Qual é o maior problema da literatura brasileira?
( ) Os escritores não sabem escrever.
( ) Os leitores não sabem ler.
( ) Os críticos não sabem criticar.
( ) Os blogueiros se acham escritores.
( ) Os comentaristas de blog se acham críticos.
( ) Os críticos dos comentaristas de blog se acham.
( ) Os críticos dos comentaristas dos críticos dos comentaristas de blog… hã, onde estávamos mesmo?
( ) Ser brasileira demais.
( ) Não ser suficientemente brasileira.
( ) Não ser literatura.
( ) Literatura brasileira? Onde?
( ) Vai ler um livro e não me enche o saco.
Publicado em 25/7/2007. Republicado a pedidos.
84 Comentários
Acho que não tem problema. A literatura brasileira é isso e ponto. Tirando a última, que nada mais é que um “não enche!” simpático, todas as opções possuem sua parcela de verdade.
Abraço.
Esse papo me lembrou aquela máxima “vá ao teatro mas não me chame”…
Também acho que é de tudo um pouco. Uns problemas sobressaindo-se mais que outros, mas sempre a soma de todos.
No mundo bloguístico, um problema de peso é que, salvo algumas boas exceções como você, os blogueiros se acham escritores.
Único “pobrema”:
” Ser brasileira demais.”
Em todos os sentidos…
Bem… eu sou: leitor de contar e resenhar os títulos lidos; sou escritor e sou o melhor que conheço; sou blogueiro dos blogueiros e deles o mais crítico… e sobre a literatura… penso que temos que mudar a imagem que ela tem com para as pessoas que podem fazer a diferença…
Sabe, estudei sempre em escola pública e detestei a literatura ali ensinada… não víamos como arte e sim como obrigação: “ou lê ou não passa!”, então, temos que escrever para estas pessoas… temos que apagar o significado de literatura contemporânea de escrever outro, um que signifique que algo como a música é hoje, feita para atingir a todos os que sentem, e não só compreendem… sabe Sérgio e visitantes.. penso, às vezes, que nós, escritores estamos escrevendo somente pra gente que lê clássicos e não tem a mínima idéia do que é a realidade artísitica atual, por isso repetimos Balzac e Tolstói… e com isso a literatura fica elitizada sim, mas restrita. Temos que fazer uma literatura de qualidade sim, ou como alguns dizem: uma Grande Literatura, mas para todos… caso contrário, teremos que esperar todo mundo ser educado adequadamente, para aí sim sermos escritores.
ah.. só uma crítica quanto A SERMOS BRASILEIROS DEMAIS: acho que antes de pensarmos em transpor a brasilidade na literatura, devemos nos lembrar que estamos tratando da humanidade, que portanto é internacional… e até quase extra-cultural. Assim, escrevamos livros para serem lidos até por marcianos, se acaso eles exisistirem e quiserem saber como é e porque tal ser humano assim ou assado se comporta de tal forma frente a tal situação.
Ser brasileira demais.
Prezado Hiago,
A sua proposta de uma “literature for dummies” já tem fiel seguidores no Brasil. Penso nos gibis da Mônica e nos livros do Paulo Coelho.
Nunca existiu, em toda história da Humanidade, uma literatura que fosse concebida “para todos”, exceção feita ao realismo soviético que contava com a mão de ferro de um Estado Totalitário.
Toda literatura sempre foi elitista. Nunca a literatura foi feita para educar alguém.
Por isso, digo, meus caros: se alguém quer produzir boa literatura, que escreva bons livros; se os livros forem bons, encontrarão leitores. Mas, por favor, deixem de lado esse anelo absurdo, coisa de gente narcisista, de falar às multidões.
Oi,
As editoras precisam alcançar melhor os leitores. Visito alguns sites de editoras e não há nada! Aguardo todo mês um (re)lançamento do Nelson Rodrigues pela Agir e não se informa p.n.. O mesmo acontece com a Rocco. Fui atrás do livro do canadense( A arte de recusar originais) e me decepcionei. Tenho que aguardar os sites-livrarias Americanas, Submarino e Saraiva.
“sou escritor e sou o melhor que conheço” disse Hiago (sic, com “H”).
O sujeito não é o melhor, mas é bom, um sátiro danado, morri de rir do resto do comentário, cheio de humor absurdo, é nonsense, completamente nonsense.
Fazer literatura para as massas a partir do atual estado da cultura brasileira? Fazer uma literatura congruente com a música pop brasileira contemporânea? Fazer do passado tabula rasa?
Hilário.
Faltou um item lá em cima: todas as questões anteriores.
Dois comentários aqui deixam isto mais do que claro.
faltou uma opção> “faltam leitores”. este sim é o único problema.
Hiago com seu comentário corrobora seis ou sete possibilidades aventadas no post sobre a origem do problema da literatura brasileira.
O Hiago é o exemplo perfeito do porque eu evito qualquer tentativa séria de escrever algum livro. Me assusto ao imaginar um mundo em que ele é o melhor escritor conhecido.
O Hiago é de verdade mesmo? 🙂
Ter mais gente lendo menos bíblias já seria um grande avanço.
Abss!
Olha o Eric mexendo com o fogo divino… vai se queimar, infiel!
Como diria Sabino no Encontro Marcado : “O problema é que não há problema.”
O problema não está na Literatura. Se há algum problema nela é sintoma de algo maior: vivemos numa sociedade ignorante, onde a classe dirigente é marcadamente inculta. Quando um integrante das outras classes ascendem socialmente, ficam orgulhosos do que não sabem.
Em muitos aspectos, eu concordo com o governo Lula, mas no tocante a educação, por exemplo, acho um desastre. Ele não se cercou de intectuais, e não criou um plano efeitivo de educação em massa. Em oito anos você educa uma geração inteira; pega um menino de dez anos, ainda passível de ser transformado, ao fim do governo ele vai estar na universidade. Outros países, alguns muito mais pobres, conseguiram. Enfim, o problema da literatura é a cultura do não saber…
O problema da literatura brasileira é que tem gente demais dizendo o que é bom ou não é, quem é escritor ou não é, o que é literatura ou não é; e gente de menos lendo e tirando suas próprias conclusões.
Para ser escritor, basta escrever. Se o que se escreve é relevante, se vai ser lido, se vai ser publicado, se vai ser comprado, se vai ser debatido, se vai ser execrado, se vai ser consagrado, isso tudo depende de muitos fatores: nem todos sob controle ou de acordo com os gostos diversos.
Outro “probleminha”: jovens que terminam o ensino médio (meu antigo 2º Grau) sem sentir pavor da expressão “literatura brasileira” são verdadeiros alienígenas. O ensino de literatura na verdade apenas predispõe os alunos a execrarem a leitura, em geral, e a literatura, especificamente (principalmente a brasileira). É doloroso engolir teoria sobre teoria, absolutamente sem contextualização, e ser obrigado a ler alguns livros sem nenhum acompanhamento ou incentivo intelectual. Nem todo mundo começa lendo Machado de Assis no berço.
Então, como formar um público leitor consciente, interessado e capaz?
Que divertido. Há um montão de gente achando que o problema é realmente o problema; todos com seus dignósticos; todos culpando a educação, as elites, o governo, a Bíblia. Não há problema algum com a literatura: ela segue sendo produzida, como sempre foi: uma infinidade de porcaria sendo editada e, em meio a todo esse lodo, desabrocha, às vezes, uma flor. Em termos qualitativos, a literatura brasileira contemporânea não destoa da literatura do passado: um conjunto de obras medíocres em que, raramente, aparece algo de bom. O que mudou foi a quantidade: hoje se editam muito mais livros que se editavam antes.
falta de adeptos.
Sou ateu e grande admirador da Bíblia. Não é uma leitura fácil, absolutamente.
O papo de culpá-la por nossas dificências literárias é furado, ao meu ver. Brasil não é o único país essencialmente devoto ao cristianismo.
O absurdo do argumento é semelhante a dizer que somos incultos por haver muita gente em cursos de pós-graduação.
Infelizmente, o que vejo é a criançada ser alfabetizada e exercer seu direito de leitura através da internet, lendo porcarias diversas.
Pergunta interessante. Admitiria, penso, diversas respostas. Uma delas, um sofismo certamente, talvez admitisse que, hoje em dia, não existiria uma literatura brasileira [corroboraria a 11a opção]: porque todos, mais dia menos dias, estaremos escrevendo em inglês…
Fundamentalmente, aceito que problema esteja na falta de memória e… excesso de imaginação.
Todos os grandes escritores “internacionais” [isso é uma mera formalidade vocabular, pois os grandes mesmo são universais] não deixam de perpetuar a memória dos que vieram antes. Fazem isso como uma espécie de agradecimento e reverência.
No Brasil, fora todos os problemas listados acima, queremos ser jovens e inovadores [ou ignorantes, escolham] sempre. Ou seja, ainda sofremos daquele mesmo mal que atingia o Dorian Gray…
Os leitorem leem e não sabem o que estão lendo, e ainda se acham capazes de criticar àqueles que escrevem….
Acreditam na liberdade de expressão e acabam sendo ignorantes.
O problema da literatura brasileira atual é que ela não existe.
Sérgio: Adoro o Sobrescritos, você sabe, e esse causou bafafá.
Eric: Condordo, mas poderiam também o Corão, Cabala e outros livros supostamente do mesmo autor.
Sérgio,
Eu escrevo em blogs, agora não sei se isso me torna escritora blogueira. Algumas pessoas me questionam muito isso. Eu sinceramente não gosto de colocar pessoas/situações em gavetas etiquetadas.
Nunca escrevi um livro, apesar de alguns manuscritos empoeirados, pois a minha auto-crítica e também o meu enorme respeito e admiração pela grande literatura me inibem de colocar nas prateleiras uma expressão vã… .
Já a internet encerra uma possibilidade de contato e troca entre os que gostam de escrever e vice-versa. Todavia, sabemos – eu sei – que nem sempre conseguimos alcançar quem gostaríamos.
De fato, há um grande problema com o leitor brasileiro. Um muito básico e primário denominado interpretação de texto.
E um mais simples, porém de resolução absolutamente complexa: Cultura.
É sabido que hoje aquilo que é mais digestivo e próximo da banalidade cotidiana ganha notoriedade. E, claro, a notoriedade em nenhum momento é sinônimo de qualidade ou excelência.
E minha opinião pessoal, sem pretensão alguma, é que apenas não sabemos aproveitar aquilo que nos é proposto.
A internet é usada para divulgar literatura tosca, de fácil consumo e modista, por muitas vezes. É fato que existem hoje, principalmente em SP, grupos de artistas que fomentam a tividade de seu grupo – quase um cartel das arte, rs.
E, também, a ausência do leitor crítico… .
“Uma coisa dá na outra, saca?” (tom descolado)
Quanto aos críticos, eu gosto de um citado que não me recordo o autor que diz “os críticos são artistas frustrados”.
E a literatura brasileira fica à deriva… .
Sérgio,
O problema de vendagem de livros (acho que é a isso que você está se referindo) é que o livro ainda é caro para o brasileiro. Se você pedir que alguém relacione os vinte produtos que ele compraria naquele momento, você pagando, acho que não ia pintar livro na lista….
Tênis, videogame, camiseta, sorvete….
Nós não vamos ver a solução desses problemas (cada vez maiores, já que leitura é hábito e cada vez menos difundido).
Quando eu fiz vestibular, tinha que conhecer toda a obra dos autores brasileiros e algo dos portugueses.
Hoje em dia, a FUVEST divulga o nome de DEZ livros, comprometendo-se a só perguntar sobre eles…. Um grande incentivo, hein?
Shirlei, se você me pedir uma lista com vinte produtos que eu quero no momento, com você pagando, também não encontrará nenhum livro.
Livro é lazer, por melhor que ele seja e por mais que ele diga. Antes do lazer, temos outras necessidades mais básicas, mais fundamentais para nossa subsistência.
Já, comigo pagando, posso até cometer o desatino de comprar um livro de vez em quando (e entre uma ou outra coisa mais importante).
Um dos problemas graves na nossa literatura nacional são cada um dos inúmeros Tibor Moricz que fazem do hábito da leitura mero prazer.
Ô Bianca, dispense apresentações: o estilo barato de seu texto e as idéias “batidas” (entre aspas – “em sentido descolado, coloquial e irreverente”) nele te delatam com uma força sem precedentes.
E, Cláudio, bela bagunça você fez aqui… O que anda lendo, o dicionário?
Pronto, descobrimos o ” problema.” Obrigado, Lucas… você tem toda razão. Literatura não pode ser um mero prazer. Literatura é sofrimento. É isso!!! Tibor, se você se pegar gostando de ler um livro, faz o favor de rezar dez Ave Marias, O.K ?
E lá vem o Pedro David demonstrando a badalada ineficiência em leitura típica brasileira.
Mas vamos lá. Já que “rezar” anda tão em voga nesta discussão, aproveito estar ajoelhado e explico: literatura não tem por razão de ser dar prazer (na acepção do termo referente a entreter) aos seus consumidores.
Bem como o cinema, o teatro, a televisão ou a pintura, de todo nunca à priori compartilharam dessa premissa já arraigada no imaginário popular.
Deixar a leitura para “horas vagas, quando não se tem nada para fazer e se está a fim de relaxar” é o maior fator inibidor da leitura neste país (talvez até mais do que o analfabetismo).
Em tempo: meu último raciocínio foi força de expressão, Pedro David. Pessoas analfabetas de fato não lêem.
São muitos os problemas, como em quase todas – ou todas – as outras literaturas (vejam em que estado a literatura francesa está! Balzac, Flaubert e Hugo devem estar se revirando no Panteão).
Vou apontar um só: os nossos colegas escritores não andam lendo muito.
Eu adooooooooooro contar uma história, posso? Tipo mãe comprovando a tese.
Assim: meu filho sempre nos viu (eu e meu marido) lendo jornais, revistas, livros. Eu tenho dificuldade de largar um livro interessante, geralmente vou até o fim, mas, quando ele era pequeno, eu trabalhava fora o dia todo. À noite, sentava na cama e lia (não obrigatoriamente, quando estava lendo algo).
Um dia, eu estava na cama lendo quando o meu filho (uns 4 anos) entrou no quarto, abriu o armário de livros, escolheu um e sentou-se ao meu lado prestando atenção ao livro em suas primeiras páginas. Deixei quieto.
Isso se repetiu alguns dias, sendo que ele sempre avançava na quantidade de folhas do livro (e sempre o mesmo livro). Até que um dia ele foi para o fim e disse: “Pronto, já li meu livro”.
Desculpem se eu já contei essa história, mas é uma das lembranças mais legais da infância do meu filho.
Veja, se com tão pouca idade a criança já observa o objeto, a mudança do objeto de um dia para outro e que existe um fim…. não é animador?
Não adianta falar “vai ler, meu filho!”. Tem que assinar jornal, revista, trocar livros com os amigos e, principalmente, ler também.
Pedro David,
Onde está escrito que não gosto de ler? Adoro ler. Mas em vista de necessidades maiores, deixo a leitura de lado só retomando-a quando essas necessidades estão saciadas. E ler é lazer. Quando for obrigação, largo mão de toda essa merda.
Agora, Tibor, dentro da sua argumentação.
O sócio do meu pai perguntou a mim e às minhas irmãs o que a gente queria ganhar de presente de Natal. Eu tinha talvez 7 anos. Pedi um livro de inglês. O cara ficou constrangido, me ofereceu outras coisas, encasquetei com o livro.
No Natal, veio lá meu livro – enquanto minhas irmãs ganhavam brinquedos.
Eu achava que uma outra língua é simplesmente a substituição de letras de um alfabeto para outro. Descobri sozinha que tinha levado um prejú: não entendi nada do livro!
Ler é prazer. Às vezes no lazer, às vezes no trabalho, às vezes por obrigação escolar.
Lembrei o que eu queria dizer. A blogosfera é um espaço abarrotado de “cronistas”, “poetas” e gênios para si mesmos pensando.
As crônicas não são crônicas, são textos avulsos e desimportantes. A poesia é majoritariamente erótica e livre (métrica? o que é que é isso?) e resultado de uma… inspiração… sabe?
Fechei meu blog porque ele dava um trabalho danado.
Mas deixa o povo escrever!
O problema é o ‘problema´ « Laion Monteiro
Oi Lucas: dicionário, sempre, como acompanhamento ou não, pois faz bem à saúde. Agora, acabei de ler, o “Bibliotopia Or, Mr. Gilbar’s Book of Books & Catch-all of Literary Facts And Curiosities”.
Que leitores??? Faltou a opção “Não há leitores”. Bjs!
Eu não vejo problema nenhum com a literatura brasileira, vejam só o nosso maior autor, Paulo Coelho, como vende lá fora! É sinal de que a literatura brasileira faz parte das melhores do mundo, não deve nada a nenhuma outra.
Antonio Cândido que o diga.
Alguém aqui falou em Paulo Coelho? O Cláudio está tendo um orgasmo…rsrs
Tibor, não disse que você não gosta de ler. Estava me juntando a você ao ironizar a idéia infeliz do Lucas, que acha errado literatura ser um mero prazer. Agora vou lá gozar com o Lobo Antunes…
abraços a todos…
Lucas, não fiz apresentação alguma. Apenas passei aqui uma experiência. Não entendo esses ataques gratuitos em comentários… .
Não tenho intenção alguma, não pretendo nada. Creio que isto é um expaço para discussão produtiva?
Qual é o grande problema com o respeito?
Eu acredito que, antes de discutir literatura, devemos aprender e aplicar o respeito.
Desculpe, mas sei que o que escrevo não é barato, pois é dotado de honestidade e espontaneidade. Se você não gosta, claro, é absolutamante natural, mas daí a essa gratuidade ingênua de insultos, e ainda sem compreender corretamente o que fora dito… Sei não. Idéias batida??? Quais são as novas Dr. Lucas??? Pro acaso o Sr. deve ser um precursor falido de algo que nunca ouviremos falar, certo?
Eu acredito que você tenha um déficit grande em interpretação de texto. Você engrossa a lista dos leitores que não sabem ler, mas gostam de criticar.
Aliás o mundo é muito bom para criticar, mas nunca vi algum desses tão sabidos produzir algo.
Sabe que eu acho, Lucas, você é de certo um cara muito feio e muito chato.
Tibor, devo a você as boas risadas que dei hoje.
Rir desopila o fígado.
Sérgio, divertidíssimo. Estou com um texto no gatilho que fala um pouco disso. O negócio é que, depois das opções que você deu, ele me parece pequeno demais… hehehe Abraço! P.S.: Comprei o livro do Kundera por sua causa. Vou começar a mandar a fatura do cartão pra você…
Em primeiríssimo lugar.. saibam que eu existo!… e em segundo, peço que “me desculpem”, pois poucos aqui me conhecem… e acamabam me de-sen-com-pre-en-den-do…
analisem meu comentário acima, se quiserem, e vejam que “corroborei todas… e não só algumas das alternativas citadas pelo Sérgio” vejam que há erros de “gamática”, e até “ortrografria” lá no comentário…
Entornem minha opinião ‘acima pelos avessos’ e vejam o que eu penso sobre o ‘problema’ da literatura… mas, se preferirem, tratem de todo o ‘problema’ com uma problematização desnecessária, pois ver problema em algo que todos fazem (digo: escritores, leitores, editores, livreiros e críticos) é dizer que o problema está em nós… todos nós, afinal: esta literatura é feita por todos que ai estão, que, ao criticar o problema, se tiram de dentro dele… com se não falassem de algo que lhe condiz ativamente, como um alguém que também causa o problema… pois criticar não é resolver… pois fazer o certo e deixar de lado quem faz o errado também é errar… pois… – ah, é isso!…
Terminando e com o mesmo tom satiririríco de antes: Paulo Coelho não é uma literatura para todos (pois penso que alguns, como eu, não têm saco para ler)… e minha opinião sobre ele é só minha, não dou este doce pra ninguém, porque penso que, se criticá-lo, terei de vender mais livros do que ele, para me poder dizer melhor… e melhor sou sim… o melhor que conheço, pois o único que controlo o que escreve… e penso que uma literatura para todos tem de ser um ideal extremo, para na síntese dialética, a realidade literária ser efetivamente mudada… não é utopia, mas sim uma atitude de deixar de lado essa besteira intelectual ou incapacidade de “traduzir o eruditismo para o povo… E sim… o texto realista faz isso muito bem, mas não por ser realista, mas sim comum ao dia-a-dia…
Parabéns, Sérgio, por este post… acho que até agora foi o mais interativo de todos…. pois quem não gosta de achar problema?
será que alguém postaria tantos comentários sobre: A SOLUÇÃO PARA A LITERATURA BRASILEIRA?
pronto!!! essa é boa!.. Hiago Rodrigues Reis de Queirós e Sérgio Rodrigues no mesmo blog… estarei sempre aqui, com certeza… é faísca e até choque garantido!
dá-lhe Hiago… com seu cinismo ácido!
é rir do que é sério…
Eu queria ser é a Zíbia Gasparetto. Ela estava agora mesmo dizendo ao Amaury Jr. que a primeira edição dos livros dela gira em torno de 170.000 exemplares. E que, no total, já vendeu quase 10 milhões de exemplares… Só perde pro Paulo Coelho!
Que luuuuuxo, gente. Enquanto os crente são tudo pobre, os espírita tem grana até pra comprar livro da Zíbia!
(Eu só queria que os Espíritos tivessem um pouco mais de noção estilística… No Além não tem críticos literários, não, hein? KKKKKKKKKk, ah, tá: tão me sobrando aqui que os críticos literários NÃO vão para o Céu; estão todos no Inferno)
Talvez, o maior prejuízo para a literatura brasileira seja parecida com o que ocorre com o cinema nacional (eu acho). Faz-se tão pouco, são tão poucos os que podem chegar a publicar e ainda manter uma fonte de renda (alguém aqui vive de livros?), que a gente acaba sendo muito crítico, buscando sempre um Goethe, um Machado, uma obra prima. É preciso que se imprima muita literatura mediana para achar uma obra prima…. E isso não é crítica, não, é um comentário sobre o que a gente vive.
No cinema é a mesma coisa. Hollywood (e agora Bollywood) fazem um bilhão de filmes por ano. Alguma coisa boa tem que sair, né? E a gente fica com essa sensação de cachorro viralata, de não saber escrever, não saber filmar etc.
Para formar um senso crítico é preciso ir do ruim ao bom, saber as diferenças, ler tudo.
Tá faltando dinheirinhas…
Verborragia.
Pessoal.
Parem de discutir.
Está passando Big Brother.
Graças ao Hiago, tive uma iluminação: O problema da literatura brasileira são as reticências…
Concordo com a Gerusa, faltam leitores…
Falta um país… Isso aqui é um campo de refugiados.
Faltam leitores! Sim, este é o grande problema. Machado de Assis, no Século XIX, e Graciliano Ramos, em meados do Século XX, não enfrentavam esse problema, pois, nas suas respectivas épocas, abundavam leitores no Brasil. Aí, com a universalização do ensino e a quase erradicação da analfabetismo, os leitores começaram a escassear, e a literatura, pobre coitada, tornou-se a vítima desgraçada desse maldito aumento da massa de pessoas letradas.
Quase erradicação do analfabetismo… devo estar vivendo algum tipo de realidade paralela…rs
Ah, Tibor. É o que diz o IBGE.
É claro que há o tal do analfabetismo funcional. Mas confesso que, pelos critérios de hoje, alinhar quatro palavras, mesmo que uma não tenha nada a ver com a outra, já é sinal de ilustração e erudição. Se o sujeito coloca uma crase, mesmo que seja no lugar errado (à domicílio, v.g.), esse então é quase um Pe. Vieira.
Pelos meus critérios pessoais, noventa por cento dos comentaristas deste tópico (Hiago à testa) são analfabetos funcionais. Para a pedagogia moderna, sou insensível à variedade lingüística; uma pessoa que não sabe apreciar a capacidade inata do ser humano de expressar sua ignorância, digo, cultura.
Fiquemos com o IBGE.
Agora, uma coisa é fato: há mais pessoas letradas hoje do que em qualquer época passada; há mais livros sendo produzidos e vendidos no Brasil do que em qualquer época passada; há mais pessoas que escrevem e lêem do que em qualquer época passada.
Culpar os leitores pela má qualidade da produção literária é o fim da picada.
Este é o país dos critérios, concordemos com eles ou não.
Acho que a literatura hoje é uma das engrenagens da indústria do entretenimento. Daí a tríade compre o livro, veja o filme jogue o game. Ou compre o livro, veja o filme, leia a adaptação pros quadrinhos, adquira os bonecos etc etc etc. No Brasil, essa indústria é capenga. Tem as novelas da globo, as novelas da record e as novelas de sei lá mais quem. Mas falta o ponto de conexão com os outros ramos da indústria. Quando isso foi feito – na casa das 7 mulheres ou no cidade de deus, por exemplo – os livros venderam bem, a editora ganhou dinheiro e o autor faturou algum. Claro que a grande literatura, em geral, fica fora disso, mas é essa engrenagem que cria a musculatura das editoras e permitem o investimento em novos autores.
Faltam leitores, prova disso é que nem livros indiscutivelmente bons vendem muito: mas será que nossos livros, os brasileiros, valem mesmo a pena (quero dizer, dinheiro e tempo investidos)?
E Rafael: não chute o Hiago. Ele está empolgado porque se acha idêntico a um certo personagem de um certo livro do Cristovão Tezza (horrível e premiado, por sinal).
Fernando Torres, de onde voce tirou isso, “Cabala e outros livros supostamente do mesmo autor”?
Cabala nao eh um livro, longe disso, e ate onde eu saiba ninguem jamais atribuiu a D’us a(s) autoria(s) da(s) literatura(s) cabalistica(s). A nao ser que tenha sido o rabino da Madonna…
Posso ser o que for… mas escrevo desde meus 13 anos de idade e desde lá venho sempre procurando dar o meu melhor para fazer uma literatura de qualidade… ainda chego lá… e o que vale é que quero chegar… quero uma literaura brasileira melhor e vou fazer pra isso… e não só ficar comentando… blá-blá-blá… até parece que a literatura é deles e não nossa…
não percamos tempo tratando dos cometários, mas sim apresentando o que deve e pode ser feito pela literatura… conseguem?
Ah… e pra finalizar de vez:
Não consegui encontrar comentário algum neste blog onde eu tenha insultado o Sérgio ou os visitantes comentaristas… este não é meu objetivo e nem é de meu feitio o fazer, e até me confesso como um venerador de quem tem “inteligência e tempo” pra isso… sinceramente.
Comentemos os posts, somente, sem infantilidades.
Peço respeito, sou gente, como vocês. E se um dia alguém se ofendeu ou se ofender com as palavras por mim escritas, me julguem pela situação e não por quem eu sou… que pouco deva interessar a alguém, além de mim.
Pois é, Hiago… vejo que poucos aqui te conhecem… e por isso, acho que só eu (até agora) posso te dar razão… o que acha disso tudo, Sérgio?
Ah… eu não… conheço o Hiago e os livros dele há tempos… e até parece populista, mas ele é doidinho mesmo.. rsrs pensa que traz a literatura nas costas, quando arruma intriga com quase todos os escritores que aí estão…
Hiago? Todo mundo fala que ele é o prodígio da literatura brasileira, mas o cara tá na Itália! Cadê o tal prodígio brasileiro? e ainda vem no blog do Sérgio bater figurinha com a gente… pra quê, HIago? Se se preocupa com a literatura brasileira, vem pro Brasil pra fazer o que você diz que está fazendo… (eu leio seus livros, posso falar assim!).
Pelo que eu li do que o Hiago escreveu, não há nada de diferente dos outros “discursos” que ele deu no passado… no youtube mesmo tem quase o primeiro comentário dele gravado numa entrevista… então, deixem o rapaz em paz… vejamos se o futuro da literatura será dele e de tantos outros, como o Marcelino Freire, o Tezza e o próprio Sérgio e tanto outros que o próprio Hiago diz que admira. Gente! que besteira ficar atacando o escritor no blog dos outros…
pra mim, o problema da literatura brasileira é um pouquinho de cada coisa dali de cima… mas só os comentários já fazem o problema maior da literatura: pouca gente escrevendo coisa que presta, muita gente criticando.
Em primeiro lugar: Sérgio: me desculpe por esta baderna toda no seu blog. Se soubesse que causaria esta falação sobre mim e não sobre seu post, nem opinaria aqui, mas sim no meu blog. Me desculpe, mesmo.
Em segundo: Amanda: Estou na Itália resolvendo assuntos referentes ao Projeto Traduza Hiago… que está no site da Turma: “www.hiagorrdequeiros.webnode.com/acervo”, se você quiser dar uma olhada eu ficaria grato, e até feliz, acredite.
Então… saiba, que trabalho pela literatura 24 horas por dia… não estou aqui passeando nem tirando fotinhas… mal durmo e nem como direito; e, se é que lhe interessa: está muito friiio!
De resto, acho que a Patrícia já falou tudo: no blog do Sérgio não é legal ficar tagarelando… o “-H-FalanTe!” é pra isso… não tumultuem esse blog com assuntos que não tem nada a ver com os posts, e nem fiquem comentando os comentaristas, isso é feio! Cada um tem sua opinião, e, se for sobre o outro esta tal opinião, que guarde para si, já que não poderá mudar essa tal pessoa. Por favor.
Sérgio: se ainda não se incomodar, estarei sempre aqui, e daqui pra frente, pensarei mais nos meus comentários, antes de fazê-los.
Mais uma vez; me desculpe.
Hiago.
Engraçado, o post republicado rendeu muito mais discussão do que em sua primeira encarnação. Será que em março de 2009 o pessoal anda mais propenso a diagnosticar o “problema” da literatura brasileira do que em julho de 2007? Seja como for, acho que preciso republicar mais.
Hiago e sua claque: o Todoprosa não tem essas frescuras, imaginem, não há nada a desculpar. Agradeço pelos pageviews e pela conversa tão interessante e ilustrativa. Nada de off topic: ela tem muito a ver com o tema do post, sim.
Abraços.
Que ingenuidade a minha! Eu imaginava que o Hiago fosse uma espécie de Nareba, um personagem criado por alguma mente ociosa “just for fun”; o texto era caricato demais, com todas essas reticências, com sua incontrolável diarréia verbal e sua excêntrica (diria, quase sterniana) dilexia sintática. Mas não! O cara realmente existe e, para mal dos meus pecados, produz objetos que, em sua forma exterior, assemelham-se a livros.
O indivíduo tem até um site de internet, no qual descobri, pálido de espanto, que ele é, ao mesmo tempo, o principal fundador de um movimento, o Realtragismo, é uma das maiores promessas da literatura brasileira, é um dos poucos herdeiros do realismo (!) e, súmula das súmulas, é “tido internacionalmente como uma obra de arte em si” (sic).
O cara tem até uma assessoria (“profissionais que facilitam sua vida para que ele possa apenas viver para a literatura”).
Aos incrédulos, convido acessarem o site: http://hrrq.webnode.com//
É claro que alguns dirão que continuo sendo ingênuo, que o site não prova a existência real de ninguém, já que deve ser produto de uma mente muito engenhosa e dota de um peculiar senso de humor.
Talvez, respondo; mas lembro aqui a famosa frase medieval, na qual assento minha fé na existência física do Hiago: “credo, quia absurdum”.
O problema, acredito eu, é que tem muita gente lendo para “se aparecer”, só pra dizer que leu… O cara nem se preocupa em tirar algo de bom dos livros, dos autores, das histórias, só vai passando páginas e lendo letras ao invés de texto pra dizer pro amigo que leu o livro tal do autor fulano…
E os outros problemas da literatura brasileira são: Ou o excesso de regionalismos piégas, ou o excesso de estrangeirismos cafonas… ou pior ainda, e nesse caso três, ambas as coisas ao mesmo tempo… Por mais dicotomico que possa parecer.
Obrigado pela gentileza.
UAU, gente!! Preciso arrumar uma assessoria dessas. Só com uma poderia me dedicar a me tornar o maior nome da literatura brasileira. Hiago é meu ídolo!
Rafael, quer organizar isso pra mim, por favor?? rsrs
O “Mr. Writer”(aspas pelo nick, sem insinuações) tá certo.
No Brasil, quem lê se acha muito inteligente, especial. Fica insuportável, com uma arrogância desproporcional ao tamanho da suposta inteligência.
E isso aí que o Rafael contou sobre o Hiago é tão triste que chega a ser cômico. Isso sim é realmente trágico(entenderam?entenderam? GA GA GA).
MEO DEOS, o Hiago, além de bom escritor, ainda é bonitão e sexy como um Back Street Boy da Paraíba.
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MEO DEOS, o Felipe além puxa-saco, também é viado!!
O Hiago tira fotos com uma caneta Bic na boca e pose de ensaio fotográfico pra revista pornô vagaba e EU sou a bicha da história bajuladora…batuta.
Obrigado Felipe… pessoas como você fazem com que eu me seja muito importante.
( ) Os escritores não sabem escrever
Hiago, como vc é escroto! PQP! É escroto e burro, é escroto e feio, é escroto e afeminado! rrsrsrsrsrs… Proust, Wilde, Capote e tantos outros gays geniais deveriam assustar vc. Pena que vc seja a assombração deles e não o contrário. rs. Felipe, te devo essa cara. Ri muito quando vi o Hiago mordendo a Bic. Hahahahah!!! E eu q pensei que eles só mordiam fronha… respondendo, o problema da literatura brasileira ( atual) é a vaidade ( Caras) de certos “escritores” como o ilustre Hiago,
reflexo de tudo o que vivemos hoje, infelizmente.
Kaputt.
Hiago, você é realmente ruim.
O que você escreve é amador, não chega a ser literatura.
Já viu como é um livro de verdade? Poe, Machado, Raduan Nassar, Flaubert, Gabo, Kafka, Cervantes? Pára de se enganar e vai estudar.