Colocado no centro dessa fogueira de paspalhos, faço um apelo: por favor, não me adotem. Não sou um escritor de confiança.
Cristovão Tezza, na “Gazeta do Povo”, comentando o caso do seu livro recolhido da rede escolar em Santa Catarina.
Colocado no centro dessa fogueira de paspalhos, faço um apelo: por favor, não me adotem. Não sou um escritor de confiança.
Cristovão Tezza, na “Gazeta do Povo”, comentando o caso do seu livro recolhido da rede escolar em Santa Catarina.
16 Comentários
gostei da resposta do tezza.
OFF TOPIC:
SR, sai em junho a tradução de Lush life, romance de Richard Price, tradução que, um tempo atrás, se não entendi errado, você considerou merecer honorários extras. É Vida vadia, tradução de Paulo Henriques Britto.
Hah, muito bom.
Excelente! “Auxiliar pedagógica”, entre aspas, já diz tudo…
O Tezza colocou ferraduras dentro das luvas. Porrada decente.
Achei a altivez do Tezza algo fingida. Mas tudo bem: nessas horas, a estratégia mais eficaz é mostrar, com pose de superioridade, uma indiferença olímpica.
Tezza, como sempre se mostrou bem humorado.
Tezza é o representante da civilização contra a barbárie das “auxiliares pedagógicas”.
Foi uma boa resposta.
Não entendo porque algumas pessoas espalhadas por aí, pela net, culpam o autor. Ele ou principalmente o outro do “Nunca ame ninguém. Estupre.” nunca disseram que escreviam para as crianças… Ou não?
Alguém é PAGO pra escolher esses livros? Vou me candidatar… 🙂
Caramba!
Sérgio muito obrigado por compartilhar este texto.
Aí está, que sabe o que faz e prova! Como diria minha avó “matou a cobra e mostrou o PAU!”
Cristovão Parabens!
….O governo de Santa Catarina anda ultimamente pisando nos tomates…
Sempre me afastei dos donos da literatura. Daqueles que escrevem somente para eles, e que pensam e interpretam por nós; que envolvem seus didatismos na soberba estereotípica e na mania da apuradíssima técnica. E que matam e esquartejam a fala fluente, natural e simples de um autor. Por isso fiquei feliz ao ler o artigo: “Escritor prevê a morte da literatura”
jbonline.terra.com.br/pextra/2009/04/03/e030430175.asp –
É realmente de se lamentar o cancelamento da participação do Tezza na Bienal do Livro, aqui em Lages/SC, a sua terra natal.
Perdemos nós, obviamente…
Seguindo a mesma “moral”, deveriam recolher todos os exemplares da Biblia, pois o Cântico dos cânticos ou Cântico de Salomão é extremamente erótico para essas sensibilidades de plantão. Isso é coisa de gente enrrustida que quer pregar um moralismo auto afirmante.
Grande Tezza! Só me faz lembrar de ler seus livros. Não posso deixar passar mais.
O caso das escolas de SP desencadeou uma inquisiçãozinha com fiscais da moral doidos pra cavar seus 15 minutos de mídia. Perscrutaram textos variados em busca da frase perniciosa, da cena devassa. O triste disso tudo é que ler obras instigantes não melhorou a cultura deles. O peso da leitura na formação do leitor está em xeque… Mas é isso aí. Tirem esse livros das mãos de nossos jovens, deixem a moçada se divertir com a TV, curtir American Pie, Mulheres do pomar e outras curtições superedificantes para o seu desenvolvimento.