Moacyr Scliar, um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, morreu à 1h desta madrugada, aos 73 anos, em Porto Alegre, cidade onde nasceu e viveu por toda a vida. Ele estava internado numa unidade de tratamento intensivo do Hospital de Clínicas da capital gaúcha desde 17 de janeiro, após sofrer um acidente vascular cerebral quando se recuperava de uma cirurgia no intestino.
Médico sanitarista, gaúcho e judeu – seus pais chegaram ao Brasil fugindo de perseguições na Rússia –, Scliar construiu desde sua estreia na literatura, em 1962, com “Histórias de um médico em formação”, uma obra vasta e premiada que reflete sobre essas facetas de sua identidade. Ao longo de oito dezenas de títulos, entre a narrativa e o ensaio, firmou um estilo em que a erudição se alia ao humor, com toques de fantástico. Foi também um prolífico autor de literatura infanto-juvenil.
Entre seus livros de maior projeção internacional estão “O centauro no jardim”, “Exército de um homem só”, “A estranha nação de Rafael Mendes” e “Max e os felinos” – este, sobretudo devido à polêmica com o canadense Yann Martel, que, após ser acusado de plágio, admitiu ter se “inspirado” em seu ponto de partida narrativo (um rapaz preso num pequeno barco com um grande felino selvagem) para escrever o premiado “A vida de Pi”. O episódio provocou “furor” no mundo das letras, segundo reportagem de 2002 do “New York Times”.
Chamado pelo crítico argentino Alberto Manguel de “um dos melhores fabulistas brasileiros”, Scliar foi traduzido em mais de uma dezena de línguas, inclusive – de modo especialmente significativo para sua biografia – hebraico e russo. Deixa vaga a cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 2003.
“A literatura não pode mudar o mundo, mas a minha geração achava que sim”, afirmou Scliar em entrevista de dois anos atrás. “Da mesma forma como acreditava a geração de Jorge Amado, Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz. Em todo caso, se a literatura mudar pessoas, isso já é suficiente. E ela muda.”
Atualizado às 11h36.
29 Comentários
O Brasil perde um grande autor
Estou enlutado pela morte deste grande escritor brasileiro…Que perda !
🙁
Uma grande perda para o Brasil…lamento muitooo, os livros dele fizeram parte de todas as fases da minha vida!
Seus textos fizeram parte da minha vida.
Grande homem.
Deixou de herança seu enorme talento com as palavras.
Mais um grande expoente da literatura brasileira nos deixa. Espero que sua memória seja preservada pelo povo gaúcho.
Lamento muito uma grande perda para a cultura do RGS e do Brasil… era leitora assídua de suas crônicas.
Escrevi uma singela homenagem a Moacyr Scliar:
http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/2817875
os gaúchos, assim como todo o Brasil, perdem um dos seus melhores escritores. Médico dedicado a causas tão nobres e muito atencioso nos mais amplos aspectos…vá com DEUS MOACIR SCLIAR
Fiquei chocado com a morte deste grande Gaúcho, como eu, que tive o prazer de conher aqui numa Feira do Livro, de Brasília. O Brasil fica mais pobre, a Cultura perde um grande nome. Ficam as saudades. Parta em Paz. MM.
grandes ideias,intelegencia, dedicação,vontade de mudar o mundo, mudar as pessoas, tornando-as melhor. exemplo de vida. é pena que pessoas assim tenham que partir. pessoas assim é que o mundo precisa.que suas obras façam pelas pessoas aquilo que ele faria se estivesse vivo,descanse em paz, na certeza de que deixastesótimos exemplos de vida.
Foi bom ler isso tudo e o último parágrafo é um presente.
Fiquei chocada com a notícia. Confiava na sua recuperação. O caderno Vida de ZH ficará mais pobre…
O Rio Grande do Sul chora pela perda de um grande talento da literatura e da medicina. Lamentável…
É UMA GRANDE PERDA,LI UMA OBRA DELE,” O CAROÇO DE ABACATE”,GOSTEI MUITO. O BRASIL PERDE UM GRANDE ESCRITOR.ESTOU TRISTE, MAS A VIDA TEM COMEÇO,MEIO E FIM,COMO DIZIA O GRANDE RAUL SEIXAS.ABRAÇOS REINALDO CHAVES DE SÃO LUIS/MA
Quer dizer… ler sobre a morte de alguém é sempre pensante.
MORRE UM IMORTAL…, MAS VIVE NAS LETRAS.
Triste saber da perda deste grande pensador.
Na última Feira do Livro/2010,na cidade de Novo Hamburgo/RS, assisti uma palestra encantadora do Moacir, e hoje pela manhã quando escutei no Jornal RBS a notícia sobre a sua morte, fiquei muito triste, pois nós gaúchos perdemos um grande escitor.
Outra grande perda nacional neste fim-de-semana: BENEDITO NUNES.
Estamos nos sentindo assim, A sindrome do ninho vazio de Moacir Scliar.
Grande perda para o cenário literário do Brasil, além de ser uma grande pessoa.
Grande perda. Foi-se um dos nossos mais importantes e estimáveis homem das letras. Sou grande admiriador dele. A notícia me impactou, Sérgio, mas menos do que supunha; de certo modo eu sabia que uma recuperação dele era pouco provável, se fôssemos realistas. Um dia desses, antes mesmo de saber que ele estava hospitalizado, com a saúde bem débil, numa biblioteca, peguei o “A orelha de Van Gogh” lembro-me que o lia com muito prazer, dizendo: “Grande escritor!” Mas foi artista; grande escritor; ou seja, viverá para sempre através de sua obra.
Fique super trite com o falecimento deste grande escritor, eu tinha esperanças de que ele se recuperasse. Como sou professora,sempre usei seus textos que são muito inteligentes em sala de aula. Saudades!
Deus em sua Sabedoria sabe sempre o que faz. Que o abençoe onde ele estiver!
Abraço fraterno em vc Moacyr Scliar, e muita luz no teu trilhar espiritual.
Quase tão triste quanto a morte de Scliar é constatar que a revista Veja só lhe dedicou uma página na edição desta semana.
Merecia, no mínimo, a matéria de capa.
🙁
UM GRANDE ESCRITOR BRASILEIRO ,QUE NOS DEIXA SAUDADES.QUE PENA SO TER CONHECIDO SUAS OBRAS NO ANO PASSADO NA FACULDADE.MAS TIVE A GRANDE OPORTUNIDADE DE VELO EM OUTUBRO DE 2010 ,QUANDO FOI A PRESIDENTE PRUDENTE.
jesus botou nos aqui para fazermos alguma coisa e acredito que ele colocou vc e todos nois para fazermos a diferença por isso agradessa a ele… obrigado pela atencao
ele era um bom homem jesus colocou ele no mundo por que achava e acha que aquele fes diferença obrigado vou sentir falta !!!!!!!!!!!!*_*_*
UMA GRANDE PERDA PARA TODOS NOS.