Spine poetry, ou poesia de lombada, é a arte – pelo menos no sentido travesso da palavra – de empilhar livros de tal forma que os títulos formem um todo inteligível. Com sorte, um poema.
Consta que a ideia surgiu em 1993, mas foi só no ano passado que a prática começou a virar febre no mundo anglófono – veja aqui e aqui.
A foto aí em cima flagra minha primeira tentativa de dominar essa, digamos, nova linguagem literária. É recomendável clicar na imagem para ter melhor leitura. Mas cuidado, bibliófilos, a coisa vicia. Você nunca mais vai olhar para suas estantes do mesmo jeito.
Para mim, o que mais chama a atenção na brincadeira é o fato de ser exclusiva do mundo físico. Olha aí, coveiros do livro de papel: quero ver fazer isso no Kindle!
22 Comentários
Sérgio,
No Kindle, é possível sim fazer algo parecido. Basta ordenar os títulos do livro de forma que surja um texto inteligível. É claro que, do ponto de vista gráfico, o resultado estético é muito diferente. Mas que dá para fazer a brincadeira, isso dá.
Vale
P.S.: Que falta do que fazer, não? Cada vez fico mais convicto de que a tese do ócio criativo é uma farsa.
Você vai me desculpar, Rafael, mas empilhar títulos numa tela é coisa completamente diferente. Assemelha-se ao arcaico rabiscar de versos numa folha de papel. Tudo bem anterior ao corte epistemológico representado pela spine poetry, meu caro! Um abraço.
Achei fantástico e hoje a noite reorganizarei a biblioteca!
E, com todo o respeito, pau no * do Kindle. Não há prazer igual ao prazer de ter um livro nas mãos, sentir cheiro de pó no sebo, rinite atacando, papel amarelado… isso é romance! O resto é artigo…
https://twitter.com/vanessamkiss/status/303585162900406272/photo/1
Não é que fui lendo título por título e… Achei mesmo que a coisa combinava e dava recadinho. Não. Nada como os olhos no papel que podemos virar folha e sentir a brandura. Eu não disse brochura, disse brandura mesmo. Livros em mãos é algo que nenhuma tecnologia explica.
E os seus assim empilhados, dá vontade de ir ali no meio e arrancar um… dois…
Já fui um entusiasta do livro digital, mas desde que passei da teoria à pratica confesso que estou um pouco desencantado. Ainda não consegui resposta para duas perguntas: como eu faço para revender, e, acima de tudo, como faço para emprestar um livro digital.
Muito prazer, poesia de lombada | Todoprosa - VEJA.com | Remix in literature and arts | Scoop.it
Encontrei, encontrei alguns que sei, entenderia minhas lágrimas e tristeza ao ver livros serem postos no lixo… na casa em que vivo.
O livro digital não pode cair no meio da noite, ali do lado da cama, o livro digital não pode estar vivo ao seu lado enquanto toma uma xícara de café, o livro digital não tem aquela doçura que é pegar a orelha e marcar a página. Ah… livro digital cansa a gente, pois na verdade só podemos ficar naquela mesma posição diante dele. Gente, quanto mais conheço Jesus, mas vejo que o livro jamais acabará. É que nós lemos muito e os livros são nossos companheiros aqui e ali. Este ano já li 4 livros, todos do Derek Prince, um erudito, hein…
Desculpa, não foram 4, foram trës e um não é do Derek, é que em dezembro também li.
E por falar em livro, tem um documentário fidedigno, Sangue na Areia, de Benny Hinn, Editora Vida, que não pode faltar em nenhuma biblioteca se queremos entender o conflito do Oriente Médio hoje. Pode não ser considerado da Literatura, mas é leitura pertinente para os que gostam de compreender o presente já avistando o futuro e com muita esperança.
kkkk gostei da idéia. Acho que até os do Coelho podem entrar nessa.
inFelizmente não tenho como conferir a tese na estantezinha aqui de casa.
Ah, foi de propósito? Que maldade o outro texto… clichês…kkkk
Poesia de lombada, muito prazer | Legal
Mesmo sem conhecer antes o conceito, já havia iniciado um projeto sobre.
https://www.facebook.com/LitNalomba?fref=ts
Achei a idéia muito boa!Inspirou-me a organizar a atividade em sala de aula.
Ótima ideia” O próximo passo, para quando tiver um dia entediante, será formar contos ou, quem sabe, romances inteiros.
Livro Lab
Ai, gente que coisa! Os fãs do ebook não são coveiros do livro físico! -.-
Fora isso, excelente a ideia!! =D
Calma gente!!! Vcs estão muito apegados ao papel! Logo teremos um Spine Poetry digital! Rafael…. Discordo totalmente de você …. O ócio se torna criativo na medida que criamos, desenvolvemos coisas interessantes! Eu me tornei fã desta prática!!!https://www.facebook.com/photo.php?fbid=458180970917291&set=a.458180467584008.1073741825.100001761753874&type=1&theater
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