Assim eu vou acabar acreditando que Jorge Luis Borges está neste momento, em algum daqueles tempos bifurcantes que ele adorava, morrendo de rir. Além do caso científico da mulher com memória perfeita que o personagem Funes antecipou em mais de meio século (veja a nota abaixo), existe também a tese de que o escritor argentino lançou pistas proféticas sobre o genoma humano no mesmo livro de 1944, “Ficções”, no conto “A biblioteca de Babel”.
Coisa de literato? Não. A tese – brincalhona, claro, mas ótima – é defendida com elegância na revista “Ciência Hoje” por um cientista, Sérgio Danilo Pena, professor titular do departamento de bioquímica e imunologia da UFMG. Vale a pena conferir aqui.
5 Comentários
Mistérios da escrita, em Borges, ali e algures. Lezama Lima, por exemplo, diz em seu Imagen e posibilidad: “En la exquisitez de sus agriculturas a lo divino, San Francisco de Sales nos toca com su sabiduria, cuando nos recuerda que si en la lasca lunada de una almendra, grabamos un nombre y lo ajustamos de nuevo a su nuez, todo el fruto repetirá el secreto allí impreso”.
Agora só faltam descobrir aquele planeta que ele criou para ele mesmo (Tlön, Uqbar, Orbis Tertius).
Mas, sério mesmo, quem procura ordem que vá para a Suíça, aqui no mundo real reina a desordem, coisa que o igualmente estranho Douglas Adams (42) também já sabia.
Muito interessante, Sérgio Rodrigues, gostei…não somos nada….pq. algumas pessoas teimam em não ver o óbvio?
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E ele também antecipou o tal Evangelho de Judas, no conto Três Versões Sobre Judas, nas Ficções.