Você já leu a contista canadense Alice Munro? Eu confesso que não, e convido quem tiver lido a se manifestar aqui nos comentários. O mais-que-prestigioso prêmio Man Booker International que ela ganhou hoje pelo conjunto de sua obra e “contribuição à ficção no cenário mundial”, concorrendo com nomes como Mario Vargas Llosa, V.S. Naipaul e Peter Carey, recomenda jogar logo alguma luz nas trevas da minha ignorância. Munro tem dois livros em catálogo no Brasil: “Fugitiva” (Companhia das Letras, 2006) e “Ódio, amizade, namoro, amor, casamento” (Globo, 2004). Quem tiver pressa e inglês para tanto pode preferir seguir este bom guia de contos disponíveis online, publicado pelo blog de livros do “Guardian”. Vou passear por lá, quem sabe volto ao assunto.
17 Comentários
Alice? Só conheço aquela no país das maravilhas…
Tenho os dois livros e não li nem um conto ainda, infelizmente.
Não li, e confesso que não sou muito chegada em contos. Não chega nem a ser preconceito, porque gosto muito do Rubem Fonseca contista – mais do que do romancista. Acho que é falta de afinidade, mesmo…
Confesso que não tinha ouvido falar nem do Man Booker International.
Santa ignorância, Batman! – diria o Robin…
As vezes me parece que apenas indicam o Vargas Llosa para dar alguma legitimidade para o ganhador.
Prezado Sérgio,
Voce já fez algumas incursões no conto? Ao que parece, sua “praia” é a narrativa longa.
Prêmio merecido. Alice Munro é excelente escritora. Li Fugitiva e achei um livraço!
Caro José Rubens: estreei na ficção com um livro de contos, “O homem que matou o escritor”, e nunca abandonei o gênero. Os Sobrescritos, que também são (mini)contos, vão virar livro este ano.
Se o prêmio é sério e alguém consegue desbancar, mais do que o Vargas Llosa, o Naipaul, significa que esse alguém vale a pena.
Contos? gosto. Muitos dizem que é a narrativa por excelência deste século.
Sobrescritos vai virar livro? Minha biblioteca “Sérgio Rodrigues” vai aumentar ainda mais. Porque o autor de Elza é do tipo de escritor que se lê como se fosse um narcótico.
A Alice Munro é autora do conto que deu origem ao filme “Longe Dela’, dirigido e roteirizado pela também canadense Sarah Polley, que foi indicada ao Oscar de Roteiro Adaptado. O conto chama “The Bear That Came Over The Mountain” e foi publicado na New Yorker. Tanto a história quanto o filme são ótimos.
Sérgio, recomendo vivamente a Munro. Para mim, sem exagero, é a melhor contista viva, seja homem ou mulher.
O Jonas tem razão, e ela só escreve contos. Até a história da própria família ela escreveu dessa forma.
Como outros já disseram, a Munro é considerada uma das principais contistas vivas. Li os dois livros dela traduzidos por aqui, excelentes. Aliás, a Fugitiva é uma obra-prima. Acho que juntamente com Reparação é um dos livros mais elogiados dos últimos anos.
Alice Munro é colaboradora habitual do New Yorker. Uma bela contista. Sua obra é notável. Fica de olho nela, doravante.
A Fugitiva é um livraço. Todos os contos são muito bons, alguns são excelentes. Concordo com o que disse o Jonas aí em cima: é a melhor contista viva.
li alguns contos on line da senhora Munro (como diria o NYT).
são histórias cheias de tensão, habilidade narrativa e maturidade psicológica. ela consegue fazer algo curioso: suspense com temas do cotidiano, com personagens “medíocres”.
Me lembrei de Tchecov. Acho que a autora já o mencionou como grande referência.
Ainda não li, tinha ouvido o nome…em algum lugar.
Vargas Llosa eu odiei o único livro que li e de Naipaul gostei de tudo o que li (não li tudo o que ele escreveu)
Abraço