Richard Dawkins, entrevistado com muita competência por Silio Boccanera, foi – como estava programado – a grande atração de quinta-feira. Articulado e com aquela fala claríssima dos ingleses educados, Dawkins me surpreendeu pela serenidade com que expõe seus pontos de vista, bem diferente do estilo inflamado de Christopher Hitchens, por exemplo, com quem vem dividindo o palco de uma certa cruzada ateísta. Foi engraçado quando ele disse que o fato de os cérebros humanos terem crescido enormemente nos últimos três milhões de anos não significa que essa tendência evolutiva se manterá nos próximos três milhões de anos. “Para isso, seria necessário que as pessoas cabeçudas continuassem a ter mais facilidade de se acasalar do que as pessoas não cabeçudas, o que já não parece ser o caso”, disse. Não fora de Parati, pelo menos.
Ah, eu tinha prometido mais notícias sobre a mesa “Verdades inventadas”? Tinha. Mas descubro agora que é impossível resenhar um evento do qual participei, a não ser para dizer que correu tudo bem, muito bem, e que o alívio que sobreveio foi comemorado com um Cohiba.
11 Comentários
Eu sou ambilivebelmente cabeçudo e protesto.
PS: Cruzeiro TRI, SR e demais, TRI da Libertadores. É certo.
Ontem um amigo me mandou o link com o vídeo ao vivo da sua mesa, Sérgio. Mas eu ia começar uma reunião de trabalho bem na hora! Espero muito conseguir encontrar o vídeo online, ainda, nem que seja pra ver com atraso. Fico contente por ter dado tudo certo. (E morro de inveja de você ter visto o Dawkins.) Bjs
Que engraçado. Eu não sabia que ensinavam a fumar charutos no Módulo Avançado!
Vale
Consegue-se perceber isso ao ler o livro. Que é bem educado, explica muito bem seus pontos de vista, não importa qual a complexidade dele, ele encontra um meio de nos fazer entender.
E um brilhante narrador. Você confirmou a opinião que ele havia passado por escrito. Abraços.
Também fico feliz por ter corrido tudo bem no debate em que você participou Sérgio.
E, assim com a Isabel Pinheiro, morro de inveja por você ter visto o Dawkins.
Rafael, esse é modulo intermediário. No tema: como relaxar quando você não está escrevendo.
Sergio, também tive vontade de fumar um cohiba agora de manhã, ao terminar de ler Elza, a Garota. Vou te escrever depois com minhas impressões, mas já adianto que achei o livro incrível. Abraços e boa Flip (se puder, comente aqui sobre a mesa do Bellatin e o Tezza, sim?)!
Cohiba é cigarro? Que coisa… mais… politicamente incorreta.
Pesquisando no oráculo, descobri que Cohiba é um charuto. Menos mal.
Já ia me esquecendo… Richard Dawkins é uma besta.
“o alívio que sobreveio foi comemorado com um Cohiba.”
Que coisa mais “Elite do Maranhão e das Alagoas”. Que coisa mais “Jô Soares”. Que coisa mais clichezuda.