Norman Mailer morreu hoje, de falência renal, aos 84 anos. “Se ele nunca chegou a conseguir produzir o que chamava de ‘o livrão’ – o Grande Romance Americano – não foi por falta de tentativas”, anota o obituário do New York Times (em inglês, mediante cadastro gratuito).
8 Comentários
Um autor bem irregular, que sempre se encaixou naquela categoria de que se você comprá-lo pelo que é e vendê-lo pelo que ele pensa que é, vai dar lucro. Gosto de Os Nus e os Mortos e da daquela reportagem A Luta. Mas Exércitos da Noite nunca me desceu muito bem.
Seja como for, a América fica bem menos inteligente com a morte de Mr. Mailer.
Li “Os nus e os mortos” e fiquei fascinado, perguntava-me como um rapaz de 26 anos pôde produzir tão bela obra. Saí à cata de outros títulos de Mailer e comprei num sebo “Os machões não dançam”. Aí, bem, aí esqueci que esse escritor existia.
“O Fantasma da Prostituta” é uma obra-prima sobre os subterrâneos da CIA. Pena que Norman Mailer não tenha [ainda] sido [re] conhecido pelas gerações mais jovens como um grande escritor.
Noites Antigas é um grande livro. Lembro sempre desse livro quando penso no prazer de ler.
Norman Mailer morreu e eu reli o meu “A Luta” em um dia (viva os feriados!).
Cacete, por breves instantes este senhor já deve ter sido o melhor escritor vivo nessa terra.
Bom demais!
Achei burrinho o comentário do NY Times. Quer dizer que, se ele não chegou ao pódio, seria desnecessário lê-lo?
A Canção do Carrasco também é um excelente romance.
Abraços.
Caro Milton, o NYT não diz em momento algum que não se deve ler NM. O alto do pódio é algo que ele sempre mirou abertamente, anunciando sua ambição aos quatro ventos. Fez disso um personagem, uma celebridade. O que no fim talvez o tenha impedido, ironicamente, de cumprir a tal profecia do Grande Romance Americano (um mito tolo, claro). Daí a não ler o homem vai uma distância enorme. Um abraço.