O Nobel de Literatura, que será divulgado nesta quinta-feira, está movimentando as casas de aposta inglesas – o que não é novidade nenhuma num país que aposta até na cor do vestido que a Rainha vai usar amanhã. O romancista turco Orhan Pamuk está disparado em primeiro lugar nas preferências, mas isso não quer dizer muita coisa: Pamuk já era o favorito ano passado e perdeu para o dramaturgo Harold Pinter, que nem aparecia na lista de seus conterrâneos jogadores. A americana Joyce Carol Oates também está no páreo, segundo a casa de apostas Ladbrokes. Uma curiosidade: Bob Dylan aparece mais bem cotado que Ian McEwan. Mais especulações podem ser lidas, em inglês, no blog Culture Vulture.
29 Comentários
Nos últimos 10 anos Dylan tem sido cotado anualmente para o Nobel de literatura…… mas sua obra está muito acima deste prêmio … ganhando ou não ganhando ele continua sendo o maior poeta vivo deste planeta…..
O Pamuk, aliás, eu estava vendo, é bem jovem. Em comparação com os outros favoritos ao Nobel, i mean.
Seria legal ver o Lobo Antunes ganhar o Nobel, e não digo isso só porque ele escreve em português.
Só uma dúvida/implicância… Nada a ver com o Nobel, mas com esse papo de eleições tenho lido muitos artigos se valendo dessa expressão “mais bem cotados”. Creio que não seja um erro, mas soa mal…
O q vc acha?
gostaria do Bob Dylan ganhando… não pelo livro dele, mas pelas letras… não deixa de ser uma forma de arte com as palavras… Lobo Antunes é uma boa opção… E o Nobel brasileiro, hein…rs. Quando tinhamos autores merecedores, não sabiamos vender o peixe ou a concorrência internacional era também complicada… agora… Não consigo ver nenhum merecedor… Se bem que nem todos que ganharam por outros países eram merecedores…
Putz! Não sabia que o Dylan tinha tanto prestígio com os grandões lá do Nobel. Mas será que o Ferreira Gullar não tem chance agora? No ano passado teve gente que apostou nele…
Este ano, fecho com o Philip Roth. Ele ganhando, ano que vem fico dividido entre António Lobo Antunes e Ewan McEwan.
João Ubaldo Ribeiro
Ian McEwan merece ser laureado com o Nobel, na minha opinião, muito embora eu não conheça todos os demais postulantes ao prêmio. Trata-se de um escritor extraordinário, de enorme sensibilidade, refinamento e firmeza narrativa.
Nélida Piñon. É uma bosta, mas ganha tudo contra é prêmio. Seria engraçado ver os brasileirinhos comemorando um Nobel para Não-é-lida Piñon…
tudo quanto, quero dizer (é óbvio)
para mim letra de música é letra de música. poema é poema.
são parentes mas são duas formas de arte distintas.
Não dá para ler Caetano Veloso, cito por que teve um livro publicado com letras em, como poema. Fica a música na cabeça e algumas letras perdem o peso quando determinadas palavras não são sublinhadas por uma nota musical.
ler a letra de Hurricane por exemplo.
uma historinha. Com a música ganha outra dimensão. Muito potente.
Clarice, concordo em gênero, número e grau com você: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa (e uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa…)
Pelo histórico do prêmio, só consigo afirmar que será uma surpresa.
Ferreira Gullar?
Ele está com esta bola toda?
Eu deixei de acompanhar desde que ele faz o negócio do movimento neoconcreto aqui no Rio e o livro “Vanguarda e Subdesenvolvimento” eu li. Li faz tempos mas com muit atenção. Não vou reler porque não faz sentido para mim. Mas lembro que na época fiquei impressionada com o primarismo de seus argumentos.
Por favor, alguém defenda o F Gullar para eu mudar ou não minha opinião.
Aliás vi uma vez que ele também pinta. Disse ele “- Eu pinto acadêmico por que a gente tem de ser acadêmico em alguma coisa. Na poesia não sou.”
Eu passo bem sem a poesia do Gullar.
Vinicius,
João Ubaldo?
Estamos falando para Nobel de literatura. Acho que o João também não tem bala para isto não.
Eu juro que estou de bem com a vida!
Que bom Saint-Clair,
Eu tenho até medo de dizer isto por que algumas pessoas já me olharam tordo.
Tive um professor de literatura brasileira, hoje o cara é da ABL… rsrsrsrsrsrs, que fez uma apostila com poemas de autores brasileiros e botou lá umas letras de música. Eu achei muito esquisito.
Mas a aula era dele. Eu podia até faltar.
Poesia e letra de música exigem feelings diferentes, ao meu ver. Sem contar a técnica. Alguém aí já pensou em João Cabral letrista? Não é porque se tem um Antônio Cícero e um José Miguel Wisnik fazendo os dois que a gente pode sair por aí impunemente (quer dizer, até pode, é o que todo mundo faz) dizendo que letra de música e poesia são a mesma coisa…
Clarice, a obra teórica e o falatório do Gullar não interessam. Leia o “Poema sujo”, por favor, e também o último livro de poesias dele, “Muitas vozes”. Só com esses dois exemplos dá pra ter uma idéia do tamanho do poeta que a gente tem e não valoriza. Fosse inglês, por exemplo, o Gullar seria Deus!
Desculpem a franqueza e a pobreza do trocadilho, mas quero que o Nobel se exploda. Precisamos mesmo desde Oscar? Fazemos apostas, torcemos, especulamos, repudiamos resultados.
Prefiro não participar desta briga de galo.
Desculpem.
Esse é o ano do Portnoy.
Clarice, Ubaldo Ribeiro tem três obras-primas: ‘Sargento Getúlio’, ‘Vila Real’ e ‘Viva o Povo Brasileiro’. Quem mais tem três obras-primas na nossa literatura? E, como temos a imagem algo bonachona do Ubaldo das crônicas, acabamos por não ver o quanto ele é um artista sério e criativo. Seu último romance é fraco; mas o restante da obra tem força e viço. Ao menos eu gosto muito; e não gosto de qualquer coisa.
Ia ser divertido ver o Bob Dylan ganhando o Nobel. Eu apóio essa idéia. Suas letras são mais literárias que muitos livros, não seria nenhum contrasenso. Seu Nobel podia ser, como o do Saramago, para o conjunto da obra. E que obra!
Também acho que dá Portnoy, o Everyman. Merecidíssimo. Bob Dylan devia ganhar o da Paz, o da Física e o Pulitzer.
Carlos,
O “Poema Sujo” eu tentei ler. Tá na estante até hoje. E atrapalha por que a edição que eu tenho é na vertical. Conheço o “Trenzinho” por causa da música.
vinicius jatobá,
então eu vou tentar o João Ubaldo. Sei que é uma falha minha. Não sei o motivo toda vez que ia comprar ficava em dúvida. Mas já que você falou. Mas a escritura dele no jornal me dá sempre vontade de que fosse mais sucinta. Acabo não lendo. Claro que é uma outra coisa. Não se pode comparar uma coisa que o cara tem que escrever toda semana e sua obra literária.
Acho que Gullar merece. E cito aqui tbm o português Herberto Helder, ótimo poeta. Sei que são cartas fora do baralho, mas quem é tricolor e Império Serrano não liga tanto pra essas coisas de ganhar…
Se Bob Dylan pode, eu aposto no Tom Waits.
Mas falando um pouco mais sério, qual o critério para essa escolha? O escritor deve se candidatar ou há uma comissão (formada por quem?, quantos? de onde? )
abrs,
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