seller, mas está aí disputando os principais prêmios e até cai em alguns vestibulares. Deveria haver esse investimento a longo prazo.
E Saint-Clair, eu acho interessante ele recusar os prêmios. Acho que o autor tem o direito de recusar ou aceitar, e nenhuma opção é menos ou mais aceitável. É uma decisão pessoal, e eu respeito a dele.
O Viníciu tocou em um ponto interessante, quem escreve em portugês não tem as mesmas chances desseas celebridades lá de fora… pena. Temos autores excelentes, que escrevem muito, muito melhor que esses caras, mas cometeram o “pecado” de escrever em portuga… Nazista gay… e tem gente chiando pelo que o Saramago “falou ” na notinha anterior.
Mas seis dígitos são seis dígitos né… quem não vai querer ler aqui o que o mundo está lendo? Globalização cara, globalização. A propósito, ainda é esse o nome?
Viva as celebridades, os Dans Brown da vida e da literatura.
“Nunca o mundo foi tão obcecado por celebridades, com seu recheio de pastel de vento e sua consistência de holografia”
Queria saber se esse livro vai se pagar? Porque se conseguir fazer isso vai ser um milagre… o brasileiro está descobrindo o mundo da leitura, pena que seja pelas vias do marketing exacerbado e não pelo interesse pela leitura… e pior ainda, nem é pela leitura do que temos de bom… cultura que é ótimo, nada…
Lá fora existe marketing para livros de qualidade também. Aqui no Brasil as editoras esperam os autores nacionais ‘acontecerem’ e quanto aos estrangeiros, já que pagam caro por eles (não só o direito de publicação, mas as traduções, etc), mostram-se mais ansiosos e agressivos. A questão que me preocupa é que muitas vezes a maneira de recuperar esse dinheiro é distribuindo os gastos pelos livros nacionais. Se nossos autores não recebem adiantamentos astronômicos, não são traduzidos, nem recebem qualquer propaganda de jornal (há no Brasil essa coisa morna de esperar uma mídia espontânea), quais são os motivos para livros de 300 páginas sejam vendidos a 40 reais, ou conjuntos de relatos de 170 páginas sejam comercializados por 35? Esse preços são justos, ou por tabela o autor nacional acaba por ter que cobrir as burradas que os editores cometem? Porque os editores viajam, se hospedam, vão a todas as feiras, e esses custos, para gastar os seis dígitos festivos, também vão para os custos dos livros. Então há um inflacionamento em cascata, onde perdem tanto o escritor (que não vende seus livros por um preço justo) como o leitor (que acaba por não comprar livros que muitas vezes deseja). Para o editor dá na mesma, porque é da lógica do capital ganhar o máximo com o mínimo de custo. Não se enfeita tanto o pavão de autores nacionais; na época da Flip, por exemplo, a maioria das matérias e entrevistas são de autores estrangeiros; e a desculpa de que a imprensa dá atenção ao escritor nacional ao longo do ano então a Flip é uma oportunidade de ter contato com escritores de fora é capenga porque todos sabemos que o escritor brasileiro só dá entrevista se algum livro seu estiver sendo adaptado para o cinema. Lá fora a mídia faz uma farra com a entrega desses prêmios; o Jabuti no Brasil passa praticamente em branco, com notinhas e pequenas notícias. Tenho a impressão de que nós celebramos o Booker mais do que os ingleses. Vejo claramente que os farelos são destinados ao autor nacional. Quando uma editora paga um preço inflacionado por esses romances lá fora ela está, na verdade, investindo na carreira desses escritores. Eles terão mais tempo para escrever. No Brasil é quase uma ofensa um escritor falar de cifras, querer se colocar com um profissional; é como se a literatura fosse um privilégio por si só. Bom, se já perceberam, ando algo irado.
Afinal, Sérgio: já leste algo do livro? Se sim, realmente “interessa”? Pois creio que isso seja o importante. Não dou a mínima se o cara ou editoras ganham milhões. Não quero autores, como parecem querer alguns que aqui comentaram e, portanto, centraram críticas em torno do marketing e tal. Me interesso sobretudo por obras, pelo que foi escrito. A crítica literária se degenera em pura ideologia quando começa a tratar mais do autor que da obra.
Quando ler o livro e tiver algo a dizer sobre seus aspectos literários, direi, não se preocupem. Por enquanto, o que tenho a noticiar aqui é a sua extraordinária capacidade de unir sucesso comercial e sucesso de crítica numa escala absurda. Não preciso dizer que isso é raríssimo. E, se me permitem os defensores do miserável autor brasileiro, que nem sei como veio parar aqui – também é legal, muito legal.
O Vinícius está coberto de razão em muitos dos pontos que levantou. Muitos mesmo. O retrato me parece batante realista
Sérgio, pelo que li, o livro certamente não vai figurar entre os “Começos Inesquecíveis”. Por outro lado, ele tem sido comparado, na França, a nada menos do que Guerra e Paz. Outra coisa: o autor não aparece na TV nem dá entrevistas. A posição dele em relação à literatura como circo de celebridades é simples: o que importa é o livro.
E sobre as editoras, boa escolha, a dele. Promessa de um produto mais caprichado do que na Record, que certamente estava na disputa.
E é importante mesmo ressaltar, Sérgio, ele ter conseguido tanto o êxito de público quanto de crítica. Com tanto oba-oba em cima do livro, muita gente acabou pensando que se trata de algum best-seller picareta ou de algum seguidor de, sei lá, Dan Brown e cia. E não, é um livro que vem sendo tratado como excelente pela crítica. Não sei quais eram as outras editoras envolvidas no leilão (se bem que dá para chutar duas, pelo menos), mas a Alfaguara, nesse pouquíssimo tempo no Brasil, parece ter um ótimo padrão de qualidade.
O único problema é que as expectativas de leitura serão inevitavelmente altas.
Então devemos nos perguntar a respeito do destino da literatura brasileira. Todos dizem que não tem nenhum autor novo de valor aparecendo tudo uma pasmaceira. E marketing e auto-promoção funciona sim. Conheço um renomado escritor brasileiro que é muito competente em ubiqüidade. Tá em todas. Sim, é autor premiado e tudo… mas…
Acho que seria injusto colocar toda a culpa em cima das editoras. A divulgação feita pela mídia procura privilegiar as celebridades, independente da qualidade da obra. Análises foram substituídas por comentários e crítica virou sinônimo de press-release. Com essa massificação da cultura na mídia, nada mais natural do que uma editora investir mais no que melhor se adequar ao rótulo.
“nada mais natural do que uma editora investir mais no que melhor se adequar ao rótulo.”
Leandro,
Que triste não? Os autores que não se “adequam ao rótulo” sempre são os que ficam para a história. Os bons nascem póstumos. Poucos têm sua obra reconhecida em vida. O legado deste século não será feito pelo que se encontra nas prateleiras das livrarias. Sobretudo nas Sicilianos – que máfia, heim?.
Leandro,
Visitei o seu Blog. Quanta propaganda, heim?
“Dieta Metabólica”; Cursinho Pré-Vestibular; Yoga Nararája, Bibliomed…uffa!
Mas encontrei este post:
Update: “Sai a Lista da Bravo no Site”
Você fez a relação dos 100 com o devido link para a compra no Submarino… e em todos os posts tem o link “Compre seus livros através deste Blog, clicando aqui.” Apesar o erro de português, conforme for eu compro o “Juca Mulato” do del Picchia.
Linda choradeira a dos autores brasileiros. Se querem falar de cifras e profissionalmente, deveriam começar tentando conhecer melhor ambas,as cifras e a profissão.
Meu conterrâneo Pierre Boudieu usou a “Educação sentimental” do Flaubert para escrever um livro maravilhoso, “As regras da arte”, que explica como surgiu o mercado literário. Tá tudo lá: o autor estrela, caríssimo, o autor literário que vende menos, etc. O autor brasileiro não “paga” pelo alto adiantamento do estrangeiro, são gastos complementares na estratégida de uma editora.
Pelo que entendo dos comentários, só um sistema de cotas salvaria o autor brasileiro: cotas de lanãmento,de preço, de flip, etc. OU seja: protecionismo literário, se é que isso existe.
A Alfaguara tem dígitos de sobra pra gastar e fez muito bem em comprar o livro. Fortalece a marca e acaba sendo melhor para todo mundo. Todo mundo não,só para quem tem visão menos míope do que é escrever e publicar hoje.
O ressentimento é o oitavo pecado capital: culpa-se sempre os outros (o Estado, o Pai, o editor) pelos próprios infortúnios. É confortável.
Clarice, não quis dizer em meu comentário que concordo com o que acontece, ressaltei apenas que uma parte da culpa cabe também ao papel que a mídia vem desempenhando hoje em dia. Um exemplo claro disso é que em períodos muito próximos foram lançados o novo livro do Paulo Coelho e Jean-Christophe de Romain Rolland. Evidentemente, o primeiro foi amplamente divulgado e o segundo não, embora seja uma obra-prima da literatura mundial. Uma mídia tão fechada, que fala apenas dos recordistas em vendas, contribui para que os esforços das editoras se concentrem naquilo que vai ter maior divulgação. Daí o círculo se fecha.
Quanto ao meu blog, é um espaço que utilizo do modo como acho mais adequado. Embora alguns leitores possam se incomodar com anúncios, é o único meio que encontrei de ganhar algum dinheiro com ele. Convido-a a lê-lo sem se preocupar com isso e creio que reconhecerá ali um leitor que gosta muito da literatura.
Gaston Gallimard e Leandro Oliveira,
É verdade. Vocês têm toda a razão. Eu tenho andado no meio da lua estes dias.
Gaston Gallimard, como poderia levar a sério qualquer um dos seus argumentos quando você mal arrisca assinar com seu próprio nome aquilo que defende? Se você não assume com seu próprio nome seu argumento, como levá-lo em consideração? Confortável, na verdade, é jogar no bolo uma série de idéias lugar-comum com um nome que não é seu defendendo um capital que, provavelmente, não está na sua própria conta bancária. Com servilismo e covardia não se contrói argumentos. Você pode até se achar engraçadinho e esperto, mas não passa de um pobre coitado infeliz repetindo idéias que não são suas.
Viniciius Jatobá,
rsrsrs… Eu desisti de levar isto adiante. E o Leandro, agora me lembrei, já recebeu a mesma crítica aqui… rsrsrs Deve ter vindo ver se a gente vai comprar no Submarino. Eu já me comprometi em comprar o “Juca Mulato”. Será que ele fica contente?
Leandro você tem o direito usar o seu espaço como achar adequado. Nós, eu pelo menos, tenho o direito de não gostar e não frequentar. Sugiro que visite os blogs de pessoas que não só adoram mais saibam escrever a respeito de suas obras favoritas, como os da maioria dos Blogueiros que vêm participar do Todoprosa. O do Vinicius, do joao, do Saint-Clair…
Aliás,
Saint Clair, eu não esqueci de ir para o Orkut. Estou meio sem tempo mas assim que der eu vou.
Mon cher Jatobá,
eu não esperava que vc levasse a sério meus argumentos – ou quaisquer outros que sejam contrários aos seus. Vc prefere comício a debate. Está muito bem assim, então.
Mas mon “Gallimard” não é pior do que ton “Jatobá” e, no que interessa aqui, a discussão, vc não avança um milímetro, preferindo descartar tudo o que foi argumentado por conta de um pseudônimo – para você sinônimo de covardia. E assinar com o próprio nome, denota coragem de quê? E o que quer dizer um e outro nome? Achei que a discussão era sobre mercado literário e não uma diatribe pessoal, aliás, pseudopessoal,comoconvém aos pseudônimos.
Coitado e infeliz, despeço-me. Pobre, não, pois defendo servilmente os interesses multicnacionais das megacorporações,como afirma sua confusa “posição” político-literária-existencial.
Au revoir,
Gaston
PS –
Fala sério, sujeito. Vai ao analista resolver seu problema de estima consigo mesmo, e aproveita pra catar todos os coquinhos que encontrar no caminho.
Vinicius,
Deixa esta criatura para lá. Não dá para levar a sério alguém que assina Gaston Gallimard. Deve ser uma nova doença: “perversão francofílica”.
Estou ilhada no escritório. Dia de limpeza geral… irk! Preguiça de trabalhar. Dia inteiro atazanando os blogueiros do Nominimo. rsrs
Clarice, não sei o por quê de tanta agressividade. Respondi a seu comentário apenas por achar que você havia me entendido mal. Certamente você tem ‘direitos’ e não quero desrepeitar ninguém. Apenas peço desculpas ao Sérgio Rodrigues, pois não queria que a caixa de comentários aqui fosse utilizada para discutir outro assunto que não é literatura.
O Blog do Leandro está nos meus favoritos. Eu gosto; sempre gostei.
Leandro,
Também não gosto de mudar de assunto no blog alheio. Mas de vez em quando escapa. Desculpe ao Sérgio pelo comentário a respeito de minha “Casa Tomada”.
Acho que foi desentendimento cruzado: Gaston, o assunto delicado do post e, talvez a minha precipitação em julgar o teu blog devido à propaganda. Confesso que tenho aversão à propaganda. Mas vou reconsiderar pois prezo o discernimento do Vinicius. Usarei óculos antilinks.
Leandro,
Não gosto de Jorge Amado, Bíblia não leio. Paulo Mendes Campos e Carlos Heitor Cony não são lá muito admirados por mim. José de Alencar…
O Machado de Assis que eu gosto não é o que se aparenta com russos e sim com Laurence Sterne : gosto do João Gilberto Noll e você não gosta.
Os links para compra de livros clássicos no meio dos posts realmente me incomodam. Parece marketing…
Jamais abordaria “A moda das Autobiografias” pois não tenho paciência para elas quanto mais escrever sobre.
“Jornalismo e Ficção”… tema que jornalista gostava de abordar no início da década de 90…
Não me preocupo com premiados.
Então usemos a saída kafkiana:
vamos cada um para o seu lado.
Sérgio,
Desculpe.
Sergio, acho que seria bom dar uma sinopse sobre o premio Goncourt. Eu, e talvez outros nao conseguimos, ano sabemos qual a importancia deste premio. Qual é o valor, que tipo de livro contempla, enfim, sua historia. Se puderes dar uma palhinha…