Os 100 títulos da lista são obras de 73 autores, dos quais se destacam Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Roberto Bolaño, Javier Marías, Juan José Saer, Antonio Muñoz Molina, César Aira e Diamela Eltit. Usando os sites da Submarino, Livraria Cultura e Estante Virtual (sebos), cheguei ao seguinte: dos 100 livros, 37 estão disponíveis hoje para compra. Deve-se colocar ainda que há autores com obras publicadas no Brasil que não correspondem às da lista. Por exemplo, César Aira já teve três livros lançados pela Nova Fronteira, porém foram outros três os “laureados”. Contabilizando, vê-se que dos 73 autores da lista, 46 já foram publicados no Brasil.
Já foi comentada aqui a lista dos cem melhores romances de língua espanhola dos últimos 25 anos, elaborada pela revista “Semana”. Na ocasião, interessado em descobrir o tratamento que esses títulos e autores tinham recebido no mercado brasileiro, Marco Polli publicou aqui na área de comentários alguns números iniciais. Agora volta à carga em seu próprio blog, o Ângulo, e acaba de destrinchar o assunto. Vale a visita.
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Números por países:
Espanha 32,Argentina 23,Colômbia 13,Chile 10,México 10,Peru 4,Cuba 2,Uruguai 2,Venezuela 2,Guatemala 1,Paraguai 1
Os campeões (cada um com três indicações):
Antonio Muñoz Molina (ESP), Gabriel García Márquez (COL), César Aira (ARG), Diamela Eltit (CHI), Javier Marías (ESP), Juan José Saer (ARG), Roberto Bolaño (CHI)
Sérgio e blogueiros: E em língua portuguesa? Quais seriam na opinião de vcs? Vamos “cometer” uma lista? 🙂
Aos ver os números dos publicados, fiquei me perguntando: quando os editores brasileiros vão se convencer que pertencem à América Latina?
Lista é lista. Mas Ella cantaba boleros, de Cabrera Infante – mesmo que sejam partes de uma obra maior, Três Tristes Tigres – em 94º lugar é um pouco demais, perto de certos livros mais bem colocados.
Essa distribuição por países mostra como a literatura feita aqui do lado, na Argentina é bastante reconhecida.
se bem que é uma lista colombiana…
E não há nenhum único da Isabel Allende? Nem vou levar em consideração tal lista.
Opa, “nem um único”…
“La Vigilia del Almirante” do Augusto Roa Bastos apesar de ser um livro imaginativo, não tem a mesma estatura do seu “Hijo del Hombre”, nem a técnica literária e criativa do “Yo, El Supremo”, onde Roa Bastos mistura “memórias”, notícias, citações atemporais (até Geraldo Vandré), pesquisas históricas, documentos “ipsis literis”, “documentos” fictícios, poesias populares (em guarani ou espanhol), canções (“Para Não Dizer Que Não Falei de Flores” para ilustrar a vida de Gaspar Francia, o “déspota esclarecido” ibero-americano. Muita gente bebeu nessa fonte, inclusive um outro livro da lista )”Noticias del Imperio”) que se utiliza de recursos literários semelhantes e nem por isso menos brilhante.
De qualquer forma a lista foi excelente para nós brasileiros pouco conhecedores da literatura de “los hermanos”, apresentados assim a autores que já se tornam clássicos.
a lista deve ser festejada, entre os poucos motivos que existem, por NÃO incluir a Sra. Allende. Xô.