Hoje é o dia que, não se sabe bem por quê, a imprensa de boa parte do mundo reservou para tratar de literatura. Algumas notícias garimpadas por aí:
* Toni Morrison, que teve seu romance Beloved (“Amada”) eleito o melhor da ficção americana nos últimos 25 anos (nota abaixo), virá à Flip. A informação está na coluna No Prelo, de Mànya Millen e Rachel Bertol, no caderno Prosa & Verso do “Globo”. Ganhadora do Nobel, Morrison passa a ser assim o primeiro nome estelar garantido em Parati este ano. O caderno traz também uma resenha elogiosa sobre “Mãos de cavalo”, de Daniel Galera – o saldo está melhorando (veja abaixo).
* O consagrado escritor angolano Luandino Vieira, que no Brasil é mais citado e estudado na universidade do que propriamente lido, ganhou o prêmio português Camões, informa a Folha de S. Paulo (só para assinantes do jornal ou do Uol).
* O caderno Babelia (em espanhol), do “El Pais”, faz um carnaval com o novo romance do peruano Mario Vargas Llosa, que está comemorando 70 anos – a mesma idade de Luandino, embora isso não venha absolutamente ao caso. Tem uma boa entrevista e duas críticas, uma do novo livro, Travesuras de la niña mala, e outra dos dois primeiros volumes das obras completas do autor, também lançados agora na Espanha.
* No Guardian (em inglês), o escritor David Lodge publica um artigo curioso sobre o que pode ter feito com que pelo menos cinco autores – entre eles o próprio Lodge e o irlandês Colm Tóibín – passassem os últimos anos pesquisando a vida de Henry James para transformá-lo em personagem de romances biográficos, todos praticamente ao mesmo tempo. Falta de imaginação ou alguma coisa na atmosfera deste início de século 21?
2 Comentários
O artigo de Lodge é realmente imperdível.
Mario Vargas Llosa será um dos convidados da feira Pan-Amazônica do Livro, que será realizada em setembro, em Belém do Pará. Vale qualquer festa ou carnaval para o mestre.