Uma reportagem de Julie Bosman no “New York Times” (em inglês, mediante cadastro gratuito) discute a moda anglo-americana – pois é de moda que se trata – das longas bibliografias em livros de ficção. A coisa tem atingido níveis ridículos. O novo de Norman Mailer (veja nota abaixo), um romance sobre a infância de Hitler, traz uma lista de 126 títulos e autores consultados por ele. Michael Crichton, mais modesto, fecha a conta em 36 livros, mais 12 artigos e 12 endereços de internet. E a polêmica envolvendo os empréstimos feitos por Ian McEwan em “Reparação” deve pôr ainda mais lenha nessa fogueira.
Há quem diga que tudo não passa de exibicionismo dos autores, de uma forma de impressionar o leitor: “Vejam como sou culto”, estariam dizendo. Críticos mais benevolentes falam numa tentativa de trazer para a ficção parte da respeitabilidade acadêmica das obras de não-ficção. E desde quando a ficção precisa disso? Uma listinha razoável de agradecimentos costuma cair bem, sobretudo quando se trata de reconhecer uma dívida palpável com outro autor, mas convém ir com calma. A moda, que eu saiba, ainda não desembarcou por aqui. Questão de tempo?
45 Comentários
acho que nao. acho que nossos escritores nao sao como os outros, pois “nossos japoneses nao sao iguais aos outros japoneses”…
Se cita a fonte reclamam. Se não citam é plágio. Decidam-se.
Tem um escritor brasileiro que fez um romance com pesquisas na Internet. Só não sei se tem “http://” para lá e para cá.
Só sei que: cópia de 1= plágio. Cópia de 2= pesquisa. Cópia de 3= criação.
Obviamente, OBVIAMENTE, é um iniciativa das editoras, por conta das acusações de plágio que se tornaram um pouco mais monetariamente arriscadas desde o caso Dan Brown.
A nova mina de ouro está em dizer que você foi plagiado.
Clarice é Gardenal na veia!
O João Silvério Trevisan disse que leu uns 500 livros pra escrever o “Ana em Veneza” – ainda bem que ele não botou uma Bibliografia no final do romance.
Eu só implico com quem quer mostrar que pesquisou atulhando o romance de detalhes inúteis. A bibliografia eu posso ignorar se quiser. Aliás, na maioria das vezes a pesquisa é inimiga da imaginação – e é por isso que existe uma coisa chamada “licença poética”.
Em alguns casos, serve pra o livro parar em pé na estante, oras!
O sujeito se dá ao trabalho de ler 126 títulos para romancear a infância de Hitler. Não tinha um assuntinho melhor, não?
Tenho uma opinião sobre isso: se um historiador escreveu sobre determinado período, escreve um livro ‘documental’, é claro que deve creditar fontes, até mesmo porque é da natureza da escrita histórica buscar seu estatuto no horizonte da verdade. Contudo, um escritor é apenas mais um leitor, e os bons escritores são quase sempre leitores inexatos, e creio que essa mania crescente de fontes ao final de livros de ficção me parece uma incômoda vitória da realidade sobre a fantasia. Os escritores querem mostrar que suas ficções não são fantasiosas (creio que pensam que isso ajuda os leitores a verem seus livros como mais relevantes e comprá-los) quando a boa literatura sempre desejou ir além da realidade, dar outra versão da história; até certo ponto desprezar a história oficial. Acho redutora essa mania de reportar as fontes: o escritor ou toma todas as liberdades ou não se dedica à escrever ficção. Até mesmo porque um livro é feito de todos os livros que um autor leu, sempre, inclusive os péssimos, e seria então mais honesto editar um livreto anexo com tudo que o escritor leu desde sua terna infância. Sobre McEwan, quantos livros foram lidos para que ele escrevesse ‘Sábado’ com seu extremo grau de precisão, por exemplo? Livros de história, economia, sociologia; artigos, reportagens; livros de neurologia; outros romances que serviram de modelo… Livros nascem de livros, sempre foi assim. Deixem os escritores de verdade em paz! Não entendo o motivo dessa onda crescente de querer atar a fantasia nas algemas limitadoras da realidade e verdade histórica… E muito embora Mailer, que é um péssimo escritor, um dos piores escritores que já li, um subintelectual que representa com perfeição essa mentalidade novaiorquina mesquinha e redutora, não tenha a menor relevância para esse debate, é alarmante que aqui e ali bons escritores comecem a se intimidar diante das fontes que usam. A partir do momento que escritores, que não deveriam sequer se intimidarem diante do Estado, passam a querer o respeito de historiadores que nada mais fazem do que criar narrativas fluentes com fontes que são patrimônio social, esse sim será um momento onde o poder corrosivo da fantasia perderá todo seu sentido violador para ter na exatidão com os fatos sua pretensa qualidade. Imagine só James Joyce agradecendo alguém por ter escrito sobre um detalhe de Dublin que ele usou! Só rindo mesmo! Acho que os escritores que deveriam, sim, processar a realidade por querer invadir de forma tão incômoda sua privacidade e mundo criativo. É como Balzac gritava sempre que alguém o acusava de roubar detalhes de suas vidas particulares para usar em seus livros: “Por favor, bastardo, saia imediatamente do meu personagem!”
É isso aí, Jatobá! Falou e disse. Concordo inteiramente com você.
“editar um livreto anexo com tudo que o escritor leu desde sua terna infância.” 🙂
Até “O Patinho feio; Branca de Neve; Meu Pé de Laranja Lima; O Crepúsculo do Macho…”
Meu Deus! O que é Gardenal? Vou ligar para a farmácia.
Mas que mania que o povo aqui tem de dizer que eu tomo coisas que não tomo!
Acabei de ver que não tenho parentesco com nenhum Gadernal.
Se alguém tiver dúvida confira em:
http://peoplesearch.reunion.com/g/gar/gardenal/s/index.html
Fumo maconha misturada com heroína, cocaína, esctasy, crack, láudano, pela manhã.
No almoço: Prozac com: haldol, beatificol, empacotol e esquerdol
Tarde: o que pintar:
Noite Morfina.
Pronto taí para ninguém mais ter dúvidas.
Desculpe Sérgio. Eu sou contra drogas. Já vi muita gente e amigos acabarem com suas vidas e a de seus familiares por causa de drogas. Até álcool eu sou contra. Nem socialmente. Uma dose é o bastante.
Que coisa!
Profeta:
A veia é sua, faça dela o que quiser.
Daqui a pouco vão querer colocar nas normas da ABNT…
Ué? Já não tem não?
cadê a lista de melhores do ano? 🙂
Pode ser também uma “tirada de reta”: se acusarem o autor de dar uma informação errada na obra, ele pode dizer “não fui eu, foi o fulano da referência 189 que disse isso”.
Mas se é um romance, o cara não precisa ter muito compromisso com o rodapé. Rodapé é chato, mas necessário, em algumas obras de não ficção.
Se for pertinente, acho simpático. No “Plot against America” o Philip Roth foi além e escreveu minibiografias dos principais personagens verídicos que aparecem no livro. E é legal descobrir, no fim de “O inocente” do Ian McEwan, que um dos personagens e um dos eventos do livro são verídicos. Uma bibliografia pode ajudar o leitor que se interessou pelo assunto e quer ler mais sobre ele, e uma nota do autor pode servir para deixar claro o que é real e o que foi inventado. Claro que o escritor não deve se sentir coagido pelas suas fontes, mas o escritor que o fizer provavelmente não merece ser lido.
Outra coisa que gostaria de comentar e que no momento me escapou: a literatura brasileira está com uma ótima saúde atualmente. Escrevi um ensaio sobre o Milton Hatoum para o Portal Literal colocando-o como o melhor em atividade, mas fiz questão de esclarecer que todos lêem de um determinado lugar, e esse lugar de onde se lê influencia a bolsa de valores estética. Há ótimos escritores em atividade hoje no país. A impressão que me dá é que os leitores têm preconceito com tudo que é nacional, mas leio Paul Auster e um autor como Joca Reiners Terron é me orgulha ver que ele tem tudo que o Auster possui, apenas com mais sofisticação e talento. Marcelo Mirisola, Luiz Ruffato, Adriana Lisboa, Rubens Figueiredo… Estamos melhor do que imaginamos. Peguem os escritores de agora e são todos novos – 35, 40, 42, 28 – e façam o exercício de imaginar o novo corpo de livros que nossa literatura terá em duas décadas… Eu fico empolgado com isso. Não serão apenas livros regionais, existenciais, demarcados em grupelhos, com um autor ou outro autor fora de série. Será um corpo plural repleto de vozes singulares. Eu me empolgo com isso. A literatura não é feita por Cervantes e Prousts; ela é feita pelos outros escritores, pelos geniosos e não geniais, pelos bons escritores. E quem garante que desse bolo não surgirá um novo Machado? Sabe, Machado escreveu ‘Dom Casmurro’ mas antes escreveu ‘A mão e a luva’… É uma lástima que os leitores não estejam percebendo o momento luminoso da prosa nacional onde há tantas vozes quanto caminhos. Pode ser até que os projetos estejam além da realização, mas ainda assim muitos autores nossos estão trocando o certo pelo duvidoso, arriscam-se, e isso é louvável. Tenho certeza de que se os preços fossem mais justos o cenário se tornaria mais viável à multiplicação dos textos daqueles que possuem talento. Sou o mais pessimista dos homens, e vejo uma pletora de qualidades, de gente tentando… E, sinceramente, é preciso muita força de vontade para não dar o valor à literatura brasileira que ela merece. Temos uma poesia luminosa, romances que estão entre os mais bem realizados do mundo; temos grandes ensaístas, e a saúde da nossa crítica literária é maior do que a média do estrangeiro. Como dizia Nelson, o Brasil é muito impopular entre os brasileiros. Alguns de nossos articulistas fazem fortutas escrevendo ‘Contra o Brasil’… O Brasil hoje escreve uma literatura superior, por exemplo, à essa plastificada e sem sal aprendida em cursos de redação criativa que os EUA executam… Parte da nossa imprensa fica fascinada com qualquer peido que os Julian Barnes e Martin Amis da vida dão, mas não são todos, claro… Tem gente que acha que o Brasil melhora publicando uns zé ruelas como esses, mas se não for para editar Bernhard, Sebald, Banville, Munro, Hermann, editem os nacionais, que são melhores, muito melhores… E se não são e a questão é mesmo se poluir com bobagens que sejam publicadas as nacionais que não precisam ser traduzidas e cujos direitos não irão inflacionar os preços dos livros como os tantos ruelas genéricos chamados rushdies e mailers da vida o fazem…
Menos, Jatobá. Também acho que temos uma safra promissora, mas daí a desancar os estrangeiros desse jeito… Sei lá, soa nacionalismo bocó. A não ser que você esteja querendo fugir da pecha de “caranguejo”, tão bem cunhada pelo Monsieur Gallimard.
Jatobá, tem a Elvira Vigna, que na minha (modesta) opinião é a melhor escritora atualmente escrevendo no Rio de Janeiro – e, não sei a razão, praticamente ignorada pelos críticos (apesar de publicar na Companhia das Letras, o que é sempre garantia de algo). Saiu há pouco tempo um romance dela, maravilhoso: “Deixei ele lá e vim”. Sem contar que ela escreveu uma obra-prima, seguramente um dos dez melhores livros da literatura brasileira dos últimos, digamos, 30 anos: “A um passo”. BRILHANTE! Não tenho outro adjetivo: simplesmente incrível.
Então, se me pedirem pra recomendar um só autor brasileiro, eu não pensaria duas vezes: ELVIRA VIGNA! (http://www.vigna.com.br)
P.s.: eu sei a razão sim por que a Elvira Vigna é praticamente ignorada pelos críticos, mas se eu dissesse vocês caíriam de pau em cima de mim. Não vou contar, não vou contar, não vou contar… Vou contar! Desconfio que a maior parte dos críticos não tem, digamos, capacidade para entender os livros que a Elvira Vigna escreve. Pronto, contei! Calabôca Aderrrrrrrrrbal!
Nacionalismo bocó é ser submisso à qualquer coisa que venha dos ‘grandes centros’ culturais… Leio muito mais autores estangeiros, mas me espanta que bons escritores como Makine ou Munro tenham apenas um ou outro livro no Brasil quando pode-se encontrar todos os livros de um Auster ou Amis que não são levados a sério nem em seus próprios países. Só que, por exemplo, não se editam no país autores de fora de certo eixo medíocre, e os autores de fora desse eixo que são publicados aqui são porque conseguiram alguma resenha no NYT ou Le Monde. Ou seja, traduzimos aquilo que eles aceitam como qualidade. Bolaño recebeu uma matéria de destaque no NYT, então vamos publicá-lo… Certo, mas considerando o fato de que os críticos do NYT na sua maioria são uns idiotas (a crítica chefe deles é Michiko Kakutani… nossa, que parâmetro!), ficamos reproduzindo o mundinho limitado e recalcado deles. Eles devem ler um Mario Vargas Llosa ou um José Donoso e morrerem de inveja… Um Raduan Nassar, um Osman Lins… Os críticos do NYT não sabem sequer onde é a porta do banheiro da casa deles, essa é a verdade. E o Sérgio Pitol? E o WG Sebald? Cadê o ‘Meridiano Sangrento’ do McCarthy? Os romances do Juan Benet? Peter Nadas? Chinua Achebe, Ben Okri? Se é para traduzir, que sejam autores bons; nigerianos, hungaros, japoneses, até marcianos, não me importa, mas que sejam bons ao menos; tradução deveria ser a mais elitista das escolhas editoriais… Vamos traduzir o filé mignon, não essa literatura requentada que Rushdie ou Barnes fazem… Na inglaterra mesmo há um Banville com livros maravilhoso que só será traduzidos quando ele ganhar um Nobel, McGahern está todo inédito… Depois falam de nacionalismo bocó… Bocó são eles que escrevem tão porcamente assim; e meio idiota são parte dos editores que compram gato por lebre… Vamos publicar livros ruins brasileiros mesmo, então… É mais barato, e são mais divertidos… Pelo menos falam da gente… O brasileiro não gosta de se ver, só pode ser isso… Estamos apaixonados por uma imagem de que não somos capazes, somos uns bobos na periferia da grande cultura… rs… Somos capazes de tudo, filosofia, matemática abstrada, literatura; e ainda jogamos um futebol de primeira… Fala sério… Morram de inveja seus ingleses azedos… PS: comprei um jararaca e coloquei nela o nome de Gallimard em homenagem ao maior intelectual anônimo que essa país já produziu… Vou fazer uma camisa com o dizer “Com Gallimard, Venceremos” que venderei com preços justos lá na central do Brasil. Vou rodar ainda um livreto com os comentários dele no estimado blog do Sérgio chamado ‘Obras Completas de G.G.’ com o subtítulo geral ‘O mundo seguindo eu’… terá prefácio do Diogo Mainardi, ‘Contra o Brasil II’… Vai ser um livro revolucionário, modificador; vai sacudir a avenida… Todo mundo tomando Gadernal, pensando em suicídio…
Há um boato forte que Gallimard é na verdade Thomas Pynchon.
Jatobá está estudando tupi-guarani.
Definitivamente, Jatobá, nós vivemos em países diferentes. Você critica o suposto “colonialismo” do mercado editorial brasileiro, mas reproduz idéias dignas de quem não é capaz de compreender o próprio umbigo. Deixa pra lá, vai.
Sua mãe que está me dando aula.
Me manda a lista dos livros que vc leu Roberto para eu entender a sua complexidade.
Lembre-se, Vinícius: o problema são as saúvas.
Antes de entender a minha complexidade, Jatobá, sugiro tentar compreender a sua. Não precisa de muito livro: basta ler Freud, particularmente o trecho em que ele trata da rejeição e suas consqüências. Não me alongo mais porque tenho respeito por este blog e pelos leitores que aqui circulam. Até mais ver.
IHHHHHHH!!!!!!!! Ma num é possível!
Mas de novo?
Pessoas que se dizem cultas, lêem isto e aquilo… vão brigar por ninharia e aí começam as picuinhas para ver quem ganha o debate? Por favor. Outra vez não.
Roberto, pensando melhor, você tem razão. Vou seguir sua indicação e buscar compreender minha complexidade primeiro e antes de tudo. Vou migrar, conversar com as plantas,peregrinar, ver o sol de pôr mil vezes, ler Freud, os comentaristas de Freud, a correspondência de Freud, e quando, em vinte anos ou mais, tiver condições de debater contigo, estiver finalmente a sua altura, oh, retornarei aqui e continuo essa conversa. Obrigado, Roberto. Uma lágrima percorre meu rosto. Muito grato por iluminar minha existência. O mundo precisa de pessoas como você.
Valeu pessoas bacanas! Quanto respeito por quem vem aqui!
Sérgio. Desculpe mas não dá.
Só espero que estas “pessoas bacanas” dêem uma olhadinha no Blog do Vinicius e façam uma análise se podem fazer 1/10000 do que ele faz no que diz respeito à li-te-ra-tu-ra.
Que horror aquele ensaio sobre o Hatoum. Mesmo não sendo essa coisa toda, o cara não merecia ser comentado num texto tão mal organizado.
Vinicius, concordo em algumas coisas com você, mas também discordo em várias – e esse lado nacionalista seu está meio Quaresma.
Estou meio ocupado no momento. Tentarei te mandar um email depois, fazendo comentários.
Eu não li o ensaio sobre o Hatoum, mas duvido que o Vinícius escreva um ensaio “mal organizado” – a julgar pelo que ele escreve no blog dele.
Que gente chatola e inútil. Tenho pena do Sérgio. Com leitores como esses… E essa Clarice sequer honra o nome que tem. “Vinicius Jatobá” pelo menos tem nome de marido traído em peça do Nelson, o que parece apropriado.
Oi, Jonas, escreve sim. Estou esperando, claro. Quero agradecer ao Zé e ao Palhares pelo carinho e estima.
Num ensaio já bem antigo, Umberto Eco falou da mania dos americanos pela híper-realidade e pela autenticidade. Autenticidade, claro, à americana, que faz com que museus sérios exibam cópias “autênticas” de documentos antiquíssimos… sempre em inglês corrente. Das fantasias milionárias de Paul Getty ao museu mais modesto de Los Angeles onde as obras de arte famosas ganham vida mecanizada, sempre o importante é a “autenticidade”.
No início do infame Código da Vinci, deparamos com a advertência de que tudo o que nele se diz sobre história e arte é absolutamente verdadeiro. O pressuroso autor da orelha acrescenta que Dan Brown é casado com uma historiadora da arte, que o ajuda em suas pesquisas. Pobre e difamada senhora, tal afirmativa seria causa justíssima de divórcio.
Por isso, não é de estranhar que escritores americanos queiram agora “autenticar” seus vôos de imaginação. Talvez fosse melhor dizer “escritores”, pois não creio que escritores, sem aspas, ianques ou não, se preocupem com isso. Mas, como sou mero palpiteiro de blog, não ouso tanto. Agradeço, entretanto, ao dono do blog a notícia. Assim não corro o risco de desperdiçar meu suado e minguado dinheirinho com tanta autenticidade.
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