Charmoso estudo fotográfico de uma era extinta: escritores famosos e suas máquinas de escrever. Na amostra ao lado, John Cheever em 1979, quando, diga-se de passagem, não andava nada bem – mas essa é outra história.
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No capítulo galeria de fotos, achei simpática essa que o blog Mundo Livro, do jornal “Zero Hora”, montou só com retratos de escritores… gaúchos, claro. Destaque pessoal para o olho direito de Manoela Sawitzki e para os óculos que escondem os olhos de Cláudia Tajes.
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Pelo sensacional placar de 9 a 8, o romance A visit from the goon squad, de Jennifer Egan, derrotou Freedom, de Jonathan Franzen, na final do Tournament of Books, competição mata-mata que serviu de inspiração para a Copa de Literatura Brasileira. Os dois livros são inéditos no Brasil. Resenhei o de Franzen aqui, e o de Egan me olha agora da estante com ar de cobrança.
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O poeta americano Joseph Wood escreveu um artigo ponderado – e, principalmente, sem traço de antiintelectualismo – sobre o mal que décadas de crítica literária empapuçada de teoria fizeram à poesia. E à prosa, não?
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A palavra sonhada é a crônica que publiquei ontem em minha outra coluna, a vizinha Sobre Palavras. Bem poderia ter saído aqui.
2 Comentários
Fico pensando cá com meus botões que o problema não é “crítica literária empapuçada de teoria”, mas a escola. Aprender obrigatoriamente literatura na escola mata a literatura. Essa obrigatoriedade cria atravessadores como professores e críticos cheios de sabedoria, editores cheio de más intenções, jornalistas cheios de mediocridade e leitores reféns das opiniões baseadas em pedagogias e conceitos abstratos, reféns do dinheiro e das listas de melhores, respectivamente. Pelo fim do ensino de literatura. Que ninguém mais viva de literatura, só os leitores. A solução para a literatura. Quanto à sociedade… quem liga?
A minha única queixa em relação às máquinas de escrever, é a sua eterna inconveniência de não se poder apagar o que se escreve.